Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 11/01/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Mais Médicos será retomado com incentivo a profissionais do Brasil, diz ministra

Imunização contra covid entrará no calendário regular de vacinação, diz ministra

Governo prepara plano emergencial para realizar exames e cirurgias

Golpistas aplicam golpes em pacientes de hospital em Jataí

Bradesco Saúde alcança a nota máxima no IDSS 2022, da ANS

Saúde precisa regularizar logo estoque de vacinas contra Covid para crianças

Doentes com Covid na China agora também têm de lidar com gastos hospitalares abusivos

Covid-19: Brasil registra 28 mil casos e 211 mortes em 24 horas

Exame pode acusar Alzheimer 10 anos antes

AGÊNCIA ESTADO

Mais Médicos será retomado com incentivo a profissionais do Brasil, diz ministra

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou, nesta terça-feira (10/1), que é “prioridade” dos primeiros cem dias do novo governo retomar o programa Mais Médicos. A gestão, no entanto, pretende oferecer incentivos para participação maior de profissionais brasileiros. “Vamos seguir legislação já definida em relação a prioridade para médicos brasileiros”, disse.

A ministra afirmou ainda que o programa continuará contratando médicos de outros países, caso seja preciso preencher vagas faltantes. Lançado no governo Dilma Rousseff (PT), o programa causou polêmica em parte da comunidade médica brasileira pela alta contratação de profissionais cubanos.

A iniciativa, no entanto, foi desmontada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acusava o PT de dar dinheiro a Cuba, classificada por ele de ditadura comunista. Na gestão anterior, o programa deu lugar ao Médicos pelo Brasil.

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Imunização contra covid entrará no calendário regular de vacinação, diz ministra

Medida integra campanha de reforço vacinal 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira (10/1), que a imunização contra covid-19 vai entrar no calendário regular de vacinações do Brasil, algo que não ocorre atualmente. A medida faz parte de um plano do governo federal que pretende iniciar, em fevereiro, uma campanha nacional de reforço da imunização contra diversas doenças, principalmente de crianças.

“Já adquirimos vacinas do Instituto Butantan, estamos trabalhando com a Pfizer, garantindo que haja vacina. Além da vacina, tem que ter toda estratégia da vacinação, como a comunicação. Estamos falando não só de vacinação contra covid. Temos tarefa de recuperar altas coberturas vacinais no Brasil”, disse a ministra em entrevista coletiva.

Ainda segundo Nísia, o governo fará um plano emergencial para reduzir filas de cirurgias e consultas em todo o País, além de trabalhar na recuperação do programa Farmácia Popular.

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EBC

Governo prepara plano emergencial para realizar exames e cirurgias

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (10), em Brasília, para discutir as ações prioritárias da pasta nos primeiros 100 dias de governo. Após o encontro, ela conversou com jornalistas, no Palácio do Planalto, e informou sobre algumas das medidas em andamento, como a definição de um plano para realização de cirurgias e exames.

“Estamos trabalhando na elaboração de um plano emergencial para a realização de diagnósticos, para cirurgias, como um dos pontos centrais de atuação. O Ministério da Saúde trabalha em uma lógica interfederativa, então vamos discutir com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde [Conass] e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde [Conasems] agora, no dia 26 de janeiro, para a definição conjunta desse plano”, explicou. Nísia disse que uma das prioridades é justamente recuperar a “boa relação interfederativa” com estados e municípios na formulação das políticas de saúde.

Farmácia Popular

A ministra também falou sobre a retomada do Farmácia Popular. No ano passado, o governo Bolsonaro anunciou corte de 59% da verba do programa para o Orçamento de 2023. A retomada do programa virou uma das principais promessas de campanha de Lula, durante a campanha eleitoral.

Ela disse ainda que o rol de medicamentos ofertados pelo Farmácia Popular deverá ser ampliado, mas não deu detalhes sobre essa ampliação.

