Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 08/02/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saiba quais remédios são contraindicados em caso de suspeita de dengue

Brasil quer eliminar 14 doenças que atingem população vulnerável

Goiânia registra falta de vacina contra a dengue na rede privada

Sociedade Brasileira de Oncologia reforça posição contra cigarro eletrônico

Unidades de saúde registram aumento crescente de casos de dengue e Covid-19

Laboratório de Anápolis melhora índice de adesão à nova RDC 786/23

Setor produtivo da saúde alerta para impacto negativo da MP 1.202/2023

Conselho de Enfermagem define normas para parto domiciliar

Ao defender hospital verticalizado com Oncoclínicas, Sérgio Baiocchi desqualifica prestadores menores

AGÊNCIA BRASIL

Saiba quais remédios são contraindicados em caso de suspeita de dengue

Tratamento inclui analgésico, antitérmico e medicamento contra vômito

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alertou, nesta quarta-feira (7), para os remédios contraindicados em caso de suspeita da doença. Segundo o Ministério da Saúde, do início deste ano até a última segunda-feira (5), a doença provocou 36 mortes no país.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SBI, Alberto Chebabo, citou o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, entre os não recomendáveis, por se tratar de medicação que age sobre plaquetas. “Como já tem uma queda de plaquetas na dengue, a gente não recomenda o uso de AAS”, disse o médico. Corticoides também são contraindicados na fase inicial da dengue.

Segundo Chebabo, como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe antiviral, os sintomas é são tratados. O tratamento básico inclui analgésico, antitérmico e, eventualmente, medicação para vômito. Os principais sintomas relacionados são febre, vômito, dor de cabeça, dor no corpo e aparecimento de lesões avermelhadas na pele.

O infectologista advertiu que, se tiver qualquer um dos sintomas, a pessoa não deve se medicar sozinha, e sim ir a um posto médico para ser examinada. “A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliada, fazer exames clínicos, hemograma, para ver inclusive a gravidade [do quadro], receber orientação sobre os sinais de alarme, para que a pessoa possa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença”.

Os casos devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) e às clínicas de família.

Sintomas graves

Entre os sinais de alarme, Chebabo destacou vômito incoercível, que não para, não melhora e prejudica a hidratação; dor abdominal de forte intensidade; tonteira; desidratação; cansaço; sonolência e alteração de comportamento, além de sinais de sangramento. “Qualquer sangramento ativo também deve levar à busca de atendimento médico”, alertou. No entanto, a maior preocupação dever ser com a hidratação e com sinais e sintomas de que a pessoa está evoluindo para uma forma grave da doença.

Quanto ao carnaval, o infectologista disse os festejos não agravam o problema da dengue, porque não se muda a forma de transmissão, que é o mosquito Aedes aegypti. “Talvez impacte mais a covid do que a dengue, mas é mais uma questão, porque, no carnaval, há doenças associadas, que acabam aumentando a demanda dos serviços de saúde. Esta é uma preocupação”.

Entre os problemas relacionados ao carnaval, Chebabo destacou traumas, doenças respiratórias e desidratação, que podem sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde.

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O HOJE

Brasil quer eliminar 14 doenças que atingem população vulnerável

De 2017 a 2021, enfermidades causaram mais de 59 mil mortes no país

O governo federal pretende eliminar ou reduzir, como problema de saúde pública, 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, populações em situação de maior vulnerabilidade social. Tais doenças são conhecidas como socialmente determinadas.

decreto que institui o programa Brasil Saudável foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e publicado nesta quarta-feira (7) no Diário Oficial da União.

Dados do ministério mostram que, entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. A meta é eliminar a malária, a doença de Chagas, o tracoma, a filariose linfática, a esquistossomose, a oncocercose e a geo-helmintíase, além de infecções de transmissão vertical, como sífilis, hepatite B, HIV e HTLV. 

O programa prevê ainda a redução da transmissão da tuberculose, da hanseníase, das hepatites virais e do HIV/aids. Ao todo, 14 ministérios devem atuar em diversas frentes, como enfrentamento da fome e da pobreza; ampliação dos direitos humanos; proteção social para populações e territórios prioritários; qualificação de trabalhadores, movimentos sociais e sociedade civil e ampliação de ações de infraestrutura e de saneamento básico e ambiental.

