Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/02/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Cartas dos Leitores – Esclarecimento
• Casos de dengue crescem 34%
• Quatro mortes por suspeita de dengue são investigadas na capital
• Atenção aos tipos de vírus
• Goiânia registra 5,2 mil casos nas primeiras cinco semanas de 2015
• Editorial – Deter o avanço da dengue
• ANS suspende a venda de 70 planos de saúde
• Saúde com ainda menos recursos?


O POPULAR

Cartas dos Leitores – Esclarecimento

A respeito da matéria Empresária morre após contrair dengue, publicada na edição de ontem deste jornal e com informações reproduzidas no jornalDaqui, o Hospital do Coração Anis Rassi esclarece que a paciente Heloísa Cristina Neves de Almeida foi internada na unidade no dia 10 de fevereiro, às 11 horas, e morreu no dia seguinte, às 7h20.
Antes de dar entrada no hospital, a paciente estava internada na Unidade de Terapia Intensiva de uma clínica da capital e, a pedido da própria família, foi transferida para o Anis Rassi. Esse foi o primeiro atendimento e a única internação da paciente no Hospital do Coração Anis Rassi.
Esclarecemos que a informação de que “a empresária chegou a ser liberada do hospital na semana passada, após ficar internada”, divulgada na matéria, não se refere ao Hospital do Coração Anis Rassi.
Gustavo Gabriel Rassi
Diretor do Hospital do Coração Anis Rassi
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Casos de dengue crescem 34%

Os casos de dengue registrados em Goiás nas cinco primeiras semanas de 2015 já são 34,47% mais numerosos que o total registrado no mesmo período do ano passado. Mesmo com o baixo índice de chuva, as estatísticas da doença vêm aumentando semana após semana em várias cidades do Estado. Alguns municípios apresentam índices alarmantes e têm merecido atenção especial, como Pirenópolis, que registrou aumento de 453% nas notificações. Em 2014 foram 78 casos registrados e este ano já são 432. Em Goiânia, o aumento chegou a 80%.
Com cerca de 6 mil habitantes, a cidade de Itaguaru, diante cerca de 120 quilômetros de Goiânia, se destaca no ranking do total de casos por habitante. No primeiro mês de 2015, a doença já havia atingido 28 em cada mil pessoas moradoras da cidade. Outros municípios da região central do Estado também detectaram preocupante aumento do número de vítimas. Rubiata tem uma incidência de 17,5 casos a cada mil habitantes, em 2015. Número parecido com Crixás, que apresenta 15,3 doentes em um grupo de mil pessoas.
O aumento dos casos de dengue vem deixando em alerta as autoridades goianas. A incidência de casos na região central do Estado vem obrigando as prefeituras a adotarem medidas rígidas. Além do tratamento aos doentes, as ações estão se concentrando na busca da eliminação das condições favoráveis para a proliferação do transmissor da doença, o mosquito Aedes aegypti. Até mesmo leis vêm sendo criadas para tentar obrigar as pessoas a evitar o acúmulo de lixo e outras situações que possam acumular água, fator facilitador da proliferação do vetor.
Em Pirenópolis o alto número de casos levou o poder executivo a elaborar uma lei para punir quem propiciar condições favoráveis à proliferação do mosquito. O projeto, no entanto, está sendo avaliado pela procuradoria do município e só deve entrar em vigor no final deste mês. Enquanto isso, a tentativa é de destruir possíveis focos criatórios. “ Fizemos uma ação em novembro, em que foram retiradas das ruas cerca de 200 toneladas de entulhos. Agora a situação está parecida. Descarta-se de tudo desde sofá velho, tanquinho, lata de tinta, resto de material de construção”, revelou o secretário de saúde local, Hisham Mohamad Hamida.
A preocupação em Pirenópolis é ainda maior pela grande quantidade de turistas que a cidade recebe. A proximidade do carnaval aumenta o nível de alerta nas sete unidades de saúde mantidas pela prefeitura. Há ainda, no local, um hospital estadual. “Nós já fizemos um trabalho de orientação com panfletagem que será intensificado no carnaval. Temos conseguindo atender a demanda. Não estamos com filas nas unidades”, garante o secretário de saúde.
O elevado índice de casos em Itaguaru levou o prefeito da cidade, Eurípedes Potenciano, a enviar à Câmara Municipal um projeto de Lei que institui multa para os moradores que apresentarem em suas residências condições propícias para a reprodução do mosquito da dengue. A expectativa é de que a partir da próxima semana a lei seja colocada em vigor. Três fiscais da vigilância sanitária serão os responsáveis pela fiscalização.
Em um primeiro momento, eles apenas notificarão os moradores que estiverem com alguma situação irregular. Após cinco dias, os fiscais voltarão à residência e, caso os problemas persistam, uma multa no valor de R$ 367 será aplicada. “ Infelizmente a sociedade tem o conhecimento, mas não tem noção da gravidade da doença”, comentou o chefe de gabinete da prefeitura local, Eurípedes Ribeiro dos Passos.
Em janeiro, 155 pessoas contraíram a doença em Itaguaru. Já no primeiro mês do ano o índice de doentes representa 68% do número de casos registrados em 2006, quando a cidade registrou a maior incidência de dengue da história, com 226 casos. “Estamos vivendo um momento crítico. Chegamos a realizar uma passeata na cidade, que reuniu cerca de 500 pessoas para chamar a atenção da população para o problema”, destacou o chefe de gabinete.
“A população descuidou muito. Se a Secretaria da saúde não promove campanhas e fiscalização o tempo inteiro, as pessoas não fazem a sua parte”, lamentou a secretária de saúde de Crixás, Pryscilla Naziozeno.