Nísia Trindade voltou a dizer que, nas próximas semanas, deverá revogar medidas da pasta tomadas “sem base científica, que não tenham amparo legal ou que contrariam princípios do Sistema Único de Saúde”, mas sem entrar em detalhes sobre quais atos normativos serão revistos. Além disso, por ordem da nova gestão, a pasta está revisando todos os contrato em vigor.

Vacinas

A ministra da Saúde também afirmou que está normalizando o abastecimento de vacinas pediátricas contra a covid-19, que estão em falta no país. Segundo Nísia Trindade, foi negociado um adiantamento das entregas com o Instituto Butantan com a chegada, nos próximos dias, de 715 mil doses e, mais adiante, outras 2 milhões de doses. Também estão em curso tratativas para a entrega adiantada de doses de vacina da fabricante Pfizer.

“Teremos o abastecimento dessas vacinas e aí nos restará trabalhar para que a sociedade vacine suas crianças”, afirmou.

Mais Médicos

Perguntada sobre a retomada do programa Mais Médicos, que visa levar profissionais para as localidades mais remotas e periféricas do país, Nísia Trindade disse que a fragilização do programa, nos últimos anos, deixou um vazio de assistência de saúde, e que agora pretende criar melhores incentivos para os médicos participarem da política.

“O que nós estamos trabalhando é uma visão de incentivo para que os médicos brasileiros possam ter uma participação maior nesse programa”, disse. Ela falou que não pretende fazer alterações legais nas atuais regras do Mais Médicos, que foram estabelecidas no governo anterior, que chegou a rebatizar a iniciativa de Médicos pelo Brasil.

Na entrevista, Nísia Trindade também criticou a “desestruturação de muitos programas” da pasta, como o Rede Cegonha, voltado para a saúde da mulher grávida. “O Brasil aumentou seus índices de mortalidade materna, e eu considero isso inaceitável”, comentou. Ela se comprometeu a recuperar essa e outras iniciativas, especialmente na área de saúde sexual e reprodutiva, que foram afetadas por visões ideológicas no governo anterior, segundo a ministra.

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PORTAL G1

Mulher denuncia que teve parte da perna e dedos amputados após fazer lipoaspiração e ter infecção generalizada

Servidora púbica disse que foi internada três dias depois da lipo, já em parada cardíaca e entrou em coma. Médico responsável pela cirurgia nega que tenha existido falhas durante o procedimento.

Por Rafael Oliveira, g1 Goiás

A servidora pública Indialma Antunes de Oliveira, de 43 anos, denunciou à Polícia Civil que teve parte da perna e dedos da mão e do pé amputados causada de uma lipoaspiração feita nas costas e no abdome, que teria desencadeado uma infecção generalizada.

“Fiquei com marcas e cicatrizes pelo meu corpo inteiro, além de furos no bumbum. Hoje, não posso mais fazer coisas que eu gostava, como trilhas, atividades físicas, viajar de moto, até dirigir um carro, que agora só se for adaptado”, desabafou Indialma.

Nesta terça-feira (10), Indialma prestou depoimento contra o médico à Polícia Civil para dar andamento na investigação por lesão corporal.

A advogada que defende o cirurgião plástico responsável pelo procedimento disse que não houve erro durante a cirurgia nem intercorrências. A amputação dos membros, segundo a defesa, se deu por causa de uma trombose que Indialma teve na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular onde ficou internada após a lipoaspiração (leia a nota na íntegra ao final).

g1 tentou contatar o hospital por telefone na noite desta terça-feira (10) para um posicionamento, mas não obteve retorno.

O advogado Fabrício Póvoa, que defende Indialma no processo judicial e na investigação policial, explicou que a servidora também está com um processo em andamento na Justiça do Tocantis, onde pede reparação de danos morais.

O procedimento foi realizado em julho de 2021, em Goiânia, e mais de um ano depois, a servidora diz que não voltou a trabalhar por causa da recuperação e teve que reaprender a viver com as novas limitações.

