Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid-19: 90% dos adultos brasileiros já tomaram a 1ª dose da vacina

No Brasil, vacinação ampla é esperança contra a cepa

Casos de dengue e zika no Brasil diminuem, mas os de chikungunya aumentam

Antecipação não tem base na ciência, dizem médicos

Anvisa aguarda dados da Pfizer sobre variante delta para decidir sobre vacina para crianças

Doutor Bumbum tem o registro cassado

Covid-19: Goiás registra 1.174 novos casos e 9 mortes em 24 horas

Covid-19: Goiânia é uma das quatro capitais com tendência de queda de casos

Artigo/Breno Monteiro: Piso salarial pode fechar hospitais e causar desemprego na saúde

AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: 90% dos adultos brasileiros já tomaram a 1ª dose da vacina

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (2/12) que o número de pessoas aptas a receberem o imunizante corresponde a 177 milhões de brasileiros. Ao todo, 159,3 milhões tomaram a primeira dose da vacina. Até o momento, mais de 372,5 milhões de doses foram distribuídas aos 26 estados e Distrito Federal.

O Brasil atingiu nesta quinta-feira a marca de 90% do público-alvo, ou seja, adultos com mais de 18 anos vacinados com a primeira dose de algum dos imunizantes contra a covid-19. Ao todo, 159,3 milhões de brasileiros iniciaram o ciclo vacinal contra a doença e 79,03% completaram o esquema com as duas doses ou dose única, de acordo com dados divulgados pelo ministério.

O país também registrou queda de 92,57% na média de óbitos desde o pico da pandemia, registrado em 19 de abril deste ano.

Novas doses

Em novembro, o governo federal comprou mais de 550 milhões de doses de imunizantes. A expectativa do Ministério da Saúde é que mais de 354 milhões de doses sejam utilizadas como reforço em 2022.

Até o momento, 14,1 milhões de pessoas estão com a imunização reforçada com a dose adicional ou de reforço. Cerca de 13,7 milhões de brasileiros entre 12 e 17 anos já tomaram a primeira dose da vacina e 3,4 milhões estão completamente vacinados com as duas doses da Pfizer.

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O GLOBO

No Brasil, vacinação ampla é esperança contra a cepa

Para especialista, tendência é que hospitalizações e mortes não cresçam tanto com a nova variante

Ao fechar o mês de novembro com pouco mais de 6. 800 mortos pela Covid-19, o Brasil colhe hoje os frutos da vacinação. E é nela que se pode apostar para enfrentar a nova ameaça mundial, a variante Ômicron, que parece ser ainda mais transmissível que a Delta.

O número de óbitos ainda é alto, mas é incomparavelmente menor que o do pico da pandemia, em abril, quando mais de 82 mil pessoas morreram pela doença em um só mês. Até aquele momento, a vacinação ainda patinava no Brasil, com frequente falta de doses.

Maio e junho ainda mantiveram elevado número de óbitos, 58. 679 e 55. 280, respectivamente. A partir de julho, justamente quando o programa de vacinação engrenou, a queda se tornou constante. Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, membro do Comitê de Monitoramento Extraordinário da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), a relação é clara.

– Em janeiro, quando a variante Gama começou a circular, como era mais transmissível que a cepa original, houve um aumento exponencial. A partir de maio, o percentual de vacinados aumenta um pouco e isso ajudou a frear o número de óbitos. Mas entre março e junho a vacinação ainda era lenta. Só em julho, ultrapassou 40% e entramos num ritmo rápido, conseguimos diminuir as mortes e também os casos – afirma Naime Barbosa.

A aceleração em julho foi fundamental, de acordo com o infectologista, para que a variante Delta, que é 100% mais transmissível que o vírus original e 50% mais que a Gama, não fizesse um estrago tão grande.

Para Barbosa, a alta cobertura vacinal -63% dos brasileiros já estão totalmente imunizados contra a Covid – será determinante para nos proteger da Omicron:

– É muito provável que, por conta da alta taxa de vacinação, o Brasil não deva ter problema de aumento nas hospitalizações e óbitos pela nova variante. Ela deve começar a circular por aqui, mas muito provavelmente não vai vingar – afirma o infectologista, celebrando a tradição de vacinar do brasileiro: – Os negacionistas e até o governo federal não mudam nosso DNA. Aqui é o país do Zé Gotinha! Com o PNI erradicamos varíola, pólio, sarampo, e hoje o brasileiro vai para a fila de vacina sabendo que ela é eficaz e segura. Isso fez toda a diferença.

