Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 11/01/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Projeto obriga hospitais particulares a informar sobre leitos disponíveis

Está em tramitação na Assembleia, sob análise das comissões da Casa, o projeto de Lei nº 4.274/2012, que obriga os hospitais particulares, situados em Goiás, a divulgar, em local de fácil localização, quadro contendo a atualização de leitos disponíveis em UTIs, CTIs e unidades intermediárias.

De acordo com a proposta, o referido quadro deverá conter o número total de leitos ofertados pela unidade, dispondo sobre os leitos ocupados e disponíveis em cada setor, e será colocado junto à recepção, de forma a facilitar sua visualização.

As unidades de saúde mencionadas nesta lei proposta poderão ser divulgadas através de cartazes ou qualquer meio eletrônico, e deverão estar informadas, em tempo real, à Secretaria de Saúde do Estado e do município onde estiverem sediadas, bem como à Secretaria de Fazenda deste último ente.

O hospital particular que descumprir o disposto nesta matéria estará sujeito a multa de 5.000 UFIRs, e o dobro do valor em caso de reincidência. A cassação de Licença de Funcionamento do Estabelecimento também está prevista na redação do projeto de lei.

“A Lei Federal nº 12.653/12 proibiu a cobrança de cheque-caução ou qualquer outra garantia como condição para atendimento médico hospitalar. Em contrapartida, os hospitais, como forma de burlar a determinação federal, passaram a priorizar o atendimento aos planos de saúde, mascarando a real lotação de suas unidades”, justifica Magal.

Para se tornar lei, a matéria precisa do aval das Comissões, ser votada e aprovada em dois turnos em Plenário e, posteriormente, receber a sanção do Governador. (Fonte: Assembleia Legislativa)
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Drama
População sofre com falta de médicos na rede pública

Crise se agrava nos Cais com chegada de férias. Na rede estadual, foram abertos 113 processos disciplinares

