Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 12/03/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


O POPULAR

Materno Infantil
Bebês na fila de espera por UTI
Ontem, hospital tinha 34 recém-nascidos que precisavam de terapia intensiva, mas apenas 8 leitos
Pedro Palazzo

O Hospital Materno Infantil (HMI) tinha, na tarde de ontem, mais de 20 recém-nascidos esperando atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O hospital tem 8 leitos de UTI neonatal – sempre ocupados – e já usa os 22 leitos da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN), 12 para alto risco e 10 para médio risco, para atender a bebês que deveriam estar em terapia intensiva, onde há mais recursos para atendimento. A diretoria diz que pretende ampliar o número de leitos especializados (leia reportagem nesta página).
O diretor geral do hospital, Ronan Pereira Lima, atribui a superlotação ao grande número de nascimentos de prematuros e ao Complexo Regulatório, coordenado pela Prefeitura de Goiânia e responsável por distribuir as vagas do Sistema Único de Saúde (SUS). “A regulação tem que dar encaminhamento para esses casos e não tem feito isso”, afirma Lima. Ele diz que a Maternidade Dona Iris, inaugurada em junho de 2012, também poderia ajudar a distribuir a demanda, caso suas UTIs estivessem em funcionamento.
“Estamos rezando para que o Hospital da Mulher e Maternidade Dona Iris entre, de fato, em funcionamento, diz. A Secretaria Municipal de Saúde informa que a unidade está sendo, conforme previsto, colocada em funcionamento de forma gradual. Serão 10 leitos de UTI neonatal e 15 de UCIN (cinco delas de método canguru, em que a mãe fica com o recém-nascido), com abertura prevista para 2 de abril.
O médico afirma que, na tarde de ontem, o HMI tinha 34 crianças que necessitavam de terapia intensiva; uma a menos que na semana passada. “Estamos sempre trabalhando acima do limite mas, desde a semana passada, estamos muito acima.”
Lima diz que, em conversa com funcionários do Complexo Regulador, foi informado de que os bebês são encaminhados para lá porque outras unidades geralmente não têm equipe completa para terapia intensiva.
“A informação que nos passam é que no hospital X não tem pediatra, no Y não tem obstetra, no Z não tem anestesista”, exemplifica.
Metas
O HMI é gerido, desde 29 de junho do ano passado, pela organização social Instituto de Gestão e Humanização (IGH). As entidades sem fim lucrativo são a solução encontrada pelo governo do Estado para tentar melhorar o atendimento em saúde. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) repassa, mensalmente, R$ 4,2 milhões para o IGH. O valor pode ser reduzido em 20% caso não se cumpra metas estabelecidas em contrato, que tem validade de um ano e deverá ser renovado.
Lima diz que está rediscutindo metas com a SES. “Estamos com meta de 20 dias de internação e estamos levando 50 dias”, diz, sobre o prazo médio de permanência dos recém-nascidos nos leitos. “Isso acontece porque são crianças que tem nascido com em torno de 600 gramas e elas precisam estar com aproximadamente 1,2 quilo para ser liberada. Esse aumento de peso demora”, explica.
A SES informa que, de 55 novos leitos a serem financiados pelo Estado, 11 serão neonatais, instalados no Hospital da Mulher e Maternidade Dona Iris. “O encaminhamento para esses e outros leitos caberá à Prefeitura de Goiânia, por meio da Central de Regulação. É importante ter a compreensão de que o sistema de saúde brasileiro é tripartite, ou seja, tem a atuação conjunta da União, dos Estados e Municípios.”
O POPULAR tentou mas não conseguiu contato com os responsáveis pelo Complexo Regulador de Goiânia.
Hospital quer mais 20 leitos de UTI neonatal
O Hospital Materno Infantil (HMI) poderá receber mais 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva neonatal. O diretor geral, Ronan Pereira Lima, afirma que já iniciou conversas com Estado e município para viabilizar o projeto. “Não é possível ampliar com as unidades em funcionamento e mas estamos impossibilitados de reformar o espaço por causa da situação do município”, diz. A alteração ainda não tem data para acontecer.
