Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/09/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Programa Mais Médicos
Profissionais iniciam trabalho
Brasileiros selecionados pelo Ministério da Saúde se apresentaram ontem em alguns municípios goianos
Galtiery Rodrigues

Os médicos brasileiros selecionados pelo programa Mais Médicos do governo federal se apresentaram ontem nas respectivas cidades e em algumas delas, em Goiás, já começaram a trabalhar. Na capital, 25 profissionais foram recebidos por representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e, durante a manhã, passaram por um curso de orientação sobre as atividades da secretaria e as áreas onde eles vão atuar, a partir de hoje. O Centro de Saúde da Família (CSF) do Jardim Eli Forte, na Região Sudoeste de Goiânia, é o que mais vai receber médicos, com a escala de três profissionais. Conforme servidores, a unidade estava sem médico há um mês.
Em Aparecida de Goiânia, Aragoiânia e Abadiânia, conforme apurado pelo POPULAR, os médicos começaram a trabalhar ontem mesmo. Quatro profissionais, todos naturais de Goiás, mas que estavam trabalhando em outros locais, encontraram no Mais Médicos uma oportunidade de retornarem para a terra natal e escolheram Aparecida como destino. Eles foram distribuídos entre as unidades básicas dos Setores Santa Luzia 1, Parque das Nações, Bandeirantes e Vila São Pedro. O primeiro dia de atividade, conforme a coordenadora da Saúde da Família no município, Érika Lopes Rocha, foi tranquilo e todos gostaram da recepção.
O objetivo do programa é promover uma melhor distribuição de médicos na atenção básica e saúde da família. A princípio, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde no dia 14 de agosto, Goiânia receberia 40 profissionais. Depois, esse número caiu para 30, porque 10 não conseguiram encaminhar a tempo toda a documentação e, ontem, apenas 25 se apresentaram para trabalhar. O mesmo ocorreu com Aparecida e Trindade. Para a primeira, haviam sido anunciados oito médicos brasileiros e só quatro se apresentaram e, para a segunda, foram selecionados seis, mas também só quatro apareceram na cidade ontem.
No fim da tarde, o Ministério da Saúde esclareceu, em nota, que os gestores municipais terão até o dia 12 para confirmar a apresentação e início do trabalho do médico para, assim, ele ter direito à bolsa de R$ 10 mil mais os benefícios prometidos pelo governo. Foi explicado, ainda, que, no caso de médicos que não se apresentaram no primeiro dia e que fizerem isso depois, ficará também a cargo do gestor negociar como será a reposição dos dias não trabalhados. Aquele que não estiver trabalhando até essa data, será excluído do programa.
O secretário de Saúde de Trindade, Paulo César Alves, diz que o município vai aguardar a apresentação dos demais médicos. Segundo ele, todos os quatro que apareceram ontem são de Goiás. Dois deles já trabalhavam na cidade. “Eles serão de grande valia, porque não estávamos conseguindo distribuir médicos em todas as unidades. É bom para nós, do ponto de vista administrativo, e também para a população, que será beneficiada em geral, desafogando outras áreas de atendimento”, diz. Os médicos vão atuar em unidades da região central de Trindade.
ZERAR DÉFICIT
Os 25 médicos que vieram para Goiânia seriam, hoje, o suficiente para suprir a demanda. No último levantamento feito, no dia 27 de agosto, o déficit de médicos no município era de 157 profissionais – 110 de urgência e emergência e 47 de ambulatórios (atendimento de consultas). Recentemente, a Secretaria convocou 127 médicos aprovados no último concurso público, que devem começar a trabalhar nos próximos dias, além dos profissionais credenciados que já haviam solicitado vagas para Goiânia. Juntos, estes serão distribuídos nos setores de urgência e os que sobrarem vão atender na área ambulatorial, que é a mesma para onde serão encaminhados os selecionados pelo Mais Médicos.
Dentre os 25, apenas 4 não são naturais de Goiânia e vêm de locais como Pará, Distrito Federal, Anápolis e Rio de Janeiro. Os demais comprovaram endereço na cidade. Aos que são de fora, além do salário de R$ 10 mil, serão pagos ainda o auxílio moradia no valor de R$ 1,5 mil e o auxílio alimentação de R$ 371. O transporte até os CSFs, todos em bairros periféricos, ficará a cargo do profissional. O horário de trabalho varia entre os turnos matutino e vespertino. Na quinta-feira, o secretário de Saúde Fernando Machado e o prefeito Paulo Garcia vão realizar uma solenidade oficial de recepção dos médicos, às 11 horas, no salão nobre do Paço Municipal.

