Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03 A 05/05/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DIÁRIO DA MANHÃ
Pacientes enfurecidos no hospital incapacitado

Quando a equipe do DM chegou ao hospital público da cidade (Bela Vista de Goiás), um caos estava instalado. Apesar de não faltarem médicos, segundo funcionária do hospital que preferiu não se identificar, “faltou todo o resto”. Apenas uma recepcionista tentava conter a confusão de pacientes enfurecidos esperando atendimento desde cedo.
Faltavam de atendentes à farmacêuticos, cerca de oito pessoas do quadro diário de servidores do Hospital e Maternidade Dr. Jean Saba Matrak. “Não faltou médico porque nós ligamos para o doutor Fernando”, contou. Esta mesma funcionária, mostrou um documento e disse: “Todos que saíram tiveram que assinar isto”. A cópia era um pedido de demissão, com um espaço para o funcionário assinar, que informava à prefeita Nárcia Kelly que aquele pedido era pessoal e espontâneo. “Ninguém veio porque eles mandaram”, finalizou a funcionária sem querer dizer mais nada.
Na fila, Heregina dos Santos (39), dona de casa, esperava atendimento com o filho de três anos no colo desde cedo. “Já nem sei a hora que cheguei aqui. Sei que vou ficar pelo menos até às 16h sem atendimento. Estamos cansados. Isto aqui está um caos. A saúde em Bela Vista é precária”, reclamou às 11 horas.
José Miranda aborda a equipe de reportagem indignado: “Ainda bem que vocês vieram para nos ajudar. Aqui as pessoas não estão sendo atendidas e estamos passando necessidades. Não tem nenhum copo para tomar água. Tive que pegar no pit dog. Cheguei aqui às 6 horas e pouco com a minha esposa passando mal. Já são mais de 11h e só agora há pouco eles colocaram ela no soro”, denuncia.
“Está faltando todo tipo de atendimento para o povo. Sou nova e concursada, não estou nem sabendo fazer direito meu trabalho por falta de orientação. Ninguém veio trabalhar e muitos falam que o prefeito saiu para a Nárcia Kelly não se candidatar”, confidencia outra funcionária do hospital que também ficou com medo de se identificar. “Ninguém vai falar com você. Estão todos com medo de serem demitidos”, finaliza. (03/05/14)
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O POPULAR

Artigo – Motivos para comemorar

Chega ao fim uma luta de 24 anos dos servidores da Saúde em Goiás, pelo direito a um plano de cargos e remuneração que promovesse a valorização profissional e o estímulo ao serviço público. Essa era uma expectativa das categorias profissionais desde a Lei Orgânica do SUS de 1990 que previa o instituto desse instrumento.
Aprovado em segunda votação pela Assembleia Legislativa de Goiás na terça-feira, o Plano de Cargos e Remuneração dos Servidores da Saúde (PCCS), contém inovações para os cerca de 11 mil profissionais da pasta ativos e inativos. A progressão de cargos em 15 níveis a cada dois anos de serviço prestado, com o acréscimo de 3% sobre o vencimento inicial é uma grande conquista. Ela é automática, ou seja não está condicionada a nenhum pré-requisito. E significa, por exemplo, que ao final de 30 anos de trabalho o servidor será distinguido com um diferencial de 55,8% de acréscimo acumulado em relação ao iniciante.
O esforço pela especialização numa área tão sensível a avanços técnicos também será recompensado. Os percentuais sobre as titulações acadêmicas variam de 10% a 30% conforme os graus de especialização, mestrado e doutorado. Os de nível médio que comprovarem 260 horas de cursos receberão 7%, e os de nível fundamental, que se especializarem, terão direito a 5% de acréscimo sobre os vencimentos, a cada 180 horas de cursos de formação.
Com isso, somando os quase 56% da progressão de referências, um servidor pode chegar até a 80% de acréscimo salarial. O PCCS vai entrar em vigor em dezembro de 2014, quando as categorias já terão recebido a data-base, que estão asseguradas.
O empenho do governo do Estado, sem comprometer a governabilidade nos próximos anos, foi importante neste processo. Por causa do impacto financeiro da adequação, as vantagens pecuniárias do Plano serão aplicadas de modo escalonado no prazo de três anos, completando até 2016 seus efeitos de ajuste financeiro sobre os vencimentos dos servidores efetivos.
Foi decisivo o papel da Casa Civil, do deputado relator Hélio de Sousa, do líder da bancada Fábio de Souza e todos os deputados da Casa que votaram em unanimidade. E claro, do ex-secretário Antonio Faleiros que iniciou o processo de construção do Plano em sua gestão. Importante esclarecer que a proposta foi amplamente discutida na Mesa Estadual Permanente de Negociação, formada por representantes de todos os sindicatos das profissões da saúde.
Foram discussões árduas, pelas diferentes visões sobre o possível e o ideal. O resultado refletiu um amadurecimento na perspectiva de que conseguimos, com muito trabalho e responsabilidade, somar esforços pelo bem coletivo. Os ganhos previstos são reais e factíveis. De forma equilibrada, sem privilégio de nenhuma categoria, temos todos hoje motivo para comemorar.

