Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05/03/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


O POPULAR
Aids
Cientistas avaliam cura de bebê
Caso de recém-nascida que ficou livre do HIV requer estudos mais aprofundados, mas entusiasma

São Paulo – Apesar de ter recebido com entusiasmo a notícia de que médicos americanos teriam conseguido curar um bebê infectado pelo HIV, cientistas de todo o mundo estão pedindo cautela antes de comemorar os resultados. O trabalho ainda não foi publicado em nenhuma revista especializada e não passou pela chamada revisão por pares, quando os dados de um estudo são esmiuçados por cientistas independentes. No Brasil, os cientistas também pedem detalhes mais aprofundados sobre o caso.
“Se esse resultado for confirmado, será realmente uma coisa incrível. Mas ainda é cedo para tirar qualquer conclusão. Só o tempo é que vai dizer, como essa criança vai reagir, se ela vai ficar indefinidamente sem manifestação laboratorial e clínica do HIV”, avalia o infectologista Caio Rosenthal, do Hospital Emílio Ribas, de São Paulo. “O problema é que a gente não tem um segmento a longo prazo do caso”, completa o médico.
PREMATURA
Quando chegou a um hospital na zona rural, em 2010, a mãe da menina deu à luz prematuramente. Ela não sabia que era portadora do HIV. No bebê, uma quantidade desprezível de material genético viral foi encontrado, mas sem vírus que pudesse se replicar. Por isso, teria sido uma cura funcional da infecção.
Em entrevista ao jornal The New York Times, a médica pediatra da Universidade do Mississippi, Hannah Gay, membro da equipe responsável pelo caso, disse que deu à recém-nascida três drogas para tratamento, e não para a profilaxia. Os níveis do vírus diminuíram e ficaram indetectáveis quando o bebê completou um mês de vida. Foi assim até que a criança completasse 18 meses, quando a mãe parou de levá-la ao hospital. Quando retornaram, os testes deram negativo. “Foi uma surpresa”, disse Hannah.
O trabalho de Hannah e outros cinco profissionais foi apresentado ontem em um congresso especializado em Atlanta, nos EUA. A criança, que tem agora 2 anos e meio, está há cerca de um ano sem tomar medicamentos e não apresenta sinais do vírus. Se estudos futuros comprovarem o resultado e indicarem que o método funciona com outros bebês, o tratamento de recém-nascidos infectados deve mudar, dizem especialistas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, há mais de 3 milhões de crianças vivendo com vírus da aids.
PRECEDENTE
O americano Timothy Brown é considerado o primeiro caso de cura do HIV. O método usado, no entanto, foi completamente diferente, e ficou conhecido como cura por esterilização. Ele tomava o coquetel contra o HIV quando foi diagnosticado com leucemia. Passou por quimioterapia que “matou” sua medula antiga. No lugar, recebeu um transplante com células-tronco de um doador com uma mutação genética que o tornava naturalmente resistente à contaminação pelo HIV. Depois da cirurgia, o vírus não voltou a se replicar.
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Opinião – Com a palavra, o cidadão

