Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 06 A 08/06/15


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Planos de saúde ficam mais caros em todo o país
• Planos de saúde vão ficar mais caros, em Goiás
• Cartas dos Leitores – Problemas do Brasil real
• Cartas dos Leitores – Descaso em hospital da capital
• Pais querem entender o motivo
• Médica alerta para importância da triagem neonatal
• Pacientes com câncer podem recorrer à Justiça contra o SUS e planos de saúde
• Verdades, histórias e boatos sobre a Coca Cola. Ela dá câncer?

 

TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Planos de saúde ficam mais caros em todo o país

http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/planos-de-saude-ficam-mais-caros-em-todo-o-pais/4231679/ (04/06/15)

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Planos de saúde vão ficar mais caros, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/planos-de-saude-vao-ficar-mais-caros-em-goias/4233653/

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O POPULAR

Cartas dos Leitores – Problemas do Brasil real

Não dá para ficar impassível ao que de ruim anda acontecendo no Brasil. Uma “Pátria Educadora” que, paradoxalmente, é célebre em apresentar resultados pífios na área educacional, além de insistir em não reconhecer o professor como protagonista desse palco. Segundo a Unesco, o Estado não deve ter como único objetivo a quantidade, em detrimento da qualidade. Sendo a educação um fator essencial para o desenvolvimento econômico, o planejamento educacional deve ser parte integrante do planejamento global, econômico e social. Infelizmente, por aqui, essas não passam de palavras ao vento.
Na área da saúde, a situação é caótica. A falta de leitos e estrutura de atendimento agravam a crise na rede pública. Convivemos com três vezes mais infecções hospitalares que o admitido pela OMS. No entanto, para Lula, Dilma e corte, há o tratamento Vip da excelência de Hospitais como o Albert Einstein, Sírio Libanês e Instituto do Coração (Incor). Para o povo, o caos do SUS, com suas gritantes deficiências, mas visto pelo Conselho Nacional de Saúde como um dos melhores sistemas públicos de saúde do mundo – certamente o parâmetro utilizado se ateve apenas aos países pobres do continente africano. Segurança, transportes, saneamento… Em se tratando de serviço público, a precariedade dita o tom, nada funciona a contento.
Estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), dão conta que este ano o brasileiro vai trabalhar 151 dias, cinco meses completos, 41,37% da renda bruta, somente para pagar impostos, taxas e contribuições destinados ao governo. E, o pior, irá assistir parte dessa riqueza se esvair nos ralos da corrupção institucionalizada no País. Ainda, segundo esse mesmo instituto, estudo realizado com os 30 países do mundo detentores da maior carga tributária, mostra que o Brasil tem o pior desempenho em retorno de serviços públicos à população.
No tocante à reforma política, não há no nosso parlamento a profusão de políticos altruístas, íntegros e despojados de pretensões pessoais, para se alcançar quórum suficiente que demande a aprovação de mudanças impactantes visando estritamente a efetiva participação do eleitor. As manobras ora em curso no Congresso, indicam que persistirá o toma lá, dá cá das suspeitíssimas doações de empresas privadas nos financiamentos de campanhas. Quanto à reeleição, não se justifica o fim desse instrumento apenas para o Executivo, igual tratamento deve abarcar também o Legislativo. Nesta seara, o povo dificilmente terá as rédeas do sistema.
A crise econômica que o País atravessa remonta aos doze anos da péssima gestão petista, com remate no acintoso estelionato eleitoral que enxovalhou a campanha de reeleição da presidente Dilma. Não cabe contemporizar, sejamos autênticos – não contemporizaram com a nação. Estamos forçosamente convivendo com os frutos dessa colheita maldita. Em suma, claros sinais de que ainda não chegamos ao fim do poço. Resta saber se quando lá estivermos quanto tempo levaremos para voltar à tona.
Enquanto isso a presidente Dilma Rousseff, se abstendo de um momento de contrição e mea-culpa, imputa nossas mazelas a uma crise internacional, e, num sorrateiro lance de marketing, afirma que seu governo, além de estar fazendo um grande esforço para assegurar ações de ajustes, tem uma agenda de futuro. Acredite quem quiser. No mais, apesar de tudo, é cultivar a esperança de que o futuro exceda as expectativas mais otimistas e seja mensageiro de boas-novas.
João Bosco Costa Lima
Trindade – Goiás (08/06/15)
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Cartas dos Leitores – Descaso em hospital da capital

