Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 11 A 13/10/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Faltam médicos em unidades de saúde de Goiânia
• Justiça libera medicamento à base de maconha em GO 
• Aparecida de Goiânia -Ação conjunta para interditar Cais
• Ebola – Exame negativo traz alívio
• Saúde – Conselho de Medicina de SP libera uso de derivado da maconha
• Ebola – Goiás se prepara para vírus

TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)

Faltam médicos em unidades de saúde de Goiânia
http://g1.globo.com/videos/goias/bom-dia-go/t/edicoes/v/faltam-medicos-em-unidades-de-saude-de-goiania/3687462/ (10/10/14)

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O HOJE
Justiça libera medicamento à base de maconha em GO 

Determinação de desembargador exige que Estado forneça remédio fabricado a partir de substância da maconha. Pedido já está em licitação na Secretaria de Saúde
Cynthia Costa
A decisão foi divulgada no último dia 30 de setembro e ordena que o Estado de Goiás forneça o medicamento Cannabidiol (CBD), feito a partir da substância da maconha, para Pedro Henrique Assunção de Pinho, de 6 anos. Devido à paralisia cerebral e epilepsia refratária, o menino sofre de constantes crises de convulsões, que podem levar à morte. O problema é combatido pela terapia medicamentosa, ainda proibida no País.
Pedro Henrique apresenta várias lesões no cérebro e, por isso, a cirurgia não é indicada para corrigir ou amenizar o caso. O desembargador Itamar de Lima ponderou que a criança já passou por vários tratamentos que não surtiram efeito e, por causa disso, a família da criança recorreu ao tratamento com o novo remédio, com aval do médico responsável.
O consultor de Políticas Públicas em Saúde, Juliano Oliveira, diretor-executivo da Ispor (Associação Internacional de Farmacoeconomia e Pesquisa de Desfechos), afirma que há duas grandes dificuldades para que o Cannabidiol seja importado. A primeira é a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Para que o órgão autorize a importação desse tipo de medicamento, é preciso a apresentação da receita médica, do termo de responsabilidade assinado pelo médico e pelo responsável legal ou pelo paciente, e a solicitação de importação de medicamentos excepcionais”.
Oliveira explica que o procedimento para a liberação do remédio mais rápido exige que o paciente envie todos esses documentos para o gabinete do presidente da Anvisa. “Dependendo do caso, esse process demora de 7 a 10 dias.” O consultor conta que em Goiás três crianças já conseguiram e duas estão na fila de espera.
Burocracia
O segundo obstáculo, segundo ele, é a compra propriamente dita. “A família pode adquirir diretamente no site de uma das empresas que comercializam o medicamento. A empresa envia o produto ao aeroporto de Viracopos.” Ele diz ainda que, por essa via, o remédio fica em torno de 300 dólares. Além disso, Oliveira destaca que a burocracia é muito grande, o que faz com que os familiares paguem a mais, caso o desembaraço demore muito.
“Para agilizar o processo, os pais podem contratar um despachante, que fica em cerca de R$ 200 e também o custo do Fedex Estados Unidos – Brasil, que custa 75 dólares.” Oliveira revela que está tentando trazer o remédio para os pais, via Aeroporto Santa Genoveva. “Mesmo assim, ainda não tivemos avanço nessa questão. Mas não vamos desistir.”
Tratamento alternativo