Recente pesquisa Serpes que tornou pública a avaliação dos cidadãos que utilizam os serviços oferecidos pelos hospitais estaduais administrados por Organizações Sociais, é uma prova cabal e isenta do acerto em mudar a forma de gerenciamento dessas unidades. Acima de rançosas manifestações de cunho estritamente ideológico, fala mais alto a voz do verdadeiro patrão do serviço público: Sua Excelência, o cidadão. Sim, o cidadão comum, que a qualquer hora procura e espera ser bem atendido e ter o seu problema resolvido por serviços do sistema público de saúde, pouco importando saber se estes estão sob administração pública direta ou não. O que importa, realmente, é que as regras estabelecidas pelo poder público sejam respeitadas e que haja eficiência, eficácia e economicidade, e, ainda, que os serviços prestados sejam reconhecidos por seus méritos e boa qualidade, por parte daqueles que os utilizam.
Ao contratar instituições da sociedade civil sem fins de lucro, os governos estaduais possibilitam às Secretarias de Saúde o pleno exercício de sua função maior: o de desenvolver uma política de saúde que leve em conta as dimensões da promoção da saúde, da prevenção de doenças e de sua recuperação. Deixam, assim, de ter um papel hegemônico de prestadoras de serviços hospitalares, como sempre foi, para dedicarem-se em toda a sua plenitude a essa missão primordial e indelegável, o que, aliás, está previsto pelos marcos normativos do Sistema Único de Saúde.
A iniciativa do governo estadual em encomendar uma pesquisa isenta a um instituto de reconhecida idoneidade e competência, é mais que louvável. Faço votos de que isso se torne uma prática rotineira, não só para avaliar os hospitais goianos administrados por OSs, mas para avaliar os serviços públicos em geral. Os bons resultados devem ser comemorados e compartilhados com todos aqueles que os tornaram possíveis: direção, profissionais de saúde, funcionários administrativos e de serviços auxiliares e de apoio. Os pontos criticados devem ser levados a sério, procurando-se as causas e corrigindo-se prontamente as falhas e imperfeições, até por que somos nós todos, cidadãos, os que custeamos os serviços públicos com a exagerada carga tributária que nos é imposta em nosso País.
Os mais destacados estudiosos da avaliação de desempenho em saúde destacam a enorme importância e a indispensável participação dos cidadãos no processo de avaliação e de aperfeiçoamento dos sistemas e serviços de saúde. Em praticamente todos os países que dispõem de sistemas de saúde de acesso universal, o uso rotineiro de consultas aos cidadãos é prática usual e recorrente. Com elas aprendemos onde temos falhado; onde estão lacunas importantes a serem preenchidas; onde há situações de iniquidade que precisam de pronta correção; em suma, onde temos acertado e em que estamos errando.
Valendo-me dos meus trinta anos de vida profissional dedicada à saúde pública, ouso aqui deixar uma sugestão singela: que seja acrescida uma cláusula aos contratos de gestão celebrados entre a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás e as OSs que torne obrigatória a realização de pesquisas de opinião sistemáticas, pelo menos uma vez por ano, encarando-as como estratégia indispensável ao aprimoramento da gestão e fiscalizando-se, posteriormente, a adoção das medidas corretivas em decorrência dos elementos que nelas forem apontados. E, é óbvio que os recursos necessários à realização dessas pesquisas de opinião, por institutos de seriedade inquestionável, sejam devidamente consignados no ajuste firmado com o Estado, pois prioridades sem financiamento nada mais são do que discurso vazio.

Fernando P. Cupertino de Barros é médico, mestre e doutorando em Saúde Coletiva, professor da Faculdade de Medicina da UFG, secretário estadual de Saúde de Goiás (1999-2006), presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (2000-2003)
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Editorial – Carências na saúde

Tanto Goiânia como o interior do Estado apresentam muitas carências no atendimento médico-hospitalar à população, o que se reflete muito na qualidade da assistência aos que dela necessitam. As carências do interior acabam também agravando as da capital, pois levam doentes de outras cidades a buscar atendimento em Goiânia.
Se não bastassem todas essas carências, faltam fiscais suficientes para a fiscalização das unidades de terapia intensiva (UTIs) e estas por sua vez padecem de escassez de médicos intensivistas.
Um médico intensivista de Goiânia está atendendo uma média de quase 15 leitos, enquanto o ideal é que haja um para a cada 10 leitos. Tal sobrecarga pode comprometer a qualidade da assistência. São falhas que impedem os hospitais de cumprirem rigorosamente as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Conselho Estadual de Saúde vai além, entendendo que não faltam apenas médicos intensivistas e apontando também a escassez de profissionais como técnicos em enfermagem, enfermeiros e fisioterapeutas. O conselho lamenta que cresce o número de leitos nos hospitais, mas não há aumento do número de médicos e paramédicos.
As esferas de saúde estadual e municipal precisam se entrosar mais para combater juntas as carências da assistência médico-hospitalar.
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Cartas dos Leitores – Ipasgo

Segundo a matéria intitulada Ipasgo equipara valor pago em consultas, do dia 1º de março, o governo e o presidente do Ipasgo anunciaram melhorias para os prestadores e usuários, das quais são merecedores. Esta é a minha indignação: e os colaboradores que colocam a mão na massa e fazem o órgão andar? Onde estão os benefícios dos colaboradores, lembrando que a insalubridade dos auditores que realizam visitas em UTI tem decisão favorável do Ministério Público e da Procuradoria Geral do Estado? E a promessa do pagamento da produtividade aos colaboradores? Pelo jeito somente os prestadores e usuários são dignos de melhorias, mas a esperança é a última que morre.