Há décadas, o projeto neoliberal, implantado neste país a partir do final dos anos 1980, empreende uma verdadeira sabotagem contra os serviços públicos, para justificar, no final de tudo, a privatização universal e transformar cidadãos em clientes/consumidores. A estratégia tem funcionado. A saúde é o exemplo mais cristalino dessa empreitada e, no longo do tempo, a compressão dos orçamentos provocou o sucateamento da maioria das unidades de saúde pública, a degradação dos salários e, por conseguinte, uma piora substantiva no atendimento à população.
Em paralelo, houve um crescimento exponencial da burguesia de serviços da saúde, ou seja, os planos de saúde, que faturam bilhões e oferecem serviços, no mínimo, duvidosos e, ao mesmo tempo, caros.
Na terça-feira (02/06), tive uma experiência, eu diria, “de morte”em um hospital de Goiânia. Acompanhei minha esposa ao pronto-socorro deste hospital, por volta das 9 hora, com uma sintomatologia de gripe que, porém, durava há dias. Foi atendida por uma médica logo que chegou e esta pediu alguns exames laboratoriais e um raio X do tórax, uma vez que havia suspeita de dengue ou pneumonia.
Os exames foram feitos, não sem antes de passar o cartão do plano de saúde diversas vezes e, por volta das 11 horas, fomos novamente chamados ao consultório. A médica disse que, em princípio, tratava-se realmente de uma gripe forte, mas identificou uma mancha “estranha” no raio X e pediu uma tomografia, que foi feita após nova passada do cartão – um verdadeiro comércio de exames.
Após 40 minutos, minha mulher sai da sala de exame e diz: “o diagnóstico é de aneurisma da aorta”. Aquela notícia explode em nossas cabeças. A médica sai para o almoço, não há médico radiologista no hospital para avaliar o exame. O diagnóstico foi dado pelo técnico que o realizou.
Era meio-dia. Foram três horas de sofrimento, até que chegou um médico, nosso amigo, avaliou o exame e descartou qualquer hipótese de aneurisma. Era apenas e tão somente uma escoliose que ela tem desde criança. Em seguida, a médica nos chamou novamente e, muito solícita, após nos atirar no abismo (embora de forma não intencional), disse tratar-se apenas de uma gripe forte e não havia outro motivo para preocupação.
Registrei minha indignação junto à ouvidoria do hospital, com o intuito de colaborar para que esse tipo de situação não ocorra com outros pacientes, ou seja, entrar no hospital com uma gripe e sair “com um aneurisma”.
Márcio Antônio Cruzeiro
Setor Bela Vista – Goiânia (08/06/15)
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Pais querem entender o motivo
Gabriela Lima
Após perder as filhas, as gêmeas Anny Beattriz e Anny Gabrielly, o porteiro Jeiel dos Santos Guedes, de 25 anos, defende a necessidade de se pesquisar os fatores do surgimento dos siameses. “Minhas meninas não resistiram. A gente tenta compreender da melhor forma possível, mas é preciso estudar isso para a gente ter respostas”, defende.
Guedes e a mulher, a agricultora Iara Pereira Dourado, de 24, moravam em um povoado de Ibipeba, no interior da Bahia. O casal vivia em uma propriedade produtora de bananas. Ele trabalhava como encarregado de turmas e ela na adubação do plantio de gramas. “Lá, a pulverização era feita de forma aérea e era comum a gente estar no meio do bananal e o avião passar, despejando veneno. Minha mulher também tinha contato direto com fertilizantes”, explicou Jeiel.