Municípios prioritários

A expectativa do governo federal é que grupos mais vulneráveis socialmente corram menos risco de adoecer e que pessoas atingidas pelas doenças e infecções abrangidas pela programa possam realizar o tratamento de forma adequada, com menos custo e melhor resultado.

O programa identificou 175 municípios como prioritários por possuírem altas cargas de duas ou mais doenças e infecções determinadas socialmente.

Análise

Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ação é estratégica para o país e representa uma importante agenda. Na cerimônia de lançamento do Brasil Saudável, a ministra lembrou que as doenças determinadas socialmente, diferentemente do que muitos pensam, não são causadas pela pobreza, mas pela desigualdade. 

Em sua fala, Nísia lembrou que, quando se fala de determinantes sociais, fala-se também de determinantes étnico-culturais. Na avaliação da ministra, a desigualdade impacta não apenas as 14 doenças listadas pela pasta, mas todo tipo de enfermidade – desde doenças crônicas até o tratamento do câncer.  

Durante o evento, o diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, classificou o programa como ambicioso e destacou que as Américas têm grande liderança no mundo em relação à eliminação de doenças como varíola e malária. “Há avanços importantes na região.”

Jarbas lembrou que, infelizmente, a pandemia de covid-19 impactou negativamente todos os sistemas de saúde da região e que a iniquidade nas Américas continua tremenda. “É, talvez, a região mais desigual do mundo”, disse o diretor da Opas, ao citar que temos, ao mesmo tempo, a nação mais rica do planeta, os Estados Unidos, e países com graves crises sociais e políticas. 

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também presente na solenidade, considerou a iniciativa muito importante e destacou o papel dos movimentos sociais. “Vão dar energia a esse plano”, disse Adhanom. “Não pode ser feito somente pelo governo”, completou. 

“Este plano é audacioso. Realmente audacioso. Meu tipo de plano favorito, brincou.

Articulação

Coordenado pelo Ministério da Saúde, o Brasil Saudável terá ações articuladas com as pastas da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; dos Direitos Humanos e Cidadania; da Educação; da Igualdade Racial; da Integração e Desenvolvimento Regional; da Previdência Social, do Trabalho e Emprego; da Justiça e Segurança Pública; das Cidades; das Mulheres; do Meio Ambiente e Mudança do Clima e dos Povos Indígenas.

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A REDAÇÃO

Goiânia registra falta de vacina contra a dengue na rede privada

A procura pela vacina contra a dengue na rede privada de Goiânia disparou nas últimas semanas, impulsionada pelo aumento no número de casos da doença. No entanto, as unidades particulares que ofereciam o imunizante na capital registram falta do produto. A reportagem do jornal A Redação entrou em contato com representantes de 4 clínicas particulares de Goiânia e todas informaram que estão sem estoque e sem previsão de reabastecimento, conforme informações repassadas pela farmacêutica Takeda, que produz a vacina contra a dengue (Qdenga).

As doses do imunizante na rede privada eram vendidas por valores entre R$ 400 e R$ 460. A aplicação deve ser feita em 2 doses. A falta do imunizante gera ainda mais apreensão em um momento crítico da epidemia em Goiás. O Estado já registrou mais de 27 mil casos de dengue, com 3 óbitos confirmados, só em 2024. 

Há uma expectativa pela vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda não há um calendário definido pelo Ministério da Saúde para o início das aplicações.  A famacêutica japonesa que produz a vacina emitiu um comunicado na segunda-feira (5/2) para informar a decisão de priorizar o atendimento aos pedidos do Ministério da Saúde no fornecimento dos imunizantes. De acordo com o comunicado, a empresa suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios e vai limitar o fornecimento da vacina na rede privada apenas para suprir o quantitativo necessário para as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante completem o esquema vacinal com a segunda dose, após um intervalo de três meses.

A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS).

Na próxima semana, as doses começam a ser distribuídas a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos. 

