Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07/10/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE
• Lipoaspiração – Morte alerta para riscos de complicações em cirurgias
• Saúde – Goiás já tem 18 casos de leishmaniose
• Prefeitura – Posse de médicos é prorrogada
• Dengue – SMS visitará imóveis fechados
• Artigo – A interiorização da saúde
• Nova arma contra depressão

O POPULAR

Lipoaspiração
Morte alerta para riscos de complicações em cirurgias
Procedimentos estéticos não estão livres de intercorrências, como choque anafilático e embolia
Gabriela Lima
A morte da médica Poliana Morais de Araújo Costa, 28 anos, que faleceu após se submeter a uma cirurgia para colocação de próteses de silicone nos seios e a uma lipoaspiração, foi mais um alerta de que, como qualquer procedimento cirúrgico, as plásticas não estão livres de intercorrências.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO) diz que casos graves que levam à morte são mais raros, mas podem acontecer. Entre os riscos, existe a possibilidade de embolias, choques anafiláticos e tromboses, a exemplo do que ocorre em outros tipos de cirurgia.
Um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), divulgado em agosto deste ano, apontou que os problemas mais comuns no pós-operatório são: má cicatrização (queloides), abertura de pontos, problemas com drenagem linfática mal feita, necrose de pele em plástica de abdome e anemia. Não há na pesquisa um porcentual de quantos procedimentos apresentam os problemas citados acima.
Familiares e amigos se despediram ontem da médica Poliana. O corpo foi enterrado às 10 horas, no Cemitério Parque Memorial, em Goiânia. De acordo com o cirurgião geral Manoel Lemes, que atendeu a paciente com quadro de complicação pós-cirúrgica, a jovem foi vítima de uma embolia gordurosa com comprometimento pulmonar. “Foi uma tragédia”, afirmou o cirurgião.
“Não houve negligência, imprudência ou imperícia. Foi uma complicação própria de intervenção cirúrgica. O trágico dessa história é que aconteceu com uma paciente jovem em consequência de uma cirurgia estética”, disse. O médico foi chamado no sábado pela manhã para ver a paciente, que não se sentia bem. Ele pediu uma tomografia e depois da tomografia, fez reunião com a equipe e familiares médicos da paciente e decidiram fazer uma laparoscopia abdominal. Ela foi transferida para a Clínica Santa Mônica, onde ele atende, por volta do meio dia de sábado. No domingo pela manhã foi informado de que ela tinha sofrido uma parada cardíaca.
COMPLICAÇÕES
Para Manoel, a morte foi consequência de complicações que podem surgir em qualquer tipo de cirurgia, inclusive nas estéticas. Informa que todo procedimento cirúrgico foi correto, o atendimento pós-cirúrgico também. Segundo o cirurgião, a médica que realizou a cirurgia plástica ficou o tempo todo ao lado Poliana.
O POPULAR apurou que a cirurgiã plástica que realizou o procedimento esteve no velório de Poliana e foi consolada pela família, que acompanhou todo o procedimento. Muito abalados, os familiares da jovem preferiram não se pronunciar.
As pessoas ouvidas pela reportagem preferiram não informar o dia da cirurgia plástica nem a clínica onde o procedimento foi realizado. O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). Poliana colou grau em Medicina em agosto deste ano na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC).

Brasil é 1º em operações
O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking dos países que mais realizam cirurgias plásticas no mundo. No ano passado, o País realizou 1,49 milhão de procedimentos cirúrgicos estéticos, ultrapassando pela primeira vez os Estados Unidos. Os dados foram divulgados pela International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) em julho deste ano.
Goiás, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), é o terceiro Estado em número de intervenções realizadas, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. No ano passado, foram realizadas 170 mil cirurgias plásticas. A capital, Goiânia, é a terceira em número de profissionais especialistas.
No estado, a lipoaspiração é campeã dos procedimentos de cirurgia plástica. A intervenção é seguida de perto pelo implante de prótese na mama, na preferência das pacientes.
Os bons resultados nas cirurgias plásticas também são relacionados às condições físicas dos pacientes. A SBCP também alerta que o paciente deve fazer todos os exames pré-operatórios. O interessado deve ser avaliado cardiologamente e, se tiver alguma patologia, o procedimento cirúrgico terá de esperar até que a questão seja investigada.
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Saúde
Goiás já tem 18 casos de leishmaniose
Forma visceral da doença é grave e o tratamento tardia dificulta. Número maior de casos e registrado na capital
Janda Nayara