Cleomar Almeida

A falta de médicos plantonistas nos Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais) e Integrados de Assistência Médico-Sanitária (Ciams) tem condenado ainda mais a população que busca atendimento de urgência e emergência. O POPULAR percorreu ontem unidades do município e viu que o problema se agravou, com a chegada das férias. Mas essa deficiência também acomete a rede estadual. Somente no ano passado foram abertos 113 processos disciplinares contra médicos do Estado, a maioria por descumprimento de carga horária, acúmulo de cargos, abandono de posto (falta por 30 dias consecutivos ou 45 dias intercalados), negligência e desobediência de hierarquia (leia reportagem nesta página).
A busca pelo socorro na rede pública municipal, por exemplo, tem castigado muito a população, já que, na maioria das vezes, é obrigada a passar por uma via-crúcis atrás de médico. O sentimento de desamparo tomou conta da garçonete Thayrine Cristina da Silva, de 21 anos. Ao chegar, pouco antes das 18 horas de ontem, ao Cais do Bairro Goyá, ela soube que não havia nenhum médico para fazer atendimento de emergência, na unidade. Com os olhos marejados, contou que estava com uma forte infecção de urina. “Já tive sangramento, mais cedo. Sinto muita dor”, disse, na recepção, bastante vazia, já que as pessoas eram orientadas a ir embora para casa. A atendente confirmou a falta dos plantonistas. “Nem sei se vai vir algum doutor hoje”, afirmou ela.
A situação era a mesma no Ciams do Setor Urias Magalhães. Os consultórios desse posto de saúde estavam, em sua grande maioria, vazios. A secretária informou que havia, na tarde de ontem, apenas um clínico-geral. “O clínico-geral só está atendendo (a pacientes com) risco iminente de morte”, relatou ela, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde.
SENSAÇÃO DE ABANDONO
Mais cedo, às 17h30, o lavrador Nilo Pereira Soares, de 57, gemia à espera de atendimento, sentado em uma cadeira de rodas no Cais do Setor Campinas. Ele se submeteu a três cirurgias na coluna para retirada de tumores e, ontem, só foi buscar atendimento por causa de acúmulo de pus até na região da barriga, decorrente de complicações do pós-cirúrgico. Envolto numa “sensação de abandono dos médicos”, Nilo já estava há mais de seis horas à espera de socorro.
Sua corrida por atendimento médico começou às 11 horas da manhã, ao lado da sua irmã, a aposentada Luzia Pereira Soares, de 61. Nilo pediu o primeiro socorro no Cais do Jardim América, mas de lá só conseguiu um encaminhamento para o Cais de Campinas. Já era final de tarde quando ele ainda estava sem almoço e sem nenhuma resposta. “Estou com muita dor nas pernas, na barriga e nas costas”, reclamou ele, esforçando-se para contar o seu drama. “A gente não tem condição financeira e quando tenta socorro na rede pública, não consegue”, lamentou Luzia.
Bem distante do tumulto que assolava a portaria do Cais de Campinas, com pelo menos 50 pessoas à procura de atendimento, o diretor-geral dessa unidade de saúde, André Luiz Alves, disse, em sua sala, que o motivo da grande demanda são os casos de dengue, que aumentam neste período do ano. “De janeiro a abril, vai ser complicado”, acentuou, acrescentando que o posto de saúde não registrou ontem falta de plantonistas. Além do cirurgião e de um que fazia estabilização, lá tinha apenas três clínicos gerais para prestar assistência. O previsto para unidades desse perfil é de 4 a 5 clínicos gerais. “Atendemos a todos os pacientes. Às vezes, eles não tem paciência para esperar quatro horas”, alegou André.
A aposentada Maria das Dores Ferreira de Araújo, de 43, era outra condenada pelas deficiências da rede municipal. Ela acompanhava a sobrinha Bruna de França, de14 anos. “A gente veio do Cais Novo Horizonte. Disseram que ela (Bruna) está com muita infecção, e só aqui pode fazer avaliação para cirurgia”, lamentou, segurando o soro que a adolescente tomava na veia, na portaria principal.
Pelo menos outras 40 pessoas também aguardavam atendimento no Cais do Setor Novo Horizonte, no início da noite de ontem. Mas lá só havia um pediatra e um dentista, avisou a atendente. Quem sofreu com isso foi a estudante Karla Priscila Domingues de Melo, de 21. Ela chegou ao posto de saúde às 13h40. Às 19h10, todavia, ainda esperava ser chamada. A jovem se envolveu num acidente e teve uma lesão no joelho, que já estava bastante inchado. Para tentar agilizar o atendimento, pagou R$ 40 por um raio-x numa clínica particular, mas não adiantou. “Até agora, ninguém me atendeu.” A atendente disse que só havia um pediatra, na unidade. O novo secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, não soube apontar o quadro de faltas, mas admitiu déficit (leia reportagem nesta página).