Cirurgia

A servidora pública é natural do Tocantins, mas decidiu fazer a lipoescultura em Goiânia. Ela entrou no centro cirúrgico em 10 de julho de 2021. No dia seguinte, ela começou a passar mal e precisou de atendimento médico.

Após ser atendida e medicada, Indialma voltou para casa de familiares, onde se recuperava do pós-operatório. No entanto, dois dias depois o quadro se agravou e ela contou que precisou voltar ao hospital.

Desta vez, ela disse que chegou ao hospital com o corpo infecionado e teve uma parada cardíaca. Foi transferida direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde entrou em coma. No hospital, ela ficou cerca de 40 dias internada.

“Quando acordei do coma, só movimentava a cabeça e estava com três amputações e sem saber quando voltaria a ter movimentos e se voltaria, pois os médicos me diziam que não poderiam me dar essa certeza”, relatou Indialma.

Logo após deixar o hospital e voltar para casa, a servidora precisou se recuperar das cicatrizações das amputações para começar o processo de protetização da perna e poder reaprender a andar. Hoje, Indialma usa uma prótese na perna que foi amputada.

“Devido a isso tudo, entrei em um processo de revolta e depressão muito grande. Não tinha condições alguma de pensar em processo judicial ou policial naquele momento”, detalhou.

Nota de defesa do médico

Em relação a informação sobre a cirurgia de lipoaspiração, informamos que a cirurgia foi bem sucedida, não ocorrendo nenhuma intercorrência durante o ato cirúrgico pela cirurgia plástica. Os exames pré operatório da paciente foram solicitados e estavam normais!

A paciente recebeu alta hospitalar e no dia seguinte, queixou de dor no peito, em casa, sendo encaminhada pelo cirurgião, e então atendida em hospital de referência de Goiânia onde não foi detectado nenhum alteração grave recebendo alta para casa no mesmo atendimento.

Mesmo com a orientação do Hospital de referência em Goiânia, com o acompanhamento clínico da equipe e do Cirurgiao Plástico, orientou-se a reinternação para melhor investigação clínica do quadro.

Paciente foi atendida por médico intensivista que iniciou os cuidados no hospital para prosseguir com toda investigação clínica, acompanhada do Cirurgião plástico.

Durante a evolução da paciente na UTI, paciente evoluiu com trombose arterial, relacionada a procedimento relacionado a passagem de cateter no membro inferior, que evoluiu com complicações que levaram a amputação do membro inferior, fato este não relacionado a cirurgia e sim ao procedimento específico realizado na passagem do cateter pela equipe da UTI.

O quadro de trombose arterial e de infecção relatados foram desenvolvidos durante a internação na unidade de cuidados intensivos e não tem relação com a cirurgia de lipoaspiração.

As intercorrências médicas ocorridas com a paciente são inerentes ao exercícios da profissão, não é sinônimo de “ erro médico” e sim de consequência inevitável da evolução clinica, mesmo com a adoção de todos os protocolos adotados e acompanhamento integral do cirurgião.

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TV ANHANGUERA

Golpistas aplicam golpes em pacientes de hospital em Jataí

https://globoplay.globo.com/v/11266465/

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MEDICINA S/A

Bradesco Saúde alcança a nota máxima no IDSS 2022, da ANS

A Bradesco Saúde alcançou, mais uma vez, a pontuação máxima (1,0) no Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) 2022 (ano-base 2021), levantamento sobre a performance das operadoras e a satisfação dos usuários. Há cinco anos consecutivos entre as seguradoras classificadas na melhor faixa avaliativa do índice, a empresa obteve pontuação máxima em três edições no período (2019, 2021 e 2022). O índice conta com uma pesquisa de satisfação dos beneficiários que confere pontuação bônus. Na avaliação dos beneficiários sobre o plano Bradesco Saúde na edição mais recente do IDSS, 85% classificaram como muito bom e bom e mais de 90% dos beneficiários recomendariam a seguradora.

Instrumento de análise do setor monitorado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IDSS tem como objetivo garantir a qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde e prestadores de serviço da área.

