Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13 A 15/06/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES
• Mutirão de cirurgias opera pacientes com varizes, em Goiânia
• Médicos visitam bairros com alto índice de hanseníase, em Goiânia
• Epidemia piora com falta de agentes
• Mais um ano – Contrato Agir
• Marconi volta a focar sua agenda em inauguração e vistoria de obras
• Volta da CPMF causa queda de braço entre petista e governo
• Três novos medicamentos para hepatite C serão ofertados pelo SUS


TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)


Mutirão de cirurgias opera pacientes com varizes, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/mutirao-de-cirurgias-opera-pacientes-com-varizes-em-goiania/4251447/ (13/06/15)

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Médicos visitam bairros com alto índice de hanseníase, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/medicos-visitam-bairros-com-alto-indice-de-hanseniase-em-goiania/4251440/ (13/06/15)

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O POPULAR
Epidemia piora com falta de agentes
Número de profissionais na capital caiu e é 40% inferior ao mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde

Andréia Bahia
Uma série de fatores explica a grave epidemia de dengue que atinge Goiânia e que coloca Goiás em primeiro lugar na incidência da doença no País, de acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde e com o balanço do Ministério da Saúde. Dentre eles, está o fato de Goiânia ter 40% menos agentes de combate aos focos de dengue do que o Ministério da Saúde (MS) considera necessário. De 2010 pra cá, a Prefeitura reduziu o número de agentes de endemias em 19%.
Os casos explodiram este ano na capital e já estão bem próximos da totalidade registrada em 2013, ano da pior epidemia ocorrida na capital até agora. Para os especialistas, o agravamento do problema se deve ao reduzido número de agentes de endemias, à natureza excepcional do mosquito transmissor, à mutação do vírus, ao prolongamento do período chuvoso, à baixa adesão da população ao combate ao Aedes aegypti e à ineficácia das campanhas educativas (leia mais no quadro).
Na opinião do médico infectologista Boaventura Braz de Queiroz, o aumento do número de casos tem uma relação direta com o déficit de agentes de combate aos focos do mosquito nas casas. Para o médico, ex-diretor do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), referência na área, a atual epidemia reflete o descaso dos governos com a prevenção. “Como 2014 era um ano de eleição, os governantes estavam com a atenção mais voltada para a saúde como política do que com a política para a saúde”.
Número ideal
Do total de agentes registrados no Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura de Goiânia, 568, cerca de 50 estão afastados, afirma o diretor de Vigilância e Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Edson Almeida Gomes. Os que efetivamente visitam as casas em busca de criadouros somam 379. De acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) do MS, o município deveria dispor de no mínimo um agente para cada grupo de mil casas. O ideal seria um para cada 800 residências – ou 794, no caso dos que fazem as visitas às casas.
Para atingir o mínimo de visitas que o MS aponta como indispensável, a Prefeitura recorreu aos agentes de saúde da família, relata a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim. Assim, o município chegou a “80% das seis visitas por ano”. Do total de 635 mil residências goianienses, os agentes visitaram 566,5 mil nos últimos dois ciclos de dois meses.
Na opinião de Edson Gomes, o problema do combate à dengue em Goiânia está na falta de pessoal: “A cidade cresceu nesses cinco anos e a equipe que controlava o mosquito da dengue diminuiu”.
Para a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz Denise Valle, a adesão da população é mais importante até que a ação dos agentes de endemia. Segundo ela, no auge da época de reprodução do Aedes, nos meses quentes e chuvosos, o ovo atinge a fase adulta em 7 a 10 dias. “Uma visita a cada dois meses não é capaz de bloquear a proliferação.”
Gomes ressalta que toda vez que o agente retorna a uma residência ele encontra a mesma situação de dois meses atrás. “O morador não acompanha o agente para aprender a eliminar os criadouros.” Ainda de acordo com Denise, uma campanha educacional maciça antes do início da chuva tem o efeito de reduzir a infestação em até 30%. “Afinal, 80% dos focos estão dentro das casas.”

Vírus mutante, mosquito “brilhante”

