Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07 A 09/02/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Diretor clínico pode ser punido em caso de má utilização de OPMEs
• Gestão da água em organizações de saúde
• Impasse no caso do garoto que ficou com pilha alojada no nariz
• Pacientes com doença genética rara lutam contra preconceito
• Saúde – Crise hídrica pode ser fator para aumento de 57% nos casos de dengue, diz Chioro
• Impasse na idade certa para fazer mamografia
• Plano de Saúde é obrigado a bancar prótese peniana
• Empresas fazem planos de saúde separados para aposentados
• Doenças da alma
• Coluna Direito e Justiça – Plano de saúde é contestado
• Armazenamento de água requer vigilância extra


SAÚDE BUSINESS 365
Diretor clínico pode ser punido em caso de má utilização de OPMEs

Cremesp publica critérios para o relacionamento entre médicos e a indústria de OPMEs. Conheça-os

Depois das recentes denúncias sobre grupos mafiosos de OPMEs (órteses, Próteses e Materiais Especiais), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) publicou na quinta-feira (5) critérios para o relacionamento entre médicos e a indústria de próteses, órteses, materiais e medicamentos. O documento proibi expressamente a prescrição médica de determinados produtos em troca de gratificações.

A relação mercantil entre médico e empresas já era contemplada pelo Código de Ética Médica, mas não havia nenhuma deliberação específica relacionada a esses materiais. Tais práticas ilegais são sabidas e discutidas há tempos pelo mercado de saúde, mas veio fortemente à tona depois de reportagem do Fantástico, da TV Globo, ter flagrado cobranças superfaturadas e cirurgias desnecessárias.

Dentre outras regras, a medida prevê ainda a coresponsabilização de diretores clínicos e médicos de hospitais ou unidades de saúde envolvidas nesse tipo de prática. A norma vai entrar em vigor em 60 dias.

A ABRAIDI (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes), que abarca 180 distribuidores de material médico-hospitalar, reforça que antes das denúncias já trabalhava na formalização de um Acordo Setorial dos Distribuidores, Importadores e Fabricantes de Próteses e Órteses (OPME), em parceria com o Instituto ETHOS, grupo de empresas que se compromete a criar regras para prevenção de suborno e corrupção do segmento.

O estudo deve ser lançado no dia Mundial da Saúde deste ano, 7 de abril, e divulgado para os demais atores do segmento como convênios, seguradoras, hospitais e classe médica, além dos organismos públicos como o Ministério da Saúde. (07/02/15)
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Gestão da água em organizações de saúde

Neste novo cenário de escassez de água, o que as organizações de saúde tem feito para a gestão dos recursos naturais?

Embora este não seja um assunto novo no campo da Sustentabilidade na Saúde, a gestão da água muitas vezes era, e ainda é, subestimada por algumas organizações de saúde. Para um setor onde qualquer redução de custos pode fazer a diferença, a gestão dos recursos hídricos , não só se faz necessária, como pode ser uma oportunidade , de reforçar os valores da organização frente a sustentabilidade.
Por essa razão,  o artigo deste mês traz como exemplo uma iniciativa da AHA (American Hospital Association), que desde 2010 reforça a importância da gestão da água para todos os seus associados, a partir da aplicação de  oito componentes essenciais:

1. Mensurar –  O estabelecimento de uma base de dados é o primeiro passo no acompanhamento do progresso. Uma vez que uma linha de base foi estabelecida, a organização de saúde pode continuar a medir o consumo em uma base contínua e quantificar a redução.

2. Definir o perfil de Consumo – Um perfil de uso de água vai ajudar a esclarecer como a água é usada nas organizações de saúde (por exemplo: sanitários, processo médico, lavanderia, etc.). A medição setorizadatambém ajuda a identificar oportunidades de redução, assim como, a estabelecer as melhores oportunidades de melhoria nas instalações prediais.

3. Obter o apoio da liderança – A criação de uma estrutura ou equipe verde com representantes dedepartamentos que compartilham a responsabilidade pelo planejamento do uso da água, uso e gestão. Asubcomissão (por exemplo, o Conselho de Conservação da Água) pode fornecer conhecimentos e esforços deredução de água.