Mudança
A felicidade da gravidez de Iara se transformou em preocupação quando o casal soube que as filhas eram siamesas. Depois de ver na internet que o Hospital Materno Infantil (HMI) era referência no atendimento a gêmeos conjugados, os pais decidiram vir para Goiânia, onde moram até hoje.
Desde o nascimento, no dia 10 de dezembro do ano passado, o caso foi considerado grave pois os bebês, unidos pelo tórax e abdômen, compartilhavam o fígado e o coração. Com a piora do estado de saúde, as gêmeas passaram por uma cirurgia de separação de emergência no dia 2 de janeiro deste ano.
Anny Beattriz morreu seis dias depois e, Anny Gabrielly, na noite seguinte. “A gente não tem certeza de nada, e nada vai trazer as meninas de volta. O que a gente quer é saber o porquê”, diz Guedes.

Contato de risco com agrotóxico
Médico goiano especialista na área aponta para relação possível entre casos e contaminação
O nascimento de siameses tem crescido em Goiás e no Brasil. A afirmação é do especialista em separação de gêmeos conjugados, o cirurgião pediátrico Zacharias Calil. O médico goiano busca respostas para a causa desse tipo de malformação fetal após ter sido procurado por diversas famílias do Brasil e até do exterior. Com 28 casos analisados nos últimos 16 anos, o médico levanta uma hipótese para o aumento: a contaminação por agrotóxicos.
Pela literatura médica, o nascimento de gêmeos siameses é raro, com 1 para cada 100 mil nascidos vivos. Mas apenas o Estado de Goiás registrou pelo menos 6 casos nos últimos 16 anos. Foram atendidos no Hospital Materno Infantil (HMI) dois casos de Goiânia, um de Santo Antônio de Goiás, Goianésia, Jataí e Trindade.
“O primeiro caso registrado aqui ocorreu em 1999, em Santo Antônio de Goiás. De lá para cá, o nascimento de siameses ocorre de tempos em tempos”, relata. O médico também atendeu casos provenientes de cidades do interior da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Tocantins e Distrito Federal.
Calil conta que muitos pais de gêmeos conjugados relataram contato com defensivos agrícolas, seja de forma ativa, como no trabalho em plantações, ou de forma passiva, como pessoas atingidas após uma pulverização.
Para comprovar a relação entre agrotóxicos e malformação fetal, Calil se baseia em dados da Guerra do Vietnã (1964-1975), quando aviões norte-americanos pulverizaram a região sul do País asiático com o desfolhante conhecido como agente laranja, usado para destruir a floresta e aumentar a visibilidade das tropas. Formado pela junção dos herbicidas 2,4-D e 2,4,5-T, o agente laranja contaminou vietnamitas e combatentes norte-americanos, causando milhares de deformidades de diversos tipos.
“Em 1986, uma região afetada pelo agente laranja teve 10 casos de gêmeos siameses em um único ano”, explicou o médico. O especialista destaca que um dos herbicidas que compuseram a arma química é usado atualmente no Brasil. Trata-se do ácido diclorofenóxiacético (2,4-D), muito aplicado em plantações de cana-de-açúcar, arroz, soja e até pastagens.
O médico também cita o artigo do jornalista Anthony Spaeth, publicado após visita ao Vietnã em 1994, onde um médico da cidade de Ho Chi Minh afirma que em três províncias vizinhas registraram, juntas, 30 casos de siameses em 5 anos. O experado para todo o país, segundo o especialista, seria um par de gêmeos unidos em um prazo de 10 anos.
Alerta
Para Calil, é preciso existir uma maior conscientização sobre os riscos dos agrotóxicos ou defensivos agrícolas, como a indústria do agronegócio prefere chamá-los. “Os trabalhadores rurais só devem ter contato com esses produtos mediante o uso de equipamentos de proteção, o que muitas vezes não acontece. Também é preciso atenção para a forma como as embalagens são descartadas”, alerta.
A reportagem procurou a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), representante da indústria dos defensivos agrícolas, para falar sobre a tese do médico Zacharias Calil, relacionando o uso de agrotóxicos com o aumento dos casos de siameses. Mas a entidade, alegando se tratar de uma questão de saúde pública, preferiu indicar uma lista de especialistas que poderiam abordar o assunto, entre eles o toxicologista Angelo Zanaga Trapé, que diz não haver provas de relação entre o contato com agrotóxico e siameses