Este reconhecimento chancelado pela ANS é um importante referencial para a atuação da Bradesco Saúde e fortalece o nosso compromisso com a excelência no atendimento e qualidade dos produtos que levamos ao mercado. Temos uma grande responsabilidade em manter um processo contínuo de melhoria dos serviços prestados em todo o país, afirma Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde.

A nota média do setor, que considera a média do desempenho das operadoras ponderada pelo número de beneficiários, foi de 0,8128, a melhor marca desde 2013, tanto no segmento médico-hospitalar quanto no odontológico. Houve, ainda, aumento do número de operadoras classificadas na melhor faixa avaliativa (notas acima de 0,8) e a manutenção da trajetória de crescimento do número de beneficiários em operadoras com notas entre 0,6 e 1,0.

Das 902 operadoras ativas e avaliadas em 2021, 844 atenderam aos requisitos para divulgação dos resultados. A metodologia do programa leva em consideração as seguintes dimensões: qualidade em atenção à saúde, garantia de acesso, sustentabilidade no mercado, além de gestão de processos e regulação.

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O GLOBO

Saúde precisa regularizar logo estoque de vacinas contra Covid para crianças

Compreende-se que a nova equipe do Ministério da Saúde acabou de assumir, mas é fundamental que regularize logo os estoques de vacina contra a Covid-19 para crianças de até 12 anos. Desde o início do mês, pais que levam seus filhos aos postos de saúde de grandes cidades como Rio, São Paulo e Belo Horizonte têm relatado falta do imunizante para as crianças menores, que demandam doses específicas. Para maiores de 12 anos, a não ser por problemas pontuais de logística, os estoques estão em dia.

A situação se torna mais incompreensível porque na semana passada o Ministério da Saúde autorizou a aplicação de uma dose de reforço contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro do ano passado, ela aumenta em até seis vezes o nível de anticorpos. Até então, o reforço era recomendado para maiores de 12 anos. A decisão é bem-vinda para aumentar a proteção do público infantil, mas de nada adianta se não houver doses suficientes nos postos.

Covid-19:

A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, admitiu a falta do imunizante pediátrico e disse que o governo está negociando com a Pfizer a antecipação da entrega de 3,2 milhões de doses para crianças de 6 meses a 4 anos e de 4,5 milhões para as de 5 a 11. No último sábado, o Ministério da Saúde afirmou ter comprado do Instituto Butantan 750 mil doses da CoronaVac para crianças de 3 a 11 anos. Um novo aditivo no contrato deverá garantir um total de 2,6 milhões de doses. São decisões acertadas, mas o vírus não espera.

Novo coronavírus:

Embora não integrem o grupo mais vulnerável para o novo coronavírus, as crianças acima de 6 meses precisam ser vacinadas, porque também estão expostas às formas graves da doença. Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que, nos dois primeiros anos da pandemia, a Covid-19 matou 1.539 crianças de até 5 anos no Brasil, sendo 599 em 2020 e 840 em 2021. Isso significa duas por dia, uma tragédia. Em 2022, com o avanço da vacinação e o declínio da pandemia, essa média caiu para uma por dia (314 vidas perdidas entre 1º de janeiro e 11 de outubro). Continua sendo um número alarmante, considerando que a vacina protege contra hospitalizações e mortes.

A regularização dos estoques e a solução dos problemas de logística são apenas algumas das muitas ações que o Ministério da Saúde precisa fazer para aumentar os níveis de cobertura. Ainda que haja doses suficientes, o governo terá de realizar campanhas para convencer pais e responsáveis a levarem seus filhos aos postos, o que não é tarefa fácil. Por questões ideológicas, o governo anterior não incentivou a imunização infantil. Sabe-se que ela é mais sensível às campanhas de desinformação que contaminam as redes sociais. Mesmo pais vacinados por vezes relutam em fazer o mesmo com seus filhos. Mas é preciso persistência. Com vacinas eficazes e seguras, já aprovadas pela Anvisa, é inaceitável que crianças morram em consequência da Covid-19.

