Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 01/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil chega a 62,7% da população completamente imunizada contra covid

Médico terá certificado digital

Ala pró-cloroquina pede para Saúde ‘abortar’ veto ao ‘kit Covid’ no SUS

Vacinação em massa não ampliou a taxa de mortalidade por Covid, ao contrário do que diz médico

Prevent Senior se diz ‘vítima do sistema político’ e pede suspensão de planos à ANS

Anvisa anuncia dois casos no Brasil da variante ômicron do coronavírus

Covid-19: Goiás registra 804 novos casos e 19 mortes em 24 horas

Morre o médico Gabriel de Souza Lima

Ministério Público faz cinco novas denúncias contra ginecologista por crimes sexuais contra pacientes

PODER 360

Brasil chega a 62,7% da população completamente imunizada contra covid

Dose de reforço foi aplicada em 16.463.840 habitantes, o que representa 7,7% da população brasileira

O Brasil chegou a 62,7% da população com o 1º ciclo vacinal completo contra a covid-19. O número representa 133.821.343 pessoas vacinadas com 2 doses ou dose única até 19h11 de 3ª feira (30.nov.2021).

A 1ª dose da vacina foi aplicada em 159.006.071 pessoas, o que equivale a 74,5% dos brasileiros. A dose de reforço foi aplicada em 16.463.840 habitantes – 7,7% da população. Ao todo, 309.320.183 doses foram administradas no país.

Os dados são da plataforma coronavirusbra1, que compila registros das secretarias estaduais de Saúde.

Para o 1º ciclo vacinal completo, as vacinas administradas no Brasil com duas doses são a CoronaVac, o imunizante da AstraZeneca e o da Pfizer. Também está em uso a vacina da Janssen, que requer só uma dose.

A dose de reforço é aplicada preferencialmente com o imunizante da Pfizer, independentemente da vacina usada no 1º ciclo de imunização.

São Paulo é o Estado com o ritmo mais avançado de vacinação: 81,5% da população foi vacinada com a 1ª dose. Roraima tem o ritmo mais lento (55,7%).

São Paulo também é o Estado com a maior proporção da população totalmente vacinada (75,3%). Amapá tem o menor percentual de totalmente vacinados (37%).

Eis os números de vacinados por Estado:

OS DADOS

Os dados são da plataforma coronavirusbra1, mantida por Carlos Achy, Leonardo Medeiros, Wesley Cota e voluntários, que compilam os números de vacinação divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde.

O Ministério da Saúde também dispõe de uma plataforma que divulga dados sobre a vacinação: o Localiza SUS. Contudo, os números demoram mais para ser atualizados.

A plataforma do ministério depende de Estados e municípios preencherem os dados -de acordo com os critérios do governo federal- e enviarem à pasta. Quando uma dose é aplicada, as cidades e os Estados têm 48h para informar ao ministério. Mas nem sempre esse prazo é seguido.

O dado publicado pelo Poder360 é maior que o do Localiza SUS porque os desenvolvedores da plataforma coronavirusbra1 compilam os números de cada uma das secretárias estaduais. As informações divulgadas diretamente por essas são mais atualizadas.

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CORREIO BRAZILIENSE

Médico terá certificado digital

O Conselho Federal de Medicina (CFM) apresenta hoje, em reunião on-line às lOh com os presidentes dos conselhos regionais de medicina (CRMs) e conselheiros federais, um novo serviço disponível a todos os médicos brasileiros: o Certificado Digital do CFM. O documento será gratuito para todos os médicos adimplentes com o sistema conselhal. Na reunião também será apresentada a nova plataforma de prescrição eletrônica, disponibilizada em parceria com o Conselho Federal de Farmácia e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).

A expectativa do conselho é a de que, com o certificado digital, aumente a adesão dos médicos à telemedicina e seja ampliado o acesso de pecien-tes às receitas digitais. O novo site de prescrição eletrônica também foi criado com objetivo de dar mais segurança aos médicos, farmacêuticos e pacientes na utilização dos documentos médicos no mundo virtual.

Para oferecer o Certificado Digital Gratuito do CFM, a autarquia realizou uma licitação, que escolheu a empresa Valid para oferecer o serviço. Em seguida, qualificou-se junto ao Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) como Autoridade de Registro (AR). Com isso, os dados biométricos dos médicos coletados pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) serão usados para a emissão do certificado digital.