A reforma consiste em realocação de unidades e redistribuição de espaços, com os ajustes infraestruturais necessários. “Uma das discussões internas é transferir a atual UTI Materna, da qual usamos somente 50% da capacidade. Transferiria ela e usaria este espaço para Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN), onde começaria a obra.” Este espaço passaria a ser, de fato, UTI neonatal. A mudança implica no fechamento temporário de algumas unidades, o que não pode ser feito no momento em função da demanda elevada.
“Estamos negociando com Estado e Município para, durante determinado tempo, diminua algumas vagas”, afirma Lima. “Estamos negociando para fazer. Para isso, é fundamental que o Dona Iris esteja em funcionamento.” Com a abertura das 20 UTIs do hospital municipal, prevista para acontecer em 21 dias, a discussão sobre a reforma do HMI deverá avançar.
Nota
A Assessoria de Gestão de Parceria com as Organizações Sociais (AGPOS), orgão da SES responsável pelo acompanhamento e avaliação, informa, em nota, que “as metas estipuladas no contrato de gestão da organização social que administra o, estão sendo atendidas”.
“A avaliação no período de 1/7 a 31/12 de 2012 mostra dados que houve aumento de 109% em relação a internação obstetrícia, 198% em relação a UCIN e 120% do atendimento por observação”, informa a Secretaria Estadual de Saúde (SES), em nota. Não há menção sobre os índices de atendimento da UTI neonatal.

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DIÁRIO DA MANHÃ
Dengue geral
Até final da primeira quinzena de fevereiro, boletim da SES contabilizava total superior a 32,8 mil casos de contaminação

Thamyris Fernandes
O Estado está em alerta quanto ao número de pessoas infectadas com a dengue. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, até o dia 2 de março, Goiás registrou 55.135 casos da doença. Em comparação ao ano passado, o ano de 2013 já apresentou um aumento superior a 595% nos registros. Até o final da primeira quinzena de fevereiro, o boletim da SES contabilizava o total de 32.882 notificações do problema. Em menos de quinze dias, a dengue somou mais 22.253 às estatísticas estaduais. Novos dados da SES serão divulgados ainda essa semana.
A Capital goiana também apresenta números nada animadores. Até 5 de março, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) divulgou o total de 27.289 casos registrados no município. De modo geral, até agora a cidade conta com 14.098 registros a mais que todo o ano de 2012, que fechou com 13.191 pessoas infectadas.
Com relação a Goiânia, os acréscimos mensais nos registros da dengue também são alarmantes. O primeiro balanço do ano a respeito da doença, realizado pela SMS, mostrou que – até meados de fevereiro – a Capital já tinha 17.195 casos confirmados. De acordo com o órgão, esse número equivalia a quatro mil casos a mais que todo o registro do ano anterior. Uma semana depois – no dia 26 de fevereiro – , o total já estava em 22. 792 confirmações.
Conforme a diretora de Superintendência em Vigilância e Saúde da SMS, Flúvia Amorim, a progressão nos índices da doença é quase instantânea, pois a Capital está passando por epidemia mais uma vez. Ela explica, embora a dengue seja uma doença sazonal e estar acontecendo dentro de seu período de costume, a quantidade de infecções está acima do número esperado. Esse detalhe configura o fator epidêmico.
No entanto, a especialista ressalta que a grande vantagem desse ano, em relação aos demais períodos de epidemia, é a ausência de óbitos causados pela dengue. Estatísticas passadas mostram que 2012 o número de mortes foi o maior dos últimos dez anos, com 28 casos oficializados. A última vez em que tantas mortes ocorreram por causa da dengue foi em 2008, quando 24 pessoas faleceram.
Mesmo assim, 20 municípios goianos aguardam resultado de investigação de algumas mortes registradas. Somente em Goiânia existe a suspeita de que 11 pessoas possam ter morrido por causa da dengue esse ano. Em Senador Canedo os casos suspeitos são quatro; Anápolis, três; Trindade e Jataí, dois. Aparecida de Goiânia e outras 14 cidades aguardam os laudos, cada uma com um óbito suspeito.
Focos da doença
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, há 108 municípios goianos na classificação de alto risco da dengue. Outros 67 estão em médio risco e 58, em baixo. Em todo o Estado, 233 notificaram casos da doença até o começo desse mês de março.