4. Definir metas / objetivos. É importante definir objetivos de curto e longo prazo para a redução de uso de água e integrá-los em um plano de gestão.

5. Desenvolver  ação estratégica e planos de melhoria – É importante que a organização de saúde realize periodicamente uma auto avaliação do seu sistema de gestão de água, para que esteja alinhada com os objetivos estabelecidos. Também é importante identificar as melhores práticas do mercado para o seu contexto de atuação.

6. Implementar –  Executar as medidas de melhoria identificadas

7. Monitorar, Medir e Comunicar –  É importante começar a acompanhar os seus esforços de redução de águapor várias razões: (1) para verificar se eles estão cumprindo o objetivo pretendido; (2) para controlar redução de custos operacionais;, (3) para monitorar o impacto ambiental e social na comunidade onde a organização de saúde opera e (4) para informar a todas as suas partes interessadas (Stakeholders) sobre o desempenho da organização frente a gestão da água.

8. Capacitação e Engajamento –  Os usuários devem ser informados e treinados através de aprendizagemespecífica, (materiais educativos, que inclui cartazes, o compartilhamento de informações nos boletins de notícias.
Reconhecendo os esforços individuais e coletivos por meio de premiações ou outros programas de reconhecimento também oferece oportunidades para comemorar e comunicar o valioso trabalho que está sendo realizado.
Fonte: AHA (American Hospital Association) – http://www.sustainabilityroadmap.org/ (09/02/15)
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O HOJE
Impasse no caso do garoto que ficou com pilha alojada no nariz
Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada nesta semana pela Justiça Estadual sobre o caso do garoto de 2 anos que ficou com uma pilha alojada no nariz durante dois meses. As partes não chegaram a um acordo. A Unimed Goiânia, ré no processo, por danos morais, estéticos e materiais, não apresentou proposta. A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 31 de março, momento em que se produzirão novas provas, aptas a formarem o conhecimento do juiz que decidirá a questão. Segundo os advogados da criança, da banca Tibúrcio Advogados, ela tem direito à indenização bem como ao custeio de eventuais tratamentos a serem realizados, já que houve necrose do septo nasal. Para eles, é inadmissível que não tenham sido realizados exames das vias aéreas da criança, procedimento considerado padrão para esse tipo de caso. O menino foi atendido por cinco vezes no pronto-socorro infantil do convênio sem que o problema fosse identificado. (07/02/15)
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AGÊNCIA BRASIL