Fernando Prates Melo
Setor Oeste – Goiânia

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DIÁRIO DA MANHA
Os médicos que não faltam
Carência de especialistas em Goiânia só não é generalizada pela referência em formação de uma especialidade: Oftalmologia

Em Goiânia, algumas áreas possuem carência de Residência Médica, levando em consideração a abertura de novas faculdades nas últimas duas décadas. “No campo da Residência Médica em Oftalmologia isso não acontece, mesmo porque Goiânia é referência nacional nessa especialidade”, assegura o médico Rodrigo Nardelli, coordenador da especialidade médica do Instituto de Olhos de Goiânia (IOG), durante a solenidade de entrega de Certificado de Conclusão do curso, na noite de quinta-feira, 28.
“A carência maior não é dos centros especializados em residência, mas, sim, do desinteresse dos novos profissionais por algumas especialidades, como nas áreas de UTI, Pediatria e Ginecologia Obstétrica”, aponta o especialista, outro grave problema do meio acadêmico da saúde, que repercute, posteriormente, na sociedade.
A maioria das especialidades no Brasil tem a duração de três anos. “Esse também é o período da Residência do IOG, a primeira de Goiás a ser reconhecida pelo Ministério da Educação, em 1995”, informa o médico Ruberpaulo Mendonça Ribeiro, um dos fundadores do IOG, em 1976.
Durante esses três, os residentes em Oftalmologia, ainda segundo o médico Ruberpaulo,  auxiliam no trabalho clínico, diagnosticam e fazem cirurgias completas, no último ano de Residência. “A contribuição desses residentes é fundamental, também, para o atendimento feito aos usuários do Sistema Único de Saúde”, completa o doutor Ruberpaulo.
Evolução
O também oftalmologista, Evaristo Nardelli chama atenção para a importância da Residência Médica, sobretudo, para a evolução e melhoria do atendimento da Medicina. “Sem residência, o médico é, apenas, um clínico geral. A Medicina evolui muito e torna-se quase impossível hoje em dia ir ao um médico generalista”, explica o médico.
Dr. João Nassaralla, professor da Universidade de Brasília, (onde fez dois doutorados), e do IOG, faz um paralelo entre a Residência Médica praticada nas instituições pública e privada. “A instituição pública tem o dinheiro do governo. Na instituição privada, não tem essa verba, mas, em compensação, possui tecnologia de ponta, pois os residentes trabalham em conjunto os com os médicos especialistas das clínicas, se valendo inclusive das últimas tecnologias”, observa dr. Nassaralla.
A médica Ângela de Sant’Anna Moraes, que dentro da Oftalmologia se especializou em cirurgias pediátricas, diz que a Residência Médica contribui ainda para a qualidade do serviço à sociedade, além de favorecer o intercâmbio de conhecimento no meio acadêmico. “Todos, médicos e sociedade, ganham com a especialização”, conclui.
Formação: uma década de conhecimento
Seis anos de faculdade. Três anos de residência. São nove anos de conhecimento médico. “Mas não vou parar ainda de estudar. Tenho mais um ano de fellow  (subespecialidade oftalmológica) pela frente”, revela Fernanda Guedes de Oliveira, 28 anos.
Natural de Volta Redonda, RJ, Fernanda veio estudar em Goiânia, pois “a cidade é uma referência nessa especialidade”, como resume a ex-residente do IOG, hoje médica oftalmologista. “Agora, estou em Brasília, onde faço o fellow, depois retorno para minha cidade natal, onde há carência de oftalmologistas”, diz ela já com o Certificado de Médica Oftalmologista nas mãos.
O goianiense Diogo Mafia Vieira, 29 anos, segue o mesmo caminho. Só que a sua subespecialidade em córnea é em Goiânia, no Hospital das Clínicas. “Cursei a residência no IOG, hoje estou no HC e, mesmo depois de concluir o fellow, pretendo continuar estudando, me especializando. Na Medicina, você não para nunca de estudar”, diz o jovem médico.
Enquanto Fernanda e Diogo acabaram de concluir a Residência Médica em Oftalmologia, o mineiro de Ituiutaba Fernando Plazzi Palis, 26 anos, e o goianiense Rafael Brito Riserio, 32, pertencem à turma do R1, o primeiro ano de residência. “A expectativa é a melhor possível. Na minha lista de preferência estavam as cidades de Goiânia e Brasília. No final, optei por Goiás porque tem tradição nesse campo”, assegura Fernando. Rafael explica que, além da tradição, ficou em Goiânia, pois está em casa.
Em relação à posteridade, os futuros especialistas na área da visão asseguram que não é o momento de pensar “nisso”, como destaca Rafael. É hora de estudar. Se bem que planos para o futuro, todos fazem e nesse campo hipotético, Fernando pensa em retornar à sua cidade natal: “Quem sabe?” – e Rafael seguir pelo interior de Goiás.
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Crianças intoxicadas
Em 2012, 104 crianças se intoxicaram com medicamentos. Maioria dos casos acontece com crianças entre cinco e nove anos