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FOLHA DE S.PAULO

Casos de dengue e zika no Brasil diminuem, mas os de chikungunya aumentam

Raquel Lopes

Os casos de dengue e de zika caíram no Brasil, enquanto os de chikungunya cresceram em 2021, todos em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados do Ministério da Saúde foram apresentados durante o lançamento da campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Os casos de dengue tiveram queda de 46,6% de janeiro a novembro deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Foram notificados 494.992 casos neste ano e 927.060 em 2020.

Já o total de mortes pela doença caiu 62%. Em 2020, foram 564 e, em 2021,212.

Apesar de o país registrar tendência de queda em números de casos, 12 estados apresentaram crescimento. Entre eles, os que tiveram maior variação foram Amapá, Alagoas e Rio Grande do Sul

Em relação aos casos de chikungunya, o número de notificações subiu em 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, de janeiro a 20 de novembro, houve 92.066 casos, elevação de 30,8% em relação ao ano anterior. Foram dez óbitos em 2021.

Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações, sendo que a maior incidência foi registrada no Sudeste. Segundo dados do Ministério da Saúde, os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco, São Paulo, e Paraíba.

Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, chikungunya e zika, essa última foi a única que não resultou em óbitos em 2021.

Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis da doença, uma queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020.

Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, destacou que a campanha irá durar 30 dias. Ele destacou que é preciso combater o mosquito Aedes aegypti para conseguir controlar as doenças ligadas a esse vetor.

‘O Brasil tem diminuído, como foi dito, de uma maneira geral no âmbito geral as chamadas arboviroses de 2020 a 2021, mas como foi mostrado alguns estados têm chamado a nossa preocupação. É por isso que precisamos estar atentos, vigilantes para garantir cada vez mais a saúde de qualidade’, ressaltou.

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Antecipação não tem base na ciência, dizem médicos

Para infectologistas, a decisão do estado de São Paulo de antecipar a dose de reforço da vacina contra Covid não tem justificativa científica. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (2) e ocorreu por conta do surgimento da variante ômicron e pela proximidade com as festas de fim de ano.

Antes os paulistanos deveriam esperar cinco meses após a segunda dose para receber o reforço do imunizante. Agora a espera caiu para quatro meses.

O calendário de início das aplicações varia conforme o município. Na cidade de São Paulo, a nova medida passa a valer a partir desta sexta-feira (3) -será usado o imunizante da Pfizer, independentemente de qual produto tenha sido aplicado no esquema vacinal primário.

Renato Kfouri, pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), afirma que “não há nenhuma evidência para se fazer isso em indivíduos com menor idade”.

“Temos dados que mostram que há uma perda de proteção acima de 50 anos -e com o passar do tempo. Essa perda é mais rápida de acordo com a vacina e a idade, então a Coronavac perde primeiro a proteção do que a AstraZeneca, assim como os idosos perdem primeiro”, explica ele.

Kfouri afirma ainda que dados sobre perda de proteção contra o coronavírus para pessoas abaixo de 50 anos não existem no Brasil.

No entanto, o médico destaca que tomar o reforço mesmo com menor idade e no prazo mais curto não deve trazer malefícios às pessoas. “Todos vão precisar do reforço, mas nesse intervalo mais curto eu não vejo vantagem. Fazer um reforço com intervalo de cinco meses, privilegiando aqueles que mais precisam, é uma ideia melhor”, diz.

“O programa de imunização se faz com estratégias, recomendações que não são mudadas a toda hora e com evidências. No Ministério da Saúde, a conta que fizemos é que até o final do ano estaríamos oferecendo dose de reforço para todos acima de 50 anos cinco meses após a segunda dose”, afirma.

Quanto à ômicron, Kfouri diz que não há evidência, ao menos por enquanto, de que, com a nova variante, seja necessária uma mudança no esquema de vacinação.

“Não acho que é uma atitude que trará benefícios, só serve para criar confusão. As pessoas podem se perguntar ‘por que São Paulo está fazendo assim?’. Parece que sempre querem criar um programa diferente do resto do país”, completa.