Especialistas têm opiniões divididas sobre malformação fetal
Com a promessa de aumentar a produção agrícola e erradicar a fome, a utilização massiva dos defensivos agrícolas divide opiniões no Brasil, campeão mundial em consumo dos chamados fitossanitários. A tese do agrotóxico como causador de malformação fetal também.
Médico especialista em toxicologia e saúde pública, Angelo Zanaga Trapé, do Centro de Intoxicações da Universidade de Campinas (Unicamp), está entre os defensores da segurança do agrotóxico. Para o toxologista, relacionar o nascimento de siameses com os defensivos químicos é “um nexo causal impossível de ser estabelecido”. Trapé afirma que, para se chegar a essa conclusão é preciso levar em consideração também a genética, hábitos alimentares e hábitos de vida da população afetada. “É um achismo, suposição sem embasamento científico”, desqualifica.
Trapé afirma que a substância tóxica e cancerígena do agente laranja era a tetraclorodioxina 2,4,5-T. “O herbicida 2,4-D não tem essa dioxina e, por isso, não traz consequências graves para o organismo. Pode e está sendo usado de forma segura”, garante.
Na outra ponta do cabo-de-guerra, o médico Wanderlei Antônio Pignati, toxicologista da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), é categórico: “Vários estudos no Brasil e no exterior mostram que o agrotóxico causa malformação fetal, além de diversos tipos de distúrbios imunológicos e neurológicos. Eu mesmo sou autor de quatro pesquisas que comprovam o impacto desses produtos na saúde pública, inclusive com a contaminação do leite materno”.
Segundo Pignati, o 2,4-D não é seguro e está proibido na União Européia, China, na Canadá. O toxologista afirma que a substância está entre 14 que aguardam na lista da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem reavaliadas. “A liberação desse agrotóxico era para ter sido revista desde 2008, mas as indústrias já entraram na justiça várias vezes, impedindo o processo”, explica. (07/06/15)

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médica alerta para importância da triagem neonatal
Mais conhecido como teste do pezinho, esse exame é essencial para a descoberta de diversas doenças

A triagem neonatal, mais conhecida como Teste do Pezinho, é considerada fundamental pela médica geneticista Renata Zlot, da Associação Carioca de Assistência à Mucoviscidose – Fibrose Cística (Acam-RJ) –, porque os exames “vão detectar se a criança pode ter uma doença ou não”.
O Dia Nacional da Triagem Neonatal foi comemorado ontem. O teste é gratuito e pode ser feito em qualquer posto de saúde ou unidade da rede pública.
Segundo a médica, o teste em si não é um diagnóstico. “É um exame de triagem e, se vier positivo, o paciente é encaminhado para serviços especializados, onde será confirmado se ele tem ou não a doença”. Daí a importância do exame ser feito da forma adequada, entre o terceiro e o quinto dia de vida da criança, “porque algumas dessas doenças são muito graves e têm tratamento”.
O procedimento é feito por meio da coleta de gotinhas de sangue no calcanhar do bebê e detecta doenças congênitas, sendo a maioria de causas genéticas, que são potencialmente graves e podem causar lesões irreversíveis na criança, entre as quais atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
“O tratamento tem que ser iniciado cedo para não dar repercussões”. Renata Zlot disse, ainda, que o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, por exemplo, que deram início à triagem neonatal, provocam um retardo mental importante.
Observou que, se a medicação começar a ser dada no primeiro ou segundo mês de vida, “a criança vai ser normal, sem nenhum retardo. Vai ser uma pessoa produtiva, que vai crescer, ter filhos, um adulto normal”. Acrescentou, porém, que isso só é possível se a doença for detectada precocemente e tiver o tratamento adequado.
A médica geneticista argumentou que, se os pais deixam para fazer a triagem aos cinco meses de vida do filho, pode ser tarde demais e o paciente acabará tendo as repercussões da doença. Reiterou que o ideal é fazer o teste do pezinho entre o terceiro e o quinto dia de vida útil, porque “quanto mais cedo a gente descobre, é melhor”. Nessa faixa etária, a criança já está amamentando no peito, condição para a detecção de algumas doenças, como a fibrose cística, ainda não muito conhecida por todos os pediatras.
A fibrose cística é uma doença genética em que está alterada uma proteína que regula o canal de cloro. “O canal de cloro não funcionando, ou funcionando pouco, acaba que a secreção fica muito espessa. O paciente tem tosse crônica, infecções de repetição (sinusite, pneumonia), não consegue absorver bem os alimentos. Por isso, são pacientes que têm muita diarreia, são desnutridos, têm baixa estatura. É uma doença muito grave, que pode levar ao óbito ainda criança”.
Renata salientou que, fazendo um diagnóstico cedo, antes dos sintomas, podem ser feitas as medicações necessárias e o paciente vai viver muito melhor. As doenças que são triadas atualmente no Rio de Janeiro são falciforme e hemoglobinopatias, fenilcetonúria, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo congênito e fibrose cística (mucoviscidose) e deficiência de biotinidase.
O programa de triagem neonatal do Brasil segue diretrizes internacionais. (07/06/15)