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FOLHA DE S.PAULO

Doentes com Covid na China agora também têm de lidar com gastos hospitalares abusivos

Xangai e Pequim | Financial Times

Pacientes chineses com Covid-19 enfrentam contas médicas crescentes desde que os convênios médicos pagos pelo Estado reduziram ou eliminaram a cobertura da doença de seus planos, em resposta a uma onda sem precedentes de casos que se alastra pelo país.

Segundo informações de governos locais, desde o mês passado – quando Pequim reverteu abruptamente sua política de zero Covid- , pelo menos 14 cidades e províncias chinesas deixaram de oferecer tratamento gratuito para o coronavírus. Durante três anos os pacientes chineses tiveram tratamento subsidiado contra o vírus.

Hospitais em Xangai e Guangzhou estão cobrando de pacientes com casos graves de Covid até 20 mil yuans (R$ 15 mil) por dia de tratamento intensivo. O valor equivale a cinco meses de renda de um morador urbano médio.

Médica atende paciente na emergência de um hospital em Xangai em meio à alta de casos no país – 5.jan.2023/Reuters

O medo de acumular uma dívida de saúde soma-se ao risco de infecção, já que indústria de seguros procura evitar arcar com os custos de reembolsos. Antes, esse mercado vendeu dezenas de milhões de planos médicos de baixo custo, mas agora as seguradoras relutam em aprovar pedidos de reembolso de despesas ligadas à doença.

A política de saúde chinesa dificulta aos pacientes apresentar provas de infecção pelo vírus. As autoridades de saúde restringiram a definição de mortes e casos de Covid e, na semana passada, foram criticadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) por subnotificar a gravidade da pandemia.

Um funcionário da seguradora Taikang, em Pequim, que recebeu dezenas de queixas depois de negar cobertura, disse que sua empresa é “muito rigorosa” quando se trata de aprovar pedidos. “É preciso apresentar comprovante da doença emitido por hospitais, que raramente emitem o documento”, disse.

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O cenário cria dificuldades consideráveis para pacientes de baixa renda e expõe desigualdades no sistema de saúde chinês, que não conta com verbas suficientes, segundo analistas. Hospitais e clínicas recebem uma enxurrada de pacientes idosos.

“A China nunca deixou seu sistema de saúde acessível a todos”, diz Yanzhong Huang, membro do think tank Council on Foreign Relations. “O surto mais recente de Covid está agravando o problema.”

Até mudar de postura repentinamente, no mês passado, Pequim havia alardeado o tratamento gratuito da Covid como símbolo de seu sucesso no combate à pandemia.

Na semana passada a província do leste do país Anhui, que tem 64 milhões de habitantes, começou a exigir que as pessoas paguem 30% de suas despesas médicas ligadas à pandemia. A cidade de Sanhe, próxima a Pequim, foi mais longe e anunciou no mês passado que pacientes com Covid teriam que arcar com até metade de seus custos hospitalares.

Isso vem gerando uma carga financeira elevada para muitos pacientes. O agricultor de 53 anos Gao Shengli, da província central de Henan, sofreu um AVC na semana passada após receber o diagnóstico de Covid. Dois dias depois de ser internado num hospital local, recebeu uma conta de 150 mil yuans (R$ 115 mil), mais que o dobro de sua renda familiar anual.

Contas adicionais que variam entre 5.000 e 10 mil yuans continuam a chegar diariamente, levando sua família ao desespero.

“Meu pai não tem convênio médico”, conta o filho de Gao, que se negou a dar seu nome. “O hospital está nos perseguindo diariamente para cobrar a dívida e nós não temos como pagar.”

A situação da classe média urbana chinesa não é muito melhor: os pacientes têm dificuldade em pedir reembolso aos seus seguros médicos. Muitos hospitais se recusam a dar provas de infecção a pacientes que receberam diagnósticos a não ser que eles também informem estar com uma infecção pulmonar e passem por uma revisão das autoridades de saúde locais.