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FOLHA DE S.PAULO

Ala pró-cloroquina pede para Saúde ‘abortar’ veto ao ‘kit Covid’ no SUS

Cinco dos sete representantes do ministério em comissão sobre práticas na saúde pública questionam parecer contra remédios ineficazes

Julia Chaib

A ala pró-cloroquina do Ministério da Saúde quer encerrar a discussão sobre vetar no SUS medicamentos do chamado “kit Covid” para casos leves do novo coronavírus e manter margem para uso de tratamentos sem eficácia.

Em documento, o grupo solicita que a pasta aborte a publicação de diretrizes contrárias a tratamentos, não hospitalares, com medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina, uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Cinco dos sete representantes do ministério na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS) questionam, em ofício de 29 páginas, obtido pela Folha, métodos usados para elaborar o parecer.

O documento foi encaminhado ao secretário Hélio Angotti (Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde), que tem sob seu guarda-chuva a Conitec, e também aos outros membros do colegiado.

O grupo que defende os fármacos sem eficácia busca apoio para travar o processo na comissão. O Ministério da Saúde foi procurado para comentar, mas até a conclusão da reportagem não havia se manifestado.

Os representantes do ministério na Conitec dizem ser “urgente que a iniciativa de se estabelecer recomendações centralizadas para todo o país seja imediatamente abortada”.

O parecer anti-kit Covid foi posto em análise no colegiado no dia 21 de outubro. A votação terminou empatada, com o Ministério da Saúde rachado. Além dos cinco votos da ala pró-cloroquina, o CFM (Conselho Federal de Medicina) rejeitou o parecer.

Do outro lado, foram favoráveis ao texto que contraindica o kit Covid duas secretarias de Saúde, Conass (conselho de secretários estaduais), Conasems (conselho de secretários municipais), CNS (Conselho Nacional de Saúde) e ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Os integrantes da pasta que assinam o documento obtido pela Folha são: Vinicius Nunes Azevedo, diretor do Departamento de Gestão do Trabalho em Saúde; Alessandro Glauco dos Anjos Vasconcelos, secretário-executivo adjunto da Secretaria Executiva; Maria Inez Gadelha, chefe de gabinete da Secretaria de Atenção Primária de Atenção Especializada à Saúde; Lana de Lourdes Aguiar Lima, coordenadora-geral de Ciclos da Vida da Secretaria de Atenção Primária; e Rodrigo dos Santos Santana, diretor do Departamento de Determinantes Ambientais da Saúde Indígena da Secretaria Especial de Saúde Indígena.

“O processo utilizado para a elaboração das Diretrizes Brasileiras para Tratamento da Covid?19, solicitadas pelo Ministro da Saúde, está eivado de vícios processuais, técnicos e metodológicos que ferem gravemente preceitos basilares da medicina baseada em evidências”, diz um trecho do documento.

Além disso, os integrantes afirmam que as diretrizes “submetem a significativo risco à credibilidade das decisões tomadas pela Conitec e, em última análise, do próprio Ministério da Saúde e suas instâncias decisórias, conforme restará demonstrado”.

No texto, os cinco membros do órgão pedem intervenção de Angotti no debate “para garantir a correção do processo”, além da substituição do grupo de especialistas que elaborou o parecer que contraindica o kit Covid.

Em outro trecho, eles ainda dizem que o grupo de especialistas é formado por entidades que se mostraram “reiteradas vezes” contra a “autonomia médica” para prescrever os medicamentos.

O grupo é formado pela AMB (Associação Médica Brasileira), SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), entre outras entidades.

Militantes bolsonaristas ainda se mobilizaram para que houvesse muitas manifestações a favor do “tratamento precoce” na consulta pública que foi aberta sobre o tema na Conitec.

Após a votação da Conitec que terminou empatada, o parecer foi submetido à consulta pública. Como mostrou o Painel, houve milhares de contribuições ao texto, mais de 2.000 em contagem inicial.

Ao final do processo, foram mais de 20 mil manifestações a favor e contra o relatório, durante a consulta, que durou dos dias 16 a 25 de novembro. Outros documentos relacionados à Covid-19 tiveram no máximo 60 contribuições.