A assistente administrativa Patrícia Moreira dos Santos Pinho, de 29 anos, mãe do menino Pedro Henrique, conta que o filho sofreu falta de oxigênio na hora do parto. “Isso acarretou paralisia cerebral e epilepsia refratária. Além disso, ele também tem bronquite asmática e alergia alimentar”, afirma.
O garoto faz acompanhamento médico, inclusive tomando anti-convulsivos, desde o nascimento e, segundo a mãe, hoje consome quatro anti-eplépticos, um para refluxo e três medicações para asma. “Para que meu filho possa dormir melhor, o médico receitou Gardenal”, acrescenta ela.
Patrícia conta que Pedro já ficou internado 72 horas para tratar a crise epiléptica. “Ele fez exame de videomonitoramento da epilepsia e foi constatado que sofre até 50 crises por dia.” Uma saída seria a cirurgia, mas uma junta de neurologistas analisou os exames e optou por não operar a criança. “Disseram que não existia tratamento alternativo e ele teria que viver com as crises. Um dia, vimos uma reportagem sobre o Cannabidiol e começamos a pesquisar sobre o remédio.”
Licitação
Ela conta que, em princípio, o neurologista disse que não poderia receitar, mas como a Anvisa estava autorizando, ele admitiu a possibilidade. Por fim, o médico resolveu prescrever por falta de alternativas para o tratamento. “Agora, estamos na expectativa de receber o medicamento, que está em fase de licitação na Secretaria Estadual de Saúde.”
A mãe afirma que não há garantias de que seu filho será curado. “Mas um estudo feito com o Cannabidiol aqui no Brasil comprova que aproximadamente 80% das crianças com crises epilépticas apresentaram uma redução nessas crises. E é nisso que deposito minha esperança de, se não a cura total, pelo menos parcial, do meu menino”, conclui.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Goiás, Henrique Tibúrcio, afirma que se a Anvisa liberar o Cannabidol apenas para uso terapêutico, não significa a liberação da maconha para uso geral. “Essa atitude da Agência revela, simplesmente, que as pesquisas feitas com a substância têm apresentado efeitos terapêuticos importantes”, diz.
Pedidos de liberação já foram autorizados
Por meio de nota, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) explicou que está discutindo a possibilidade de reclassificação de uma das substâncias obtidas da Cannabis sativa – o Cannabidiol. O tema esteve em discussão em reunião da diretoria colegiada da Anvisa no dia 29 de maio. Porém, não houve decisão terminativa sobre a questão.
O tema deverá entrar em pauta novamente nas futuras reuniões da diretoria. Porém, não há prazo para que isso ocorra. As liberações do medicamento, em caráter excepcional, vem ocorrendo. A Anvisa pretende garantir que, nos casos em que há necessidade do uso de produtos à base de CBD – desde que reconhecidos e prescritos por profissionais da área médica – os pacientes sejam devidamente atendidos.
Assim, o acesso ao Canabidiol por quem necessita deste produto está garantido. Segundo a agência, mais esclarecimentos podem ser obtidos no site www.anvisa.gov.br. Dos 118 pedidos de excepcionalidade, encaminhados à agência, 87 foram autorizados, oito aguardam o cumprimento de exigência pelos interessados e 19 estão em análise (mais recentes).
Ocorreram ainda quatro arquivamentos de processos: um por solicitação da família e um caso de falecimento de paciente logo após a entrada do pedido na agência. Das 13 ações, 10 foram deferidas, duas extintas: uma por falecimento da autora e outra por falta de interesse de agir do autor; e uma indeferida. (12/10/14)
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O POPULAR