Ainda conforme o boletim da SES, são dez as cidades de Goiás com o maior número de casos já confirmados no ano. Em primeiro lugar aparece Goiânia, com mais de 27 mil registros. Em seguida estão Aparecida de Goiânia (5.205); Itumbiara (3.978); Trindade (1.336). O município de Anápolis está na quinta colocação dentre os com mais registros (1.308), à frente de Rio Verde (1.293); Porangatu (1.236); Senador Canedo (764); Jataí (702); Barro Alto (522).
Na Capital – conforme o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde –, os dois principais focos da doença são os setores Vila Finsocial e Jardim Novo Mundo. Seguindo a ordem dos bairros com os maiores registros da dengue, foram apontados no relatório Campinas; Vila São João; Jardim Guanabara I; Vila Nova; Jardim Nova Esperança; Jardim América; Cidade Jardim; Centro; Setor Urias Magalhães.
Vírus
Conforme a Superintendência em Vigilância e Saúde do Estado , os vírus que estão em maior circulação no momento são Tipo 1 e Tipo 4, com maior predominância da última categoria. A diretora do departamento, Flúvia Amorim, diz que o Tipo 4, por ser o mais recente – os primeiros registros apareceram em 2011 – é o mais preocupante. Ela explica que ele atinge, na maioria, a mesma faixa etária dos outros vírus, ou seja, adultos jovens entre 20 e 49 anos. “Entretanto, é preciso pensar que as pessoas estão muito suscetíveis a essa categoria, pois poucos foram os que já desenvolveram imunidade ao tipo do vírus.”
Embora a doença tenha se manifestado pelo Tipo 1 em Irenice de Oliveira Silva, 43 anos, a assistente contábil permanece internada no Centro de Apoio Integral a Saúde (Cais) do Setor Vila Nova desde a noite de domingo, 10. De acordo com a equipe médica, a paciente já tomou cerca de dez frascos de soro, desde a última sexta-feira, 8, quando procurou ajuda pela primeira vez.
Irenice conta que mora no Setor Vila Nova e se dirigiu ao Cais – um dos mais procurados da cidade para atendimentos ligados à dengue – por ser o local mais próximo de casa. Segundo ela, na semana passada, a demanda no local era tão intensa que, mesmo com sintomas visíveis da doença, ela só conseguiu atendimento por volta de 23h. “Eu tinha chegado aqui por volta das 16h de sexta-feira. Como estava sem comer, fui tomar um suco e, quando voltei, já tinham me chamado. Tive que aguardar outra vaga, que só surgiu tarde da noite”, reclama.
Conforme a paciente, a última vez que se alimentou corretamente foi na quarta-feira, 6. Desde então, ela só consegue ingerir líquidos, como sucos e sopas leves, mas nada para no estômago. “Além das dores de cabeça, nos olhos, nas articulações e do endurecimento do pescoço, a dengue está castigando meus rins e fígado. Toda hora tenho ânsia de vômito e não consigo mais dormir. A medicação faz efeito por uns 30 minutos, mas depois todo mal-estar volta, não consigo fazer mais nada.”
Atendimento
De acordo com a supervisora administrativa do Cais Nova Vila, Elisângela Marques, casos como o de Irenice são comuns nos últimos dias. Ela conta que muitos pacientes procuram atendimento e, devido a pequena melhora resultante da hidratação, deixam o Cais e não retornam para tomar o restante do soro receitado. “Nessas situações, as recaídas são sempre mais bruscas. A pessoa fica fraca, sem apetite e o pior, correm o risco de não conseguirem vaga para atendimento na unidade.”
A supervisora conta que o fluxo de pacientes com suspeita de dengue no Cais é maior que em 2012, em vista da epidemia desse ano na Capital. Elisângela diz que, no ano passado, os atendimentos por dia – considerando plantões de 12 horas – giravam em torno de 150. No entanto, até o começo de março, os atendimentos gerais diários passaram para 250.
Com relação aos plantões de 24 horas, o número de atendimentos é de 350 por dia. Segundo Elisângela, em todos os casos, 70% da demanda procura o Cais por causa da dengue. “Quando é do Tipo 1, nós oferecemos a hidratação para os pacientes. Mas em casos do Tipo 4 nós encaminhamos a outras unidades de saúde. Dependendo do grau de complexidade, também estamos encaminhando para fora pacientes com os Tipos 2 e 3.”