O número de casos de dengue em Goiás é quatro vezes maior do que a Organização Mundial de Saúde considera epidemia. Para o professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás (UFG) João Bosco Siqueira Junior, o constante aumento nos números da doença ocorre devido ao “brilhantismo” do mosquito Aedes aegypti. O inseto consegue se reproduzir até numa tampinha de garrafa. A fêmea põe os ovos na parede do pequeno recipiente e eles permanecem vivos por até 1 ano e meio, aguardando um mínimo de água para eclodir.
Para combater essa vantagem biológica do inseto, não há nenhuma tecnologia, afirma o professor. Os inseticidas que vêm sendo usados hoje são os mesmo de dez anos atrás e já não fazem o mesmo efeito. E o mosquito, que já era bom em sobrevivência, ficou melhor, se tornou resistente aos venenos que o combatem.
Não foi só o mosquito que evoluiu na ultima década. O vírus que provoca a dengue também se modificou, ou melhor, se multiplicou. Já existem quatro tipos; três circulam em Goiás, o D1, D2 e D4. Quando a população se torna imune de um tipo, outro passa a prevalecer no local.
Os vírus D1 e D4 circulam em Goiânia desde 2010, quando houve a primeira epidemia, e também foram responsáveis pelo segundo grande surto da doença, em 2013. Era de se esperar que a população já estivesse imune a esses sorotipos. Mas segundo a diretora de Vigilância em Saúde de Goiânia, Flúvia Amorim, a atual epidemia de dengue está ocorrendo porque havia ainda uma grande quantidade de pessoas susceptíveis aos dois vírus da dengue que circulam na capital, principalmente ao D4.
Perspectiva de redução
Murilo do Carmo Silva, o coordenador de Controle a Dengue do Estado, também aponta como fator da alta incidência de dengue em Goiás a presença de vários tipos de vírus no Estado. “Dos quatro existentes, três circulam no Estado.” Segundo ele, o D3 também fez vitimas este ano. Silva acredita que esse índice de infecção do vírus deve reduzir bastante nos próximos anos, uma vez que grande parte da população que foi contaminada em 2013, 2014 e 2015 vai ficar imune aos vírus que predominam no Estado, 1 e 4.
A chuva que se prolongou até 15 de maio este ano também é apontada como responsável pela epidemia por todos os especialistas ouvidos pela reportagem. Todavia, Estados com as condições parecidas de temperatura e índice de chuvas apresentam incidência de dengue bastante inferior a Goiás: Mato Grosso, 287 casos para cada 100 mil habitantes; Mato Grosso do Sul, 603 casos. Enquanto isso, Goiás tem uma incidência de 1.365.

Próximo ciclo deve ser dos tipos 2 e 3
Até 2009, a predominância era do tipo 3 e, em 2010, o D1 passou a prevalecer no Estado, provocando a primeira grande epidemia de dengue. Segundo o professor João Bosco Siqueira Júnior, havia quase uma década que o D1 não circulava em Goiás e muitas pessoas não eram imunes a esse tipo de vírus. O D1 predominou até 2013, quando o D4, que foi introduzido em 2011, passou a prevalecer e provocou a segunda grande epidemia da doença em Goiás. Atualmente, a predominância é do tipo 4, mas o D1 e o D2, em menor proporção, ainda circulam por aí.
Siqueira Júnior acredita que, no próximo ciclo de contaminação, o D1 irá perder espaço para o D3, que há 6 anos não prevalece em Goiás. “O que não é uma boa notícia porque foi a partir da introdução do tipo 3, em 2002, que houve um aumento dos casos de dengue grave no Estado.” O tipo D2 atinge com maior gravidade as crianças.
(15/06/15)
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Mais um ano – Contrato Agir
A Secretaria de Saúde renovou, por R$ 56 milhões, o contrato com a OS Agir para a gestão do Crer. (15/06/15)

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Marconi volta a focar sua agenda em inauguração e vistoria de obras

O governador Marconi Perillo (PSDB) mudará sua agenda a partir da inauguração do Hugo 2, dia 6. Seu foco tem sido cortes de despesas, mas pesquisas palacianas apontam que esse discurso se esgotou. Além de vistoriar as obras que começam a ser retomadas, ainda que lentamente, o tucano selecionou14 para conclusão neste ano. Para Goiânia são o Hugo 2, que falta montagem dos equipamentos e contratar pessoal, o Centro de Excelência e a conclusão da duplicação das GOs 020 (até Bela Vista) e 010 (até Senador Canedo). Para Anápolis, o centro de convenções e o aeroporto de cargas (que devem ser terceirizados). Para Aparecida, o hospital de tratamento de dependentes químicos (Credeq). Por fim, a duplicação das rodovias entre Inhumas e Mossâmedes, entre Nerópolis e a BR-153 e a reconstrução das rodovias entre Minaçu e Colinas do Sul, Goianira e Pirenópolis, Aruanã e Britânia, Palmeiras e Indiara e a ponte do Cocalinho (Rio Araguaia). O investimento nestas obras é de aproximadamente R$ 1,4 bilhão. (14/06/15)
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Volta da CPMF causa queda de braço entre petista e governo
Contradições ocorreram entre lideranças da sigla e dentro do próprio Ministério da Saúde