Médico faltoso teve de devolver pagamento
(C.A.)
Aumentou em 94% a quantidade de processos administrativos disciplinares contra médicos do Estado, nos dois últimos anos. No total, 113 investigações foram instauradas, no ano passado, sendo que, em 2011, foram apenas 58. O descumprimento de carga horária lidera a infração da maioria dos processos. Em seguida, conforme divulgado, vêm acúmulo de cargos, abandono de posto (falta por 30 dias consecutivos ou 45 dias intercalados), negligência e desobediência de hierarquia. O dado é da Comissão Permanente de Processos Administrativos Disciplinares, da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Houve, inclusive, um caso em que um médico foi condenado, recentemente, a ressarcir o erário público, após ser comprovado que ele não cumpriu a carga horária devida no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde prestava serviços. Ele terá de devolver ao Estado seis parcelas de R$ 1.782,91. O processo é de 2011 e foi recentemente concluído. O caso é o único desde 2010 e pode ser inédito no Estado. O médico ainda tem o direito de recorrer da decisão.
A comissão abriu, entre 2010 e o dia 31 de dezembro de 2012, 199 processos. Desse total, 150 foram finalizados, 36 estão “em andamento” e 13 tiveram decretada a suspensão, já que a SES não conseguiu citar o servidor.
PROCEDIMENTO
A secretaria informou que qualquer pessoa, entidade ou instituição pode denunciar faltas ao trabalho, descumprimento de carga horária ou qualquer outro tipo de irregularidade do médico. Os casos devem ser levados à ouvidoria do órgão, que os repassa para sindicância.
Se a denúncia proceder e, portanto, se houver constatação de veracidade da irregularidade (com comprovação de materialidade e autoria), a sindicância encaminha ao secretário uma recomendação de abertura de processo administrativo, com indicação de infração. Nesse caso, cabe ao titular da SES decidir se o processo segue para uma Comissão de Processos Administrativos Disciplinares, que se divide em duas: a temporária (criada para auxiliar a permanente) e a permanente).

Déficit nos plantões chega a 4%, diz secretário
Pablo Santos e Cleomar Almeida

O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, recém-empossado no cargo, não soube apontar o quadro de faltas de médicos que atendem na rede municipal, mas ressalta que hoje existe um déficit de 4% nas grades de plantões e que haverá uma segunda chamada de aprovados em concurso, além de outras contratações pelo chamado cadastramento.
Ontem, por exemplo, eram 12 vagas em aberto nos locais de atendimento da Prefeitura: um no Cais Parque Amendoeiras, três no Guanabara, um no Urias Magalhães, três no Bairro Goyá, três no Novo Horizonte e um em Campinas. “Realmente tem algumas falhas, mas dizer que é generalizado acho um pouco pesado”.
Outra dificuldade apresentada pelo secretário é que esta época do ano é quando ocorrem inscrições e conclusões de residência, motivo que faz com que muitos médicos que atuam em atendimentos de urgência e emergência tenham que abandonar as atividades.
Sobre a relocação de pacientes, diz que está havendo um problema na forma como a informação é passada. Segundo ele, em muitos casos os médicos estão atendendo, só que é necessário priorizar alguns atendimentos e, por isso, outros pacientes são encaminhados a outras unidades.
Presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Leonardo Reis ressalta que a entidade reprova a falta de profissionais ao plantão, caso não haja “motivo justo.” “A falta é um comportamento grave, que não deve ser compactuado”, disse ele.
Leonardo aponta, todavia, sobrecarga de trabalho na rede pública de saúde. “Não há uma relação entre as horas de trabalho e a remuneração do profissional”, considerou o representante da categoria.
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Saúde
Anunciada obra de ampliação do HDT, mas a partir de abril