A elevada participação se deveu à mobilização de grupos pró-kit Covid para que houvesse engajamentos contra o parecer. A médica Raissa Soares, que ficou conhecida como doutora cloroquina, fez um apelo em redes sociais.

“Nós [os médicos] nos deparamos com um documento que manda não fazer nada, não usar medicação antiviral, não tratar a fase inflamada, não dar corticoide, não usar anticoagulante. Como assim? Brasil, se manifeste”, disse.

A Conitec passou a avaliar um protocolo sobre a Covid-19 no SUS a pedido do ministro Marcelo Queiroga (Saúde). Ao entrar na pasta, em março, ele pediu uma padronização sobre o tema, para encerrar as disputas sobre o uso ou não dos fármacos sem eficácia.

Queiroga, porém, tem modulado o discurso e investido na pauta bolsonarista. Ele passou a evitar o tema do kit Covid, ainda que admita a colegas que não vê benefícios no uso desses medicamentos.

Após a consulta pública, a Conitec deve consolidar novo parecer, considerando as sugestões apresentadas, e abrir nova votação. Em seguida, o Ministério da Saúde decidirá se segue ou não a recomendação.

Os protocolos para tratamentos do SUS, discutidos na Conitec e aprovados ou não pelo ministério, balizam inclusive compras públicas.

Em maio de 2020, a Saúde editou uma nota com estímulo ao uso dos fármacos ineficazes, mas o documento não é um protocolo do SUS. Para gestores da rede pública, a medida foi uma forma, à época, de promover o tratamento ineficaz sem ter de passar pela Conitec.

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Vacinação em massa não ampliou a taxa de mortalidade por Covid, ao contrário do que diz médico

Ao distorcer dados, Alessandro Loiola tenta desacreditar a segurança e a eficácia dos imunizantes

É enganoso conteúdo de vídeo publicado em redes bolsonaristas no Telegram, segundo o qual um médico afirma que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer contra o coronavírus são nocivas para a população por falta de eficácia ou segurança. Como verificado pelo Projeto Comprova, também é enganoso que não haja solidez no acompanhamento da vacinação em gestantes e que pessoas vacinadas podem, sim, transmitir, mas a probabilidade é menor.

A vacina é comprovadamente eficaz tanto para evitar que haja contaminação quanto a transmissão da Covid-19, além de reduzir as chances daqueles que venham a contrair o vírus de desenvolverem a forma grave da doença.

A reportagem contatou o médico Alessandro Loiola, autor do conteúdo verificado aqui, mas ele não respondeu até a publicação deste texto.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor.

Como verificamos?

Inicialmente, a reportagem foi em busca de informações sobre a forma como a eficácia e a segurança das vacinas são aprovadas por órgãos reguladores de saúde, como a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), no Brasil; a FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos; e a EMA (Agência Europeia de Medicamentos), que faz a avaliação na Europa.

Na sequência, foram cruzadas as informações que Loiola apresenta em seu discurso com o que já foi comprovado sobre as vacinas -eficácia, segurança e procedimentos para aprovação de uso.

Além disso, enviamos um email para o Ministério da Saúde questionando qual era a política definida no país para vacinação de gestantes e lactantes. A reportagem encaminhou, ainda, um e-mail para a Pfizer com pedido de esclarecimentos sobre os pontos citados no vídeo em verificação.

A reportagem também entrou em contato com a Câmara Municipal de Sorocaba, em São Paulo, cuja página do Facebook ainda mantém disponível o vídeo de Loiola, mas até a publicação desta reportagem não recebeu retorno.

O infectologista e médico no Hospital Sírio-Libanês Alexandre Cunha foi contatado para esclarecer se o vídeo apresenta dados que encontram respaldo na realidade. Cunha comparou, ainda, as afirmações que Loiola defende no vídeo com os dados fornecidos pelo Our World in Data, site ligado à Universidade de Oxford.

Por fim, a reportagem enviou mensagem para Loiola para questionar as fontes das declarações feitas por ele. Até 29 de novembro, não houve retorno.

Verificação

Em buscas na internet, a reportagem conseguiu identificar que o vídeo se trata de um trecho retirado do discurso de Alessandro Loiola em uma audiência pública na Câmara Municipal de Sorocaba. O evento aconteceu no dia 10 de novembro e tinha como tema o uso do passaporte sanitário na região.