Nesta quinta, após o anúncio do governo de João Doria (PSDB), membros do Ministério da Saúde informaram que atualmente a pasta não pretende recomendar a redução do intervalo de doses de cinco para quatro meses. Até o momento, dizem esses integrantes da pasta, não há benefícios comprovados dessa redução.

Ao informar o novo calendário, o governo paulista diz ter levado “em consideração que São Paulo é porta de entrada, via portos e aeroportos, de pessoas de todo o mundo e o Brasil ainda não tem a obrigatoriedade da apresentação de comprovante de esquema vacinal completo para os viajantes”.

Raquel Stucchi, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), concorda com Kfouri que faltam evidências para essa antecipação do reforço.

Para ela, já foi observado por cientistas que as pessoas até 50 anos mantêm uma proteção boa por até cinco meses, que passa a diminuir a partir de 60 e 70 anos. “Antecipar mais um mês parece um desperdício de vacina”, diz ela.

De acordo com Stucchi, seria mais recomendável que o estado doasse doses para países que mais precisam.

“Outra atitude que o governo do estado de São Paulo deveria fazer é buscar quem não tomou a primeira dose e os faltosos da segunda dose. Esforços deveriam estar concentrados para isso e não ficar mudando a política”, afirma.

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Anvisa aguarda dados da Pfizer sobre variante delta para decidir sobre vacina para crianças

Mateus Vargas

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aguarda a Pfizer entregar dados complementares sobre a segurança e eficácia da vacina contra a Covid-19 para decidir sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos.

O órgão regulador pediu informações sobre a resposta do imunizante contra a variante delta, predominante no Brasil, além da comparação de registro de reações adversas nesta faixa etária e em grupos mais velhos, entre outras manifestações.

Desde 16 de novembro a Anvisa avalia o pedido da Pfizer. O prazo de resposta é de 30 dias, mas foi congelado em 23 de novembro, data em que a agência solicitou mais dados.

O prazo voltará a correr quando a farmacêutica entregar este pacote de informações.

A diretora Meiruze Sousa Freitas, responsável pela área de registro das vacinas, disse à Folha que a Anvisa pode encerrar a análise antes do prazo. Procurada, a Pfizer afirmou que deve entregar os dados “o quanto antes”.

“Quando entregar os dados, diria que está indo para a finalização (da análise)”, disse Meiruze. A diretora ponderou que o período de análise pode ser novamente interrompido, caso a agência apresente novas exigências.

“Não há atraso. Apenas cuidado e rigor técnico, assim como tivemos em todos os momentos das análises das vacinas, seja para a autorização inicial, dose de reforço ou quando ampliamos para adolescentes”, afirmou.

Ainda não há aval no Brasil para o uso de vacinas contra o novo coronavírus em crianças. Apenas o modelo da Pfizer pode ser aplicado no grupo de 12 a 17 anos.

Alguns países já aplicam a mesma vacina em crianças, como os Estados Unidos.

Meiruze disse que o tempo de análise da agência brasileira está alinhado ao de outras agências.

A autoridade sanitária europeia levou 38 dias para liberar a imunização a este grupo com a dose da Pfizer. Já o órgão regulador do Japão abriu a análise em 10 de novembro e ainda não deu resposta.

A diretora disse que os dados sobre a variante delta foram citados em relatório divulgado pela agência sanitária dos Estados Unidos ao liberar a vacina para crianças, mas não estavam no dossiê entregue ao Brasil.

“São informações sobre eficácia, segurança, de um estudo que foi feito e entregue ao FDA (agência análoga à Anvisa). A delta é a variante dominante no Brasil”, afirmou Meiruze.

A Anvisa também cobrou os resultados do monitoramento das primeiras semanas da vacinação com as doses da Pfizer nos Estados Unidos no grupo mais jovem.

Meiruze disse que pediu à farmacêutica dados sobre registro de miocardite e de pericardite após a vacinação. A diretora afirma que estas exigências são tradicionais e não indicam que há alto risco de reações às doses.

“O produto pediátrico tem sempre um olhar adicional de segurança”, afirmou. “Normalmente são populações menores nos estudos (de crianças). Exige maior avaliação”, declarou ainda.

A diretora da agência disse que as farmacêuticas já foram cobradas a avaliar a resposta das vacinas à variante ômicron, mas que este estudo não deve impactar na análise das doses às crianças.

Meiruze afirmou que não basta considerar a aprovação da vacina em outro país ou publicações científicas para liberar o uso no Brasil.