Saiba Mais
A leishmaniose, doença que era restrita às áreas de floresta e zonas rurais, tem avançado nos centros urbanos. A cada ano, quase 2 milhões de novos casos de leishmaniose são registrados no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde estima que quase 3 mil pessoas são contaminadas pela doença anualmente. Somente neste ano, já foram confirmados 18 casos da forma visceral da doença em Goiás – 2 deles na capital. No ano passado este número chegou a 34 casos, 6 em Goiânia.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a forma cutânea da doença, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) já infectou 292 goianos neste ano. A coordenadora de zoonoses da pasta, Daniella Carpaneda, explica que a doença é transmitida pelo mosquito flebótomo, também conhecido como birigui ou mosquito-palha, infectados pelo parasita leishmânia. O mosquito também pode picar os cães, que se tornam hospedeiros do protozoário, podendo contaminar outros mosquitos. “Uma vez o animal infectado, não há cura, e ele precisa ser sacrificado. Em 2013, por exemplo, 56 animais foram diagnosticados com a doença“, pontua.
PIRENÓPOLIS
A incidência de casos no município e a resistência dos donos em sacrificar o animal com suspeita da doença levou a prefeitura de Pirenópolis, cidade da Região Leste do Estado, localizada a 121 quilômetros da capital, a contratar um médico veterinário, no fim de 2013, para o diagnóstico mais eficiente. Até agosto, 68 cães do município passaram por testes sorológicos, sendo 33 com resultados positivos.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município, Cristia Kelly Rodrigues Aires, diz que a população está mais consciente sobre as formas de transmissão da doença. “Hoje, os moradores já nos procuram para a realização dos exames em animais que apresentam sintomas”. Pirenópolis já registrou, em outros anos, vários casos da doença, o que levou a cidade a redobrar os cuidados de prevenção.
TRATAMENTO
A Organização Mundial de Saúde estima que entre 20 mil e 40 mil pessoas morrem, por ano, no mundo, vítimas da leishmaniose. No Brasil, foram mais de 2,7 mil mortes entre 2000 e 2011. Os números, no entanto, ainda não foram suficientes para tirar a leishmaniose da lista de doenças negligenciadas no mundo.
Em Goiás, o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) é referência no tratamento da doença. A médica infectologista Ledice Inácia de Araújo Pereira explica que a forma visceral da leishmaniose é a mais grave, podendo levar à morte. “É uma infecção sistêmica que debilita o indivíduo, podendo causar hemorragias e outras infecções oportunistas. O diagnóstico não é difícil mas, para isso, é preciso que a pessoa chegue à rede de saúde. O tratamento tardio dificulta a cura e aumenta o risco de morte em crianças, idosos e outras pessoas que estejam com o sistema imunológico fragilizado”, avalia.
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Prefeitura
Posse de médicos é prorrogada
A Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas (Semgep) de Goiânia divulgou ontem a prorrogação por mais 30 dias do prazo para que os aprovados no Concurso Público Edital 002/2012 – Administração Direta e Autarquias – tomem posse. Desta vez, a data da prorrogação de ofício se encerra no dia 6 de novembro. A Prefeitura aguarda, com isso, que todos os médicos aptos se tornem servidores públicos.
Segundo o secretário da Semgep, Paulo César Fornazier, dos 454 médicos convocados, 313 profissionais poderiam tomar posse após entrega de certidões, “mas apenas 126 pessoas compareceram”. Ele aponta que o objetivo da Prefeitura é convocar todos que foram aprovados. “Desses 313, estão faltando 187 médicos para tomarem posse, por isso, mais uma vez prorrogamos o edital por mais 30 dias.”
De acordo com o edital, os médicos vão suprir as demandas das unidades de saúde de Goiânia nas áreas de alergia, cardiologia, cirurgião geral, clínico geral, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, geriatria, ginecologia/obstetria, hematologia, intensivista adulto, mastologia, medicina do trabalho, oftalmologia, ortopedia/traumatologista, otorrinolaringologia, perícia, pediatria, pneumologia, psiquiatria, radiologia, reumatologia, urologia e técnicos em autópsia e necrópsia.
“Já convocamos profissionais de diversas especialidades dentro do número de vagas, agora, estamos convocados os aprovados do cadastro de reserva”, diz Fornazier, que completa que já foram convocados 881 médicos.
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Dengue
SMS visitará imóveis fechados
O Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), em parceria com a Polícia Militar, começa hoje uma campanha de combate ao mosquito da dengue. Com a ajuda de um chaveiro, imóveis abandonados terão seus cadeados abertos para que os agentes possam prevenir o surgimento de novos criadouros do mosquito e eliminação de possíveis focos da doença. Segundo a secretaria municipal, esta ação fará parte da rotina dos agentes até março de 2015. Ainda de acordo com a pasta, a Justiça teria autorizado a abertura de mais de 200 imóveis. O lançamento da campanha será na sede do Distrito Sanitário Sul às 8h30.
A intenção da SMS é aumentar a fiscalização desses locais, devido àproximidade do período chuvoso. “Este tipo de ação já foi promovida antes, mas agora a SMS ampliará o número de imóveis’, destaca o diretor do Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses, Edison Gomes.
9 MIL CASOS
Reportagem publicada no POPULAR no último dia 22 mostrou que, até setembro, a capital já havia contabilizado mais de 9,1 mil notificações da doença. As ocorrências foram subestimadas nos meses anteriores devido à subnotificação de casos, que não foram repassados por unidades de saúde em tempo hábil à secretaria.
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Artigo – A interiorização da saúde