Desde o dia 23 de novembro, o conteúdo não está mais disponível no canal do órgão legislativo no YouTube por “violar as diretrizes da comunidade”. No entanto, a transmissão segue disponível no Facebook da Câmara. Entramos em contato com a Câmara, mas, até a publicação desta reportagem, não tivemos retorno.

As afirmações sobre a segurança e eficácia da vacina presentes no vídeo foram tiradas de contexto por Loiola, e repercutiram nas redes sociais e no WhatsApp. De acordo com os primeiros estudos lançados pela Pfizer sobre os imunizantes contra a Covid-19, ainda em julho de 2020, os testes utilizaram adultos saudáveis entre 18 e 55 anos.

Contudo, isso não significa que os imunizantes, em suas fases iniciais, não foram aplicados em idosos e em imunossuprimidos, mas que, no início das testagens, fase de maior risco para qualquer categoria de fármaco, e não apenas os desenvolvidos contra a Covid-19, apenas adultos saudáveis integravam as pesquisas.

O laboratório norte-americano anunciou em 18 de novembro de 2020 a conclusão da última fase de testes, que incluíam a imunização de pessoas de todas as faixas etárias acima dos 18 anos. Os imunizantes apresentaram 95% de eficácia em todas as idades, gêneros e etnias, segundo os laboratórios da Pfizer e da alemã BioNTech.

A terceira fase de testes com a vacina desse imunizante começou em julho de 2020 e envolveu mais de 43 mil participantes em seis países, incluindo o Brasil, os Estados Unidos, Alemanha, Turquia, África do Sul e Argentina. Em dezembro de 2020, a farmacêutica deu entrada no pedido de uso emergencial das vacinas junto à Anvisa.

Gestantes

O Ministério da Saúde comunicou no dia 28 de julho deste ano, em seu site oficial, a orientação para grávidas e puérperas em relação aos imunizantes contra a Covid-19. A pasta orienta que mulheres deste grupo que receberam a primeira dose da AstraZeneca recebam a segunda da Pfizer. O que implica dizer que os imunizantes, além de seguros, têm uso incentivado pelo órgão de saúde brasileiro, diferente do que afirma o médico no vídeo em verificação.

A imprensa brasileira também esclareceu, com base em estudos e declarações de cientistas, que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna são seguras para grávidas. As notícias desmentindo boatos sobre as duas farmacêuticas foram destaque na mídia após circular a informação falsa que gestantes teriam a placenta danificada caso recebessem as doses.

Vacina não é experimental

Em entrevista ao Comprova, o infectologista Alexandre Cunha disse que as informações apresentadas no vídeo “não fazem nenhum sentido”. “A essa altura do campeonato, questionar isso [a vacina] é uma narrativa completamente fantasiosa.”

O especialista também desmentiu o conteúdo apontando que a vacina não é experimental – mesma posição da Anvisa, da FDA, da EMA e Pfizer, conforme foi amplamente noticiado pela imprensa. Ele explica o que pode ou não ser definido, em termos científicos, como “experimental”.

“O conceito científico experimental é um produto qualquer que pode ser um medicamento ou uma vacina que não passou pelas fases de estudos clínicos. A gente tem estudo pré-clínico, que é o estudo feito em animais, podem ser ratos, camundongos, cobaias, depois a gente tem os estudos clínicos fase um, fase dois e fase três.”

Cunha detalha ainda que as vacinas contra a Covid-19 já ultrapassaram a fase três e que está na quarta etapa de estudos. “A gente chama de fase quatro quando o produto não é mais experimental e já está sendo usado na vida real”, diz.

Ser contra a vacina é um “pensamento delirante”, segundo o infectologista. “É um absurdo, hoje, alguém querer falar contra a vacina”, afirma.

O que diz a Pfizer

Em nota encaminhada à reportagem, a Pfizer informou que a vacina Comirnaty, desenvolvida contra a Covid-19, foi avaliada em estudo de fase três e apresentou eficácia global de 95% em toda a população participante.

A farmacêutica disse que a ação do imunizante foi analisada em diversos grupos, incluindo pacientes com condições clínicas de risco, sendo observada ainda uma eficácia de 94% em indivíduos acima dos 65 anos.

O laboratório argumenta ainda que a concessão do registro de uso definitivo, concedido pela Anvisa à vacina, atesta a segurança, qualidade e eficácia em públicos de diversas idades e condições imunológicas.

