Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/01/15

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DESTAQUES

• Parto normal ou cesárea: escolha médica
• Mãe acusa hospital por morte de bebê recém-nascido, em Itumbiara


DIÁRIO DA MANHÃ

Parto normal ou cesárea: escolha médica
Com a busca constante de mulheres por completa autonomia sobre o próprio corpo, tem aumentado também o movimento que tenta devolver à mãe o total controle sobre o parto. Contudo, ontem o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) divulgou uma decisão colegiada que parece se chocar com a causa feminista.
Em um acórdão da 4ª Câmara Cível do TJGO, o Hospital e Maternidade Santa Bárbara, em Goiânia, foi condenado a indenizar em R$ 50 mil, por danos morais, os pais de um bebê que morreu durante o parto normal, em circunstância na qual seria indicada uma cesariana.
Carlos Esher, relator do voto que foi acatado por unanimidade, considera que “a realização de um parto é uma questão técnica, cuja análise caberá, tão somente, ao profissional capacitado (médico) para, analisando todo o quadro clínico da paciente e do feto, decidir pelo parto normal ou cesariana, não competindo à paciente tal decisão”.
De acordo com os autos, exames de ultrassom já haviam demonstrado que o bebê possuía “tamanho avantajado”, entretanto os pais escolheram por parto normal. Em sua defesa, a maternidade alegou que estes também teriam culpa no acontecimento, porém os desembargadores entendem que é obrigação do obstetra optar pelo procedimento mais adequado à situação.
AUTONOMIA FEMININA
A pesquisa Nascer no Brasil, coordenada pela Fundação Osvaldo Cruz e divulgada em maio de 2014, apontou que no início da gravidez quase 70% das brasileiras desejam parto normal, mas 48% dos nascimentos no país acabam sendo cirúrgicos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que apenas 15% dos partos sejam realizados por meio de cesarianas.
Na última quarta-feira, 7, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Ministério da Saúde publicaram uma resolução que estabelece normas para estímulo do parto normal e a consequente redução de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar. Uma das novas regras é a obrigatoriedade das operadoras de planos de saúde fornecerem o cartão da gestante, que deverá conter, dentre outros dados, uma carta de esclarecimento à gestante, com orientações e informações para que a mulher tenha subsídios para tomar decisões e vivenciar com tranquilidade esse período.
Luiz Carlos Pinheiro, obstetra adepto do parto humanizado, aconselha à futura mamãe – além de se informar ao máximo sobre a gestação – a procurar um médico que ela sinta que vai atender às necessidades dela: “A mulher grávida pode verificar na sala de espera do consultório como as outras pacientes foram atendidas e se é isso que ela espera para si”, sugere.
O médico lembra que um parto está sujeito a algumas intercorrências, por isso os profissionais estudaram para ajudar nas emergências que podem ocorrer: “nem sempre pelo fato da mãe querer parto normal significa que ela vai ter um parto normal de forma segura, que não coloque em risco a vida dela ou do bebê”, reconhece. Ele comenta que em países do norte da África onde não há disponibilidade de cesáreas, as mortalidades maternas e neonatal são as mais altas do mundo.
Para Pinheiro, a decisão sobre o método do nascimento deve ser compartilhada. Caso os pais discordem do tipo de procedimento, o profissional deve oferecer à paciente a busca por uma segunda opinião médica. “Algumas mães são radicais ou foram mal orientadas, eles pensam que partos sempre podem ser normais. A cesariana foi criada para situações de emergência, porque nem sempre é previsível a maneira pela qual a mulher é capaz de dar à luz”, adverte.
Durante o pré-natal até o nascimento, a gestante deve ter o direito de perguntar para o médico o porquê de cada decisão que ele toma, de acordo com o obstetra. “Pela minha experiência, se a paciente for muito bem esclarecida dos riscos nos quais o bebê está exposto, dificilmente a mãe vai escolher de modo errado, a não ser que ela desconfie do médico”, admite.
Luiz Carlos Pinheiro concorda que as mulheres têm o direito de decidir sobre o próprio corpo, mas avalia que o nascimento envolve mais de uma vida, o que também deve ser levado em consideração de igual modo pela mãe, que não deve insistir num procedimento visando o próprio bem-estar: “Não sei em que ponto entraria o direito do bebê que está sendo prejudicado pela decisão da mãe. Onde está o direito do bebê nisso tudo?”, questiona.
Para ele, o movimento pelo nascimento de modo mais natural tem crescido porque os pacientes perderam a confiança no médico: “Por um lado, realmente vários obstetras já fizeram cesarianas desnecessariamente; mas há lado radical, nos quais as mulheres que acham que não haverá complicações”, vê.
Leonardo Mariano Reis, oftalmologista e secretário comunicação e imprensa do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás, defende que o médico que está realizando o parto deve ter autonomia para transferir ou não a decisão para a mãe: “Nós temos que confiar no médico obstetra experiente; se ele der opção, tudo bem, mas se ele indicar a cesárea, por que eu iria teimar com o doutor?”

 

 

TV ANHANGUERA


Mãe acusa hospital por morte de bebê recém-nascido, em Itumbiara

Clique aqui e confira a matéria: http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/mae-acusa-hospital-por-morte-de-bebe-recem-nascido-em-itumbiara/3889235/

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

 

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