Quatro mortes por suspeita de dengue são investigadas na capital

As mortes de quatro pessoas este ano com suspeita de dengue, em Goiânia, serão investigadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O caso mais recente, da empresária Eloísa Cristina Neves de Almeida, de 60 anos, dona do Restaurante Grego, e que morreu na quarta-feira após complicações da doença, ainda não foi notificado ao órgão, por ter ocorrido em um hospital particular.
A secretaria, já ciente do caso, fará o que chama de “busca ativa” e entrará em contato com o Hospital do Coração Anis Rassi, onde a empresária faleceu. A partir daí, a Comissão de Investigação de Óbitos analisará o histórico da paciente para confirmar se ela realmente morreu em decorrência da dengue.
Se o resultado for positivo, será o primeiro caso confirmado de morte por causa da doença este ano na capital.
Segundo familiares, Eloísa Cristina contraiu dengue há cerca de duas semanas. Joana D’Arc de Alcântara Abrão, amiga de infância da vítima, conta que no momento que souberam do quadro de dengue, todos ficaram aliviados, por acreditar que ela vinha passando mal em decorrência de complicações de uma fibrose pulmonar com a qual a empresária sofria há anos. Mas, ao contrário do que imaginavam, a fibrose estava controlada e o quadro de dengue se agravou.
Internação
Eloísa morreu menos de 24 horas após ser internada no Anis Rassi, para onde foi transferida a pedido da família.
Ela estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Clínica do Esporte, de onde teria recebido alta semana passada, antes de ser novamente hospitalizada.
Dona do Restaurante Grego, muito conhecido em Goiânia e localizado no Setor Nova Suíça desde 1991, Eloísa deixa o marido, Sérgio Rios de Almeida, três filhos e seis netos.
O corpo foi sepultado quarta-feira à noite no Cemitério Jardim das Palmeiras.