THAMYRIS FERNANDES

O ano de 2012 fechou com o total de 104 pequenos goianos intoxicados pela ingestão de medicamentos, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com relação a 2011, o número foi superior. Naquele ano, apenas 88 crianças apresentaram esse tipo de intoxicação em todo o Estado.
Em São Paulo o caso também se mostra preocupante. Pesquisa realizada pelo Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) – do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – mostrou que, no primeiro semestre do ano passado, foram registrados 600 casos de intoxicação por medicamentos. Desse total, aproximadamente, 25% eram referentes a crianças de um a quatro anos de idade.
De acordo com a SES de Goiás, a faixa etária das principais vítimas desse problema também se repete no Estado. Em 2012, a maioria das crianças que procuraram atendimento médico em Goiás, devido à ingestão imprópria de remédios, estavam nessa faixa de um a quatro anos. Conforme o pediatra César Freitas, – da emergência do Hospital Materno Infantil, em Goiânia – essa média etária é comum, pois corresponde à fase em que a crianças são mais curiosas, estão começando a engatinhar ou andar; e mexem bastante.
Ainda conforme o estudo feito pelo Ceatox, apenas 8% dos 600 casos de intoxicação eram de crianças entre cinco e nove anos. Os adultos, por sua vez, foram 11% dos atendidos, especialmente, entre 30 e 39 anos. Em todos os casos, as mulheres representaram 60% dos entoxicados.
De acordo com especialistas, na fase da descoberta do mundo, os pequenos costumam aprontar e, sem conhecer os riscos reais, são atraídos por tudo que se apresenta colorido, cheiroso ou com sabor agradável. Isso também se aplica aos medicamentos. Dessa forma, quando mais chamativo é o remédio e quanto mais acessível ele estiver, maiores são as chances das crianças se atrairem por ele.
Distração
Conforme o pediatra César Freitas, grande parte dos casos de ingestão indevida de remédios por crianças acontecem como consequência da distração dos responsáveis. Ele conta que é frequente situações em que os pequenos engulem medicamentos consumidos no dia-a-dia pelos pais, avós, tios e outras pessoas da convivência. “Normalmente são remédios de uso contínuo que, por comodidade, acabamos por deixar em lugares de fácil acesso. Como a criança vê adultos consumindo o medicamento, intuem que também podem repetir o comportamento. Isso é ainda mais provável quando o remédio é colorido,” diz.
“Quando tinha uns dois anos e meio, meu filho mais velho subiu na cadeira de amamentação e pegou a cestinha de remédios que ficava numa prateleira, no quarto dele. Daí, pegou um vidro de mel rosado – um remédio natural para a garganta – e bebeu todinho. Quando vi, lá vinha ele vomitando a casa inteira,” conta a jornalista Samira de Castro.
Segundo a jornalista, seu filho Raul Claudino, hoje está com 10 anos. Embora não tenha sofrido nenhuma consequência mais grave, ela conta que se preocupou muito com o filho e aprendeu com a situação. “Mesmo docinho, o remédio era de uso tópico e não podia ser ingerido. Ele teve vômito e dor de barriga. Fora o susto, sem mais complicações. O caso serviu para me alertar que a cesta de remédios estava muito fácil, ao alcance de uma criança mais ativa, como era o Raul Claudino,” diz Samira.
A dona de casa Maria Edith Carvalho Freitas também lembra de situações parecidas. Segundo ela, quando o filho – Carlos, 24 – tinha quase seis anos consumiu uma grande quantia de àcido efervescente, muito usado contra indigestão. Edith conta que um dia, quando estava fora da cozinha, o filho sumiu em um banco e alcançou a prateleira onde guardava remédios. “Ele achava a efervescência uma coisa bonita e tinha curiosidade de conhecer o remédio. Mas, ao invés de diluir o sal na água, ele colocou direto na boca.”
Edith diz que o filho ficou desesperado com as espumas na boca e começou a colocar tudo para fora. Depois de limpar o conteúdo da boca do filho, a dona de casa conta que teve uma conversa séria com ele sobre o risco de tomar remédios sem a orientação dos pais. “Ele já era grandinho e entendeu o que eu disse. Nunca mais brincou com medicamentos. Graças a Deus também não teve nenhuma consequência naquela vez.”
