Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 06/12/12

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
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O POPULAR

COLUNA GIRO – HOSPITAL FECHADO
O prefeito Maguito Vilela (Aparecida) voltou ontem a insistir com o governo para que o município assuma o Huapa. O Estado, à espera de uma solução na Justiça para reabrir o hospital, não topa.

SEM RENOVAÇÃO
A organização social (OS) paulista Fidi não teve contrato renovado para área de diagnóstico em hospitais públicos do Estado. A Secretaria de Saúde fez chamamento público para contratar outra OS.

FUNDÃO DA SAÚDE
O Fundo Especial da Saúde, recentemente criado pelo governo, recebeu aporte de R$ 41,9 milhões para despesas diversas.
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Modelo morta
Médico e hospital se contradizem

Cirurgião diz que paciente estava em situação estável. Hospital alega que situação era “péssima”
Patrícia Drummond

O cirurgião plástico que operou a modelo e vendedora Louanna Adrielle Castro Silva – a miss Jataí Turismo morta, no último sábado, durante a realização de um procedimento para implantar uma prótese de silicone nos seios – e o hospital para onde a jovem foi levada para ser atendida em uma unidade de terapia intensiva (UTI) divergem sobre o quadro da paciente horas antes do óbito. Em nota encaminhada aos veículos de comunicação, o médico Rogério Morale de Oliveira diz que Louanna chegou à UTI do Hospital Monte Sinai, no Bairro Ipiranga, em situação “estável e em bom estado geral”. Já a direção geral do estabelecimento de saúde garante: eram “péssimas” as condições da modelo quando ela deu entrada na UTI.
“A paciente havia passado por duas paradas cardíacas e o estado dela era gravíssimo, mas o hospital se dispôs a recebê-la, até mesmo sem o meu conhecimento”, afirmou ontem, ao POPULAR, o médico Cláudio Aguiar, diretor-geral do Hospital Monte Sinai. “Um colega, que trabalha conosco e também no Hospital Buriti (onde Louanna estava sendo operada e que não conta com UTI), foi quem pediu a vaga, alegando ser imprescindível o atendimento dessa paciente em nossa estrutura”, acrescentou, lembrando que a equipe da UTI do hospital empreendeu todos os esforços possíveis para reverter o quadro clínico grave da modelo.
De acordo com Aguiar, o cirurgião plástico e a anestesista que acompanhavam Louanna Adrielle estiveram presentes durante todo o tempo na UTI, junto com a equipe do Hospital Monte Sinai. “Infelizmente, entre uma hora e duas horas depois, pelo que me foi relatado, a paciente veio a óbito”, ressalta ele. À reportagem, o advogado de Rogério Morale, Carlos Márcio Rissi Macedo, reiterou que a jovem foi “repassada de forma estável” à Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros e à UTI do Hospital Monte Sinai, “onde veio a sofrer uma intercorrência”, morrendo entre duas e três horas depois de dar entrada no local.
MAIS DIVERGÊNCIAS
Outra divergência existente no caso é quanto à ciência da modelo sobre o hospital – sem UTI – em que ela seria operada. A família insiste que a informação não foi repassada; o advogado de Rogério Morale contesta. “Foram apresentadas opções à Louanna, e a escolha do Hospital Buriti (no Parque Amazônia) foi dela própria, porque seria mais próximo de sua residência em Goiânia. Mas o fato de o hospital não dispor de uma UTI, o que, aliás, não é obrigatório nesse tipo de cirurgia, não significa que ela não teve o suporte necessário”, alega Carlos Márcio, sob o mesmo argumento de seu cliente, na nota divulgada: “Todo procedimento foi realizado de acordo com as normas técnicas adequadas e com a assistência de profissionais anestesistas, em Centro Cirúrgico equipado do Hospital Buriti”.
Segundo Rogério Morale de Oliveira, as duas paradas cardíacas apresentadas pela miss jataiense durante a cirurgia realizada por ele foram revertidas, “de imediato”, pela equipe médica. “Após a estabilização do quadro clínico, a paciente foi transferida para a UTI do Hospital Monte Sinai, onde chegou estável e em bom estado geral, mas, por causa ainda não esclarecida, veio a falecer neste mesmo Hospital, após algumas horas”, completa o cirurgião plástico. A nota assinada pelo especialista diz, ainda: “As causas das paradas cardíacas estão sendo investigadas, mas posso afirmar que em nenhum momento houve negligência ou imperícia de minha parte ou de qualquer outro componente da equipe”.
FATALIDADE
O médico que operou Louanna entende como “fatalidade” o que ocorreu. “Apesar do avanço tecnológico e científico, lamentavelmente, fatalidades ainda podem ocorrer no exercício da Medicina. O risco é, e sempre será, inerente a todo ato cirúrgico e nem todo mal resultado quer significar que houve ‘erro médico’”, justifica Morale. Sobre uma possível omissão do especialista quanto a uma suposta arritmia cardíaca da paciente, o advogado Carlos Márcio Rissi Macedo assegura: “Dentro de toda a documentação apresentada no pré-operatório, pela paciente, não havia nenhuma contra-indicação para a cirurgia. Além disso, Louanna assinou um termo, declarando não utilizar nenhum tipo de medicamento, drogas ou bebida e não apresentar nenhuma doença”.