Segundo a diretora, há análises específicas para cada país, como sobre a estabilidade do produto em climas diferentes. A agência ainda exige um plano de minimização de risco e de alertas sobre reações adversas. A partir destes documentos, pode determinar orientações, como a necessidade de uma “rede de alerta”, informações adicionais para os profissionais de saúde que lidam com a vacina ou a inclusão de reações adversas na bula.

A Anvisa também pediu a colaboração de entidades médicas no debate sobre a vacinação das crianças. A primeira reunião com representantes das sociedades brasileiras de imunologia, pediatria, infectologia, entre outras organizações, será feita na sexta-feira (3).

Meiruze afirmou que o grupo será apenas consultado, mas não tem poder de decisão. O debate com os especialistas não deve atrasar a decisão sobre a vacinação das crianças, disse a diretora.

A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, disse à Folha que o pedido feito no Brasil para o público de 5 a 11 anos é igual ao apresentado em outras agências reguladoras.

As vacinas também são as mesmas para adultos e crianças, mas em dose inferior.

“É um terço dose da vacina dos adultos. Solicitamos a aprovação à Anvisa e estamos esperando a resposta. Depois dessa aprovação, estamos preparando resultados para crianças de 6 meses a 5 anos. Esperamos para 2022, mas ainda não sabemos quando. A companhia ainda não comunicou os dados”, disse.

Ministério da Saúde prevê, no plano de vacinação do próximo ano, imunizar 70 milhões de crianças, o que depende de aprovação da Anvisa.

O governo anunciou na segunda (29) a compra de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022, com possibilidade de contratar mais 50 milhões de vacinas do mesmo modelo.

Diretores da Anvisa receberam ameaças de integrantes do movimento antivacina, e o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) é um vetor de desinformação.

Meiruze disse que as ameaças e a pressão do grupo antivacina não interferiram no trabalho da agência. “A Anvisa busca estar isenta nestes processos”, afirmou.

“Não há atraso. Apenas cuidado e rigor técnico, assim como tivemos em todos os momentos das análises das vacinas, seja para a autorização inicial, dose de reforço ou quando ampliamos para adolescentes”

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O DIA

Doutor Bumbum tem o registro cassado

O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, teve seu registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) por atuar como cirurgião plástico sem especialização. A cassação foi julgada e aprovada pelo Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina. Além de Denis, sua mãe, a doutora Maria de Fátima Barros Furtado, também teve seu registro de profissão anulado em razão da mesma prática. Os dois respondem no Rio de Janeiro pela morte de uma paciente, em 2018, devido a um procedimento estético inapropriado.

A bancária Lilian Calixto, de 46 anos, morreu horas após realizar uma intervenção estética com Denis, no apartamento do médico na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O profissional prometia realizar o procedimento de bioplastia de glúteos, com a aplicação da substância química polimetilmetacrilato 30% (PMMA) em quantidade acima da recomendada. A vítima faleceu no dia seguinte, no Hospital Barra D’Or, devido a complicação derivada diretamente da aplicação da substância.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1.174 novos casos e 9 mortes em 24 horas

Ludymila Siqueira

Goiânia – Dados atualizados da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) mostram que o Estado registrou 1.174 novos casos do novo coronavírus e 9 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira(2/12). A pasta já contabiliza 938.668 infecções e 24.556 óbitos confirmados em razão da covid-19.

Conforme o boletim estadual, 937.895 pessoas estão recuperadas da doença em Goiás. A SES-GO investiga ainda 580.709 casos e 390 mortes para saber se há alguma relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,62%.

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Covid-19: Goiânia é uma das quatro capitais com tendência de queda de casos

Goiânia – Goiânia é uma das quatro capitais brasileiras com tendência de queda nos casos do novo coronavírus, segundo análise feita por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizando números das últimas seis semanas. Os dados foram publicados nesta quinta-feira (2/12) em nova edição do Boletim InfoGripe, que traz atualizações sobre os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil.

No País, cerca de 96% dos casos de SRAG registrados desde o ano passado são causados por infecções da covid-19. Além de Goiânia, Belém (PA), Campo Grande (MS) e Porto Alegre (RS) são as outras capitais com tendência de queda das contaminações pelo vírus. Todos os números foram contabilizados até a semana 47 deste ano, referente ao período de 21 a 27 de novembro. De acordo com a Fiocruz, o Estado de Goiás figura entre as sete unidades federativas com tendência de queda no número de casos, a partir da análise dos dados referentes às últimas seis semanas.