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Sociedade Brasileira de Oncologia reforça posição contra cigarro eletrônico

Está aberta até a próxima sexta-feira (9/2) uma consulta pública proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o objetivo de coletar opiniões de especialistas e representantes da sociedade civil sobre a regulamentação dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), como vapes e outros cigarros eletrônicos. Neste contexto, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reforça sua posição contra a disponibilização, distribuição ou comercialização de DEFs, “seja de maneira recreativa ou como método terapêutico para redução de tabagismo, e encara com imensa preocupação o consumo desses produtos no país”.
 
De acordo com o estudo Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos: revisão sistemática e meta-análise, conduzido pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) e publicado em 2022, o uso de cigarros eletrônicos aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro tradicional.
 
Além de servir como uma porta de entrada para o consumo de tabaco, o coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC e oncologista clínico, Dr. William Nassib William Júnior, alerta sobre a presença de nicotina nos dispositivos, considerada uma substância altamente viciante: “Além de não ser um método seguro para quem quer parar de fumar, os cigarros eletrônicos também causam dependência e outros problemas de saúde”, comenta.
 
Segundo o especialista, diversas pesquisas demonstram que o uso de tais dispositivos está associado ao risco aumentado para doenças pulmonares e cardiovasculares, exacerbação de asma, tosse, dispneia e inflamações pulmonares perigosas.
 
Dr. William esclarece que até o momento não existe ligação comprovada entre o uso de cigarros eletrônicos e o desenvolvimento de câncer porque o hábito ainda é recente, portanto, não houve tempo suficiente para os estudos detectarem esta relação. No entanto, o fato de não haver essa comprovação não significa que ela não exista. O especialista explica que no caso do cigarro tradicional foram necessárias décadas de estudos e a morte de milhares de pessoas por câncer antes que esta associação fosse estabelecida.
 
Ele ainda destaca que diversas substâncias presentes nos dispositivos são conhecidas por serem cancerígenas. “Embora a quantidade dessas substâncias seja aparentemente menor em comparação com os cigarros tradicionais, isso não significa que os cigarros eletrônicos sejam seguros”, enfatiza o oncologista.
 
Em 9 de maio de 2022, representantes de 49 entidades médicas, dentre elas a SBOC, assinaram documento contra a liberação dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), disponível no link.
 
A SBOC espera que o governo federal adote medidas eficientes contra a regulamentação dos cigarros eletrônicos em respeito à saúde da população, e enxerga a possível liberação da comercialização dos dispositivos como um retrocesso de décadas de esforços da política de controle do tabaco.
 
Proibição no Brasil
Desde 2009, a Anvisa proibi a fabricação e a comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil, o que torna o produto ilegal no país. Sem a regulamentação, não há fiscalização sobre a composição, procedência ou até mesmo a segurança para o uso de cigarros eletrônicos.
 
Segundo pesquisa recente apresentada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), mais de 2 milhões de brasileiros afirmaram ter usado o dispositivo com o objetivo de deixar o cigarro tradicional, e outros 6 milhões de pessoas fumantes disseram já ter experimentado o cigarro eletrônico em algum momento.

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TV SERRA DOURADA

Unidades de saúde registram aumento crescente de casos de dengue e Covid-19

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SAÚDE BUSINESS

Laboratório de Anápolis melhora índice de adesão à nova RDC 786/23

Plataforma e insights ajudaram a instituição a passar pela fiscalização da VISA sem nenhum apontamento de não conformidade

As fiscalizações da Vigilância Sanitária são uma situação bastante temida e complexa para muitos laboratórios. Isso se tornou um motivo de ainda mais atenção com a entrada em vigor, em agosto de 2023, da RDC 786/23. Mas não para o Laboratório Evangélico de Anápolis (Goiás).

Fundado no final da década de 1930, tornou-se uma empresa autônoma, atendendo a vários hospitais, bem como à comunidade Anapolina e região, com as seguintes especialidades: Bioquímica, Hematologia, Imunologia, Parasitologia, Microbiologia e Urinálise. Com o lema “paixão por servir”, segue pautado no comprometimento com a ética, a transparência e o rigoroso controle de qualidade nos seus processos.