Outra morte de paciente  há seis meses

A funcionária pública Raila Silva Leal Carvalho, de 32 anos, foi outra paciente a morrer durante um procedimento cirúrgico realizado pelo médico Rogério Morale de Oliveira. No dia 14 de junho deste ano, segundo informações da família, que reside em Santa Rita do Araguaia, ela submeteu-se a uma lipoaspiração com o cirurgião plástico, no Hospital Unimed de Jataí. O atestado de óbito da paciente foi assinado pelo próprio Morale e aponta, como causa da morte, uma parada cardiorrespiratória. O especialista realizava consultas em Alto Araguaia – cidade do Mato Grosso que faz divisa com Goiás. Atendia, de três em três meses, no Hospital Samaritano.

“São 14 anos de profissão e mais de 3 mil procedimentos realizados. Esses dois óbitos são os únicos na carreira do meu cliente, que é um médico preparado, formado pela Universidade de Campinas (Unicamp) e especialista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, argumenta o advogado de Rogério Morale, Carlos Márcio Rissi Macedo. “E, vale lembrar: foram óbitos que tiveram causas inerentes ao próprio risco cirúrgico, como em qualquer tipo de operação na área da Medicina”.

Morale, conforme o advogado, é paulista, graduado em 1998 pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. A especialização em Cirurgia Plástica foi concluída, pela mesma instituição, em 2003. Em Goiás – para onde se mudou –, o médico mantém consultórios em Goiânia e Jataí. (P.D.)

Mensagem de conforto pelo celular

O cirurgião plástico Rogério Morale de Oliveira deverá comparecer amanhã ao 13º Distrito Policial (DP) para prestar depoimento à delegada Mirian Aparecida Borges de Oliveira, sobre o caso de Louanna Adrielle Castro Silva. Ontem, a titular do 13º DP ouviu o companheiro da vítima, Giuliano Cabral, e os pais dela, Lourenço Adriano Silva e Dênia Ferreira de Castro Silva.
A mãe da modelo contou que, há alguns meses, a filha apresentou dores no peito, chegando a desmaiar. Reclamou, também, do sumiço do médico depois da morte de Louanna. Na porta da delegacia, Dênia mostrou, à reportagem do JA 1ªEdição, da TV Anhanguera, uma mensagem que teria sido enviada, a seu celular, por Morale.
Dizia o texto: “Espero que Deus conforte o coração de todos que sofrem nesse momento tão difícil. Farei o depósito amanhã (hoje) para amenizar as despesas não previstas. Andressa me passou o número no final da tarde. A clínica está fechada em respeito a esse momento de luto e dor. Deus a abençoe”.
Além dos familiares de Louanna Adrielle e do cirurgião plástico Rogério Morale, a delegada Miriam Borges pretende ouvir, também, integrantes da equipe médica que participou da operação da miss Jataí Turismo e representantes dos dois hospitais envolvidos no caso (Buriti e Monte Sinai). De acordo com a titular do 13º DP, o prontuário da vítima, todos os exames realizados e relatórios feitos pelas equipes serão solicitados. Para Miriam, os laudos oficiais – inclusive do Instituto Médico Legal (IML) – são fundamentais para o andamento da investigação. (P.D.)
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Cartas dos Leitores – Saúde em Aparecida
 