A faixa etária dos zero aos nove anos de idade é a única na qual não predominam os casos de covid-19, mas sim do vírus sincicial respiratório (VSR). Em todas as outras, informa a Fiocruz, a predominância das infecções registradas é das contaminações pelo novo coronavírus. Em relação aos casos de SRAG, a Fundação destaca no boletim que 14 das 27 unidades da federação apresentaram sinal de crescimento dos casos com base nos dados de longo prazo (das últimas seis semanas).

Nas últimas quatro semanas, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) atualizados nesta quinta-feira (2/12), foram confirmados 4.305 casos do novo coronavírus. A taxa de incidência registrada no período, de acordo com a SES-GO, foi de 61 infectados a cada 100 mil habitantes. Ao todo, 3.038 pessoas se recuperaram da doença. A maioria das infecções foi registrada em mulheres (52,26%).

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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo/Breno Monteiro: Piso salarial pode fechar hospitais e causar desemprego na saúde

O piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem (PL nº 2564/2020), aprovado recentemente pelo Senado e que aguarda votação na Câmara dos Deputados, pode tornar insustentável a operação de centenas de estabelecimentos de pequeno e médio porte, bem como de hospitais sem fins lucrativos em todo o país. Em alguns estados, o aumento médio na remuneração será de mais 150%, o que pode fazer com que muitos hospitais sejam fechados.

O texto votado no Senado estabelece um piso salarial de R$ 4.750,00 mensais para enfermeiros; 70% do valor desse piso para técnicos de enfermagem e 50% do valor desse piso para auxiliares de enfermagem.

Estudos apontam que o impacto financeiro do piso salarial seria devastador para todo o setor da saúde, podendo chegar a R$ 18,4 bilhões no total — sendo R$ 6,3 bilhões para o setor público, R$ 6,2 bilhões para entidades sem fins lucrativos e R$ 5,8 bilhões para entidades com fins lucrativos por ano.

Apesar de considerar que enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem desempenham um papel imprescindível dentro de um hospital, outro efeito colateral do piso salarial nacional seria estrangular ainda mais um setor que já enfrenta uma crise. Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos, cerca de 40 mil leitos privados foram fechados.

Impor o piso, sem considerar a realidade de cada região, bem como do próprio setor, pode não só provocar o fechamento de centenas de hospitais, como causar desemprego na área.

De acordo com um recente levantamento da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), que representa 1.824 hospitais filantrópicos com atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, há estados em que o piso nacional representará um aumento de mais de 100% na remuneração. É o caso de Pernambuco, Acre e Paraíba, em que o projeto de lei vai impor um aumento médio no salário de enfermeiros, respectivamente, de 114%, 126% e 131%. O acréscimo será ainda maior na remuneração dos técnicos de enfermagem.

Em São Paulo, estado que tem a maior média salarial de técnicos, o piso vai impor um aumento de 40% e de 10% dos enfermeiros. Na Paraíba, a remuneração dos técnicos terá um acréscimo de 186%, a maior entre os estados. Regiões mais pobres serão as mais impactadas pelo aumento de custos, pois praticam médias salariais bem abaixo dos grandes centros.

O que torna o cenário ainda mais preocupante é a crise no setor hospitalar causada pela pandemia de Covid-19, que diminuiu drasticamente a receita e aumentou exponencialmente o preço de insumos. Somente a enfermagem representa, em média, 50% dos custos com pessoal, nas unidades hospitalares.

O piso salarial nacional pode, ainda, pressionar o orçamento do poder público, uma vez que é preciso ter receita para poder absorver esse piso. Entretanto, é sabido que muitas prefeituras não terão como arcar com esses salários nas unidades de atenção básica e nos hospitais municipais.

Cerca de 56,5% dos hospitais privados atendem a rede pública, ou seja, são prestadores de serviços, que, principalmente no interior do país, acabam tornando-se a única opção de assistência hospitalar. Sendo assim, sem ter como pagar as contas, muitos serão obrigados a encerrar as atividades. Além do desemprego, veremos moradores de diversas cidades desassistidos. O cenário não é nada animador.

*Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde)

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Assessoria de Comunicação

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