Halim Antonio Girade é secretário de Estado da Saúde (03/05/14)

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Ossos de vidro
Doença foi mais forte que Vitor
Andreia Bahia

A vida fora do hospital foi curta para Vitor Eduardo Quintino da Silva. Ele morreu 2 meses e 12 dias depois de ir para a casa da avó, Juraci Pereira Quintino. Nesse curto período foi internado três vezes, de acordo com a avó. Uma para receber o medicamento para a doença rara que tinha, osteogênese imperfeita, conhecida como ossos de vidro, as outras duas para tratar de pneumonia. Em uma das vezes, há um mês, foi atendido pela médica que o acompanhava, Paula Pires. Mas a pneumonia reapareceu e Vitor voltou a ser internado, em 5 de abril, desta vez unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital da Criança.
A criança teve alta no dia 11 de abril, segundo informações do hospital, ainda não totalmente curada, conta Juraci. “O peito estava chiando.” Na quinta-feira, o estado dele piorou e, ontem, ele amanheceu “ruim”. Vitor estava com febre de 42 graus. Juraci ligou para a médica Paula Pires e, orientada por ela, deu medicamento para abaixar a febre e fez compressa com fralda molhada no rosto do neto enquanto preparava para levá-lo ao hospital. Não deu tempo. “Ele deu um vômito, virei ele de lado, ele vomitou, deu um suspiro e morreu”, relata a avó. A família acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que não conseguiu reanimar a criança.
O causa da morte está sendo Investigada pelo Instituto Médico-Legal (IML), mas a avó acredita que Vitor morreu em decorrência da pneumonia. No hospital, onde viveu durante 1 ano e 5 meses, a criança não teve pneumonia, relata a médica, mas sempre foi doente. Paula conta que ele já estava adaptado à casa da avó e ela esperava que ficasse bem.
Desde que chegou a casa de Juraci, Vitor não quebrou nenhum osso. Vitor também fazia terapia no Centro de Reabilitação e Readaptação Henrique Santillo /crer).

Garoto foi morar com a avó após alta médica
Vitor Eduardo Quintino da Silva foi morar com a avó depois que a mãe, Lauane Quintino, decidiu entregá-lo para adoção, alegando não ter condições de cuidar dele. A criança nasceu com diversas fraturas no corpo e exigia cuidados que a mãe, que tem outros dois filhos, de 7 anos e 8 meses, não podia suprir. A história comoveu muitas pessoas, inclusive a avó materna, que decidiu requerer a guarda da criança. Vitor foi morar com a Juraci, o marido dela, Edvaldo Santos, com autorização do Conselho Tutelar. O corpo de Vitor foi liberado pelo Serviço de Verificação de Óbito no fim da tarde de ontem e levado para Avelinópolis, a 60 quilômetros de Goiânia, onde será sepultado. (03/05/14)
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A REDAÇÃO
Número de transplantes de órgãos no país cresceu 18% nos últimos três anos
Brasília – O número de transplantes de órgãos sólidos no Brasil aumentou 18% entre 2010 e 2013. Segundo o Ministério da Saúde, os procedimentos considerados de alta complexidade, como os transplantes de pulmão (100%) e coração (60%), tiveram as maiores elevações no período.
"O aumento do transplante mais complexo significa uma melhora no sistema de transplante, porque esses são os transplantes com maior carência, por exemplo transplante de pulmão, coração. As pessoas que não recebem [o órgão] morrem, não têm opção”, avaliou o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Héder Murari Borba.
Embora os procedimentos considerados mais complexos não sejam os de maior número, eles exigem melhores serviços e equipes, desde a organização da captação de órgãos até a cirurgia e o acompanhamento da recuperação dos pacientes. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem a maior rede pública de transplantes do mundo. O rim é o órgão mais transplantado e mais aguardado na fila de pessoas que precisam de um transplante.
“Os Estados Unidos fazem mais transplantes que o Brasil, mas lá o transplante é privado. Uma parte é subvencionada pelo Estado, e os imunossupressores, medicamento que a pessoa recebe depois do transplante, têm que ser comprados”, contou Borba.
Entre 2010 e 2013, com o aumento do número de transplantes, a fila dos que aguardam um órgão diminuiu 56,8% nos últimos três anos. Santa Catarina e o Distrito Federal são os locais com maior relação de doadores por milhão de habitante, passando dos 30. Em 2010, 59.728 pessoas estavam na lista nacional de espera e, em 2013, o número passou para 38.074.
O transplante de córnea é o que mais apresenta redução na lista de espera. Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, o Paraná, o Rio Grande do Sul e São Paulo zeraram a fila por essa cirurgia em 2013. A lista de transplante é considerada zerada quando o número de pacientes que precisam do procedimento está dentro ou abaixo da capacidade média mensal de atendimento do estado.
O total de pessoas que doaram órgãos passou de 1.896, em 2010, para 2.562, em 2013, uma alta de 35,1%. Apesar do aumento, dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) indicam que, no Brasil, 47% das famílias que podiam doar órgãos de um parente que teve morte cerebral se recusaram a autorizar o procedimento. A entidade ressalta que no país só quem pode tomar essa decisão é a família do doador, mesmo que a pessoa tenha manifestado o desejo por escrito.
Segundo Borba, a resistência à doação está ligada à falta de esclarecimento da população. “[Nas campanhas] queremos esclarecer que é um procedimento seguro, que a pessoa não vai ter sua morte acelerada. [São] coisas que ainda persistem na mentalidade da população, mas que vêm melhorando gradativamente e muito intensamente nestes últimos anos.”
O coordenador ressalta que muita gente não doa porque teve seu parente mal atendido no setor de urgência. “Se o atendimento for ruim na hora que o paciente precisa ser atendido, como a família vai ser abordada para que doe os órgãos do ente que faleceu?”, concluiu. (04/05/14)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

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