Assim, para estar em total conformidade com os requisitos da norma e preparado para receber com tranquilidade os órgãos reguladores durante uma fiscalização, o Laboratório Evangélico contou o apoio da Shift para a padronização de alguns processos. Em conjunto com gerência técnica do Laboratório Evangélico, eles avaliaram diversos aspectos relacionados a transporte de amostras, adequação dos contratos com os laboratórios de apoio, gestão e criação de documentos, gerenciamento de tecnologias e, principalmente, gestão de indicadores de desempenho.

Déborah Simões, responsável técnica do Laboratório Evangélico, explica que o trabalho partiu de um diagnóstico gratuito, usando uma metodologia exclusiva – a calculadora de aderência à RDC 786/23, que, com base no score disponibilizado, identificou oportunidades de melhorias e aumentou o índice de adesão à nova legislação. 

É o caso, por exemplo, da gestão dos indicadores de desempenho de processos críticos do laboratório, que não eram realizados pela instituição. Hoje o cenário mudou. Os indicadores essenciais para o dia a dia dos centros diagnósticos, tais como insucesso na comunicação de resultados críticos, atrasos de resultados e retificações de laudos, que contribuem para a satisfação e segurança dos pacientes, são acompanhados e analisados mensalmente.

Além disso, foram apresentados vários recursos disponíveis na plataforma tecnológica da Shift para a melhoria de processos vigentes no laboratório, culminando em um melhor gerenciamento dos resultados críticos, notificações compulsórias e comunicação de atraso de exames para os pacientes.

Déborah conta que os impactos positivos puderam ser sentidos logo na primeira visita da vigilância sanitária, ainda durante o projeto. “A fiscalização da VISA ocorreu de forma leve e tranquila, pois estávamos seguros em nossas atividades. Ao final, alcançamos o resultado desejado, que foi a liberação do alvará sanitário.”

O fiscal visitou alguns processos trabalhados, como o transporte de amostras biológicas, a adequação dos contratos com laboratórios parceiros e o organograma do laboratório. “Outro ponto importante a destacar é que, nesta fiscalização, não foram deixadas não conformidades pela VISA”, complementa Giani Ribeiro, consultora Shift responsável pelo projeto.

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Setor produtivo da saúde alerta para impacto negativo da MP 1.202/2023

Uma nota conjunta assinada por 11 associações que representam o setor produtivo da saúde, entre elas a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora da Saúde (ABIIS), expressa preocupações em relação à Medida Provisória nº 1.202/2023, publicada no Diário Oficial da União, no último dia útil de 2023. Entre as questões de destaque está a restrição à compensação de créditos tributários provenientes de decisões judiciais transitadas em julgado, que já está em vigor.

 A limitação afeta os titulares de créditos calculados em valor superior a R$ 10 milhões, os quais devem observar o limite mensal de compensação estabelecido por ato infralegal do Ministério da Fazenda. Caso seja apurado um débito superior ao limite estabelecido, a diferença deverá ser recolhida pelo contribuinte, mesmo que haja crédito remanescente. O manifesto alerta que “a decisão impacta diretamente as empresas, que após longos períodos de espera por decisões judiciais definitivas, traçaram o seu planejamento financeiro considerando o aproveitamento de forma irrestrita dos valores recolhidos indevidamente pela União, como autorizado pela legislação então vigente. O efeito imediato nas finanças das empresas, que poderão sofrer prejuízos significativos com o desembolso de valores não previstos, contribui expressivamente para um cenário negativo no ambiente econômico, devido à considerável insegurança jurídica gerada”.

As 11 entidades reconhecem a importância de equilibrar as contas públicas, mas é essencial avaliar os impactos sociais e econômicos. E destacam preocupações quanto à conformidade da medida com os princípios constitucionais tributários, abrangentes da justiça fiscal, igualdade, segurança jurídica, certeza de direito e a possível violação do princípio da reserva legal e do direito de propriedade, diante da limitação à fruição do crédito.

Abifina, Abiis, Abimed, Abimo, Abraidi, Alanac, CBDL, Grupo FarmaBrasil, Interfarma, PróGenéricos e Sindusfarma solicitam que o Congresso Nacional não aprove a referida Medida Provisória em seu texto atual e pedem para o Poder Executivo retirá-la, “considerando, se necessário, o encaminhamento de um Projeto de Lei que propicie uma discussão mais abrangente e aprofundada sobre o tema”, afirma o documento conjunto.