Malu Longo

Anunciadas ontem durante solenidade com o governador em exercício José Eliton (DEM), as obras de reforma e ampliação do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), referência no tratamento de doenças infecciosas e dermatológicas, só deverão começar em abril. Convênio com este objetivo foi assinado entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) em 2008, mas somente agora deve sair do papel.
O anúncio da ampliação do HDT era para ser o grande evento das comemorações dos 36 anos da unidade, mas acabou revelando a ausência de cumplicidade entre os órgãos envolvidos. “O convênio com a Agetop para ampliação do HDT existe desde 2008 e desde o primeiro dia de 2011 estamos cobrando da Agetop”, disse o secretário estadual de Saúde, Antonio Faleiros. A Agetop não enviou representantes para a solenidade, mas a direção do ISG não apenas expôs o projeto executado pelo órgão, como entregou à imprensa um documento, assinado pelo diretor de Obras Civis, Luiz Antônio de Paula, detalhando como serão as obras de reforma e ampliação do HDT e os prazos estimados.
Em entrevista ao POPULAR, o presidente da Agetop, Jaime Rincon, reconheceu o atraso na execução das obras, mas disse que situação semelhante ocorreu em diversas outras áreas do governo. “Pegamos o governo numa situação muito ruim, mas fizemos várias ações emergenciais no HDT. Como no ano passado a SES nos informou que a OS assumiria esta obra, ficamos tranquilo. Há apenas um mês, o secretário Antonio Faleiros nos comunicou que havia mudado de idéia. Nossa expectativa é começar a obra em abril e, por se tratar de área de saúde, que tem vinculação constitucional, não haverá dificuldade para liberação do dinheiro.” As obras devem custar pouco mais de R$ 7 milhões. O projeto estabelece a criação de 13 novos leitos de UTI. Hoje, o HDT dispõe de 117 leitos, 14 deles de UTIs.
Ao visitar a unidade ontem para anunciar o processo licitatório, José Eliton foi abordado por mãe de paciente que reclamou da falta de medicamento e viu macas em corredores. Desde julho de 2012, o HDT é gerido pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), uma organização social (OS) que venceu o chamamento público promovido pelo governo de Goiás.
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SAÚDE BUSINESS WEB
ANS amplia critérios de monitoramento para o próximo relatório

A partir do próximo levantamento, serão analisadas também críticas relacionadas às demais negativas de atendimento apresentadas pelas operadoras

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta última quinta-feira (10/01) que vai ampliar os critérios para monitoramento dos serviços prestados por operadoras de planos de saúde.
Até o momento, apenas reclamações referentes ao descumprimento dos prazos máximos fixados para marcação de consulta, exames e cirurgias eram levadas em consideração. A partir do próximo levantamento, serão analisadas também críticas relacionadas às demais negativas de atendimento apresentadas pelas operadoras, como casos em que a empresa alega que o período de carência não foi cumprido, quando, na verdade, o prazo já acabou.
O diretor-presidente da ANS, André Longo, lembrou que 40% das reclamações feitas por usuários de planos de saúde se referem ao descumprimento dos prazos máximos para atendimento e, por essa razão, esse quesito terá peso maior na decisão de suspender ou não a operadora ou o plano.
“A expectativa é poder garantir mais efetividade para a norma, no sentido de garantir aquilo que foi contratado pelo consumidor”, explicou.
O primeiro ciclo de monitoramento, feito pela agência entre dezembro de 2011 e março de 2012, registrou 2.981 reclamações, mas nenhum plano foi suspenso na época. O segundo ciclo, realizado entre março e junho de 2012, registrou 4.682 reclamações e levou à suspensão de 268 planos suspensos. O terceiro ciclo, entre junho e setembro de 2012, registrou 10.144 reclamações, com 301 planos suspensos. Por fim, o quarto ciclo, divulgado hoje, registrou 13.600 reclamações e 225 planos suspensos.
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Atualizada resolução sobre especialidades médicas

Novo texto traz mudanças para o reconhecimento de programas de residência médica, tempos de formação e regras sobre o funcionamento da CME

O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução 2005/12, atualizou a Resolução 1.973, que estabelece critérios para o reconhecimento de especialidades e áreas de atuação na medicina, e a forma de concessão e registros de títulos.
Um novo relatório da Comissão Mista de Especialidades (CME), referendado na sessão plenária de novembro, manteve a lista das 53 especialidades médicas vigentes no texto anterior. A nova redação, no entanto, trouxe mudanças para o reconhecimento de programas de residência médica, tempos de formação e regras sobre o funcionamento da CME. Como novidade, foi incluída a Toxicologia Médica na relação das áreas de atuação reconhecidas no país.
A CME tem a finalidade de deliberar sobre o reconhecimento de especialidades médicas e as áreas de atuação. Também propõe as inclusões ou exclusões.