Pacientes com doença genética rara lutam contra preconceito

A servidora pública Anna Carolina Ferreira da Rocha, de 31 anos, vive um cotidiano de lutas. Ela foi diagnosticada ao nascer com epidermólise bolhosa (EB), uma deficiência genética rara, não contagiosa e caracterizada por sensibilidade acentuada na pele e nas mucosas, que leva à formação de bolhas e feridas.
Além de cuidar da saúde e levar uma vida ativa trabalhando, a servidora batalha pela diminuição do preconceito que cerca a doença e para que outros portadores sejam diagnosticados e tenham acesso a tratamento médico.
Acompanhada de representantes da Associação de Parentes, Amigos e Portadores de Epidermólise Bolhosa Congênita (Appeb), Anna Carolina participou hoje (8) de panfletagem no Parque da Cidade, em Brasília, visando à conscientização sobre a doença.
Anna Carolina explica que o erro mais comum em relação à EB é acreditar que ela é contagiosa. Em 2013, um episódio envolvendo a epidermólise bolhosa causou polêmica e repercutiu na mídia. O neto de 3 anos da coreógrafa Deborah Colker, portador da doença, quase foi impedido de embarcar em voo comercial. Mesmo a família afirmando que a condição não era contagiosa, a tripulação exigia um atestado médico para permitir que o menino viajasse.
Segundo Anna Carolina, situações como essa são comuns. “Tem locais em que você chega e as pessoas saem de perto. Queremos mostrar que a doença existe e não é contagiosa”, diz. Para ela, além de diminuir o preconceito, a divulgação de informações pode facilitar o diagnóstico e o acesso ao tratamento, porque a condição é pouco conhecida até por profissionais de saúde.
No Distrito Federal, o atendimento a pacientes com EB é feito pelo Hospital Universitário, vinculado à Universidade de Brasília (UnB). A instituição organizou uma equipe multidisciplinar com as especialidades médicas necessárias ao acompanhamento da doença.
Mesmo com a estrutura disponível, eventualmente os pacientes enfrentam dificuldades. Anna Carolina lembrou que, no segundo semestre do ano passado, por exemplo, houve falta dos curativos especiais, que são importantes porque não machucam a pele dos portadores. O material é fornecido pela Secretaria de Saúde. “Temos ações judiciais [relacionadas a isso]”, diz a servidora.
Mesmo assim, os pacientes da capital federal estão bem assistidos em comparação com os de outros pontos do país. Portadores da doença da Região Nordeste, por exemplo, frequentemente buscam auxílio em Brasília. “Muitos chegam sem saber o que têm”, relata a servidora pública.
A desinformação sobre a epidermólise bolhosa ainda é grande, mas já foi maior. Anna Carolina cita casos de parentes que nasceram e morreram com a doença sem jamais serem diagnosticados ou tratados. “Minha mãe teve irmãos e uma prima [com EB]. Você imagina o interior de Minas Gerais nas décadas de 1940, 1950. Quando eu nasci, ela sabia que eu tinha a mesma coisa que eles. Mas não sabia o nome. O médico virou a noite estudando e me diagnosticou”, conta.
Pacientes com epidermólise bolhosa precisam tratar com curativos e medicação tanto lesões externas quanto internas. Como atinge as mucosas, a doença pode causar danos aos sistemas ocular e digestivo. A epidermólise bolhosa não tem cura, e o tratamento consiste no controle das complicações, para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A gravidade dos sintomas depende do tipo da doença.
Mais de 50% dos portadores apresentam a forma mais simples, com presença de bolhas nas mãos e nos pés e sem danos permanentes à pele. Anna Carolina é portadora de um tipo mais grave. Aproximadamente 20 pessoas a cada 1 milhão têm EB. A doença atinge todos os grupos raciais e homens e mulheres.
Neste domingo, além do Distrito Federal, associações e voluntários distribuíram panfletos de conscientização sobre a epidermólise bolhosa em outras cidades, entre as quais São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Santo André e Bauru.
A manifestação foi promovida em fevereiro em função do Dia Mundial das Doenças Raras, marcado para o dia 28 deste mês. Quem quiser mais informações sobre a epidermólise bolhosa pode visitar a página da Appeb na internet, entrar em contato com a associação pelo e-mail appebdf@gmail.com, ou ligar para o telefone de número (61) 3381 9291. (09/02/15)
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Saúde
Crise hídrica pode ser fator para aumento de 57% nos casos de dengue, diz Chioro

O número de casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano aumentou 57,2% entre 2014 e 2015, saltando de 26.017 para 40.916 em todo o Brasil. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, coloca, entre os motivos do aumento, a crise hídrica, que faz com que muitas pessoas estoquem água em casa.
“É inquestionável que a crise hídrica e a seca apresentam uma situação de risco maior para a proliferação do Aedes aegypt, na medida em que as pessoas tendem a armazenar água sem proteção. Não há problema em fazer armazenamento, mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a proteção,pois a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai aumentar o risco de proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar esses recipientes, é fundamental”, avaliou o ministro.
Chioro disse que o governo vai fazer um estudo para ver a relação entre a falta de água e o número de casos de dengue e vai alertar para que a população guarde água com segurança. O ministro ressaltou que há uma grande preocupação com a doença, pois o aumento aconteceu em período anterior aos meses de maior incidência, que são março e abril.
“Aumentou o número de casos de dengue em um período que não era para aumentar”, disse o ministro. Ele destaca que cada lugar tem um motivo diferente para o aumento da ocorrência do mosquito e que cada família deve estar atenta aos pontos de acúmulo de água em suas casas.
Segundo Chioro, uma das situações mais preocupantes é a do município de Cruzeiro do Sul, no Acre. A cidade, que tem cerca de 80 mil habitantes, teve apenas sete casos em janeiro do ano passado, enquanto em janeiro de 2015 teve 2.305 casos.
Com esta “explosão” da doença no Acre, o estado ficou com a maior incidência, com 338,3 pessoas doentes para cada 100 mil habitantes. Goiás veio em seguida com 97,9, por 100 mil. Mato Grosso do Sul ficou em terceiro, com 42,9,
A boa notícia é que os casos graves da doença cairam 71%, de 49 para 14 no primeiro mês de 2014 para 2015. As mortes também caíram no mesmo período, de 37 para 6. Para o diretor do Departamento de Dengue e Chikungunya do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, esses números apontam uma melhora no sistema de saúde para tratar os pacientes.
Segundo Chioro, certamente o número de pacientes com dengue é subnotificado, pois muitas vezes os sintomas são leves e, por isso, o paciente não procura atendimento médico.
O Ministério da Saúde está promovendo hoje (7) o Dia D contra dengue e chikungunya, doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, com sintomas parecidos, mas que provoca maiores dores nas articulações e diferentemente da dengue, não tem a forma hemorrágica.
Nas primeiras quatro semanas de 2014 foram contabilizados 23 casos de chikungunya, sendo 22 na Bahia e um em Goiás. Ano passado foram registradas as primeiras transmissões da doença no país. Ao todo, em 2014 foram 2.847 casos. O Ministério da Saúde está acompanhando pacientes em Oiapoque, no Acre, onde houve a maior concentração da doença, para avaliar a evolução dos casos mais graves. (07/02/15)
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Impasse na idade certa para fazer mamografia