Sobre a municipalização do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), informo ao leitor Gustavo Messias que a prefeitura não se omitiria à responsabilidade de administrá-lo, bem como não se furta a essa obrigação em nenhuma das demais unidades de saúde do município, visto que, ao contrário do hospital estadual, as nossas unidades estão em pleno funcionamento.
O município se posicionou dessa forma perante o caso do Huapa por discordar da demora em solucionar o problema e por vivenciar diariamente a difícil tarefa de encaminhar pacientes gravíssimos para outras unidades do município e da capital.
Gostaria de esclarecer ainda que alguns serviços previstos para serem realizados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Brasicon, como a Central de Material Esterelizável (CME), lavanderia e sala de estabilização, estão sendo implementados gradualmente. No entanto, o atendimento 24 horas da unidade é realizado integralmente desde sua inauguração, em maio deste ano.
Finalmente, sobre a reforma do Cais Nova Era, informo ao leitor Gustavo que o recurso para reforma e ampliação realmente foi liberado pelo Ministério da Saúde em 2005, durante gestão anterior. No entanto, teve de ser devolvido aos cofres da União porque nos anos seguintes a obra não foi realizada.
Durante a atual gestão, a SMS se mobilizou na tentativa de retomar o projeto e reaver o investimento. Recebemos o voto de confiança do governo federal e a obra foi iniciada de imediato, no dia 6 de agosto, portanto há quatro meses, e não há um ano, como afirma o leitor.
O tempo estipulado para conclusão da reforma e ampliação do Cais Nova Era seria de seis meses, se a unidade pudesse ser fechada. No entanto, optamos por dar andamento às obras com todo o atendimento de emergência em funcionamento.
PAULO RASSI
Secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia

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O HOJE
 

Outra denúncia contra médico
Responsável pela mamoplastia que matou jovem após complicações, Rogério Morele poderá ser investigado por morte de funcionária púb
Catherine Moraes

Uma nova denúncia envolvendo o cirurgião plástico Rogério Morale veio à tona ontem. Envolvido na morte da Miss Jataí Turismo, Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, o médico também deve ser investigado pela morte da funcionária pública Raila Silva Leal Carvalho, de 32 anos, que morreu em junho deste ano. Raila seria submetida a uma lipoaspiração em um hospital particular de Jataí, mas não sobreviveu.
De acordo com o atestado de óbito assinado pelo médico, Raila morreu com parada cardiorrespiratória, assim como Louanna. A família, que reside em Santa Rita do Araguaia, pede, na Justiça, a solução do caso. “A justificativa é sempre a mesma: parada cardiorrespiratória. Só que nós queremos mais, queremos saber, de verdade o que aconteceu. Não queremos ressarcimento, dinheiro, o que eu queria mesmo era minha filha de volta”, lamenta Saulo Leal, pai de Raila.
Segundo Saulo, a filha teria se submetido a todos os exames necessários para o procedimento. Na primeira vez foi detectada anemia e ela precisou refazer exames depois. Ela foi considerada apta para a cirurgia e no dia 14 de junho o pai levou Raila e a mãe para o hospital em Jataí. “Lembro que deixei as duas na clínica por volta de 7 horas e às 11 horas minha filha estava morta. Era uma coisa fora do normal, essa vontade de fazer a cirurgia. A gente tentava convencê-la do contrário, mas não conseguimos”, lamenta o pai.
O pai conta que, apesar de não ser evangélica, a família era amiga de um pastor de Santa Rita do Araguaia que chegou a conversar com Raila. “Ela encontrou com ela por duas vezes. Na última, pouco antes de ela fazer a cirurgia, ele disse para ela não se submeter à cirurgia e relatou um caso de um irmão de igreja que perdeu a filha em uma cirurgia estética. Nada fez com que ela mudasse de ideia”, completou.
Filha de pedreiro e dona de casa, a funcionária pública era casada e tinha dois filhos, uma menina de 7 anos e um menino de 12. “Todos nós estamos desolados. Estamos com a papelada organizada e queremos nossos direitos na Justiça. Queremos saber o que aconteceu e, se for erro médico, queremos poupar outras vidas. Nada é por dinheiro, queremos nossa filha de volta, mas, como isso não vai acontecer, lutamos pelo mínimo de conforto”, disse.
Saulo conta que a filha juntou dinheiro, deu R$ 5 mil de entrada, passou mil no cartão e dividiu R$ 9 mil em cheques, tudo para realizar o que seria um sonho. “No mesmo dia da morte nos devolveram todo o dinheiro, mas isso não cura as feridas”, finalizou.
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Marconi defende gestão das organizações
Governador ressaltou trabalho realizado em Hospital da Polícia Militar
Venceslau Pimentel