“Estou consciente das falhas do sistema e vou fazer minha parte”
Um dos 25 que foram selecionados para trabalhar em Goiânia pelo Mais Médicos, Luís Henrique Mendonça Lopes reconhece que o salário oferecido pelo governo federal é um atrativo interessante, embora o vínculo empregatício seja precário. Ele vai trabalhar no Centro de Saúde da Família do Conjunto Habitacional Madre Germana 2.
Por que você escolheu Goiânia e onde estava trabalhando antes?
Eu me formei em Goiânia, conheço bem a cidade, a estrutura e os desafios daqui, embora eu tenha trabalhado mais em outras cidades. Eu me formei em janeiro de 2012 e fui trabalhar em Cachoeira Alta, onde atuei como plantonista de urgência. Depois fui aprovado em concurso de residência médica e fui trabalhar como cirurgião geral no Hospital Regional de Sobradinho (DF).
Que cenário você espera encontrar na Saúde de Goiânia?
O próprio secretário, em reunião conosco, admitiu que o cenário está longe do ideal. Para o médico que está na linha de frente do atendimento e que precisa dar respostas imediatas à população, não é fácil administrar. Estou consciente das falhas e pretendo fazer minha parte. É evidente que o programa não propõe solucionar os problemas e seria bastante pretensioso se o fizesse, mas se eu perceber que as ferramentas necessárias não me serão oferecidas, não há nada que me faça continuar nele.
O que mais lhe atraiu no Mais Médicos?
Sem dúvida, a remuneração. Através de contrato ou concurso, o médico que desempenha a mesma função hoje na Secretaria recebe de 40% a 60% do valor da bolsa. Mas o contrato do programa ainda é precário, se pensarmos em longo prazo. Não configura vínculo, portanto não se tem garantia trabalhista alguma. Também pesou o fato de poder conciliar o programa com os estudos para a nova prova de Residência.
Qual sua opinião sobre a iniciativa do governo federal?
Desde que venha acompanhada necessariamente de mais investimento em aparelhagem da rede pública, acho positiva. Agora, se for só pra colocar médico mais perto da população carente para esta se sentir mais assistida e sem os recursos mínimos ao alcance, acho uma perda de tempo e investimento.
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AGÊNCIA BRASIL

Profissionais do Mais Médicos começam a trabalhar em 454 municípios
Brasília – Os profissionais formados no Brasil inscritos no Mais Médicos, começam nesta segunda-feira (2/9) a atuar em 454 municípios de todo o país. O objetivo do programa é levar médicos para atender a população em unidades básicas de saúde do interior dos estados e em periferias de grandes cidades, onde há carência de profissionais de saúde.

Nesta primeira etapa estão incluídos os 1.096 médicos com diplomas do Brasil. Os 682 estrangeiros ou médicos formados no exterior estão em fase de treinamento e avaliação e devem começar a trabalhar no dia 18 de setembro. Ao todo, 3.511 cidades haviam solicitado 15.450 profissionais.

De acordo com o Ministério da Saúde, os médicos com diploma do Brasil tiveram prioridade nas vagas. As remanescentes foram oferecidas primeiramente a brasileiros graduados no exterior e em seguida a estrangeiros, que atuarão com autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e nas regiões onde serão alocados pelo programa.

O ministério vai recepcionar os médicos que atuarão no programa em seis capitais: Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Além da contratação de profissionais, o governo federal vai investir, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo país. Desse montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para a construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento e 16 mil unidades básicas. (Agência Brasil)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

 

 

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