Atenção aos tipos de vírus

Coordenador de controle de dengue, Murilo do Carmo Silva explica que Goiás tem hoje dois tipos do vírus da dengue circulando, o 1 e o 4, sendo que a maior predominância em 2014 foi do tipo 1 (80%). “Por enquanto não temos indícios, mas se outros tipos de vírus retornarem à circulação, como o 2 e 3, podemos ter nova epidemia grave”.
Uma pessoa que contrai a doença não volta a apresentar a dengue novamente. “Mas o aumento de casos dos tipos 1 e 4 tem preocupado e ações específicas precisam ser definidas e colocadas em prática”, comentou Murilo.
alerta
Apesar de cuidar do quintal e das calhas da casa onde mora no Setor Fama, o comerciante Eliel Soares, de 39 anos, acredita que contraiu a doença na região.
Ele trabalha no mesmo bairro e não saiu ou viajou em 2015. Ainda se recuperando da dengue, ele apresentou os primeiros sintomas no dia 28 de janeiro.
“Fiquei uma semana sem trabalhar. Fiquei muito mal e não consegui sequer comer. Perdi 8 quilos em dez dias e ainda não estou totalmente recuperado”.
Na quarta-feira, o Ministério Público Estadual (MP-GO) se reuniu com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES). A iniciativa é para planejar uma ação conjunta para atuar em todo o Estado em busca do combate efetivo dos focos de dengue em Goiás.

Goiânia registra 5,2 mil casos nas primeiras cinco semanas de 2015

O número de casos em Goiânia vem crescendo semanalmente. O último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontou que a capital já acumula, em 2015, 5.208 registros da doença. No ano, o incremento no número de casos, em comparação ao mesmo período de 2014, já chegou a 80%.
Entre os principais motivos para o aumento dos casos de dengue em Goiânia, a diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, aponta o armazenamento inadequado de água e a falta de engajamento da população nas ações de combate ao mosquito. Ela explica que desde o último sábado, agentes fazem força-tarefa na Região Noroeste da capital para orientar a população sobre os cuidados para combater o Aedes aegypti, mas toda a cidade recebe visita dos agentes.
Sobre os galões de armazenamento, explica que não é suficiente cobrir os reservatórios, mas vedá-los.
“Sabemos que a população já sabe o que dever ser feito, mas ainda há muito descaso. As pessoas não acreditam que a doença pode estar em seu quintal e descuidam. Isso não pode acontecer”. Fiscais que atuam em parceria com os agentes de endemias poderão multar os moradores que insistirem na prática de acúmulo de lixo que armazena água.
A Companhia Municipal de Urbanização (Comurg) tem fiscais que acompanham as ações para notificar e, se necessário, aplicar a pena que pode chegar a R$ 5 mil.
Infestação
O último levantamento divulgado pela SMS mostrou que Goiânia tem 1,4% de índice de infestação, pouco acima do 1%, preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) como limite.
Bairros com mais registros têm sido priorizados, como Finsocial. “O cuidado deve ser constante. Pesquisa realizada pela Secretaria mostrou que entre os criadouros principais do mosquito aparecem o ralo, tambores, descartáveis e o vaso sanitário”. Ela lembra que o mosquito não deposita ovos apenas em água limpa.
Apesar do aumento no registros absolutos, a SMS comemora a diminuição de criadouros do mosquito Aedes Aegypti.
O primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação Predial (Lira) do mosquito da dengue e chikungunya mostrou que, dos 33 mil imóveis pesquisados, o índice de infestação foi de 1,4%, número bem menor do que os 2,32% registrados no mesmo período do ano passado. O índice ainda não conseguiu atingir a meta nacional de 1%.