Veja os destaques da Resolução 2005/12

ADAPTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA
• Foi estabelecido o prazo de dois anos para adaptação dos programas de residência médica às mudanças determinadas pela resolução. Antes, a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) somente autorizava os programas de residência médica nas especialidades e áreas de atuação listadas na diretriz.
ALTERADOS TEMPOS DE FORMAÇÃO
• Alguns tempos de formação também sofreram mudanças. A especialidade Cancerologia/Cancerologia Clínica teve sua formação alterada de dois para três anos.
• Também tiveram o tempo de formação aumentado de um para dois anos as seguintes áreas de atuação: Cardiologia Pediátrica, Endocrinologia Pediátrica, Gastroenterologia Pediátrica, Nutrição Parenteral e Enteral Pediátrica, Nutrologia Pediátrica, Pneumologia Pediátrica e Reumatologia Pediátrica.
NOVA ÁREA DE ATUAÇÃO
• A área de atuação Toxicologia Médica foi incluída, com interface nas especialidades de Clínica Médica, Medicina Intensiva, Pediatria e Pneumologia.
INTERFACES MAIS AMPLAS
• A área de atuação Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista foi estendida também para médicos especialistas em Pediatria com certificado de área de atuação em Cardiologia Pediátrica.
• A área de atuação em Dor foi estendida também para especialistas em Clínica Médica.
REGRAS SOBRE O FUNCIONAMENTO DA CME
• A nova redação da resolução especificou o trâmite para os pedidos – externos à CME – de criação ou extensão de especialidade ou área de atuação. Estes deverão ser originários da associação brasileira da respectiva área, instruídos com a devida justificativa e com apreciação prévia da diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB).
• Outra nova conduta prevista, durante a apreciação das propostas, é a possibilidade de convocação das respectivas associações de especialidade para comparecimento em reunião da CME, para exposição oral e sustentação documental, se necessário.
• A CME emitirá, por meio de relatores e revisores designados, pareceres conclusivos a serem apreciados em reunião plenária da Comissão.(Fonte: CFM)
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Ultrassonografia deve ser conduzida por médicos, diz CFM

Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, do CFM, explicou que a ultrassonografia implica conhecimento de anatomia, fisiologia, patologia e mesmo técnica cirúrgica e, por isso, deve ser realizada por médicos

O emprego de algumas técnicas radiológicas e imagenológicas – como a ultrassonografia, por exemplo – requer alto nível de treinamento e deve ser conduzida por médicos. Esta foi a posição do Conselho Federal de Medicina (CFM) durante audiência pública na Câmara dos Deputados, no dia 6 de dezembro, que discutiu o PL 3.661/12, que regulamenta o exercício de atividades radiológicas.
Representando o CFM, o conselheiro Aldemir Humberto Soares, especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, explicou que a ultrassonografia implica conhecimento de anatomia, fisiologia, patologia e mesmo técnica cirúrgica, pois há procedimentos endoscópicos, transvaginais, que são invasivos, e procedimentos intervencionistas guiados por ultrassom, como biópsia de tireoide, fígado, rim, próstata etc. “Hoje a ultrassonografia é uma especialidade médica reconhecida e estabelecida no mercado, que requer seis anos de graduação mais especialização que varia de três a quatro anos, ou seja, um preparo de até dez anos. Por isso, a nossa ultrassonografia ganhou alto reconhecimento no mundo. Ela tem a vantagem de ser exame sem radiação, e muito barato dentro do contexto de imagem”, explica.
Durante a reunião, a entidade criticou alguns pontos do PL, como a autorização para que bachareis em ciências radiológicas, tecnólogos em radiologia e técnicos em radiologia empreguem algumas técnicas como a ultrassonografia.
O representante do CFM destacou ainda que a Radiologia é uma das áreas da medicina que apresentou o maior desenvolvimento técnico-científico. A entidade entende que a profissão de técnico em radiologia é fundamental na atualidade e deve ser adequada ao atual nível da especialidade de radiologia.
“Estamos em um nível muito alto de qualidade de exame, de equipamentos, procedimentos e técnicas que o tradicional curso de técnico não atende mais. O nível superior pode ser reconhecido e regulamentado no nível tecnológico, mas não deve trazer confusão e desencontro entre as diversas profissões, deixando sempre claro os limites entre cada uma. O que buscamos é que todos tenham o seu espaço, progridam e melhorem em função da população, e que prestemos um serviço melhor”, defendeu. A audiência foi proposta pelos deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Eleuses Paiva (PSD-SP). “Cada profissão tem obrigações e deveres de acordo com seu conhecimento e habilidades adquiridas. Me preocupa muito quando começamos a ultrapassar os limites para os quais cada profissional é treinado e capacitado”, destacou Paiva.
Também participaram representantes do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Associação Brasileira de Física Médica, Comissão Nacional de Energia Nuclear, Instituto Federal de Santa Catarina, Conselho Federal de Biomedicina e Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia. (Fonte : Jornal Medicina 215)
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Biblioterapia poderá ser aplicada em hospitais do SUS