Segundo a supervisora, para que a demanda fosse atendida, os funcionários começaram a receber incentivos do município para aumentar plantões. Ela conta ainda que foi preciso ainda o remanejamento de pessoal para a emergência, uma vez que o tempo de espera dos pacientes estava muito longo.
Mesmo assim, Elisângela lamenta que o atendimento não possa ser realizado prontamente. Ela explica que – exceto nas segundas-feiras, em que só existem plantonistas de emergência – o Cais Nova Vila conta com três clínicos gerais e um pediatra durante o dia. À noite, o quatro reduz e a unidade funciona com dois clínicos e um pediatra. “Mesmo se eu tivesse mais dez técnicos na equipe, a demanda ainda seria superior à nossa capacidade de atendimento. Esse ano a dengue está se mostrando um problema complexo”, pontua.
Elisângela acrescenta que o tumulto nos Cais da Capital estão lotados por falta de informações da população. Segundo ela, apenas uma parcela da população tem conhecimento que os atendimentos relacionados a dengue são realizados em qualquer unidade de saúde de Goiânia. “Hospitais, postos de saúde, Ciams e PFS's estão preparados para prestar atendimentos aos pacientes. As unidades estão mobilizadas devido à epidemia.”
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Veneno na cozinha
Uso do alumínio na cozinha pode estar relacionado com o mal de Alzheimer. Em 2006, 46 países produziram aproximadamente 43 milhões de toneladas do metal para ser usado nas indústrias de panelas, bijuterias, embalagens e talheres
Anderson Kiyoaki
O alumínio começou a ser produzido comercialmente há cerca de 150 anos e, nesse curto período, sua indústria se expandiu e está presente em todo o mundo. No total, são 46 países que produziram, em 2006, aproximadamente 34 milhões de toneladas de alumínio primário, produção que vem aumentando sistematicamente. O Brasil é o sexto maior produtor mundial de alumínio primário, ficando atrás de China, Rússia, Canadá, Estados Unidos e Austrália.
O alumínio é atualmente o mais importante dos metais não ferrosos e está entre os mais consumidos pela humanidade. A grande variedade de aplicações do alumínio tem ligação direta com as suas características físico-químicas, destacando-se dentre estas o seu baixo peso, resistência à corrosão e alta condutibilidade elétrica e térmica. Essas propriedades, aliadas ao seu baixo preço em relação a outros metais, são as matérias-primas da indústria para diversificar seus produtos e estar cada vez mais presente na vida moderna.
Suas técnicas de fabricação permitem a manufatura do produto acabado a preços competitivos e, além disso, pode ser facilmente transformado por meio de todos os processos metalúrgicos normais, tornando-se viável à indústria manufatureira.
Como o Brasil tem a terceira maior jazida de bauxita – mistura natural de óxidos de alumínio – do planeta, é o quarto maior produtor de alumina e ocupa a quinta colocação na exportação de alumínio primário/ligas, a cadeia produtiva do metal goza de grande prestígio do governo. Os números deixam claro que o Brasil "tem vocação para produzir alumínio".
A importância econômica do alumínio afasta os financiamentos de pesquisas científicas que investiguem os possíveis riscos de sua utilização. Porém, mesmo sem apoio financeiro, alguns estudos foram realizados e mostram que o uso do alumínio, principalmente em embalagens e utensílios domésticos como panelas e talheres, está relacionado com doenças como Alzheimer. Mesmo não havendo ainda estudos que comprovem esta tese, o fato de o metal estar em concentrações anormalmente altas nos cérebros dos doentes de Alzheimer e outras vítimas de doenças neurológicas, apontam para a necessidade de se realizar novos e conclusivos estudos.
Sobre este tema, o gestor ambiental Álvaro Barbosa da Silva, proprietário de uma empresa de recuperação de resíduos perigosos em Catalão, esclarece que a Organização Mundial de Saúde estabelece como quantidade máxima permitida de alumínio na água 200 microgramas por litro, e segundo Álvaro, a água enriquecida com flúor que consumimos no dia a dia, quando aquecida em recipientes de alumínio, concentra quantidades do metal 75 vezes acima do máximo recomendado pela OMS.