O debate que se instalou no País, por ocasião da implantação do Programa Mais Médicos, tem sido feito de forma superficial, político-partidária e centrada basicamente na presença e contribuição dos médicos estrangeiros, sobretudo os cubanos. É preciso avançar na concepção do programa para além da superficialidade das discussões midiáticas, que ora o colocam como um programa partidário e eleitoreiro, ora se alinham na defesa intransigente das categorias profissionais, como se estas tivessem credenciais para assumir o protagonismo sobre as políticas públicas de Estado.
O Estado de Goiás possui peculiaridades territoriais importantes. Localizado no centro geográfico do País, ele se situa como um anteparo de oferta de serviços especializados entre o Norte e o Sul, divisão clássica que separa historicamente os dois “Brasis”. No campo específico da oferta de serviços especializados e qualificados nos vários ramos da saúde é sabido que o eixo Goiânia/Anápolis se coloca em destaque no cenário nacional e polariza uma imensa base territorial do Centro, Norte e Nordeste do País. No plano geográfico goiano essa relação também se estabelece em uma rede concêntrica, da periferia para o centro e sem ainda uma rede estruturada em termos de saúde pública. O fluxo de encaminhamentos de pacientes do interior, em distâncias imensas (pensemos em um paciente com uma fratura exposta viajando 300 quilômetros em uma ambulância), nem sempre segue uma regra de transição entre baixa e alta complexidade. Não raro, o encaminhamento se dá por uma resposta política imediata da prefeitura até por não ter condições mínimas de atender a urgências e emergências. As casas de apoio aos munícipes espalhadas por Goiânia, sempre abarrotadas de pacientes, também são um sintoma clássico de resposta política a essa concentração de serviços.
Uma etapa fundamental para o fortalecimento de uma rede pública no Estado começa a ser delineada com a oferta de cursos de graduação na área de saúde, com ênfase na saúde coletiva, principalmente pela Universidade Federal de Goiás, por meio de suas regionais. Jataí começa a ganhar contornos e fortalecer-se como núcleo regional importante de formação, com os cursos de biomedicina, fisioterapia, psicologia, enfermagem e mais recentemente o início da primeira turma curso de medicina. No Câmpus da Regional Catalão, que já oferta os cursos de enfermagem e psicologia, o MEC acaba de autorizar o curso de medicina para início em 2016. Ao todo o MEC autorizou a expansão de 110 vagas para a UFG, acompanhadas de 120 cargos de docentes e 60 cargos de técnicos administrativos, além de recursos de capital e custeio. Esses dois campi já desenvolvem plenamente a graduação e pós-graduação no âmbito das áreas básicas – exatas e biológicas. O Câmpus da Regional Cidade de Goiás se articula com a sociedade local e regional tendo em vista as perspectivas de avanços para a formação na área da saúde, inclusive, com possibilidade de outro projeto de curso de medicina.
A interiorização dos cursos de graduação na área da saúde, como o de medicina, orientado pelo sistema federal de ensino superior, contribuirá em médio prazo, no Estado de Goiás e em outras regiões brasileiras, para redimensionar a rede pública de atenção primária à população distante dos grandes centros, além de propiciar a revitalização de centros de saúde em todo o Estado, hoje sucateados por absoluta falta de profissionais e por dificuldades estruturais enfrentadas, sobretudo por municípios de pequeno porte. A orientação dada pelos projetos pedagógicos dos cursos, quanto ao aspecto formativo, é no sentido de garantir que o campo e os cenários de prática sejam instalados em todos os municípios da região de abrangência dos cursos, principalmente no que se refere a relação leito/estudante, equipes de saúde da família e atendimento de urgência e emergência. Além disso, a rede de saúde instalada no município que sedia o curso deve fornecer as condições de atendimento e infraestrutura capazes de oferecer, ao final da implantação, pelo menos três áreas de residências médicas.
O resultado desse processo, esperado para uma década, é a efetiva ampliação do atendimento à atenção primária à população, articulado com uma rede regional especializada, com forte apelo à descentralização do atendimento à saúde no interior de Goiás. O debate sobre Programa Mais Médicos, sobretudo no aspecto formativo, deve ultrapassar os simplismos enunciados nas políticas partidárias e nos conselhos de classe, para entendermos o real alcance da proposta e os benefícios coletivos que ela assinala. A sua consolidação deve ser concebida e fortalecida como uma política de Estado, alicerçada em um forte princípio republicano e federativo.
Deve ser lembrado, finalmente, que o tempo aproximado para formação adequada de um profissional médico – entre seis e oito anos –, é por demais suficiente para se discutir, propor e aprovar uma carreira de Estado que valorize, dignifique e dê condições para que os profissionais de saúde formados para a atenção básica da população dediquem-se integralmente à tarefa nobre de cuidar das pessoas, especialmente, antes que elas adoeçam.