Aparecida de Goiânia
Ação conjunta para interditar Cais
MPs Federal, do Trabalho e do Estado de Goiás querem solução para unidade de saúde do Setor Garavelo
Andréia Bahia

Os Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e do Estado de Goiás entraram com pedido de interdição do Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia, na Justiça do Trabalho. Na ação civil pública, as três instâncias do Ministério Público pedem que a unidade de saúde só volte a funcionar depois de cumprir 340 medidas sugeridas pela auditoria-fiscal do trabalho, em inspeção realizada no fim do mês passado.
A interdição do Cais já havia sido determinada em 23 de setembro por medida administrativa adotada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO) após inspeção que constatou diversas irregularidades no local. Foram encontrados na unidade fezes de ratos no armário de armazenamento de máscaras, mofos nas paredes, infestação de formigas, equipamentos enferrujados e equipamentos cirúrgicos guardados ao lado de produtos de limpeza.
Todavia, a determinação não foi acatada pela Secretaria de Saúde do município. Depois de o secretário de Saúde, Paulo Rassi, declarar que a medida iria passar por análise do departamento jurídico da prefeitura, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, avocou o processo de interdição do Cais. Isso se deu depois de o prefeito Maguito Vilela ligar para o ministro, pedindo mais prazo para a readequação.

Atitude é inédita e busca resolver impasse
A ação civil pública assinada pelos três ramos do Ministério Público, na área de saúde pública, é inédita no País e tem a finalidade de, pela via judicial, tentar resolver o impasse em que se encontra o Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) Garavelo. Em nota, a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia informou vem tomando as medidas informadas na última reunião realizada entre as partes, para melhorar as condições de trabalho e atendimento no Cais Garavelo até que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Buriti Sereno seja concluída.
Informou ainda que o setor de consultas agendadas do Cais Garavelo está fechado para que a unidade possa ser reformada e que o atendimento foi transferido para o antigo Pronto-Socorro Municipal, no Centro de Aparecida. O Cais continuará aberto, mas apenas com atendimento 24 horas para urgências e emergências.
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Ebola
Exame negativo traz alívio
Outra amostra de sangue será coletada hoje para confirmar o resultado divulgado ontem pela manhã

Rio – O africano Souleymane Bah, de 47 anos, reagiu com alívio ao saber que o primeiro exame de sangue deu negativo para ebola. Ele, no entanto, desde o início se mostrou convicto de que não tinha a febre hemorrágica, contaram os infectologistas José Cerbino e Marília Santini, responsáveis pelo tratamento do paciente no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.
Souleymane chegou quieto e demonstrando ansiedade por causa da suspeita de ebola. Também sentiu desconforto pelo transporte de Cascavel (PR) para o Rio. “Fizemos o possível para deixá-lo à vontade. Ele sabia que havia o risco de ser ebola, mas estava certo de que não tinha a doença”, afirmou Cerbino, que se comunica em francês com o africano.
O paciente está isolado numa das alas do instituto. Quatro vezes por dia, uma equipe composta por médico, enfermeiro e funcionário da limpeza entram no ambiente para medir a temperatura, levar alimentação, entre outros procedimentos. Eventualmente, o grupo pode chegar a cinco, com mais um médico e mais um enfermeiro.
Souleymane está num quarto monitorado por câmeras e pode falar com a equipe por meio de um comunicador. Ainda que o primeiro exame tenha dado negativo, roupa de cama, toalha, pratos e talheres são descartados e incinerados. Ele não tem febre nem sintoma de nenhuma outra doença; se movimenta pelo quarto e assiste à televisão.
Hoje à tarde outra amostra de sangue será coletada e encaminhada para o Instituto Evandro Chagas, no Pará. No primeiro exame, uma equipe da Fiocruz viajou para levar a caixa com a amostra. Desta vez, não será necessário. A caixa terá quatro camadas de isolamento, por segurança. O resultado do segundo exame deve ser conhecido na noite de amanhã. “Clinicamente, ele está apto para receber alta médica, se o resultado negativo se confirmar. A saída dele do hospital vai depender da logística para levá-lo de volta para o Paraná”, afirmou Cerbino.
Para o médico, a internação de Souleymane serviu como “exercício importante” para a equipe que vem sendo treinada desde julho. “Não houve exposição de profissionais ao risco de contaminação. Os equipamentos de proteção são necessários, mas não são suficientes se a equipe não estiver bem treinada”, afirmou.
O diretor do INI, Alejandro Hasslocher, informou que hoje a instituição tem capacidade para receber dois pacientes com suspeita de Ebola. Caso haja um surto, os pacientes internados receberiam alta e os 32 leitos abrigariam pessoas com a febre hemorrágica.

Ministro vai manter cuidados
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou ontem que mesmo o resultado do exame no paciente Souleymane Bah, de 47 anos, primeiro paciente no Brasil suspeito de estar infectado por Ebola, tendo resultado negativo, não podem ser descartados os cuidados para atuar em um eventual surto. Chioro reiterou que o risco de transmissão da doença é baixo no País e que a rede brasileira de saúde está pronta para lidar com a questão.
“Do ponto de vista prático, ter o primeiro resultado negativo não pode desarticular o conjunto de ações de vigilância e de isolamento do paciente, todo protocolo continua sendo seguido, até que tenhamos o segundo resultado do exame”, disse.
“Nós dissemos sempre que é baixíssimo o risco de transmissão da doença no Brasil. Mas isso em nenhum momento fez com que o SUS tivesse menosprezado a gravidade da situação do ebola. Nós nos preparamos para preparar a situação. ”, garantiu Chioro. (12/10/14)
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Saúde
Conselho de Medicina de SP libera uso de derivado da maconha
Mônica Reolom – Estadão Conteúdo