Sociedade de Mastololgia e Ministério da Saúde divergem sobre faixa etária para realização do exame
Após a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) de que mulheres com mais de 40 anos devem fazer a mamografia anualmente, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirmou que a recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres com 50 a 69 anos sem sinal da doença façam o exame a cada dois anos.
Segundo o Inca, a inclusão de mulheres com 40 a 49 anos no rastreamento “tem limitada evidência de redução da mortalidade, além do fato do balanço entre riscos e possíveis benefícios do rastreamento ser desfavorável”. De acordo com o instituto, a mamografia tem menor sensibilidade em mulheres na pré-menopausa, devido à menor densidade mamária.
Além disso, o Inca argumenta que “não há evidências conclusivas de que a periodicidade anual traga mais benefícios do que a bienal, e os danos associados ao rastreamento aumentam muito”.
FONTE
O instituto não se posicionou sobre a afirmação de que é necessário distribuir melhor os mamógrafos porque não teve acesso ao estudo completo da SBM, mas afirmou que 50% das mulheres com 50 a 69 anos vivem na Região Sudeste.
Ontem, referindo-se à cobertura privada e pública, o presidente da Comissão de Imaginologia da SBM, José Luis Esteves, disse à Agência Brasil que as regiões Norte e Nordeste precisam de mais mamógrafos e que os equipamentos estavam concentrados no Sul e no Sudeste.
Na última quinta-feira, Dia Nacional da Mamografia, a Sociedade Brasileira de Mastologia, por meio de um estudo próprio, afirmou, com base em informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, que de 10 milhões de mamografias esperadas pelo INCA em mulheres na faixa etária dos 50 aos 60 anos, apenas 2,5 milhões foram feitas em 2013.
O Inca afirmou que não foi a fonte de tal estimativa e que ela não contempla a faixa etária recomendada pelo instituto.
A Sociedade Brasileira de Mastologia defende que “a mamografia feita com qualidade e com periodicidade anual ainda é o modo mais preciso de se diminuir a mortalidade por câncer de mama e menciona uma pesquisa feita no Canadá com mulheres de 40 a 79 anos, observadas por 19 anos. Segundo a pesquisa, as canadenses que fizeram o exame tiveram uma taxa de mortalidade 40% menor. (07/02/15)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Plano de Saúde é obrigado a bancar prótese peniana