A mesma MP trata ainda da reoneração da folha de pagamentos e da revogação do benefício do PERSE.

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MEDICINA S/A

Conselho de Enfermagem define normas para parto domiciliar

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estabeleceu normas para a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetriz – profissional responsável pela assistência à mulher da gestação ao puerpério – no parto domiciliar planejado. A resolução, publicada no Diário Oficial da União, além de autorizar e orientar a participação dos profissionais, estabelece os equipamentos necessários ao procedimento.

Entre as medidas, a resolução destaca o caráter privativo de atuação desses profissionais como representantes da equipe de enfermagem no parto domiciliar, além de reforçar a necessidade de qualquer equipe médica, ou não, contratada para realizar o procedimento, deverá ter uma responsável técnica de enfermagem registrada no Coren.

O documento foi baseado nas orientações da assistência ao parto normal, estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual considera que a mulher “deve dar à luz num local onde se sinta segura, e no nível mais periférico onde a assistência adequada for viável e segura. A atuação dos profissionais também é ressaltada, uma vez que “no Brasil, a redução da mortalidade materna está relacionada à ampliação da oferta da saúde reprodutiva, e uma assistência obstétrica qualificada e segura no campo do parto e nascimento”

Norma

Em norma técnica foram atribuídas competências para a assistência segura de enfermagem obstétrica para mulheres e seus filhos atendidos em domicílio, incluindo avaliação contínua do risco obstétrico e o acompanhamento em caso de transferência do parto para instituição hospitalar.

O período de 45 dias de acompanhamento do puerpério e a obrigatoriedade de permanência no domicílio foram estabelecidos em, no mínimo, três horas após a realização do parto.

Aos profissionais de enfermagem foram atribuídas a sistematização do procedimento, a avaliação sobre a adequação do domicílio e a organização dos recursos necessários. Também foram autorizadas a prescrição de medicamentos, a solicitação de exames e a atuação da coleta de sangue do cordão umbilical e da placenta.

O fornecimento da Declaração de Nascido Vivo é considerada medida de assistência integral no parto domiciliar, que pode ser prestada por enfermeiros obstétricos e obstetriz.

As normas trazem ainda orientações administrativas aos profissionais, como a necessidade de pactuação de um contrato formal de prestação de serviço e um modelo de termo de consentimento livre e esclarecido para ser assinado pela cliente, na contratação do serviço. 

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JORNAL OPÇÃO

Ao defender hospital verticalizado com Oncoclínicas, Sérgio Baiocchi desqualifica prestadores menores

Baiocchi defende, ao longo de uma reunião, a instalação de novo hospital e chega a se referir aos hospitais locais credenciados como “muquifos”

Com a condução do médico Sérgio Baiocchi, a Unimed Goiânia parece ter negociado a entrada da Cooperativa em um empreendimento conjunto, por meio de joint venture, com o grupo de oncologia Oncoclínicas&CO para a instalação – já confirmada – de um hospital geral na capital goiana.

Com participação majoritária na gestão e credenciada à Unimed, o centro oncológico do grupo contaria com redirecionamento de todos os atendimentos e procedimentos da especialidade.

Desde a oferta inicial de ações no mercado, em agosto de 2021, a Oncoclínicas já comprou mais de 25 empresas pelo Brasil e realizou parceria com a Unimed Nacional em unidades oncológicas em São Paulo, Brasília e Salvador, chegando a 75% de participação societária.

Em um evento da Cooperativa, em fevereiro de 2023, Sérgio anunciou seu plano de ter um hospital próprio de média e alta complexidade, em parceria com uma empresa do setor. O anúncio foi feito no mês seguinte após o Bradesco BBI publicar nota de mercado divulgando a construção de um hospital de 320 leitos em Goiânia, em joint venture com a Unimed local.

De acordo com informações coletadas pela reportagem do Jornal Opção, em reunião recente com Sérgio Baiocchi, alguns prestadores de serviços confrontaram o presidente da Unimed sobre as tratativas com a Oncoclínicas para a construção do hospital verticalizado.