Alzheimer
O gestor cita que a doença de Alzheimer foi descoberta por Alois Alzheimer, médico alemão em 1906, e que os pacientes de Alzheimer que sofreram autópsia mostraram níveis consistentemente elevados de alumínio no organismo. Coincidência ou não, este período é exatamente o mesmo em que o alumínio começou a se popularizar passando a fazer parte do dia a dia das pessoas, quer seja na forma de bijuterias, peças automotivas e principalmente na cozinha, apresentando-se nas mais variadas formas: panelas, talheres, embalagens etc. E as coincidências não param por aí, vale lembrar que a doença de Alzheimer atinge mais as mulheres, e no mundo todo quem tem maior contato com os utensílios domésticos fabricado com alumínio são elas.
Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), aproximadamente 900 mil pessoas no Brasil sofrem com o mal de Alzheimer, e em todo o mundo, este número sobe para 15 milhões. Nos Estados Unidos, é a quarta maior causa de morte de idosos entre 75 e 80 anos, perdendo apenas para o infarto, derrame e câncer.
Um relatório produzido pela Alzheimer's Disease International (ADI) foi publicado 100 anos depois da primeira descrição da doença de Alzheimer e estima que 24,3 milhões de pessoas têm atualmente demência, com 4,6 milhões de novos casos sendo diagnosticados anualmente. Em 2040 esse número terá crescido para 81,1 milhões. Além destes alarmantes dados, um artigo publicado na revista científica The Lancet (publicada na Grã Bretanha) aponta ainda que um novo caso de demência aparece a cada sete segundos, fazendo com que o número de pessoas com demência duplique a cada 20 anos.
O relatório da ADI ressalta que a maioria das pessoas com demência vive em países em desenvolvimento: 60% em 2001, aumentando para 71% em 2040. A média desse crescimento deve aumentar para três a quatro vezes mais nas regiões de países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos. Na China e países vizinhos há mais pessoas com demência (6 milhões) do que na Europa Ocidental (4,8 milhões) ou América do Norte (3,4 milhões).
A perita ambiental Renata Marques destaca que pessoas devem evitar o uso de panelas de alumínio em contato com talheres de outros metais, ou até do mesmo. Com esses dois produtos, atritos são gerados, conforme a especialista, que aponta a eliminação de resquícios, que são ingeridos por via oral. A longo período, a ingestão pode gerar alguns problemas de saúde. “O correto seria usar panelas de barro, ou até mesmo de ferro, por eliminarem o ferro, um metal necessitado pelo organismo”, esclarece.
Com base nestes dados, mesmo não havendo comprovação científica é impossível não se incomodar com mais algumas coincidências: nos países em desenvolvimento, onde as famílias ainda levam em consideração o menor preço para adquirir os utensílios domésticos, principalmente itens de cozinha como as panelas de alumínio, a incidência da doença de Alzheimer e demência é maior do que nos países desenvolvidos, onde a população opta por bens mais duráveis como as panelas de aço.
Álvaro defende a ideia de se provocar governo, ministério público e sociedade para um amplo debate para esclarecer ao povo o risco a que estão expostos. "Não existe nenhuma ação para conscientizar a população deste perigo. Não é de interesse dos grandes empresários que estão enriquecendo às custas da saúde do povo. O poder econômico concentrado dos grandes grupos que se beneficiam do alumínio, a falta de conhecimento e o desrespeito com o meio ambiente provocam esta perversidade" comenta Álvaro.
Para o gestor, o governo precisa deixar de ser hipócrita e começar a financiar estudos sobre a influência do alumínio na saúde humana. Outra ação sugerida por Álvaro é que o legislativo elabore normas protecionistas, afastando o alumínio da cozinha. Enquanto isso não acontece, o gestor sugere que comecemos mudando nossos hábitos abolindo o uso do alumínio na cozinha.
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Uma cidade com “gastrite”
TCM rejeita gastos de município para comprar 13,5 milhões em comprimidos de omeprazol e 8,1 milhões de paracetamol
Hélmiton Prateado
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) julgou ilegal uma licitação feita pela Prefeitura de São Luiz de Montes Belos para compra de medicamentos em 2010. A compra na modalidade “pregão presencial” serviu para fazer uma “ata de registro de preços” e foi realizada em 2010, na administração do então prefeito, Sandoval Rodrigues da Matta (PSD), que perdeu a reeleição.