 

De acordo com o deputado Giovani Cherini (PDT-RS), esse tipo de técnica humaniza o ambiente hospitalar e ameniza até 80% dos sintomas sentidos pelos pacientes, a depender da doença

A Câmara analisa proposta que estabelece o uso da biblioterapia, ou seja, a terapia por meio da leitura, nos hospitais públicos e naqueles contratados ou conveniados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida está prevista no Projeto de Lei 4186/12, do deputado Giovani Cherini (PDT-RS).
O deputado explicou que esse tipo de terapia é usado desde a Idade Antiga e que pesquisadores já recomendam o uso da leitura em tratamentos médicos desde o início do século 19. “Hoje, vem sendo desenvolvida por equipes interdisciplinares com constante participação dos bibliotecários, psicólogos e médicos, sendo no Brasil as regiões Sul e Nordeste as que concentram os maiores índices de aplicabilidade”, afirmou.
De acordo com Cherini, esse tipo de técnica humaniza o ambiente hospitalar e ameniza até 80% dos sintomas sentidos pelos pacientes, a depender da doença.

Autorização
Pela proposta, os materiais de leitura com função terapêutica só poderão ser prescritos e vendidos após autorização específica do Ministério da Saúde. Os livros autorizados terão um selo com a inscrição: “Recomendado pelo Ministério da Saúde”.
Os familiares dos pacientes também poderão participar das atividades de biblioterapia, desde que após prescrição médica. O texto também autoriza a venda de obras biblioterápicas em farmácias, drogarias e livrarias.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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DIÁRIO DA MANHÃ
ANS suspende 28 operadoras de saúde