Ranking
Na lista dos medicamentos mais comuns entre as crianças que se intoxicam estão os antinflamatórios, os antibióticos e os anticoncepcionais. As informações são da farmacêutica biomédica do Centro de Informações Toxicológicas (CIT) de Goiás, Flávia Neri M. de Oliveira. Segundo ela, esses são remédios que as pessoas costumam ter sempre em casa e compõem a famosa ‘farmáciazinha’.
Embora em menor número de registros, os psicotópicos  – utilizados no combate da ansiedade, agitação, insônia, angústia, depressão – também aparecem nessa lista. “O curioso é que existem poucos casos em que as crianças ficam intoxicadas por medicamentos pediátricos. Isso ocorre porque esses remédios são administrados pelos pais e a intoxicação só ocorre quando acontece um descuido com as dosagens ou, como nas situações mais comuns, as crianças conseguem alcançar os frascos.”
Embora poucos casos sejam fatais, a farmacêutica conta que as consequências da ingestão excessiva de remédios podem ser desastrosas. Ela explica que superdosagens de paracetamol, por exemplo, podem resultar em uma reação hepática tardia, depois de uma ou duas semanas da alta dosagem. Se a substância ingerida for a dipirona, os efeitos são neurológicos, com fortes confusões mentais.
Nem o AS infantil é menos perigoso. Segundo Flávia, em grandes quantidades, o remédio pode gerar pequenas hemorragias internas. Dependendo da situação o resultado pode ser ainda a Síndrome de Reye. “A síndrome causa dificuldades de metabolização e eliminação de substância pelo corpo, além de confusão mental,” detalha.
Mesmo causando menos acidentes, os psicotópicos são apontados pela especialista como os mais perigosos. Ela diz que, quando intoxicada por esses remédios, as crianças ficam sonolentas, apáticas, torposas – em uma espécie de pré-coma -, podem apresentar hipotensão, diminuição de batimentos cardíacos, insuficiência respiratória e uma série de outros efeitos graves.
O que fazer
Conforme explica Flávia, os pais devem ficar sempre em alerta quanto ao comportamento dos filhos. Segundo ela, se a criança apresenta um comportamento fora do natural já é um motivo de preocupação. “Crianças costumam brincar e ser elétricas boa parte do tempo. Ele os pais observarem que está sonolenta ou apática, é preciso certificar onde estão os remédios da casa e vigiar se diminuíram o conteúdo dos frascos,” recomenda.
Outro sintoma típido de intoxixação, no caso das crianças, é a ânsia natural de vômito. Flávia acrescenta também que elas costumam apresentar salivação acentuada e reclamar do gosto ruim na boa. “Esse último detalhe não é uma regra, pois muito remédios não tem sabor e as crianças acabam engolindo como doces e só depois apresentam sintomas.”
De acordo com pediatra César Freitas, a pior coisa que pode acontecer frente um caso de intoxicação por remédios são os pais entrarem em desespero. Ele recomenda que os responsáveis pela criança mantenham a calma e se dirijam à emergência mais próxima e, se possível, levem o frasco do medicamento consumido.
Segundo ele, dependendo da gravidade do caso, a criança passa por lavagens gástrica com soro fisiológico e carvão ativado. “Isso limpa o organismo e impede com que o organismos absorva a substância. O carvão é expelido normalmente pela criança.”
O médico acrescenta que dar leite ou água à criança só piora o quadro, uma vez que o líquido dilui o medicamento, pode provocar vômitos também é “terminantemente proibído”, como explica o pediatra, pois há riscos do líquido ser sugado pelos pulmões e provocar pneumonia por aspiração. “O ideal é procurar ajuda médica imediatamente. Esqueça qualquer tipo de remédios e providências caseiras.”
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Sem riscos, rumo à perfeição
Novos procedimentos estéticos proporcionam possibilidades de rejuvenescimento rápido, eficaz e seguro