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) publicou anteontem uma resolução que regulamenta a prescrição da substância canabidiol (CDB) – um dos princípios ativos da Cannabis sativa, a maconha. São Paulo é o primeiro Estado a regulamentar a substância.
Os médicos com registro profissional em São Paulo poderão prescrever a substância para bebês e crianças que tenham epilepsia mioclônica grave, doença que se manifesta nos primeiros meses de vida e causa crises que não podem ser controladas pelos remédios hoje disponíveis. A medida se baseia em estudos que têm demonstrado o potencial do canabidiol em diminuir a frequência de crises convulsivas entre esses pacientes.
"O Cremesp entende que a principal justificativa para seu uso é a não efetividade dos medicamentos convencionais nessa forma grave de epilepsia, o que acaba por levar os pacientes acometidos, depois de múltiplas crises convulsivas, a retardo mental profundo e até mesmo à morte", afirmou o vice-presidente do conselho, Mauro Aranha de Lima. Ainda segundo o Cremesp, o uso do CDB "não induz a efeitos alucinógenos ou psicóticos, como também não tem efeitos inibitórios relevantes na cognição humana".
Embora o canabidiol seja proibido no Brasil e ainda não tenha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estudos têm mostrado sua eficácia no tratamento de doenças raras que apresentam entre suas características quadros graves de convulsão ou problemas de saúde que causam dores crônicas e fortes.
A importação do canabidiol pode ser autorizada pela Anvisa por meio de uma solicitação excepcional para uso pessoal. Desde maio, quando a agência criou mecanismos para que as pessoas possam ter acesso a esses medicamentos sem demandas judiciais, a Anvisa já recebeu 167 pedidos de importação do canabidiol, cuja comercialização é aprovada nos EUA e em alguns países da Europa. O prazo médio das liberações pela Anvisa é de uma semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (11/10/14)
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Ebola
Goiás se prepara para vírus
Caso de refugiado africano com suspeita da doença em Cascavel (PR) deixa autoridades em alerta no País
Gabriela Lima

No dia em que o Ministério da Saúde divulgou o primeiro caso suspeito de ebola no Brasil, o secretário estadual de Saúde, Halim Antônio Girade, afirmou que Goiás está preparado para atender e bloquear supostos casos de ebola. Um quarto do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) foi isolado para servir de base de apoio às pessoas com suspeita da doença, até que o paciente seja transferido para o Rio de Janeiro. Mais de 300 funcionários passaram por treinamento e o Estado comprou 700 equipamentos de proteção individual.
No entanto, o HDT deverá ser uma unidade de passagem, para receber possíveis casos no Estado e, em seguida, enviar para o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. Segundo Girade, após a notificação, a pessoa com suspeita da doença poderá ficar apenas duas horas no hospital em Aparecida de Goiânia. “É o prazo no qual as Forças Armadas do Brasil (FAB) devem pegar paciente e transportá-lo para o Rio. Por determinação do ministério, o hospital de referência vai concentrar o tratamento dos casos no País”, explicou.
Na noite de quinta-feira, o refugiado africano procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no interior do Paraná, com sintomas de infecção. Por ele apresentar quadro de febre e ter saído da Guiné, onde há surto de ebola, foi transferido para o Instituto Evandro Chagas, no Rio. De acordo com o Ministério da Saúde, o resultado do exame feito pelo paciente deve ser divulgado hoje.
PLANO
Girade garante que o Estado tem um plano de contingência pronto. Esse plano, segundo ele, é aperfeiçoado constantemente. “Desde o dia 8 de agosto, quando foi dado o alerta mundial, o Estado vem se preparando. Fizemos um plano de contingência, iniciamos o treinamento de técnicos de Goiânia e do interior e qualificação do HDT”, disse Girade.
No HDT, apartamento foi preparado e isolado para atender pacientes com os sintomas da doença. Febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta são os sinais e sintomas típicos. Quando o quadro se agrava, a pessoa infectada tem vômitos, diarreia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal e, em alguns casos, hemorragia tanto interna como externa.
Além de preparar o quanto individual de isolamento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) comprou equipamentos de proteção individual (EPI), que serão usados por funcionários para evitar qualquer tipo de contato direto com secreções (sangue, suor, saliva). Cada kit contém 10 peças, entre camadas de roupa, bota, capote, luvas para as mãos, para a cabeça e até para o calçado. Cada EPI custa cerca de R$ 300 e pode ser usado por uma única vez. “Ele precisa ser descartado logo após o uso”, explicou.
Dos 700 EPIs adquiridos, parte foi enviada a centros de saúde no interior goiano, mas a maioria deve permanecer no HDT. “Se houver necessidade, enviaremos kits de imediato”, disse Girade. A SES deverá adquirir novos equipamentos de proteção em breve.
A SES ofereceu treinamento para mais de 300 profissionais de saúde no Estado. Mas eles estão distribuídos em apenas 56 dos 246 municípios goianos. Segundo Girade, a meta é capacitar técnicos de todas as cidades, para atender situações com suspeita de ebola, até o fim da próxima semana.