CECÍLIA PREDA
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Ministério da Saúde anunciaram ontem que a partir de segunda-feira, 14, 225 planos de saúde de 28 operadoras ficam proibidos de serem comercializados em todo o País. A pena se estende até março de 2013, podendo ser prorrogada em caso de reincidência. A punição deve-se ao descumprimento dos prazos máximos de atendimento aos beneficiários.
De acordo com a ANS, os beneficiários dos planos de saúde suspensos continuam tendo atendimento e a interrupção irá afetar apenas novos contratos. Para que o plano volte a ser comercializado é necessário que a operadora passe a observar os prazos máximos para atendimento previstos pela ANS.
As operadoras que não cumprem os prazos estão sujeitas a multas de R$ 80 mil a R$ 100 mil para situações de urgência e emergência. Em casos de reincidência, elas podem sofrer medidas administrativas, como suspensão da comercialização de parte ou da totalidade dos seus planos de saúde e decretação do regime especial de direção técnica, inclusive com afastamento dos dirigentes.
Entre as operadoras que tiveram a comercialização de planos proibida estão Unimed, das Estâncias Paulistas; Cooperativa De Trabalho Médico de São Luís Ltda – Unimed de São Luís; Crusam Cruzeiro Do Sul Serviço De Assistência Médica As; Esmale Assistência Internacional De Saúde Ltda; Itálica Saúde Ltda; Plano De Assistência Médica Ltda; Saúde Assistência Médica Internacional Ltda; e Serviço Social Das Estradas De Ferro.
Monitoramento
A ANS também anunciou ontem que vai ampliar os critérios para monitoramento dos serviços prestados por operadoras de planos de saúde. Até o momento, apenas reclamações referentes ao descumprimento dos prazos máximos fixados para marcação de consulta, exames e cirurgias eram levadas em consideração. A partir do próximo levantamento, serão analisadas também críticas relacionadas às demais negativas de atendimento apresentadas pelas operadoras, como casos em que a empresa alega que o período de carência não foi cumprido, quando, na verdade, o prazo já acabou.
O diretor-presidente da ANS, André Longo, lembrou que 40% das reclamações feitas por usuários de planos de saúde se referem ao descumprimento dos prazos máximos para atendimento e, por essa razão, esse quesito terá peso maior na decisão de suspender ou não a operadora ou o plano. (Com ABr)
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Após 23 anos, HDT passará por reforma
Hospital também será ampliado, de 9,1 mil metros quadrados para 14,9 mil m². José Eliton assinou ontem a ordem de serviço

Assinada ontem a Ordem de Serviço determinando abertura de licitação imediata para escolher a empresa que vai reformar e ampliar o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), cujo projeto já foi finalizado pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). A medida foi tomada durante as comemorações dos 36 anos de fundação do hospital, em sua sede no Jardim Bela Vista. A última reforma feita na unidade foi há 23 anos, segundo informou o secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros, presente na solenidade.
Com a ampliação, o HDT passará de uma área construída de 9.138 metros quadrados para 14.965 m2, recebendo acréscimo de 6.433 metros quadrados. A reforma e ampliação custarão ao Estado cerca de R$ 7 milhões, dinheiro já garantido no Orçamento deste ano, segundo informou José Eliton.
Antes do início da solenidade, José Eliton visitou todas as dependências do HDT, ciceroneado por André Guanaes, diretor da Organização Social (OS) que administra a unidade hospitalar, e acompanhado ainda dos secretários Antônio Faleiros, da Saúde, e Danilo de Freitas, de Infraestrutura. O governador ouviu atentamente as explicações técnicas, conversou com pacientes e fez questionamentos. Numa das alas, ele quis saber por que havia pacientes sobre macas no corredor, recebendo a informação que é uma situação provisória até que a reforma de uma das alas seja concluída, já que os trabalhos têm de ser feitos sem que o hospital deixe de funcionar.
José Eliton conheceu o sistema de monitoramento de visitantes implantado recentemente no HDT, cujo funcionamento conta com 36 câmeras, monitores de TV e identificação eletrônica. Em um minuto e meio o governador teve sua identificação registrada, ao fazer o teste no sistema.
Gestão
Questionado pela imprensa por que só agora, depois de estar sob administração de uma Organização Social (Instituto Sócrates Guanaes) o HDT recebe os benefícios, José Eliton deixou claro que primeiramente toda a estrutura administrativa do Estado teve de passar por um processo de replanejamento e reestruturação, devido às más condições em que se encontrava. Frisou ainda que a OS apenas se encarrega da gestão da unidade hospitalar, sendo que o Estado não abre mão de definir as políticas de saúde pública.
“Com a gestão por parte das Organizações Sociais, começamos a constatar melhora significativa nos serviços de saúde prestados à população”, disse Eliton, acrescentando que alcançar a excelência em saúde faz parte de um conjunto de ações que visam a melhorar a vida do cidadão goiano. Conforme ressaltou, o modelo de gestão que está em processo de implantação no HDT é o mesmo adotado no CRER, que é considerado referência para o País. No HDT, o sistema informatizado de emissão de senhas conseguirá reduzir de três horas para uma hora e meia o tempo médio de atendimento ambulatorial.
O HDT, em 36 anos de funcionamento, vem prestando serviços complexos de saúde pública em Goiás, tendo suportado vários surtos epidêmicos de doenças graves, como difteria, sarampo, poliomielite, febre amarela, tétano, hepatite, leishmaniose, malária, H1N1, dentre várias outras. Com a reforma, a unidade, além de ganhar mais espaço, vai contar como novos equipamentos, melhoria no laboratório, mas 13 leitos de UTI, sendo seis de isolamento, além de reforço no quadro de pessoal.
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O HOJE
Vírus 4 aumenta risco de mortes por dengue