PRISCILLA GUERRA
A modernidade chegou. A tecnologia está em tudo. Inclusive nos cuidados pessoais. Manter-se jovem e bonito tornou-se uma ambição entre pessoas de diversas classes sociais, idades e gêneros.
Muito mais do que uma mera questão de vaidade, a tentativa de retardar o envelhecimento é artifício necessário neste último milênio, em especial nas últimas décadas, para manter-se no mercado de trabalho. Apresentar-se mais jovem, com aparência saudável e bem cuidada pode garantir maior permanência em empregos ou mesmo aumentar o potencial atrativo para os contratadores.
Mudanças sociais fizeram com que o homem também passasse a querer se cuidar mais e ter melhor aparência, chegando a surgir até um termo para homens de extrema vaidade, os metrossexuais.
Os idosos transpuseram as barreiras da idade e, através de maiores cuidados, de uma medicina e indústria farmacêutica mais atuantes, também puderam viver mais e melhor. Foi-se o tempo em que nossas avós ficavam sentadas em cadeiras de balanço costurando. Hoje essa faixa etária é conhecida como melhor idade, em especial porque podem se permitir experiências que anteriormente seriam inimagináveis para a idade. Eles não apenas trabalham por mais tempo, mas namoram, viajam, praticam esportes, estudam e tudo isso possui forte interferência de um ego fortalecido.
Há quem exagere na dose e passe do limite em busca da perfeição, mas em geral a grande maioria quer apenas ser mais feliz com a própria imagem e ir de frente com os complexos e preconceito impostos por uma sociedade que exalta em extremo o belo.