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Pacientes com câncer podem recorrer à Justiça contra o SUS e planos de saúde
Portadores da doença têm direitos como medicamentos de alto custo custeados pelo Sistema Único de Saúde

Dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, indicam que, a cada ano, mais de 12 milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer em todo o mundo, das quais cerca de 8 milhões morrem. Este ano, no Brasil, o Inca estima em 580 mil o número de novos casos da doença.
Os pacientes com câncer têm direitos que muitas vezes desconhecem, disse – em entrevista à Agência Brasil – a advogada Danielle Bitetti, especializada em direitos do consumidor e na área de saúde. É o caso de medicamentos de alto custo usados no tratamento da doença, que são negados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou de planos de saúde que não concedem o custeio de  medicamentos importados.
Nesses casos, quem está doente pode recorrer à Justiça em busca de seus direitos. “Pode entrar, sim. Tanto contra o SUS, como contra os planos de saúde. Sempre que ele tiver um tratamento negado, tanto de medicamento como de quimioterapia ou radioterapia, mesmo que seja de uso oral ou domiciliar, ele deve procurar a Justiça, porque tem o direito de fazer o melhor tratamento que foi solicitado pelo médico que o acompanha e não o que o plano escolher para ele”. Danielle esclareceu que as condutas do SUS e das operadoras de planos de saúde são consideradas abusivas pelos órgãos de defesa do consumidor.
Salientou que existe prioridade no atendimento da Justiça a pacientes com câncer. “Todos os pacientes em tratamento de câncer que necessitam ingressar com ação têm prioridade na tramitação. O pedido de liminar geralmente sai entre 24 e 48 horas após a distribuição da ação. Ele tem garantido o tratamento logo que ingressa com a ação, enquanto o processo tem o trâmite normal”.
A advogada acrescentou que os processos que envolvem direitos à saúde têm um trâmite mais rápido em relação aos demais. Eles costumam ser encerrados no prazo de um a dois anos. “E muitas vezes, o processo se encerra mais rápido ainda, dependendo do fórum em que cair e do cartório em que tramitar a ação”.
Ressaltou que, uma vez garantida a liminar, o paciente não precisa se preocupar com o trâmite da ação, “porque o tratamento dele vai estar garantido desde o início”.
Entre outros direitos dos pacientes com câncer está o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), sempre que for necessário, até que o doente tenha a alta médica definitiva. O benefício é garantido pela lei número 8.922/94 e pelo decreto 5.860/2006. “Ele tem direito de sacar o FGTS para seu benefício. E caso não consiga, pode ingressar com uma ação, solicitando os valores”.
Além disso, os pacientes têm o direito à circulação livre de carro, mesmo em dias de rodízio, em cidades que adotam esse sistema. Para isso, eles têm que cadastrar previamente o veículo utilizado nos órgãos competentes. Há isenção também do Imposto de Renda na aposentadoria para os portadores da doença aposentados ou pensionistas, “mesmo que o diagnóstico tenha sido dado após a aposentadoria. Basta ele comunicar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)”.
A advogada lembrou, ainda, que, se houver alguma limitação devido ao tratamento do câncer, por quimioterapia ou radioterapia, o paciente poderá ainda comprar veículos novos adaptados com desconto de impostos. Para isso, é necessário observar a legislação vigente em cada estado e no Distrito Federal. (07/06/15)