Um médico no Hospital Nº 10 de Xangai afirmou, sob condição de anonimato, que a comissão de saúde da cidade instruiu a instituição a restringir os diagnósticos de Covid. Segundo o profissional, a equipe foi orientada a classificar a maioria dos casos como infecção respiratória.

Um assessor da Comissão Nacional de Saúde, em Pequim, disse que o surto aconteceu tão rapidamente que as autoridades não tiveram tempo de traçar um plano de ação. O regime não tem meios de oferecer tratamento gratuito a todos, segundo a pasta.

A Administração Nacional de Segurança da Saúde disse no sábado que vai cobrir plenamente as hospitalizações de pacientes com Covid, mas continuou a excluir as complicações. E os hospitais estão sob pressão para reduzir os custos médicos desde que o fundo nacional de seguro se viu sobrecarregado pelos custos crescentes do programa Covid zero.

Na cidade oriental de Hangzhou, o gerente de marketing Frank Wang, que adquiriu um plano de seguro contra Covid no início do ano passado, desenvolveu infecções dos pulmões e rins depois de ser infectado com o vírus e não conseguiu receber um comprovante de ter tido Covid.

“O hospital deixou claro que não é fácil obter um comprovante, já que o diagnóstico foi politizado”, diz Wang, que pagou mais de 20 mil yuans (R$ 15 mil) pelo tratamento. “Pacientes como eu viraram vítimas.”

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ISTOÉ

Covid-19: Brasil registra 28 mil casos e 211 mortes em 24 horas

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 694.192 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (3) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 36.390.423.

Em 24 horas, foram registrados 28.057 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 211 mortes de vítimas do vírus.

Ainda segundo o boletim, 35.145.500 pessoas se recuperaram da doença e 694.192 casos estão em acompanhamento. O boletim de hoje não traz os dados atualizados de Tocantins.

Estados

De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos de covid-19, com 6,32 milhões, seguido por Minas Gerais (4 milhões) e Rio Grande do Sul (2,9 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (158,9 mil). Em seguida, aparece Roraima (181,3 mil) e Amapá (182,6 mil).

Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (177.487), seguido de Rio de Janeiro (76.526) e Minas Gerais (64.487). O menor número de mortes está no Acre (2.040), Amapá (2.166) e Roraima (2.180).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 498,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 181,4 milhões como primeira dose e 163,9 milhões como segunda dose. A dose única foi aplicada em 5 milhões de pessoas. Outras 102,5 milhões já receberam a primeira dose de reforço e 40,2 milhões já foram vacinadas com a segunda dose de reforço.

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CORREIO BRAZILIENSE

Exame pode acusar Alzheimer 10 anos antes

Equipe sueca identifica que mudanças na proteína GFAP indicam maior vulnerabilidade para a doença neurodegenerativa uma década depois. A descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de abordagens de diagnóstico precoce

Gabriela Chabalgoity

A ocorrência de sintomas característicos do Alzheimer, como falta de memória e agressividade, geralmente indica que o paciente não está mais em uma fase inicial da doença. Criar abordagens que ajudem a descobrir precocemente esse processo neurodegenerativo é, na avaliação de cientistas e de outros profissionais da área, essencial para desenvolver mecanismos capazes de freá-lo. Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, apostam que um exame de sangue poderá fornecer essa informação estratégica.

Em um artigo publicado na revista Brain, eles mostram como biomarcadores no sangue indicam a ocorrência de alterações patológicas precoces em uma forma hereditária da doença. Os pesquisadores perceberam mudanças na proteína glial fibrilar ácida (GFAP) aproximadamente 10 anos antes do surgimento dos primeiros sintomas de Alzheimer.

“Elas foram seguidas por concentrações aumentadas de P-tau181 (proteína tau) e, posteriormente, NfL (proteína leve de neurofilamento), que, já sabemos, estão diretamente associadas à extensão do dano neuronal no cérebro de Alzheimer”, detalha Caroline Graff, uma das autoras do estudo e professora do Departamento de Neurobiologia, Ciências e Sociedade do Cuidado do instituto sueco.