Entrevista / João Alves
“Por enquanto, não há motivos para pânico”
Infectologista do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), o médico João Alves diz que a sobrevivência dos infectados está relacionada com a qualidade da assistência médica prestada.

Há chances do vírus ebola chegar a Goiás?
Quando você lida com um fenômeno biológico não pode falar que não existe. Pode acontecer, mas a chance é remota. Não temos voos diretos da África para Goiânia e nem somos cidades portuárias. A tendência é que as pessoas infectadas cheguem primeiro nos locais onde há portos e voos internacionais.
Mas o primeiro caso suspeito no Brasil passou por um aeroporto de São Paulo e manifestou os sintomas no interior do Paraná. Os profissionais da Saúde em Goiás estão preparados para atender possíveis casos da doença?
O treinamento tem sido feito. O problema do Brasil é que é um País muito extenso. Temos uma grande heterogeneidade da assistência médica. O fundamental é o profissional de saúde ficar atento e perguntar a pacientes com quadro de febre se ele tem histórico de viagens. Se isso não for levado em consideração, podemos ter problemas.

A população deve ficar preocupada?
Eu acho que a população brasileira deve ficar atenta aos informes do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais de Saúde e ONGs confiáveis, como a Médicos Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha. Mas, por enquanto, não há motivos para pânico.

Exame aponta anemia e infecção viral
Brasília e Cascável (PR) – Souleymane Bah, de 47 anos, primeiro paciente no Brasil suspeito de estar infectado por ebola, não apresentou até a noite de ontem febre, hemorragias, vômito ou diarreia, sintomas clássicos da infecção. Mas exames anteriores à internação apontaram anemia e infecção viral aguda. O paciente procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cascavel (PR) na quinta-feira.
Embora não tenha apresentado nenhum sintoma – apenas febre no dia anterior – e não relatar nenhum contato com pessoa infectada, o Ministério da Saúde decidiu classificá-lo como caso suspeito. “As queixas não podiam ser desconsideradas. A conduta dos profissionais de Cascavel foi absolutamente correta”, disse o ministro Arthur Chioro.
Ele descartou a possibilidade de o caso ter sido uma espécie de “teste”. “Seguimos normas internacionais. Não podemos levar em consideração critérios subjetivos. Desde que ele chegou ao serviço de saúde, todas as medidas foram adotadas. A situação está sob controle”, ressaltou, preocupado com a reação da população. Até as 15 horas de ontem, 64% das chamadas do Disque Saúde no País se referiam a ebola.
Logo depois de ser considerado como caso suspeito, Bah foi isolado na UPA. Nove horas mais tarde, embarcou em um avião da FAB para o Instituto de Infectologia Evandro Chagas, no Rio. De acordo com o ministério, 64 pessoas podem ter tido contato com ele, das quais 3 – todos profissionais de saúde – tiveram contato direto. No grupo estão também dois casais, que dividem a casa com o comerciante. O material para confirmação do ebola foi enviado ontem para o Instituto Evandro Chagas, no Pará. Positivo ou negativo, ele será replicado. (11/10/14)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

 

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