Os presentes questionaram o que havia de sólido na história da negociação com a Oncoclínicas e argumentaram que os hospitais de Goiás – que tem a atuação de mais de 1200 médicos cooperados -, eram qualificados e equipados para atender às demandas dos pacientes.

Apesar de concordar com a fala e dizer que “havia apenas uma proposta de credenciamento por parte de um bilionário ligado à Oncoclínicas”, Baiocchi defende, ao longo da reunião, a instalação do novo hospital e chega a se referir aos hospitais locais credenciados como “muquifos”.

[A Oncoclínica vai ser] um grande hospital, geral, de ponta, é o que a gente está precisando! Sair desses muquifos

O presidente da Unimed Goiânia segue com os comentários e desqualifica os prestadores de serviço locais da operadora, revelando, ainda, o que faria caso fosse o dono dela.

Se essa empresa fosse minha, muitos prestadores já não estariam aqui. 60 por cento de prestadores não fazem serviço que presta

O novo hospital em Goiânia está previsto para ser construído em uma área de 34 mil metros quadrados, em uma área na rua Professor Alfredo de Castro, no Conjunto Fabiana, próximo à Àrea 2 da PUC Goiás. Conforme o Fato Relevante divulgado pela Oncoclínicas, serão 320 leitos para internações, 18 salas para cirurgias de alta complexidade e um investimento total de R$ 145 milhões, com previsão de conclusão em 2027.

As conversas que estariam em andamento são para a entrada da Unimed Goiânia em joint venture, porém, com uma participação de 25% contra 75% da Oncoclínicas. Na prática, os atendimentos oncológicos seriam integralmente redirecionados pela Unimed Goiânia para o Cancer Center com o tabelamento da Unimed consequentemente inviabilizado, uma vez que o poder de regulação e voto da cooperativa passaria a ser drasticamente reduzido.

O modelo de parceria, 25% x 75%, seria, inclusive, o mesmo adotado em alguns estados onde a Oncoclínicas adquiriu cotas de Unimeds locais após as singulares passarem por dificuldades financeiras ou quebrar (como Brasília, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro).

Atualmente, Sérgio Baiocchi é conselheiro da Unimed Nacional, e comenta-se que, com a parceria, seu objetivo é, ao final das contas, capitalizar a proximidade da Oncoclínicas com Unimed Nacional para ocupar cargo na Executiva.

A reportagem entrou em contato com a Unimed Goiânia para saber qual o andamento das negociações com a Oncoclínicas e aguarda um retorno. O espaço permanece aberto.

Briga com hospitais locais e acionamento do Cade

Em agosto de 2022, em busca de liquidar uma perda de R$ 85 milhões da Unimed Goiânia e que colocava a gestão à mercê de sanções da ANS, Sérgio Baiocchi se reuniu com representantes da Ahpaceg e propôs uma doação da cobertura de custos de medicamentos, procedimentos e clínica pelo período de cinco meses.

O objetivo, conforme explanado para os representantes dos hospitais de alta complexidade, era economizar R$ 17 milhões mensais e saldar a dívida milionária da cooperativa e, nas palavras de Baiocchi, a intenção era “chegar no 0 a 0” no final do ano.

A Ahpaceg decidiu não aceitar, mesmo que indiretamente, bancar o financiamento de R$ 85 milhões solicitado por Baiocchi.

A recusa da Ahpaceg teria motivado, então, Sérgio Baiocchi a acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a associação.

No inquérito instaurado pelo Cade, a Unimed Goiânia alega que a Ahpaceg e seus associados agiam “coletivamente na negociação” e boicotavam “mudanças de procedimentos propostas” pela operadora de plano de saúde.

Na reunião à qual a reportagem obteve informações, Baiocchi comenta sobre o acionamento do Cade e afirma que “está trabalhando para resolver o problema, mas que precisa ser logo, porque a turma vai mudar”. Vale destacar que não é possível ‘retirar’ uma denúncia do Cade após que a mesma é feita. A alternativa seria uma proposta de acordo entre as partes.

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Assessoria de Comunicação

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