Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03 A 12/01/15 (FINAL)

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DIÁRIO DA MANHÃ

Anvisa se reúne para declarar substância da maconha como remédio

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retoma, nesta semana, o debate que pode excluir o canabidiol da lista de substâncias proibidas e reclassificá-lo como medicamento. A reunião da diretoria colegiada está marcada para a próxima quarta-feira (14).
De acordo com a Anvisa, serão discutidos, também, os critérios e procedimentos para a importação de produtos a base da substância em associação com outros canabinoides, por pessoa física e para uso próprio.
Na primeira reunião do ano, os diretores da agência devem avaliar a atualização de dados cadastrais relativos ao funcionamento de empresas, e a transferência de titularidade de registro de produtos sujeitos à vigilância sanitária em decorrência de operações societárias e operações comerciais.
Outra pauta trata da proposta de regulamento que estabelece os requisitos de boas práticas para o funcionamento dos serviços de diagnóstico por imagem, que utilizam equipamentos emissores de radiação ionizante na área da saúde.
Será analisada a proposta de regulamentação para adequação do registro de lágrimas artificiais e lubrificantes oculares, além de regras para o controle de agentes clareadores dentais classificados como dispositivos médicos.
A participação do público na reunião é aberta e os pedidos de manifestação devem ser encaminhados em até dois dias úteis antes da data da reunião para o e-mail: dicolpublica@anvisa.gov.br.
No ano passado, a Anvisa simplificou os trâmites necessários para a importação de produtos à base de canabidiol, por pessoa física e para uso próprio. Com a mudança, a documentação entregue pelos interessados tem validade de um ano, sendo necessária apenas a apresentação da receita médica a cada novo pedido de importação.
O Conselho Federal de Medicina autorizou neurocirurgiões e psiquiatras a prescrever remédios à base de canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsia, cujos tratamentos convencionais não surtiram efeito. (12/01/15)

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Apenas 10% das doações de órgãos possíveis são efetivadas

Deivid Souza,Da editoria de Cidades

De acordo com levantamento da Central de Transplantes de Goiás, obtido com exclusividade pelo Diário da Manhã, apenas uma em cada dez doações possíveis é aproveitada. Em 2014, foram notificados 260 casos de morte encefálica no Estado, mas apenas 27 deles foram concretizados. Enquanto isso, 1.237 pessoas aguardam receber um órgão em Goiás. O índice goiano de doação de órgãos e tecidos é cinco doadores pmp (por milhão de população ao ano), bem aquém do indicador nacional, 13,9 doadores pmp. O Brasil está em uma posição intermediária no ranking mundial do quesito. Para efeito de comparação, a melhor taxa pertence à Espanha com 35 pmp.
São vários os motivos para a realidade do Estado. Eles vão desde o baixo número instituições credenciadas pelo Ministério da Saúde (MS) para a realização de transplantes à negativa de familiares. O Brasil tem uma legislação muito criteriosa sobre a doação de órgãos. Para constatação da morte encefálica, primeiro passo para doação (veja gráfico nesta página), é necessário o trabalho de uma equipe com um médico neurologista e exames como eletroencefalograma, doppler transcraniano e arteriografia transcraniana, mas nem todas unidades de saúde do País têm equipamentos para estes exames.
Entre as unidades que têm condição de fazer a constatação nem todas fazem a comunicação de morte encefálica obrigatória.
De acordo com o gerente da Central de Transplantes de Goiás, Luciano Leão, “os profissionais (de saúde) não estão devidamente orientados e compromissados com a questão dos transplantes”. Segundo ele, isto está relacionado ao fato a maioria das faculdades de medicina não terem disciplinas específicas sobre o assunto.
Leão afirma que as negativas de familiares quanto à doação, em Goiás, giram em torno de 50%. “Muitas famílias, ou por não conhecerem o desejo manisfestado em vida por aquele seu ente querido ou por outro motivo, não autorizam (a doação) e daí vem o grande índice de negativa”, complementa Leão.
A conscienização da importância de discutir o assunto com a família em vida é uma das bandeiras do órgão. Um projeto da instituição vai levar para escolas da rede estadual de educação palestras informativas sobre o assunto, seguindo um modelo da Espanha.
Mesmo assim, em 2014, foram realizados 945 transplantes. O número é 2,9% maior que o de 2013, quando foram realizados 918 procedimentos. No entanto, o montante já foi maior. Em 2012, ano recorde, as transferências de órgãos somaram 1.104 ocorrências, número 20,26% maior que do ano passado.