Salvador – A ideia de reeditar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar a saúde provocou queda de braço entre governo e a cúpula do PT; e afirmações contraditórias entre o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e seu próprio ministério. O presidente do partido, Rui Falcão, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), chegaram a discutir no meio do saguão do hotel que abriga o 5º congresso da sigla, em Salvador.
No texto-base aprovado na quinta pelos petistas para nortear os trabalhos do congresso, Falcão incluiu um parágrafo em defesa do tributo, que foi extinto em 2007, durante o governo Lula. “Somos favoráveis à retomada da contribuição […], um imposto limpo, transparente e não cumulativo, como uma nova fonte de financiamento da saúde pública.”
No dia seguinte, Guimarães e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disseram que o tema não foi discutido pelo governo. Guimarães disse ainda que o trecho seria retirado da resolução final do documento petista, hoje.
Informado sobre as declarações dos companheiros, Falcão dirigiu-se a Guimarães dizendo que o parágrafo seria mantido. O líder do governo rebateu: “Amanhã, as manchetes dos jornais serão que o PT quer a volta da CPMF. Se você não retirar (o trecho), a gente vai te derrotar no voto”.
Minutos depois, Falcão reafirmou: “Tenho defendido isso. O ministro Arthur Chioro, ao que me consta, tinha sido autorizado pela presidente Dilma a buscar uma forma de financiamento para a saúde. Se não for CPMF, com esse nome, certamente será algum tipo de contribuição para financiar esse serviço”, disse.
Com aval de Dilma, Chioro, de fato, negocia com governadores, há alguns meses, um modelo de arrecadação de recursos para o setor, inspirado na CPMF. Ontem, no congresso, Chioro confirmou que já se reuniu com a maioria dos governadores para tratar do tema. Disse ainda que, caso o tributo fosse aprovado, não recairia sobre a classe média.
Em palestra a empresários em São Paulo, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou que não há perspectiva para a volta do tributo e que não há “nenhuma discussão em curso” sobre o assunto no governo. “Eu não estou cogitando”, disse. (13/06/15)

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AGÊNCIA ESTADO

Três novos medicamentos para hepatite C serão ofertados pelo SUS
Doença pode ser erradicada, diz Jarbas Barbosa

Brasília – Três novos medicamentos para hepatite C que ampliam as chances de cura e reduzem o tempo de terapia passarão a ser ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) este ano. As drogas – daclatasvir, sofosbuvir e simeprevir – tiveram sua adoção aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias e, pelos cálculos do Ministério da Saúde, estarão disponíveis a partir do segundo semestre.

"O impacto da nova terapia será tamanho que já podemos começar a pensar em eliminar a hepatite C", avaliou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Jarbas Barbosa. O tratamento tem taxa de cura de 90% – um porcentual significativamente maior do que o usado até agora: entre 50% e 70%.

A duração da terapia é de 12 semanas, menos do que as 48 necessárias para o tratamento atual. Além de mais eficaz, o tratamento provoca muito menos desconforto para os pacientes: os efeitos colaterais são menores e a medicação é oral. "É uma esperança, principalmente para quem já fez dois, três tratamentos e não teve bons resultados", afirmou o diretor do Movimento Brasileiro de Luta Contra Hepatites Virais, Jeová Pessin Fragoso. Ele afirma estar preocupado, no entanto, com a indicação que será dada para os remédios. "Como a terapia é cara, certamente haverá limitações", completou.

O secretário afirmou que os novos remédios poderão ser indicados tanto para pacientes que acabaram de receber o diagnóstico quanto para aqueles que já completaram o tratamento tradicional, mas que não se curaram. Aqueles que estão usando medicamentos atuais deverão manter a terapia. Para o primeiro ano, deverá ser adquirido o suficiente para o atendimento de 15 mil pacientes. A estimativa do governo é a de que a compra seja num valor de R$ 500 milhões.

O preço médio de cada tratamento é de US$ 70 mil. "É um valor alto. Mas estamos negociando a redução dos valores. Além disso, é preciso avaliar o ganho para o paciente. Sem falar na prevenção de tratamentos para cirrose ou de transplantes", completou Barbosa.

Patente
Um dos medicamentos usados no esquema, o sofosbuvir, é alvo de uma movimentação internacional, que questiona a legitimidade da patente. No Brasil, o movimento é representado pelo Grupo de Trabalho em Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração dos Povos.

Para integrantes do grupo, a concessão imerecida da patente para empresa Gilead poderia impedir o acesso de milhares de pessoas ao tratamento. Neste movimento, ações de oposição a patente foram apresentadas na Argentina, no Brasil, China, Rússia e Ucrânia. O secretário do Ministério da Saúde afirmou que o embate foi levado em consideração. "Mas essa discussão poderia levar meses, o que faria com que pacientes ficassem sem um tratamento de melhor eficácia", disse.

Barbosa observou que o contrato de compra será realizado com curta duração, justamente tendo em perspectiva essa possibilidade de, em futuro próximo, versões genéricas dos medicamentos estarem disponíveis. "Além de genéricos, há perspectivas de que novas gerações dessas drogas que agora incorporamos apareçam. Daí a opção para uma compra com período de tempo menor."

A hepatite C é causada por um vírus transmitido por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas, objetos de higiene pessoal – como lâminas de barbear e depilar -, alicates de unha, além de outros objetos que furam ou cortam na confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Estima-se que no Brasil entre 1,4 a 1,7 milhão de pessoas tenham tido contato com o vírus. A maior parte do grupo formado por pessoas com 45 anos ou mais. "Muitos não sabem que estão infectados. Daí a necessidade de que pessoas nessa faixa etária, mesmo que imaginam que não tenham tido uma situação de risco, façam o teste", disse Barbosa. (13/06/15)

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

 

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