Na defesa do gerenciamento de hospitais públicos do Estado pelas organizações sociais (OSs), o governador Marconi Perillo (PSDB) citou ontem o trabalho desenvolvido pela Fundação Tiradentes, que está à frente da gestão do Hospital da Polícia Militar (HPM), em Goiânia, durante solenidade de inauguração da nova recepção central e da clínica médica da unidade de saúde.
“É uma demonstração de que o terceiro setor está conseguindo administrar muito bem a área de Saúde”, disse. “Essa foi primeira experiência de organização social ou de administração pelo terceiro setor aqui no Estado, no meu segundo governo. Antes mesmo do Crer (Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo) ser gerido por uma organização social, a Fundação Tiradentes já assumia esse papel aqui de forma muito competente”, arrematou.
Desde 2003, a OS administra o hospital, que hoje atende cerca de sete mil policiais militares e dependentes por mês, com serviços de atendimento psicológico, fisioterápico, odontológico, clínico, ambulatorial.
Diante dos resultados que classificou como positivos, Marconi adiantou que teria convidado a Fundação Tiradentes para participar dos próximos processos de escolha de gerenciamentos de unidades públicas de saúde do Estado. “A Fundação Tiradentes está trabalhando aqui há muito tempo, com muito primor e competência, com serviço de muita qualidade. Eu acho que ela pode contribuir em outras áreas da administração estadual”, pontuou.
Questionamentos
No mês passado, a promotora de Justiça Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, em ação civil pública contra o Estado, proibindo a renovação ou prorrogação dos contratos já celebrados com organizações sociais (OS) para a gestão de unidades de saúde. A alegação é de que, a partir dos contratos celebrados com a administração estadual torna vulnerável o princípio da universalidade, da integralidade e da igualdade, que estão na base do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na ação, a promotora relacionou sete entidades que gerenciam unidades de saúde no Estado: Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), Hospital de Urgências da Região Sudoeste de Goiás (Hurso), Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Hospital Geral de Goiânia (HGG), do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e Hospital Materno-Infantil (HMI).
Ao avaliar o trabalho das Organizações Sociais, o governador salientou que a mudança é contínua, mas disse ver revolução nos serviços dos grandes hospitais. “Claro que é um processo que demora um pouco de tempo. As reformas demoram, mas o conceito, as mudanças de procedimento e a desburocratização são evidentes. Isso acontece aqui no hospital da polícia e já está acontecendo em outros hospitais do governo do Estado.”
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PORTAL 730
Médico nega negligência em morte de modelo após cirurgia plástica

Todo procedimento foi realizado de acordo com as normas técnicas adequadas e com a assistência de profissionais anestesistas, em Centro Cirúrgico equipado do Hospital Buriti.

Durante a cirurgia a paciente apresentou 2 (duas) paradas cardíacas que foram revertidas, de imediato, pela equipe médica.

Após a estabilização do quadro clínico, a paciente foi transferida para UTI do Hospital Monte Sinai, onde chegou estável e em bom estado geral, mas, por causa ainda não esclarecida, veio a falecer neste mesmo Hospital, após algumas horas.

As causas das paradas cardíacas estão sendo investigadas, mas posso afirmar que em nenhum momento houve negligência ou imperícia de minha parte ou de qualquer outro componente da equipe médica.

Frise-se que apesar do avanço tecnológico e científico, lamentavelmente, fatalidades ainda podem ocorrer no exercício da Medicina. O “risco” é, e sempre será, inerente a todo ato cirúrgico e nem todo mal resultado quer significar que houve “erro médico”.

Sabemos que a dor enfrentada pela família é indescritível, e dela compartilhamos. O Laudo Pericial, dentro de alguns dias, trará, com certeza, uma resposta científica e segura para esta fatalidade que tanto lamentamos.

Dr. Rogério Morale de Oliveira
CRM 10.728-GO/ 94.161-SP
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Graduado e Especializado em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Unicamp-SP".
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação


 

 

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