A Pfizer ressaltou que o estudo em gestantes também avaliou a segurança e tolerabilidade dos imunizantes aos bebês, além da transferência de anticorpos potencialmente protetores da mãe para o filho.

“Até o momento, especificamente sobre a vacina Comirnaty, não há qualquer alerta de segurança ou preocupação, de modo que o benefício da vacinação segue se sobrepondo a qualquer risco”, diz a farmacêutica.

Mais de 2,1 bilhões de doses do imunizante produzido pela Pfizer em parceria com a BioNTech já foram distribuídas em mais de 161 países ao redor do mundo, até 25 de novembro de 2021.

Comparação

Loiola afirma no vídeo verificado que os 20 países com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo tiveram aumento de até 1.600% no número de mortes após o início da vacinação da população.

No entanto, é incorreto comparar dados – seja de mortes ou casos de Covid-19 -de dois anos e dois momentos diferentes da pandemia, da evolução de casos e da cobertura vacinal nos países. Anteriormente, o Comprova verificou e definiu como enganoso um post que comparava a mortalidade da Covid-19 em 2020 e 2021.

Além disso, em uma verificação anterior o UOL Confere comprovou que o avanço da imunização nos Estados Unidos gerou queda no número de mortes pela doença entre janeiro -que foi o pico de casos no país- e julho deste ano. A verificação usou dados da Universidade Johns Hopkins utilizados pelo monitoramento do site Our World in Data.

O médico

O homem que aparece no vídeo é o médico Alessandro Loiola. Natural de Vitória, no Espírito Santo, Loiola apareceu em outra verificação recente do Comprova, que apontou que ele também é registrado como profissional no Conselho Federal de Medicina em Minas Gerais, nas áreas de cirurgia geral e proctologia.

Loiola é formado pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, no Espírito Santo. No site do Conselho Federal de Medicina (CFM) constam três registros em seu nome, em diferentes estados: Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Os registros múltiplos são possíveis para médicos que atuam em cidades diversas.

O médico tem dezenas de milhares de seguidores nas redes sociais, como o Twitter e o Instagram, onde já fez diversas postagens relacionadas à pandemia de Covid-19, falando em “riscos da vacina” e contra o uso de máscaras.

Por que investigamos?

Em sua quarta fase, o Comprova verifica conteúdos suspeitos que tenham viralizado sobre pandemia, políticas públicas do governo federal e eleições. O conteúdo em verificação foi compartilhado em grupos bolsonaristas com mais de 45 mil inscritos no Telegram.

Publicações como essa deixam as pessoas mais vulneráveis em relação à imunização, ainda que essa medida sanitária seja a mais eficaz para evitar a contaminação, transmissão e quadros graves da doença.

Isso faz com que a população fique em perigo, uma vez que, sem as doses da vacina, há mais chance de exposição ao vírus e de desenvolver a fase aguda da Covid-19, com risco de intubação e óbito.

O Comprova tem publicado verificações que desmentem boatos de internet que interferem negativamente na proteção contra a Covid-19 ou que podem influenciar no processo democrático brasileiro, como o que esclareceu que o inquérito da PF não investiga fraude no processo de votação. Assim como o boato de internet que engana ao afirmar que o CDC coleta dados de pessoas reinfectadas transmitindo coronavírus.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

O Comprova fez esta verificação baseado em informações disponíveis no dia 29 de novembro de 2021.

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Prevent Senior se diz ‘vítima do sistema político’ e pede suspensão de planos à ANS

Operadora abre mão de ampliar número de clientes para focar nos atuais 550 mil beneficiários

Mariana Zylberkan

A Prevent Senior pediu à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no último dia 18 a suspensão da venda de 27 de seus planos de saúde. Na prática, isso restringe a entrada de novos clientes -quem já contratou a operadora não será afetado pela medida.

Em nota, o presidente-executivo da companhia, Fernando Parrillo, afirmou que a empresa é “vítima do sistema político” e que, por isso, decidiu focar no atendimento dos 550 mil beneficiários atuais .

Atualmente, o atendimento prestado pela operadora durante a pandemia de Covid-19 é investigado pela CPI da Câmara Municipal de São Paulo, além de ser alvo de inquéritos abertos pelo Ministério Público, Polícia Civil e Ministério Público do Trabalho. A empresa também é investigada pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).