Manoel Rodrigues Chaves é professor e orientador dos Programas de Pós-Graduação em Geografia e em Gestão Organizacional – Regional Catalão e vice-reitor da UFG
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DIÁRIO DA MANHÃ
Nova arma contra depressão
Chip promete ser o novo aliado no combate à enfermidade que é considerada o mal do século

DEIVID SOUZA

Um novo tratamento contra a depressão, no Brasil, vai se popularizando aos poucos. É a estimulação cerebral profunda. A técnica consiste na implantação de um marcapasso, geralmente no peito, esse aparelho possui dois eletrodos que são conectados ao cérebro. Tudo é feito com o paciente acordado. Os médicos ligam os eletrodos à área do centro nervoso que carrega informações sensoriais. Esses eletrodos administram impulsos elétricos. “Esse marcapasso então, manda o impulso elétrico para essa região do cérebro e, digamos assim, vai bloquear, fazendo com que aquela região com problema passe a funcionar normalmente”, explica o neurocirurgião Ledismar José da Silva, que apresentou os resultados da terapia no 30º Congresso Brasileiro de Neurocirurgia.

O marcapasso precisa ser calibrado, ou seja, é necessário fazer um ajuste na voltagem dos impulsos elétricos. Estes ajustes são feitos ao longo do tempo, para garantir a eficácia da terapia.

O tratamento é indicado para casos graves de depressão, que não apresentam respostas a nenhuma outra forma de terapia. São casos em que o paciente não tem sucesso com uso de medicamentos e nem mesmo à eletroconvulsoterapia, tratamento feito com a ministração de pequenos choques elétricos na cabeça.