Editorial – Deter o avanço da dengue

Autoridades do setor de saúde constatam, por trás do avanço espantoso da dengue em Goiânia e em várias cidades do interior, um comportamento de descaso na prevenção: a maioria da população conhece os riscos, está ciente do que fazer para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença e também das consequências dela, que pode até mesmo ser fatal. Porém, grande parte não colabora e age como se não fosse responsável por deter essa epidemia. Tal atitude reflete-se no aumento de 34,4% do número de casos de dengue registrados em Goiás nas cinco primeiras semanas de 2015, em comparação com o mesmo período do ano passado. São 3.370 casos a mais.
Em Pirenópolis, cidade turística, as notificações cresceram 453%, com 432 casos de janeiro até o início deste mês. Em resposta a essa situação, está em estudo lei para punir os que propiciem condições favoráveis à proliferação doAedes aegypti. Em todo o Estado, ações de combate são programadas.
O poder público precisa mesmo assumir seu papel na promoção de campanhas, medidas preventivas, fiscalização e atendimento aos doentes, cujo número crescente representa problema sério de saúde pública. Ainda mais diante da ameaça de que, além dos dois tipos do vírus da dengue hoje em circulação em Goiás, 1 e 4, outros retornem, como o 2 e 3.
Porém, para ter êxito nesse desafio, que já custou muitas vidas, é preciso o engajamento, de fato, de todos os cidadãos.

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PORTAL TERRA

ANS suspende a venda de 70 planos de saúde; veja a lista

Planos são de onze operadoras; em paralelo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar está reativando 43 convênios que estavam suspensos
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai suspender a comercialização de 70 planos de saúde de 11 operadoras por desrespeito aos prazos máximos de atendimento e negativas de cobertura, entre outras queixas dos beneficiários.
De acordo com a ANS, o objetivo da medida é proteger cerca de 580 mil pessoas que são atendidas pelos planos de saúde. Ainda segundo a agência, existem hoje no País 50,8 milhões de usuários de convênios e 21,4 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos.
Ao mesmo tempo em que suspende a venda de 70 planos, a ANS está reativando 43 convênios que estavam suspensos. De acordo com a agência, esses planos comprovaram que houve melhora no atendimento aos usuários nos últimos três meses.
“A mediação de conflitos e a suspensão de planos estão mudando o comportamento do setor e colaborando para a qualificação da assistência prestada”, afirma a diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira.
Além de ter a comercialização suspensa, as operadoras que negarem cobertura de forma indevida podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil. Segundo a ANS, desde o início do programa de monitoramento – que está em seu 12º ciclo –, 1.043 planos de 143 operadoras já tiveram as vendas suspensas. Outros 890 planos voltaram ao mercado após comprovar melhorias no atendimento.
Veja a lista de planos suspensos
ALLIANZ SAÚDE S/A
SUPERIEUR 10
QUALITE 10
MAXI PME
SUPERIEUR 20 PME

ASSOCIAÇÃO AUXILIADORA DAS CLASSES LABORIOSAS
RUBI
PRIME
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CAIXA SEGURADORA ESPECIALIZADA EM SAÚDE S/A
SAÚDE VITAL-CO
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COOPUS – COOPERATIVA DE USUÁRIOS DO SISTEMA DE SAÚDE DE CAMPINAS
130.1.20 CA
130.1.30 CE

ECOLE SERVIÇOS MÉDICOS LTDA
ECOLE EMPRESARIAL BÁSICO
ECOLE BÁSICO

MINAS CENTER MED LTDA
HOSPITALAR I
CENTERMED ESPECIAL ENFERMARIA

PLAMED PLANO DE ASSISTENCIA MEDICA LTDA
PLAMED EMPRESARIAL GOLD I
PLANO EMPRESARIAL REFERENCIA – II

SALUTAR SAÚDE SEGURADORA S/A
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EXECUTIVO
ESPECIAL ADESÃO SEM COPARTICIPAÇÃO SEM FRANQUIA