56% É o percentual de famílias que autorizam doação no Brasil
Os procedimentos realizados, em 2014, foram de medula óssea, córnea, rim e pâncreas. Transplantes de fígado e coração ainda não são realizados no Estado, quando há necessidade, os pacientes são encaminhados para outras unidades da federação com despesas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Estão em fase de credenciamento junto ao MS para realização de transplantes de coração os Hospitais Lúcio Rebelo e Santa Casa de Misericórdia. O Hospital das Clínicas (HC) também trabalha para receber a autorização para realiza transplantes de fígado.
A partir de março de 2014, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) passou a ser o principal local de captação de órgãos. O perfil da unidade contribuiu para que o número do ano anterior fosse batido.
No Brasil, 95% dos procedimentos são realizados pelo SUS. Trata-se do maior sistema público de transplantes do mundo. No primeiro semestre de 2014, o País realizou 11,4 mil transplantes. Desse total, 6,6 mil foram cirurgias de córnea, 3,7 mil de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas, rim/pâncreas e pulmão) e 965 de medula óssea. Em 2013, o Brasil fechou o ano com 23.457 realizados, 11,5% a mais do que em 2010 (21.040). No País, atualmente, 56% das famílias entrevistadas em situações de morte encefálica aceitam e autorizam a retirada de órgãos para a doação.

PARCERIA
Para melhorar os índices brasileiros, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, assinou, em novembro do ano passado, um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade do Reino da Espanha, por meio da Organização Nacional de Transplantes (ONT). O documento prevê a formação de equipes de transplantadores em campos inéditos ou pouco explorados no País, como o transplante com coração parado (morte circulatória) e de múltiplos órgãos. O sistema de desse tipo de procedimento da Espanha é considerado um dos mais desenvolvidos do mundo.
O governo brasileiro tem procurado dar bastante transparência à fila de transplantes, e assim, desmistificar conceitos como o de que pessoas com poder aquisitvo maior poderiam ser beneficiadas pelo sistema. Uma das medidas é o acesso de quem espera um transplante à fila por meio da internet no Sistema Nacional de Transplantes (SNT) que pode ser acessado via internet.
Nova vida após transplante

A importância da doação se torna fácil de ser compreendida quando ouvimos histórias como a da dona de casa, Cleuzeli Rodrigues da Silva Santos, 47 anos. A vida dela mudou, há um ano e cinco meses, após receber um rim de um doador que morreu.
Ela conta que, após os 35 anos de idade, sofreu muito, foi diagnosticada com doença renal policística, conhecida popularmente como rins policísticos, uma moléstia progressiva e hereditária que compromete o funcionamento do órgão. Cleuzeli não foi a única na família a ter o problema, a mãe e cinco dos nove irmãos tiveram menos sorte que ela e morreram em decorrência da doença.
Foram anos de sofrimento após o diagnóstico. Ela passou por diálise e hemodiálise que fazia três vezes por semana. “Era uma vida difícil, não tinha ânimo para nada, não tinha vida. Eu não comia, sentia muito fraca, vivia pela graça de Deus”, lembra.
Casada e mãe de três filhos, todos com mais de 20 anos, hoje esbanja disposição. “Agora eu posso viver a vida, eu faço tudo que não podia, eu viajo, passo a semana fora” relata alegre.
Curiosa, ela sempre quis saber sobre o doador e a família, mas os médicos seguem um protocolo que restringe este contato. Cleuzeli sabe apenas que foi um homem moreno de 50 anos. “Eu fico assim emocionada, maravilhada. Eu louvo muito a Deus. As pessoas têm que entender que uma pessoa vai, mas outras ficam”, ressalta.

ASSOCIAÇÃO
Para ajudar a defender os direitos de quem sofre de doenças dos rins foi criada a Associação de Renais Crônicos e Transplantados de Goiânia. A instituição presidida por Escimar José Reis Araújo tem atuado principalmente no transporte dos beneficiários para sessões de hemodiálise que são realizadas três vezes por semana.
Escimar conta que muitos associados morrem por desnutrição, devido ao desgastante processo de hemodiálise. “Eu luto para conseguirmos doações. A pessoa sai de casa às seis da manhã e termina a hemodiálise após o meio dia e sai muito debilitada”, explica.

Passo a passo da doação                 

1 Constatação de morte encefálica por meio de exames conforme portaria do Conselho Federal de Medicina (CFM)
2 Notificação do óbito à Central de Transplantes de Goiás
3 Consulta à família para autorização da doação
4 Comunicação à pessoa que está na fila de espera para receber o órgão*
5 Realização do transplante*
*Esses passos só existem caso a família concorde com a doação (11/01/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

 

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