Paciente crônico de hipertensão e diabetes conseguiu sentença favorável. Plano disse que prótese teria apenas função estética 
A Caixa de Assistência dos Empregados da Saneago (Caesan) foi obrigada a arcar com a prótese peniana inflável para um segurado que sofre de impotência sexual, mesmo sem prever tal tratamento em contrato. A decisão é da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), nos termos do voto do relator do processo, o juiz substituto em segundo grau Wilson Safatle Faiad.
Paciente crônico de hipertensão e diabetes, o autor da ação sofre, como sequela, de disfunção erétil. Ele teria passado por várias terapias clínicas e medicamentosas, mas nenhuma surtiu efeito, quando, então, seu médico indicou a implantação da prótese. Diante dos fatos, o relator considerou a importância do tratamento para a saúde do paciente. “O procedimento desejado é de grande relevância para surgimento e posterior manutenção da saúde física, mental e emocional do segurado, já que não se pode negar a importância de tal questão na vida de um homem, mormente casado, e em pleno vigor físico”.
Em primeiro grau, a sentença de obrigação de fazer, com tutela antecipada, já havia sido deferida a favor do homem. O plano de saúde recorreu, alegando que a prótese tem finalidade estética, não é regulamentada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), nem, tampouco, listada em cláusula contratual de cobertura. Contudo, Wilson Safatle Faiad considerou que “a saúde é um direito constitucionalmente previsto, devendo prevalecer sobre qualquer restrição contratual, sobretudo se o material cuja cobertura foi negada se mostra indispensável à melhora do quadro do paciente”.

CÓDIGO
Sobre a relação estabelecida entre as partes – autor da ação e plano de saúde – o relator explanou que incide o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece o contratante como hipossuficiente. Nessas condições, “a cláusula abusiva de restrição configura-se, visivelmente, abusiva, pois coloca o segurado em desvantagem, o que é proibido (artigo 51, inciso 1º, 4º e § 1º), violando os princípios do equilíbrio contratual ou boa-fé objetiva”.
Em sua fundamentação, o juiz substituto em segundo grau também considerou a Constituição Federal, que prevê a saúde como um direito do cidadão, “estando aí incluídos os meios necessários à garantia ao bem-estar físico e mental do paciente, devendo, portanto, prevalecer sobre qualquer cláusula contratual que pretenda retirá-lo”. (08/02/15)
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Empresas fazem planos de saúde separados para aposentados
Joanna Porto, Especial para Diário da Manhã
Quando um funcionário se aposenta após trabalhar 10 anos na empresa, ele deve assegurar a manutenção do plano de saúde nas mesmas condições de quando ele estava na ativa, segundo a Lei 9.656/98, desde que o aposentado assuma seu pagamento integral. No entanto, a empresa também pode optar por inserir os aposentados em um plano separado específico. Mas quais as diferenças para os aposentados?
No primeiro caso o cálculo do valor aplicado de reajuste serão os mesmos, ao passo que ,no segundo caso, os índices aplicados tomarão como base todos os planos de aposentados da carteira da operadora.
A vantagem de permanecer com o mesmo plano de saúde é o de não necessitar do cumprimento de carências, nem arcar com os altos preços dos poucos planos individuais que ainda existem no mercado, ainda mais quando se trata de uma faixa etária mais avançada.
No que se refere ao segundo caso, ou seja, no caso da empresa fazer um plano de saúde específico para os aposentados, o objetivo é diluir o risco e obter reajustes menores. Entretanto, os aposentados vêm sofrendo com os altíssimos índices de reajustes, pois estes são calculados com base na sinistralidade, a mudança de faixa etária, e, muitas vezes, atingem valores altíssimos em decorrência de reajustes abusivos.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP) já entendem que referidos reajustes colocam o consumidor em exagerada desvantagem, motivo pelo qual os planos deveriam levar em conta somente os índices permitidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no momento de calcular o reajuste.
No artigo 15, § 3º, do Estatuto do Idoso, está especificamente impedido o reajuste das mensalidades dos planos de saúde sob alegação de alta sinistralidade do grupo, decorrente da maior concentração dos segurados nas faixas etárias mais avançadas. Assim, se você sofreu um aumento abusivo em seu plano, procure um advogado e defenda seus direitos. (07/02/15)
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Doenças da alma