Segundo o relatório e voto do conselheiro Sebastião Monteiro foram várias as irregularidades na compra dos medicamentos para a rede municipal de saúde. A primeira irregularidade foi a falta de levantamento inicial de preços dos produtos a ser adquiridos, e a segunda, foi a estimativa de compra equivocada.
Sobre a quantidade de medicamentos comprados é possível perceber logo no início do processo explicado pelos técnicos do TCM quando se nota que foram adquiridos 13.550 milhões de comprimidos de omeprazol (20 mg) e 8,1 milhões de comprimidos de paracetamol (500 mg). A população da cidade é de aproximadamente 30 mil habitantes.
Essa desproporção entre o número de habitantes e os medicamentos comprados pela prefeitura alertou os técnicos do TCM a fazerem alguns cálculos. O resultado provocou risos em auditores e conselheiros: cada habitante teria que consumir mais de 451 comprimidos de omeprazol durante um ano e cada cidadão de São Luiz de Montes Belos teria que consumir 270 comprimidos de paracetamol durante o mesmo ano.
“É muito problema de estômago e muita dor difusa para a população de uma só cidade,” observou um conselheiro durante a votação.
Parentesco
Uma outra irregularidade apontada inicialmente pelo Ministério Público de Contas e acatada pelos conselheiros em uma primeira análise é o fato de que empresas participantes da licitação pertencem ao mesmo grupo familiar. O Ministério Público na primeira manifestação apurou que essa licitação “apresentou gravíssima irregularidade, indicando a existência de conluio e violação ao sigilo das propostas, vulnerando os princípios da moralidade, da igualdade e da proibidade administrativa.”
Um estudo desenvolvido pelos auditores do TCM mostrou que o sócio majoritário da empresa Star Odontomédica, Edgar Luís de Freitas, é irmão de um dos sócios da empresa Stock Diagnóstico, André Luís de Freitas. O outro sócio da empresa Stock, Zanone Alves de Carvalho Júnior é irmão de um dos sócios da empresa Hospfar, Moisés Alves de Oliveira Neto. Outro sócio da Hospfar, Brandão de Souza Rezende é irmão da sócia majoritária da empresa Dental Rezende, Andrelita Aparecida de Souza Rezende.
Todas essas irregularidades foram desconsideradas no julgamento do dia 6 de março deste ano e a questão relativa à participação de empresas pertencentes ao mesmo grupo familiar foi retirada da sanção do TCM. Anteriormente o provimento era para que fossem proibidas empresas com essas características de concorrerem em licitações nos mesmos lotes para evitar combinação de preços.
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SAÚDE BUSINESS WEB

 

PL obriga planos a pagar alimentação de acompanhante de idoso
 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4990/13, do deputado Major Fábio (DEM-PB), que obriga os planos de saúde a cobrirem despesas com alimentação dos acompanhantes de pacientes com mais de 60 anos. A Lei dos Planos de Saúde atual (9.656/98) prevê esse pagamento apenas para acompanhantes de pacientes com menos de 18 anos.
“O Estatuto do Idoso prevê o direito à presença de acompanhante, mas, redigido em linguagem dúbia, dá margem a interpretação de que tal direito seria circunscrito aos estabelecimentos hospitalares do Sistema Único de Saúde”, argumentou o deputado.
Essa brecha interpretativa, acrescentou Major Fábio, tem permitido que operadoras de planos de saúde deixem de cobrir essas despesas.
“Observe-se que os idosos demandam em sua maioria a presença de um ente querido em suas estadias hospitalares, pois muitos não conseguem ou têm vergonha de expressar suas demandas ou de solicitar serviços de médicos ou de enfermagem tempestivamente”, concluiu.
Tramitação
O projeto está apensado ao PL 6125/05, que trata de tema semelhante. Ambos serão analisados, de forma conclusiva, pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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Videolaparoscopia no rol da ANS beneficia 54 mil pacientes
Segundo dados da ANS, procedimento bariátrico é segunda maior negativa de convênios de saúde, atrás somente das consultas
O volume de cirurgias bariátricas e metabólicas por videolaparoscopia dobrou em 2012, somando 54 mil procedimentos. O salto na adesão à videolaparoscopia verificado em apenas um ano deve-se à mudança na legislação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Desde de janeiro de 2012, o novo rol de cobertura obriga os planos e operadoras de saúde a oferecer tratamento cirúrgico sem qualquer restrição aos portadores de obesidade mórbida, respeitando a decisão médica e o direito do paciente.