Estado pode ter epidemia da doença com o fim da estiagem, como alerta Secretaria de Saúde

Transmissão da dengue aumenta consideravelmente com o fim da estiagem no Centro-Oeste, como alerta a Secretaria de Saúde. Por isso, o secretário, Antonio Faleiros, convocou uma reunião na manhã desta sexta-feira (11) com sua equipe para elaborar uma força-tarefa com vistas a coibir a proliferação da doença em Goiás.

Este ano, três mortes estão sendo investigadas sob suspeita da doença. A confirmação da presença do vírus tipo 4 em nove municípios goianos aumenta ainda mais a preocupação da pasta, visto que sua letalidade é maior diante da reincidência da doença.

“Vamos iniciar uma série de reuniões com os municípios que apresentam maiores índices da doença e sensibilizar o poder público municipal a tomar as medidas cabíveis para se evitar uma epidemia”, afirma Faleiros.

De acordo com o secretário, a mudança no Poder Executivo municipal neste início de ano fez com que alguns locais apresentassem falha na coleta de lixo, acarretando em reservatórios a céu aberto de água parada. “Como houve um volume grande de renovações nas prefeituras, é preciso retomar o trabalho de conscientização e parceria entre poderes no combate à doença”, explicou.

Conforme Faleiros, a secretaria fará o trabalho preventivo, que vai desde materiais informativos e publicitários a produtos para a pulverizações espaciais em ultra baixo volume, o conhecido fumacê.
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A REDAÇÃO
Antônio Faleiros alerta população sobre a importância de prevenir a dengue

Goiânia – O tempo chuvoso trouxe a preocupação com a possível chegada o vírus tipo 4 do Aedes Aegypti. Pensando nisso, o secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros, recebe na manhã desta sexta-feira (11/1) imprensa e população para fazer um alerta sobre a necessidade de intensificar as ações de prevenção e combate à dengue. O encontro acontece às 9 horas, na sede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), no Parque Santa Cruz, em Goiânia.

Segundo levantamentos feitos pela SES, até agora, o vírus tipo 4 foi isolado em nove municípios: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Niquelândia, Uruaçu, Baliza, Campos Verdes, Jataí, Porangatu e Trindade. Por nunca ter se apresentado no Estado, o sorotipo 4 coloca toda a população em risco. A doença pode se manifestar de forma mais severa nas pessoas que tiveram dengue devido ao cruzamento de vírus de tipos diferentes.

Os registros da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que em 2012, em comparação a 2011, houve redução de 27% no número de casos e de 29% na quantidade de mortes provocadas pela dengue. Até o último dia 29 de dezembro (semana 52) foram notificados cerca de 32.000 casos da doença. Em 2011, no mesmo período, foi feito o registro de 44.009 casos. A quantidade de óbitos motivados pela dengue diminuiu de 51 para 36, havendo ainda 29 óbitos em Investigação esperando resultados de exame.

A conclusão é de que as ações de prevenção e combate a dengue melhoraram em 2012, mas precisam ser aperfeiçoadas em 2013, principalmente na capital que, por ser a cidade mais populosa do Estado, também é a que registra o maior número de casos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

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