Desequilíbrios do espírito acabam por refletir no corpo físico. Depressão e anorexia são alguns dos exemplos dos distúrbios que nos prejudicam
Thamy Gibson,
Em um mundo cada vez mais acelerado, a preocupação com a saúde física tem se tornado maior, no entanto, o mesmo não ocorre com a saúde espiritual. Muitas pessoas a ignoram, sem saber que ela pode ser a causa de diversas doenças que afligem o corpo humano. De acordo com o médico nefrologista Dezir Vêncio, 72, é importante zelar pelo físico, isso auxilia na melhora da qualidade de vida, porém a saúde do corpo depende da saúde do espírito. “Eu posso zelar de mim, que sou corpo, mas eu tenho que cuidar de mim, que também sou espírito”, explica.
As doenças da alma, como são popularmente conhecidas, são desequilíbrios do espírito que acabam por refletir no corpo físico. Os casos mais comuns são os de câncer. Mas o que pode causar esses desequilíbrios? Os erros e pecados cometidos aos quais o homem não busca reparar, cultivar o rancor e o ódio. As causas vêm, então, de falhas no espírito.
“Quando se erra em vida, é preciso se reparar. É preciso perdoar, cultivar boas energias dentro de si, ajudar ao próximo”, afirma o médico.
Nem todas as enfermidades causadas pela desarmonia do espírito são físicas. A depressão, por exemplo, é uma doença psicológica e bastante comum nos dias atuais. “Ela pode ter causas em vidas anteriores e causas nessa vida atual, depende do meu comportamento”, diz Dezir.
O médico explica ainda que existem casos em que a doença se manifesta por um desequilíbrio externo que acaba sendo absorvido pela pessoa. “Se um garoto vê os pais brigando muito, está em um ambiente instável, seu espírito pode se desarmonizar e ele desenvolverá a doença”, conta.
Para se prevenir, o conselho de Vêncio é conciliar o cuidado do corpo com o da alma, cultivar boas energias, perdoar, orar e meditar. Nos casos em que a pessoa já sofre com alguma doença, é possível encontrar diversos tratamentos para complementar aos cuidados médicos, como o magnetismo praticado pelas populares Benzedeiras, acupuntura, apometria, cromoterapia, entre outros. “Esses tratamentos complementares, o amor próprio, as preces, as orações, são o melhor tratamento. Nesses momentos você joga para dentro de você toda a energia positiva e você vai se auto-curar”, esclarece ele.
CAUSAS ORGÂNICAS
É importante explicar que nem todas as doenças são causadas por um desequilíbrio espiritual. Muitas delas têm causas orgânicas, “vamos supor que o seu apêndice inflamou, isso não acontece por causa espiritual, apenas não quis funcionar direito” ou por falta de vigilância, “se eu me vigiar, eu não vou pegar aids”, explica Dezir.
O médico afirma ainda que cada doença nos transmite uma mensagem de que algo está em desalinho com o nosso corpo; sendo assim, precisamos ouvir essas mensagens e mudar as nossas atitudes no intuito de alterar o nosso destino para melhor.
DOENÇAS ESPIRITUAIS MAIS COMUNS
• Câncer: Quando o corpo sofre com um crescimento desordenado de células que invadem os limites normais do corpo e destroem tecidos adjacentes, podendo se espalhar para outras partes do corpo, em um processo conhecido como metástase.

• Depressão: É uma doença crônica e recorrente, produz alteração do humor que tem como características a tristeza, apatia, baixa autoestima, culpa, podendo refletir no sono e apetite.

• Anorexia: Distúrbio alimentar que gera perda de peso excessiva, acima do que é considerado saudável para o peso e idade.

• Bulimia: São episódios de ingestão exagerada de grandes quantidades de alimentos com alto teor calórico, seguida por um sentimento de culpa. A pessoa que sofre de bulimia geralmente utiliza meios indevidos para evitar o ganho de peso, como indução do vômito, uso de laxantes e jejum prolongado.

• Enxaqueca: Fortes dores de cabeça geralmente acompanhadas por náusea, vômito, sensibilidade a luz e ao som.