Para chegar ao resultado, o grupo analisou 164 amostras de plasma sanguíneo de 33 pessoas com uma mutação que aumenta a vulnerabilidade ao Alzheimer e 42 parentes sem a predisposição patogênica herdada. Os dados foram coletados entre 1994 e 2018, e a análise indicou “mudanças claras” de várias concentrações de proteínas sanguíneas nos portadores da mutação uma década antes do surgimento dos sintomas.

Na avaliação da equipe, os resultados são promissores para o desenvolvimento de novas abordagens contra a doença. “No futuro, os resultados do estudo poderão ser usados como um biomarcador não invasivo para a ativação precoce de células imunes, como astrócitos no sistema nervoso central, o que poderá ser valioso para o desenvolvimento de novos medicamentos e para o diagnóstico de doenças cognitivas”, indica Charlotte Johansson, integrante do grupo de pesquisadores.

Silencioso

O Alzheimer é o tipo mais comum de demência — dados da Fundação Sueca do Cérebro mostram que corresponde de 60% a 70% dos casos — e começa se desenvolvendo de forma silenciosa. De acordo com os autores do artigo, as mudanças biológicas no cérebro começam de 20 a 25 anos antes que a perda de memória e outros sintomas cognitivos se tornem evidentes.

As células nervosas da região degeneram como resultado do acúmulo anormal das proteínas beta-amiloide e tau. À medida que mais neurônios cerebrais são danificados, isso se manifesta na disfunção das funções cognitivas, como memória e fala, explicam os cientistas. Quanto mais cedo a complicação for descoberta, maiores a chances de enfrentá-la. “Essa é uma das muitas razões pelas quais são necessárias mais pesquisas sobre métodos precisos e fáceis de diagnóstico precoce”, ressaltam, em nota.

Cura

Especialista em neurologia cognitiva e do comportamento, Carlos Enrique Uribe afirma que a estratégia de procurar marcadores e sinais que antecipam os riscos de uma pessoa ter Alzheimer mobiliza cientistas há muitos anos. No caso do trabalho sueco divulgado na última edição da Brain, o ineditismo está em a investigação ter “afetado” diretamente a doença.

Para Uribe, esse pode ser um caminho para estratégias que curem a doença. “Ao tentar encontrar a origem do problema, é possível mudar a história natural dele. Essa estratégia funciona para se chegar a um procedimento que seja de cura, mudando o mecanismo fisiopatológico da doença. Na medicina, chamamos isso de tratamentos modificadores da doença, e isso ainda não existia no Alzheimer”, diz.

Uribe faz ressalvas. Ele lembra que o estudo analisou pacientes com Alzheimer ligado a fatores genéticos. “Como não é o caso mais comum, esses resultados têm que ser avaliados com cuidado, porque a doença geneticamente determinada está sendo um modelo para o estudo da doença esporádica (sem fatores hereditários). Às vezes, as coisas não funcionam com essa relação direta”, explica.

Análise ampliada

O especialista em neurologia cognitiva e síndromes demenciais Arthur Jatobá conta que alguns biomarcadores para o diagnóstico precoce do Alzheimer estão disponíveis, mas não para a população geral. “O diagnóstico hoje, para a maioria dos pacientes, é feito por avaliação clínica, neuropsicológica e realização de exames de imagem cerebral (ressonância magnética de crânio)”, diz.

A expectativa do médico é de que, no futuro, esse tipo de análise seja mais acessível e abranja diversos indicadores biológicos de risco aumentado. “Acredito que, nos próximos anos, poderemos ter um exame de sangue com um painel de vários biomarcadores para a doença de Alzheimer, como a proteína beta amiloide, a tau, a GFAP e a NfL. Isso vai nos ajudar no diagnóstico precoce da doença”, diz.

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Assessoria de Comunicação

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