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Verdades, histórias e boatos sobre a Coca Cola. Ela dá câncer?

Nutricionista explica que açúcar e cafeína contidos na Coca-Cola causam dependência nos usuários do refrigerante. Pesquisa indica que caramelo provoca câncer
Maria Teresa Dorneles
Quando a hora do almoço está próxima, já é possível notar que na cabeça das pessoas afloram imagens de suas mais desejadas refeições. Quem sabe um belo prato de arroz com feijão, um sanduíche, um salgado… Seja lá o que for sempre vem um segundo pensamento: “mas e o que beber?”. Bem, pode-se dizer que grande parte das respostas será “um copo de Coca bem gelada”.
A Coca-Cola é uma das marcas mais famosas do mundo e atualmente produz e patrocina variados projetos que englobam diversos ramos culturais, como visto no estúdio Coca-Cola, que periodicamente é instalado no shopping Flamboyant. Seu sucesso é tão grande ao redor do mundo que atualmente é raro achar alguém que não goste do refrigerante. Porém existe uma pergunta que sempre surge: afinal, Coca-Cola vicia?
A nutricionista Lidiane Leite de Moraes Moreira afirma que a grande maioria de seus pacientes tem dependência da bebida e explica que ela pode sim causar dependência química e psicológica devido à quantidade de cafeína que atinge o sistema nervoso e deixa o usuário mais agitado. Lidiane também explica que apesar de conter cafeína, o que desencadeia o efeito energético do refrigerante é o açúcar. “Juntamente com outros ingredientes, como as gorduras e as proteínas, ele apresenta o fator energético”, afirma.
O açúcar e a cafeína, quando atuam no organismo humano, podem gerar energia. E com o tempo, essa energia é gasta e logo deixa uma sensação de indisposição, o que faz o corpo achar que precisa de um “novo estímulo”. Uma lata de Coca-Cola pode contem até 37 gramas de açúcar. Isso quer dizer que na versão de dois litros tem-se pouco mais de 211g.
A nutricionista cita que o elevado teor de açúcar pode diminuir o pH da placa dentária, o que desgasta rapidamente o esmalte natural que protege os dentes e aumenta a chance da contração de cáries.
A especialista diz ainda que o consumo excessivo do refrigerante pode causar outras doenças crônicas como a diabetes.
Apesar da nutricionista afirmar que a dependência é mais facilmente vista na versão “original” dentre os “tipos de Coca Cola”, há diferenças em suas composições que podem agir de variadas maneiras no organismo.
A Coca-Cola light, por exemplo, tem redução de 25% do total de açucares, gordura e sódio em relação à Coca-Cola “normal”, porém a nutricionista conta que a Coca-Cola zero, por possuir “zero açúcar”, como a própria marca diz, pode ter em sua composição uma adesão maior do sódio, que pode fazer mais mal que a Coca-Cola.
Um estudo revelou que devido ao crescimento do consumo de produtos industrializados, as pessoas estão consumindo diariamente 15 gramas de sódio, sendo que o aconselhado seria 4 gramas diárias. Esse quadro mostrou um grande crescimento no número de  hipertensos no país, dentre eles principalmente pessoas de idade mais avançada. A Coca-Cola possui em sua composição cerca de 4 mg de sódio a cada 100 ml da bebida.
Mas mesmo com um quadro não muito saudável, alguns médicos  indicam o uso da bebida para aliviar problemas estomacais devido sua tradicional acidez.