A ANS afirmou que a suspensão da venda dos planos passa a valer 30 dias após a solicitação, portanto, a partir do dia 18 de dezembro. Até lá, segundo a agência, a operadora não poderá negar o ingresso de nenhum novo cliente.

Segundo a ANS, a partir do prazo válido para a suspensão, a empresa não poderá negar a adesão de novos clientes “caso houver operadoras em processo de portabilidade especial ou extraordinária de carências e a Prevent Senior for opção de destino para os beneficiários dessas operadoras”.

Isso significa que a Prevent não poderá recusar novos clientes vindos de operadoras com o mesmo perfil caso entrem em falência ou cujo registro seja cancelado pela ANS.

A operadora continuará a comercializar cinco planos de saúde, sendo três de contratação individual e dois coletivos.

Em nota, a empresa afirmou que havia a previsão de aumentar a carteira de clientes em 20% no próximo ano, mas, segundo Parrillo, “se tivermos uma nova onda da pandemia, este crescimento seria maior”.

No primeiro ano de pandemia, a Prevent Senior teve alta de 67% nas reclamações registradas por beneficiários na ANS na comparação de 2019 e 2020. Para a operadora, o aumento é natural “em momentos de maior tensão e demanda crescente”.

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Anvisa anuncia dois casos no Brasil da variante ômicron do coronavírus

Exames são de um casal que está isolado e em acompanhamento domiciliar em São Paulo

Raquel Lopes e Mateus Vargas

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou na tarde desta terça-feira (30) que a variante ômicron foi identificada no Brasil. À noite, a confirmação dos dois primeiros casos da cepa no país foi feita pelo governo de São Paulo.

As amostras coletadas de duas pessoas receberam preliminarmente resultado positivo para a nova cepa da Covid em um exame de um laboratório particular. Os resultados foram depois confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo estadual, de acordo com entrevista do secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, à CNN.

Os primeiros resultados foram notificados pelo laboratório Albert Einstein, em São Paulo, ligado ao hospital Albert Einstein. Em cumprimento dos protocolos nacionais, o material foi então enviado ao Adolfo Lutz.

“Nesse momento deixou de ser análise preliminar, nós tivemos uma qualidade técnica bastante aguçada do teste realizado -a genotipagem, essa expansão genética do vírus- pelo hospital Albert Einstein, foi mandado para o Instituto Adolfo Lutz, que já confirmou se tratar de duas amostras compatíveis com a ômicron”, disse o secretário na noite desta terça.

Os exames são de um casal de brasileiros que vive na África do Sul -país onde a nova cepa foi identificada pela primeira vez- e está em visita ao Brasil. O homem tem 41 anos, e a mulher, 37.

Ainda de acordo com Gorinchteyn, há grandes chances do casal não ter sido imunizado contra a Covid. “Fizemos uma avaliação do nosso sistema do governo do estado de São Paulo, avaliamos que não existe nenhum recebimento vacinal. Procuramos em outros sites que possa ter os estrangeiros, e não havia evidência. Isso sugere, não tem a confirmação, que essas duas pessoas não tenham sido imunizadas.”

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde da capital paulista, o casal de brasileiros está em acompanhamento domiciliar.

Segundo informações da Anvisa, o passageiro desembarcou em Guarulhos no dia 23 de novembro, vindo da África do Sul, com teste RT-PCR negativo.

Para se preparar para a viagem de volta, ele procurou uma unidade do laboratório do hospital Albert Einstein, localizado no terminal, no dia 25 de novembro, na companhia da mulher.

Nos testes daquele dia, ambos receberam diagnóstico positivo para a Covid-19. O resultado então foi notificado ao Cievs-SP (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo), um órgão estadual.

Diante dos resultados positivos, o Albert Einstein adotou a iniciativa de realizar o sequenciamento genético das amostras.

O laboratório notificou a Anvisa nesta segunda-feira (29) sobre os resultados positivos dos testes. No mesmo dia foi dado início dos procedimentos para sequenciamento genético. Nesta terça, o Albert Einstein então informou à agência federal que, nas análises prévias, foi constatada a variante ômicron.

A Anvisa enviou nesta terça ofício ao Ministério da Saúde e às secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo sobre o resultado, para adoção de medidas sanitárias.

“Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede Cievs, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar os casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19”, disse a Anvisa, em nota.

“O casal cumpre o isolamento social recomendado pela Vigilância em Saúde e não apresenta sintomas da doença”, disse a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, em nota. Funcionários do órgão foram à residência onde está o casal nesta terça.

De acordo com a nota, o órgão “apura os possíveis contatos de ambos para que seja possível fazer imediatamente o rastreamento e o monitoramento de todos, além de comprovar a situação vacinal da família”.

A entrada do passageiro no Brasil ocorreu antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada pela primeira vez à OMS (Organização Mundial da Saúde) pela África do Sul no dia 25, quinta passada.

A entrada também foi anterior à edição da portaria interministerial do governo federal, no sábado (27), que proíbe a entrada no Brasil de quem esteve, nos últimos 14 dias, em seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Suazilândia (Eswatini), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.?

Ainda nesta terça, o governo Jair Bolsonaro adiou decisão sobre ampliar a lista de países sob restrição por causa da variante ômicron. A Anvisa pediu restrições também a Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.

Em reunião na Casa Civil, no Palácio do Planalto, representantes do governo pediram mais dados à Anvisa para decidir se atenderão o pleito do órgão regulador.

Também não houve avanço no debate sobre cobrança de certificado de vacinação de quem chega ao Brasil. A Anvisa pede desde o dia 12 a aprovação do passaporte vacinal. Não há nova reunião agendada para tratar dos temas.

Além desses dois registros de São Paulo, ainda estão em análise no Brasil ao menos outros dois casos de viajantes com passagem pela África do Sul nos últimos dias.

A Secretaria da Saúde do Distrito Federal monitora um homem que testou positivo para a Covid-19. O homem, na faixa etária de 40 a 49 anos, já recebeu três doses de vacina contra Covid. Ele permanece assintomático e está em isolamento domiciliar desde a chegada à capital federal.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 804 novos casos e 19 mortes em 24 horas

Dados atualizados da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) mostram que o Estado registrou 804 novos casos do novo coronavírus e 19 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (30/11). A pasta já contabiliza 935.861 infecções e 24.531 óbitos confirmados em razão da covid-19.

Conforme o boletim estadual, 904.905 pessoas estão recuperadas da doença em Goiás. A SES-GO investiga ainda 580.669 casos e 390 mortes para saber se há alguma relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,62%.

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Morre o médico Gabriel de Souza Lima

Augusto Diniz

Goiânia – O médico Gabriel de Souza Lima morreu na terça-feira (30/11). Consternada, a família informou o falecimento do parente. O corpo de Gabriel foi sepultado no dia de ontem. A família agradece as manifestações de pesar.

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PORTAL G1

Ministério Público faz cinco novas denúncias contra ginecologista por crimes sexuais contra pacientes

Conforme os promotores, as denúncias são por estupro contra 39 mulheres e por violação sexual contra outras três. Nicodemos Junior Estanislau sempre negou as acusações.

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O Ministério Público de Goiás ofereceu, nesta terça-feira (30, mais cinco denúncias contra o médico ginecologista Nicodemos Junior Estanislau, de 41 anos, por crimes sexuais, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Os promotores o denunciaram por estupro contra 39 mulheres e por violação sexual contra outras três.

O médico sempre negou as denúncias e disse que jamais tocou as pacientes de forma indevida. O advogado dele disse ao g1 que não havia sido notificado das novas denúncias até as 19h20 desta terça-feira e que só vai se manifestar após tomar conhecimento do caso.

Outras duas denúncias já haviam sido oferecidas em outubro contra o acusado, uma em Anápolis e outra em Abadiânia. Ele já é réu por estupro de vulnerável envolvendo três mulheres de Abadiânia.

De acordo com o MP, a Justiça de Anápolis ainda não havia aceitado a primeira denúncia, também por estupro de vulnerável, contra ele até a noite desta terça-feira. Os processos contra o ginecologista correm em segredo de Justiça. O MP informou que o médico seguia preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia até o final desta noite.

Ele se tornou alvo de investigação depois que mulheres procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis para denunciar que foram vítimas de crimes sexuais dentro do consultório. No início foram três mulheres, mas o caso ganhou repercussão e outras vítimas apareceram para fazer denúncias.