Novo comportamento
Não vamos excluir ainda que a maior longevidade das pessoas é atribuída a uma maior qualidade de vida oferecida aos mais velhos. Atualmente, pessoas de idade avançada não apenas querem se manter no mercado de trabalho, mas também querem viver mais e melhor. Por isso praticam esportes, namoram, viajam e se divertem o quanto podem.
Com o avanço da medicina é possível evitar doenças e tratá-las, manter melhor alimentação e estimular a prática de exercícios físicos. Tudo isso garantindo maior disposição a médio e longo prazos.

Estética para todos
Ainda que exista uma necessidade em manter-se jovem para permanecer no mercado de trabalho ou mesmo que as pessoas de maior idade tendem a buscar com mais demanda os procedimentos estéticos, é importante reconhecer que a maior parte da procura pela vaidade é feita por pessoas jovens ou de meia idade.
De acordo com dados nacionais aproximadamente 68% das pessoas que buscam procedimentos estéticos possuem entre 30 e 40 anos.
Com o avanço tecnológico sabe-se que a medicina estética não existe apenas para remediar os efeitos do tempo. Boa parte das pessoas entende que quanto antes se começar a dar atenção aos cuidados pessoais, maior manutenção da juventude. Digamos que como o próprio ditado popular nos diz: “prevenir é sempre melhor do que remediar”.
Prevenir o envelhecimento é sem dúvidas a tecla mais batida pelos médicos, ainda que o que leva as pessoas aos consultórios não é apenas o “ser jovem”, mas o “ser belo”. Compreendendo que a autoestima possui espessa participação no bem-estar pessoal, a medicina reforçou estudos ao longo do tempo e hoje pode oferecer maior qualidade de vida às pessoas.

Cirurgia Plástica: o extremo
A cirurgia plástica desponta hoje como a primeira iniciativa de rejuvenescimento e embelezamento humano. A intervenção cirúrgica na anatomia humana pode quase tudo. Modifica ossos, reposiciona ou extrai gordura, aumenta partes de maior interesse, diminui outras, modifica face e corpo, estica pele, músculos e promove uma reforma no paciente.
Todavia, é procedimento considerado por muitos como excessivamente invasivo e por muitas vezes tende a ser feito de modo exagerado até a pedido do próprio paciente, numa tentativa desenfreada em conter o envelhecimento ou em buscar o aperfeiçoamento pessoal. Ademais, nos últimos tempos contou com uma redução nos custos, o que tornou a cirurgia plástica mais acessível a muitas pessoas.
A cirurgia plástica como todas as demais cirurgias é uma operação com riscos e nem todas as pessoas podem se submeter a ela. Porém em grande parte tem se popularizado por garantir satisfação a quem busca esta intervenção. Entretanto, para os que ainda não querem partir para o bisturi, já existem diversos recursos que competem com a eficiência da plástica, e muitas vezes podem ser capazes de retardar ou evitar a necessidade cirúrgica.
A menina dos olhos da estética são lábios, maçãs do rosto, queixo, abdômen e onde quer que existam sulcos e rugas no corpo humano. A técnica de preenchimento vem sendo o chamariz estético dos consultórios médicos.
Estudos microbiológicos, histológicos e de biocompatibilidade conseguiram propor, testar e aprovar o uso de preenchimentos sintéticos no organismo humano, para tratamento de rugas, depressões na pele e correções de diversas ordens.
De acordo com o médico, e grande utilizador da técnica, Wilson Della Paschoa, a técnica do preenchimento consiste na aplicação de um implante líquido feita pelo médico no intuito de melhorar o aspecto da localização tratada. Ao ser injetado sob a pele, o preenchimento irá “empurrar” a pele acima dele para fora, suavizando as rugas e sulcos da região.
Conforme explica o médico, o pré-operatório é de fundamental importância. Neste momento serão feitos, além de uma rigorosa anamnese, exames de coagulação e outros que garantirão maior segurança ao paciente.
“Vem a ser um procedimento minimamente invasivo, de rápida execução e de custo acessível. Com o conhecimento nos trabalhos profissionais anteriores e com o grau de satisfação do paciente é possível avaliar positivamente a técnica de preenchimento frente às demais técnicas de tratamento semelhante. Todavia, apenas a avaliação médica precisa será capaz de indicar o que deve ser feito” acrescenta o médico.
A técnica é feita com anestesia local, através do uso de cânulas específicas e não exige internação do paciente. Além do mais, possui recuperação rápida e traz resultados imediatos. Boa parte dos preenchimentos pode ser utilizada em todos os tipos de pessoa, sem maiores restrições.
Vale ressaltar que a técnica de preenchimento ganhou maior visibilidade quando a presidenta Dilma Rousseff, em sua campanha eleitoral de 2010, se submeteu ao processo no intuito de melhorar sua expressão, ganhando ar mais jovial.