Mais seguro, confortável e vantajoso ao paciente, o método menos invasivo já representa 75% das cerca de 72 mil operações bariátricas que são realizadas no país. Para se ter uma ideia do tamanho dessa evolução, a cirurgia convencional aberta, mais invasiva e dolorosa, predominou em 60% das operações feitas em 2011.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Almino Ramos, a medida representa um enorme avanço na atenção ao paciente bariátrico, por ter beneficiado milhares de pessoas com uma tecnologia avançada e consagrada mundialmente.
“Mesmo assim, muitos pacientes ainda continuam sendo submetidos à cirurgia aberta, que é mais dolorosa e exige uma recuperação lenta. Tudo isso demonstra que, para o pleno atendimento dessa demanda, a rede de saúde suplementar precisa expandir e adaptar seus centros cirúrgicos, leitos e unidades de terapia intensiva, além de assegurar o acompanhamento multidisciplinar do paciente antes e depois da operação”, afirma Ramos.
Negativas
Dados mais recentes divulgados pela ANS posicionam a cirurgia bariátrica como o segundo procedimento mais negado pelas operadoras de saúde, perdendo apenas para a marcação de consultas médicas. Em 2012, das reclamações registradas de janeiro a maio, 23,1% para consultas médicas e 3,1% para procedimentos bariátricos. Do terceiro procedimento em diante, registrado pela pesquisa, a representatividade de reclamações não ultrapassou o índice de 1%.
Para estes casos, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) recomenda que o consumidor tente, em primeiro lugar, entrar em contato diretamente com o fornecedor, expondo seu problema e exigindo uma solução, preferencialmente por escrito. Não obtendo sucesso, ou mesmo em caso de emergência, é possível entrar na Justiça. É importante notificar os órgãos de defesa do consumidor e a ANS para o registro dos problemas e maior fiscalização.
Benefícios da videolaparoscopia
As vantagens da cirurgia bariátrica por videolaparoscopia para o paciente são muitas, desde a redução do tempo de cirurgia, diminuição do risco de infecção, menor incidência de hérnia no local do corte até a volta às atividades normais em menos tempo. Em vez de abrir o abdômen do paciente, o cirurgião realiza de quatro a cinco mini-incisões de 0,5 cm cada uma, por onde passam as cânulas e a câmera de vídeo. Apesar do custo mais elevado, o método representa uma economia bastante significativa em médio prazo, devido à redução dos dias de internação e da incidência de possíveis complicações posteriores.
Outro detalhe importante é que o registro do procedimento feito pela câmera de vídeo fica gravado e o paciente pode levar consigo uma cópia do DVD, que constitui um documento da operação.

Evolução da cirurgia bariátrica no Brasil
Na última década, o desenvolvimento tecnológico é um dos fatores que tem mudado o cenário da cirurgia bariátrica e metabólica no país, com o aumento do número de cirurgiões habilitados e maior esclarecimento dos pacientes sobre as indicações de cada técnica cirúrgica e as vantagens da abordagem menos invasiva.
A SBCBM, por meio de suas regionais espalhadas por todo o país, vem realizando cursos para capacitar os cirurgiões e para certificar os hospitais brasileiros como Centros de Excelência em Cirurgia Bariátrica. “Não apenas a inclusão da videolaparoscopia no rol da ANS é importante. É necessário o empenho de todas as entidades para promover a educação continuada, com o objetivo de capacitar e aperfeiçoar os profissionais de saúde no método cirúrgico menos invasivo, e garantir um serviço cada vez melhor ao paciente bariátrico”, completa Ramos.
Indicação da cirurgia bariátrica
Atualmente, a cirurgia bariátrica e metabólica é indicada para portadores de obesidade mórbida que não conseguem perder peso apenas com o tratamento clínico tradicional (dieta, medicamentos e exercícios). Estão nesse parâmetro pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 kg/m² com uma ou mais doenças associadas (diabetes, apneia do sono, hipertensão etc.) ou com IMC acima de 40 kg/m², independentemente da presença de outras doenças. O IMC é calculado pela divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

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