Pacientes de qualquer idade podem se submeter ao procedimento, desde que estejam em boas condições clínicas para operação, mas o médico só faz a cirurgia quando existe a indicação de dois psiquiatras atestando a necessidade.

A técnica é apontada como muito segura pelo neurocirurgião. “A tecnologia está muito melhor, a imagem (da cirurgia) está muito melhor. Chegamos a um risco de complicação então, de cerca de 1%”, atesta.

O preço do equipamento importado é de R$ 80 a R$ 100 mil, somados os custos da cirurgia, o procedimento pode sair por mais de R$ 130 mil. Apesar do valor elevado, o bom é que os planos de saúde cobrem o tratamento. No Sistema Único de Saúde a técnica ainda não é disponibilizada, mas o médico acredita que isso vai mudar.

A cirurgia

O valor se justifica, a equipe precisa, entre outros profissionais, da atuação de dois neurocirurgiões, um anestesista, dois instrumentadores cirúrgicos, um profissional de saúde circulante e ainda, um técnico que faz os ajustes no software do aparelho. Normalmente, o tempo de operação dura entre três e quatro horas. A internação é rápida, cerca de dois dias.

O neurocirurgião acredita que é importante divulgar a terapia, porque muitos profissionais que lidam com tratamentos contra a depressão ainda não conhecem a técnica. “Esse método que pode ajudar esses pacientes, onde o tratamento clínico, o tratamento psiquiátrico, o tratamento farmacológico, ou mesmo, a eletroconvulsoterapia não funciona. Então, essa técnica vem como uma forma de ajudar esses pacientes que estão sem possibilidade terapêutica”, valoriza o médico.

A terapia já é utilizada há vários anos nos Estados Unidos e em outros países. O procedimento tem outras aplicações, como o combate ao mal de Alzheimer. Estudos estão sendo feitos para que esta técnica seja aliada no tratamento da obesidade e até da dependência química.

A depressão no mundo
A depressão é uma doença grave, muitas vezes cercada de preconceitos, o que faz muitos acreditarem que as pessoas doentes são fracas ou que o problema é passageiro e não merece mais atenção.

Existiam, em 2012, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas com o problema no mundo. Um estudo da instituição dá conta que aproximadamente 5% das pessoas sofreram com depressão, no ano anterior ao levantamento. As mulheres são mais propensas a desenvolver depressão, o número de mulheres afetadas pela doença é 50% maior que o de homens.

A doença é fruto da interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Em muitas ocasiões, está relacionada com a saúde física. Os sintomas mais comuns são o estado de deprimido que se repete na maior parte do tempo por dias seguidos e perda de prazer pela maioria das atividades que a pessoa costumava realizar quando estava bem de saúde.

Um dos problemas graves da depressão é que muitos pacientes não procuram tratamento ou ele é iniciado tardiamente. De cada 100 pessoas que desenvolve a doença de maneira grave, 15 cometem suicídio, diz um relatório da OMS de 2002.

O diagnóstico da depressão é clínico e leva em conta os sintomas descritos e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para realizar a maioria das atividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar também de quatro a cinco outros. Eles podem ser alterações no peso, distúrbios no sono, consumo de drogas, sentimento de culpa excessiva, alterações na libido e ideias suicidas.

O tratamento carece acompanhamento médico especializado e sistemático. Dependendo da gravidade, um tratamento psicoterápico pode obter boas respostas. No entanto, quando a situação é mais grave, o uso de antidepressivos é indicado. O problema é que muitos deles causam dependência, daí a necessidade de um acompanhamento que seja capaz de ajudar o paciente a superar outros fatores relacionados à doença.

Brasil

O suicídio é outro grave problema de saúde. De acordo números da OMS de 2000 a 2012, na América Latina, apenas cinco países tiveram um aumento percentual no número de suicídios entre 2000 e 2012: Guatemala (20,6%), México (16,6%), Chile (14,3%), Brasil (10,4%) e Equador (3,4%).

A OMS estima que 800 mil pessoas se suicidam por ano em todo o planeta, uma pessoa a cada 40 segundos. Essa é a segunda maior causa de morte em pessoas entre 15 e 29 anos, enquanto que os mais de 70 anos são aqueles que mais frequentemente se tornam suicidas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação 

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