TIPOS DE TRATAMENTOS
• Magnetismo (Benzedor): É um curador destinado a curar pessoas através de rezas combinadas com gestos, usando ainda de ervas ou qualquer outro objeto que considere ter poderes de cura.
• Acupuntura: Tradicional da medicina chinesa, consiste em aplicar agulhas em pontos definidos do corpo buscando resultados específicos para cada caso que está sendo tratado.
• Apometria: Trabalha a projeção da consciência mediante comandos energéticos mentais.
• Cromoterapia: Tratamento de cores para harmonização do corpo, utiliza lâmpadas de 25 watts colocadas próximas ao corpo por um curto período de tempo.
• Meditação: Ato de intensa concentração, que busca esvaziar a mente para depois preenchê-las com pensamentos positivos e boas energias.
Passe: O médium transmite fluidos espirituais benéficos ao passar as mãos diante da pessoa que deseja ser curada, pode ser realizado também através do olhar e sopro. (07/02/15)
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O POPULAR
Coluna Direito e Justiça – Plano de saúde é contestado
Instruídos pelo titular da Promotoria de Justiça do Consumidor de Anápolis, doze pacientes foram beneficiados por liminar concedida pelo juiz Johnny Ricardo de O. Freitas em medida cautelar contra a cooperativa Unimed que descredenciou a Fisioclin -Clínica de Fisioterapia onde eles faziam tratamento. Os usuários da cooperativa consideraram a medida unilateral e abusiva por não terem sido avisados previamente do descredenciamento.
De acordo com o magistrado, pela Lei 9.656/98, a Lei dos Planos de Saúde, os usuários teriam de ser comunicados com 30 dias de antecedência. Ele estabeleceu multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento da decisão.

Cooperativa diz que vai recorrer
O advogado Lázaro Alex, da Unimed de Anápolis, informou que deve recorrer da decisão. “Cumprimos todas as formalidades exigida pela Agência Nacional de Saúde (ANS). O descredenciamento ocorreu porque a Unimed precisa reduzir custos e para isso criou sua própria rede de fisioterapia”. (09/02/15)
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Armazenamento de água requer vigilância extra
Cristiane Lima
No dia D de combate à dengue e à chikungunya – uma ação promovida pelo Ministério da Saúde, ontem –, a diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde SMS, Flúvia Amorim, alertou para os cuidados ao armazenar água. Com a escassez de chuvas, muitos moradores têm guardado água em tambores e latas. “Esse é uma boa prática, mas deve ser acompanhada de cuidados sérios, como vedar totalmente esse recipiente ou colocar uma tela de jardim para evitar o contato do mosquito com a água.”
Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Goiás (SES), em todo estado, foi identificado que mais de 80% dos criadouros encontrados estavam dentro dos domicílios, sendo que o descarte inadequado de lixo deu origem a 41% dos criadouros. O acondicionamento de água inadequado em recipientes como as caixas d’água e tambores mal cobertos foi responsável pelo surgimento de 22% dos criadouros e, 17% foram os vasos de plantas e bebedouros de animais.
Flúvia destaca que, deixar qualquer espaço que permita o contato do mosquito com a água pode representar um grande perigo. “O mosquito agora também pode transmitir a chikungunya. Com mais locais e mais água para se reproduzir, poderemos enfrentar números ainda mais sérios das duas doenças”. Até quinta-feira foram registrados 3.430 casos de dengue e nenhum óbito na capital. Já em relação à chikungunya, há três casos confirmados na cidade, todos em que as pessoas se contagiaram em outros países.
A SMS, na campanha contra os criadouros, estará até amanhã nos bairros Jardim Nova Esperança, Vila Finsocial e Vila Mutirão. O alto índice de casos de dengue foi o motivo para iniciar a campanha por essa região. O fumacê voltará a ser utilizado, mas o cronograma ainda não foi definido. “É importante que as pessoas saibam a importância de manter o quintal limpo.” A Companhia de Urbanização (Comurg) acompanha as ações. Os moradores que já tiverem sido notificados poderão ser multados em até R$ 5 mil, caso mantenham lixo nas suas residências.
Chikungunya
De 54 casos notificados como suspeitos de chikungunya em Goiás, três foram confirmados e 24 foram descartados. Outros 27 estão aguardando resultados. Dos confirmados, um caso é de paciente que contraiu a doença em Rio Quente, a 135 quilômetros de Goiânia. Outros dez casos estão sob investigação, em Goiânia, Anápolis, Pirenópolis, Iporá e Rio Quente. (08/02/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação


 

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