Consumo pode causar câncer
Um estudo feito pelo Programa Nacional de Toxicologia do governo dos Estados Unidos mostrou que o consumo exagerado da Coca-Cola pode causar câncer de pulmão e esôfago ou mesmo leucemia.
O 4-methylimidazole, mais conhecido como caramelo IV, é um dos ingredientes utilizados na produção de certos energéticos, refrigerantes e da Coca-Cola. Após a pesquisa realizada, o produto foi listado pela Agência Mundial para Pesquisa em Câncer, órgão vinculado à OMS (Organização Mundial da Saúde), como possivelmente cancerígeno.
Logo após o resultado dos testes, realizados em 2012, o Center of Science in the Public Interest divulgou uma lista dos países que mais utilizam o corante no refrigerante.
O Brasil ocupa o primeiro lugar com 267 microgramas (mcg) de caramelo IV a cada 355 ml da bebida, seguido por Quênia e Canadá que ocupam respectivamente segunda e terceira posição.
Porém, mesmo que o uso do produto seja 67 vezes maior que o indicado pelo governo da Califórnia nos Estados Unidos, ele ainda se mantém nos padrões da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em defesa, um dos maiores representantes do refrigerante no Brasil afirmou que é necessário beber 80 litros de refrigerante por dia para se atingir a quantidade de corante recomendada pela Anvisa e comparou o produto ao café, que produz a substância naturalmente quando os grãos são torrados.

Latinhas
Na Inglaterra, uma mulher chega a gastar quase R$ 2 mil por mês para suprir sua necessidade do refrigerante. Jakki Ballan tem 42 anos e é viciada em Coca-Cola desde os 14, quando substituiu a versão “normal” pela versão light.
Mãe de cinco filhos, Jakki ficou preocupada com sua saúde ao ver manchas alaranjadas aparecerem em sua pele devido o consumo excessivo da bebida. Ela já chegou a beber 50 latinhas de Coca Cola light por dia. A mulher também afirmou que seu corpo já reconhece a bebida como uma recompensa depois dos dias de trabalho e que não consegue sair de casa sem pelo menos duas garrafas de 600 ml dentro da bolsa.
“Abstinência de Coca-Cola chega a dar dor de cabeça”, diz pastor
Daniel Barbosa Silva, 50, atua como pastor na capital, e diz que chegava a tomar cerca de três litros de Coca Cola por dia dentre as refeições. Apesar de beber o refrigerante desde pequeno, o que o levou a ingerir uma quantidade ainda maior de Coca Cola, foi sua motivação para largar o álcool.
O pastor conta que largou um vício por outro e devido às indicações médicas teve que deixar de tomar o refrigerante. Ele tenta o substituir por sucos e água com gás. Daniel afirma que não foi fácil, pois a própria abstinência do refrigerante causa dor de cabeça: “Quem bebe Coca Cola não bebe outro refrigerante”.
Há dois meses sem tomar um único gole, Daniel fala que economizou o dinheiro que gastava com o refrigerante e que pensa em melhorar seus hábitos para torná-los mais saudáveis e se livrar das toxinas e venenos dos refrigerantes: “Tenho esposa e filho e preciso cuidar de mim” afirma.
SAIBA MAIS
Existem boatos de que o invento de John Pemerton foi inicialmente produzido para uso medicinal, por isso em sua composição era colocada uma pequena quantidade da folha de coca que servia para aliviar a dor e a exaustão, o que contribuiu no início do Século XX para a fama do vicio da Coca-Cola. Porém, segundo o então dono da companhia, Asa Candler, esse ingrediente nunca fez parte da composição da bebida. Em um documentário foi dito que quando o sabor “cola” foi descoberto, as pessoas “esqueciam” rapidamente de seu gosto, fazendo com que a bebida não se tornasse enjoativa mesmo que seu consumidor ficasse um curto período de tempo sem ingeri-la. (07/06/15)

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Santa Inteligência Comunicação
Rosane Rodrigues da Cunha

 

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