Investigação

As primeiras denúncias contra o médico que levaram à primeira prisão dele em Goiás surgiram em Anápolis. A delegada Isabela Joy, responsável pelas investigações, deteve Nicodemos em 29 de setembro. Depois da divulgação dos casos, mais de 50 mulheres registraram ocorrência.

No processo contra ele pela Polícia Civil de Anápolis, o médico foi indiciado por:

22 casos de estupro de vulnerável

22 casos de violação sexual mediante fraude

9 casos de assédio sexual

Apesar do número de denúncias, o médico foi solto em 4 de outubro por decisão da Justiça, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, mais vítimas de Abadiânia registraram ocorrência e ele foi preso novamente quatro dias depois.

Apuração do MP

O MP informou ainda que foram analisados os relatos de todas as mulheres que noticiaram o ocorrido à Polícia Civil de Anápolis. Das 51 vítimas que relataram à polícia o que passaram dentro do consultório médico, o órgão disse que ouviu novamente 38 delas.

Em seis dos casos registrados na delegacia, a conclusão dos membros do MP foi de que não houve nenhum crime, tendo sido requerido o arquivamento destes casos.

A estimativa dos promotores de Justiça é que, caso condenado em todos os processos, a soma das penas que podem ser aplicadas ao médico alcançaria patamar superior a 300 anos.

Relatos de pacientes

As pacientes relatam diversos tipos de comportamentos e comentários com conotações sexuais por parte do ginecologista.

Uma das vítimas disse que, durante uma consulta no ano passado, o médico elogiou seus olhos e também o órgão sexual. Em seguida, perguntou sobre sua relação sexual com o marido.

“Eu fiquei congelada e ele fazendo manipulações, isso tudo com os dois dedos introduzidos na minha vagina. Eu não consegui nem respirar no momento. É uma situação que a gente nunca espera que vai acontecer”, contou.

Outra paciente relata que foi abusada pelo ginecologista durante o atendimento. Ela decidiu falar sobre o caso após a prisão do suspeito.

 “Ele teve conversas inadequadas, me mostrou sites obscenos, brinquedos eróticos e tocou em mim não da forma que um ginecologista deveria tocar. Quando ele colocou minha mão na parte íntima dele, sabe?”, disse a paciente, que não quis se identificar.

Entre as denúncias, também está a da aromaterapeuta Kethlen Carneiro, de 20 anos, que procurou a Polícia Civil para relatar que foi abusada por ele quando ainda tinha 12 anos. Durante o atendimento, segunda ela, o médico sugeriu a leitura de material pornográfico.

“Ele veio me falar que eu podia começar a me masturbar. Me mostrou histórias em quadrinho pornô e vídeos. Me mandando os links e quais eu podia assistir. Depois levantou, pegou minha mão e colocou nele, na parte íntima dele”, disse.

Em conversa por uma rede social, outra paciente pede informações ao ginecologista sobre o uso do anel vaginal, um método contraceptivo. Em um momento, ela pergunta se ele não atrapalha a relação sexual e se o parceiro não o sentiria. O médico, então, responde:

“Bom, minha namorada já usou e eu não percebi diferença alguma. Posso testar kkk. Brincadeira”.

Como o caso corre em segredo de Justiça, a reportagem não conseguiu apurar se as vítimas acima estão inclusas nas denúncias oferecidas até esta terça-feira contra o médico.

‘Brincadeira’

Nicodemos Júnior nega os assédios. Ele disse que comentários em aplicativos de mensagens eram “brincadeira” e admitiu que isso foi um erro.

“É muito complexo. Eu brinco com algumas coisas. Às vezes, nisso, eu pequei, realmente. (…) Mas, nunca, em nenhum momento, eu toquei em uma paciente com objetivo de ter prazer sexual ou de fazê-la ter um prazer sexual, porque o objetivo ali é o exame físico”, disse.

Nos relatos das pacientes consta que o médico fazia muitas insinuações de cunho sexual, entre elas: “transar fortalece amizade” ou “faz o bronzeamento e me mostra”.

“Muitas vezes, elas falam, ‘olha, doutor, eu fiz alguma coisa assim, será que vai acontecer alguma coisa?’. Um erro meu, concordo, brinco no WhatsApp, comento alguma coisa de uma forma inadequada. Concordo que eu fiz isso, nisso eu estou errado”, admitiu.

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