UNIMED PAULISTANA SOCIEDADE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
MASTER
BÁSICO
PLENO
INTEGRAL
INTEGRAL
SUPREMO
INTEGRAL
INTEGRAL UNIPLAN ADESÃO
PADRÃO UNIPLAN ADESÃO
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SUPREMO UNIPLAN INDIVIDUAL
PADRÃO UNIPLAN EMPRESARIAL
SUPREMO UNIPLAN EMPRESARIAL
INTEGRAL UNIPLAN EMPRESARIAL C/ CO-PARTICIPAÇÃO
UP BRONZE ENFERMARIA UNIPLAN COPARTICIPACAO EMPRESARIAL
UP OURO UNIPLAN EMPRESARIAL
UP PRATA UNIPLAN COPARTICIPACAO EMPRESARIAL
SUPREMO UP UNIPLAN EMPRESARIAL
INTEGRAL UP UNIPLAN EMPRESARIAL
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PADRÃO ADV APARTAMENTO UNIPLAN EMPRESARIAL
NEW BRONZE ENFERMARIA INDIVIDUAL
PLENO
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UNIMED-RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO DO RIO DE JANEIRO
UNIMED DELTA 2 DENTAL
UNIMED DELTA 2
UNIMED ALFA 2
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UNIMED ÔMEGA PLUS PPE
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UNIPART BETA 2
UNIPART ALFA 2 (0114)
UNIMED BETA 2 (0114)

VIVA PLANOS DE SAÚDE LTDA
SAÚDE GLOBAL 30
SAÚDE QC – 12
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SAUDE PE21 QC
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SAÚDE PE 11 QC
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SAÚDE GLOBAL 40
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PREFERENCIAL I
GLOBAL I
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SAÚDE BUSINESS 365

Saúde com ainda menos recursos?

Piso de gastos da União para a Saúde gera descontentamento no setor

As novas regras para o financiamento da saúde, descritas pela PEC 358/13 (Proposta de Emenda à Constituição), aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (10), estão gerando controvérsias no setor.

Há tempos escutamos que o gasto público com a saúde do País é muito pouco e realmente os números, em comparação com outras nações, provam isso. Dos cerca de 4,8 trilhões do PIB brasileiro, a saúde representa 10%, sendo 47% provenientes da esfera pública e 53% da privada. Até esta PEC, que visa mudar o financiamento, a União costuma investir em saúde a quantia empenhada no ano anterior mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, o que equivale, em média, 14,6% das receitas correntes liquidas (RCL).

A nova proposta prevê que o montante mínimo da União seja fixado em 15% da RCL e passe a contemplar os 50% das emendas destinadas a serviços públicos de saúde, antes de fora do estabelecido para a União. Com isso, a reavaliação desse índice não precisará mais ocorrer a cada cinco anos.

Além disso, a PEC prevê uma ampliação progressiva dos recursos nos cinco anos seguintes ao da promulgação, sendo de 13,2% no primeiro ano; 13,7% no segundo; 14,1% no terceiro; 14,5% e 15% respectivamente.

Mesmo com a progressão, entidades e profissionais do setor estimam perdas importantes no orçamento. Para o coordenador da área de Saúde do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sergio Piola, a regra da emenda deve reduzir as verbas entre R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões em 2015.

Para reportagem do Estado de S.Paulo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, diz não ter estimado qual será o impacto da nova regra, ainda em análise pelo Ministério.

A notícia praticamente desconsidera o apelo de mais de 2,2 milhões de assinaturas que apoiam o Projeto de Lei de Iniciativa Popular “Saúde+10”, que pede a destinação de 10% da Receita Corrente Bruta (RCB) da União para o SUS.

“Basicamente, nesta PEC está se trocando a luta das entidades e da população que endossou a proposta de 10% da Receita Corrente Bruta (RCB), pela destinação de 15% da Receita Corrente Líquida, percentual este a ser alcançado ao final de cinco anos. Lembremo-nos que o equivalente a 10% da RCB seria em torno de 18,7% da RCL. Não 15%”, axplicou Piola, em artigo (http://www.abrasco.org.br/site/2015/02/pec-3582013-e-a-falta-que-o-gilson-de-carvalho-nos-faz-por-sergio-piola/).

Royalties do petróleo
A Proposta muda também a regra da Lei 12.858/13, que direcionava os recursos dos royalties do petróleo para as áreas de educação e saúde. A partir da PEC 358/13, todas as ações e serviços públicos de saúde custeados pela parcela de royalties e participação especial da União serão computados para o cumprimento do novo mínimo obrigatório estipulado no texto.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação


 

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