A ciência imitando a vida
O ácido hialurônico é a substância mais usada no mundo todo. Ela está presente naturalmente na pele humana e é uma das responsáveis pela elasticidade e lisura da pele. Ao longo do tempo esta substância diminui no organismo, juntamente com as fibras de colágeno, formando rugas, sulcos e depressões sobre a pele.
De origem vegetal e reabsorvível, o ácido hialurônico foi obtido de forma sintética a partir da fermentação de substratos de plantas, buscando imitar o composto original do corpo humano. Deste modo, com a substância artificial fortemente aproximou-se da produzida pelo organismo. Por esta razão tornou-se viável aplicá-la nas regiões indicadas pelo médico para tratar rugas e vincos de expressão.
Além de dar firmeza à pele, podemos destacar como principais vantagens do preenchimento com hialurônico o aumento do nível de hidratação na derme e o maior tônus dado aos tecidos. Também contribui na manutenção do colágeno, e ao ser aplicado na pele forma um filme hidroprotetor que protege e hidrata. Por fim, suas propriedades lubrificantes proporcionam uma aparência rígida, sedosa e suave à pele.
Não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Também devem evitar o procedimento pessoas com inflamações ou infecções na área a ser tratada e também aquelas que possuem distúrbios de coagulação e doenças autoimunes.
O procedimento com o ácido hialurônico costuma ser indicado após os 30 anos, quando a pele começa a apresentar sinais de envelhecimento e sinalizar a perda do ácido no organismo. Porém é possível ser feito antes ou depois desta estimativa.
Os procedimentos com ácido hialurônico prescindem de anestesia tópica, tem baixa duração de aplicação e de resultados, afinal trata-se de um preenchedor temporário. O resultado final dura entre 6 meses e 1 ano, variando de paciente e das características da região tratada, mas possuem os melhores resultados apesar do custo mais elevado.
A técnica permite aplicações graduais e retoques, e caso o paciente não goste do resultado, basta ter um pouco de paciência que logo voltará ao que era. Por esta razão, o risco de arrependimento é infinitamente menor do que em outros casos onde o preenchedor escolhido é definitivo.
A médica Luciana Angélica de Oliveira afirma que, apesar de se tratarem de técnicas diferentes, a utilização do ácido hialurônico pode reduzir o número de cirurgias plásticas, e que associando o preenchimento a outros recursos (botox, laser, etc) é possível obter resultados ainda melhores. “É preciso considerar em primeiro lugar o objetivo do paciente e ter o bom senso de indicar o tratamento mais adequado “. Ela acrescenta que a melhora da pele tratada com o preenchimento é proporcional ao número de aplicações.
A agropecurarista Mariane Alves, de 50 anos, se rendeu ao ácido hialurônico quando decidiu conhecer o procedimento em maio de 2011. “Queria dar um upgrade no visual para o casamento do meu filho. Por este motivo, no noivado dele, cerca de um ano antes da data, procurei um médico e decidi fazer o procedimento com ácido hialurônico. Fiquei um pouco apreensiva de escolher algo que mudasse drasticamente, e o médico sugeriu o ácido hialurônico. Segundo ele, caso não gostasse do resultado, por se tratar de um preenchimento temporário, teria tempo de voltar ao normal. O resultado foi excelente e cerca de um mês antes do casamento, refiz e adorei o resultado. Cada vez que vejo as fotos no álbum de casamento do meu filho me certifico de que valeu a pena investir, e espero repetir mais vezes. Para quem tem medo de mudanças drásticas é a melhor escolha”, afirma.
Na última década do século XX, uma nova substância, o ácido glicólico, foi incorporada ao arsenal de produtos químicos que seriam usados como agentes de “peeling”. Obtido através da cana de açúcar, o ácido faz parte do que clinicamente se chama AHA (Alpha Hidroxy Acid) e possibilita uma estimulação dérmica através da necrose tecidual e de maior atratividade de água para a região tratada.
“O ácido glicólico possui menor molécula e por isto encontrou grande emprego na indústria cosmética, sendo usado largamente no tratamento de rugas, lentigos solares, sequelas de acne, flacidez da pele, estrias e diversos tipos de manchas e lesões”, afirma o cirurgião plástico Rômulo Mene.
De acordo com Mene, o maior fundamento que comprova a eficiência do ácido glicólico é o estudo em laboratório no qual fibroblastos humanos são incubados na presença do ácido e são estimulados a produzir colágeno.
O ácido é comercializado em diversas concentrações e tem se popularizado. Atualmente pode ser usado até mesmo em uso domiciliar. Boa parte, porém, ainda se restringe ao manuseio médico, uma vez que o ácido glicólico utilizado em peelings deve ser observado pelo médico, que avalia o grau de vermelhidão da pele e o relaciona com o resultado esperado.
A concentração e formulação do ácido glicólico também deve passar por orientação profissional, mesmo se a indicação do produto for para uso domiciliar, é importante que o médico oriente a aplicação.
Há mais de 20 anos no mercado em Goiânia, a empresária Sandra Guerra é o próprio slogan de sua empresa: sempre jovem. Defensora fervorosa dos preenchimentos, ela também defende a boa fama do ácido glicólico e garante que a atuação dos ácidos no meio estético já é consagrada. “O ácido glicólico é o típico produto que causa gosto comercializar porque lido com muita satisfação por parte de quem o utiliza, e a clientela vai se fidelizando. Veja que ao longo de duas décadas muitas opções de rejuvenescimento surgiram e o único motivo pelo qual o ácido glicólico perdura no topo das melhores opções é sua eficiência segura e comprovada”, assegura.
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SAÚDE BUSINESS WEB
Receitas médicas podem ter validade nacional
Objetivo da proposta é evitar os transtornos e, sobretudo, os riscos da atual situação enfrentada por muitos brasileiros, garantindo, assim, a continuidade do tratamento
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) pode votar em decisão terminativa, nesta quarta-feira (6), a partir das 9h, projeto de lei (PLS) 325/2012, do senador Jayme Campos (DEM-MT), que confere validade nacional a receitas médicas e odontológicas. O senador ressalta que a legislação em vigor não permite a venda de medicamentos aos portadores de receitas assinadas por médicos e dentistas registrados em conselhos regionais de estados diferentes daqueles em que se busca adquirir os remédios.
Apesar de reconhecer a necessidade de controle da venda de medicamentos, o senador discorda da restrição quanto a receitas de estados diferentes. “Acreditamos que a medida restritiva, de impedir a venda para portadores de receitas assinadas por médicos cujo registro no Conselho Regional de Medicina seja diverso daquele em que se efetua a compra, constitui verdadeiro contra-senso, posto que o profissional médico já tem indubitavelmente assegurado o direito de exercício de sua profissão em qualquer parte do Brasil”, diz Jayme Campos em sua justificação.
O objetivo da proposta, explica o parlamentar, é evitar os transtornos e, sobretudo, os riscos da atual situação enfrentada por muitos brasileiros, garantindo, assim, a continuidade do tratamento, onde quer que se encontrem, mediante a obrigatoriedade de reconhecimento e aceitação da receita médica em qualquer localidade do país.
Qualidade de hospitais
A comissão analisa ainda, em decisão terminativa, projeto de lei que obriga hospitais, públicos ou privados, vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS), a passarem por avaliações periódicas e processos de certificação de qualidade.
Do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o projeto (PLS 126/2012), determina que a autoridade sanitária estabeleça em regulamento a metodologia e os indicadores a serem adotados no processo, além de padrões de qualidade admitidos e a periodicidade da avaliação.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

 

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