Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13 A 15/12/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES DE HOJE

• Operadoras deverão substituir descredenciados por serviços equivalentes
• Conheça as instituições Referências da Saúde 2014
• Saúde – Faltas evidenciam fragilidade do sistema
• Editorial – Fragilidade na saúde
• Rio Verde – Medicamento vencido investigado
• Saúde – Prefeitos cobram repasse de R$ 60 milhões
• Hidrogel – Justiça autoriza exumação de corpo
• A cirurgia para a doença de Parkinson


SAÚDE WEB 365
Operadoras deverão substituir descredenciados por serviços equivalentes
Comunicação aos consumidores deverá ocorrer com 30 dias de antecedência. Descumprimento poderá render multa de R$ 30 mil, mais R$ 25 mil para cada reclamação procedente

Com a entrada em vigor da Lei 13.003, a partir do próximo dia 22, as operadoras de planos de saúde terão que substituir um prestador de serviço descredenciado por outro equivalente e fazer essa comunicação aos consumidores com 30 dias de antecedência, no mínimo. Caso descumpram a lei, as operadoras estarão sujeitas a multa de R$ 30 mil pela não substituição do prestador de serviço descredenciado e de R$ 25 mil para cada demanda, por não avisarem aos usuários sobre a mudança do prestador.

A diretora de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Martha Oliveira, disse nesta sexta-feira (12) que a medida vale para os prestadores de serviços não hospitalares (clínicas, profissionais de saúde, laboratórios e serviços de diagnóstico por imagem), pois os serviços hospitalares já estavam cobertos por regra estabelecida pela Lei 9.656, de 1998.

Como critério de equivalência para a substituição dos prestadores de serviços será usado, em um primeiro momento, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS), segundo Martha Oliveira. “Era preciso uma base, para ter algum nível de comparação. Para os profissionais que são pessoas física ou jurídica, mas que atuem em consultório, é possível fazer uma comparação pelo seu ato profissional. Ou seja, trocar médico por médico, por exemplo. Mas onde não tem, que são as clínicas e ambulatórios cuja complexidade é maior, será usado o CNES na classificação e no tipo de serviço, para trocar um prestador de serviço por outro. Para termos a confirmação de que são a mesma coisa, usa-se o CNES”, informou a diretora da ANS.

A Lei 13.003, cuja regulamentação foi concluída pela ANS após seis meses de debates no setor, em uma audiência pública e em quatro câmaras técnicas promovidas pelo órgão, define novas regras para os contratos entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços no país. As resoluções sobre a aplicabilidade da lei foram publicadas na sexta-feira (12) pela ANS.

A lei reforça que os contratos têm de ser feitos, obrigatoriamente, por escrito e detalhados entre as partes. Se for constatada a inexistência de contrato por escrito, as operadoras estarão sujeitas também a multa no valor de R$ 35 mil. A lei foi sancionada em junho passado pela presidenta Dilma Rousseff. Entre as novas regras fixadas, destaque para a definição da periodicidade dos reajustes para os prestadores de serviços, que deverão ser anuais. Martha Oliveira ressaltou que se no contrato a forma de reajuste prevista for a livre negociação e no período dos três primeiros meses estabelecido pela lei as partes não chegarem a um acordo, “a lei diz que se estabelece, então, o índice da ANS para ser aplicado”.

A ANS poderá adotar, como referência, em casos específicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil. Martha Oliveira disse também que, no prazo de dois anos, a ANS começará a aplicar ao reajuste um fator de qualidade, que será elaborado em conjunto pela agência com os conselhos de profissionais de saúde e entidades acreditadoras para clínicas e hospitais.

Será dado um prazo de 12 meses às operadoras de planos de saúde e aos prestadores que têm contratos em vigência para efetuar os ajustes contratuais necessários, conforme determina a lei. Segundo a ANS, existem atualmente 51 milhões de beneficiários de planos de assistência médica no país e 21 milhões de usuários de planos exclusivamente odontológicos. (13/12/14)
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Conheça as instituições Referências da Saúde 2014

Dar visibilidade às iniciativas de gestão inovadoras adotadas pelas instituições de saúde brasileiras, revelando assim não só boas ideias pontuais, mas também traçando um retrato da do grau de maturidade dos players do setor. Esta é a ideia do Referências da Saúde, estudo idealizado pela IT Mídia e realizado em parceria com a PwC.

Hospitais, operadoras de planos de saúde, centros de medicina diagnóstica e empresas de homecare consagradas como referências no estudo deste ano foram homenageadas, na sede da IT Mídia em São Paulo, nesta quinta-feira (11). Gestores de 26 instituições subiram ao palco para receber menções em cinco pilares: gestão administrativo-financeira; gestão de pessoas, gestão de tecnologia da informação, responsabilidade socioambiental e governança corporativa.

Os Referência da Saúde de 2014 foram:

HOSPITAL

Gestão administrativo-financeira
– Fundação Cristiano Varella – Hospital do Câncer de Muriaé
– Hospital Unimed- Volta Redonda

Governança corporativa
– Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
– Hospital Santa Joana- Recife
– Hospital Mater Dei

Gestão de Pessoas
– Hospital TotalCor
– Hospital 9 de Julho
– Santa Casa de Misericórdia de Maceió

Gestão de Tecnologia da Informação
– Santa Casa de Misericórdia de Maceió
– Hospital Pró-Cardíaco
– Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria

Responsabilidade Socioambiental
– Hospital Mãe de Deus
– Unimed Vitória


MEDICINA DIAGNÓSTICA

Gestão administrativo-financeira
– Grupo Infinita
– Laboratório Marcos Daniel

Gestão de pessoas
– Femme – Laboratório da Mulher
– Fleury Medicina e Saúde
– Pró-Laudo

Gestão de tecnologia da informação
– Grupo Infinita
– Laboratório Sabin

Responsabilidade socioambiental
– Femme – Laboratório da Mulher
– Fleury Medicina e Saúde
– Laboratório Sabin


HOMECARE

Gestão administrativo-financeira
– Unimed Vitória

Gestão de pessoas
– Integral Saúde

Gestão de tecnologia da informação
– Grupo Santa Celina


OPERADORA

Gestão administrativo-financeira
– Unimed Vitória

Gestão de tecnologia da informação
– Central Nacional Unimed
– Unimed Vitória
– Unimed-BH

Governança corporativa
– Seguros Unimed
– Unimed-BH

Responsabilidade socioambiental
– Unimed-BH
(13/12/14)
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O POPULAR
Saúde
Faltas evidenciam fragilidade do sistema
Médicos deixam de comparecer aos plantões e desestruturam plano de atendimento da SMS. Usuários peregrinam atrás de atendimento
Galtiery Rodrigues

A falta inesperada ao plantão de três médicos do Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Jardim Novo, no fim de semana passado, desestruturou o plano de atendimento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e evidenciou a fragilidade do sistema, quando o profissional deixa de ir trabalhar. Como o Cais do Parque Amendoeiras já estava fechado por falta de médico, a orientação dada os pacientes da região era que, em caso de urgência, procurassem a unidade mais próxima, ou seja, a do Novo Mundo. Sem os servidores, no entanto, as pessoas foram pegas de surpresa e se depararam com mais um Cais fechado.
Até o fim da tarde da sexta-feira, a justificativa dos médicos para a falta ao plantão ainda não havia chegado ao Departamento de Recursos Humanos da SMS e, segundo a diretora Kátia Martins Soares, o caso está sendo investigado pela Diretoria de Urgência e Emergência. As faltas não justificadas provocam abertura de procedimentos administrativos, que podem acarretar punições severas para o servidor, como o corte do ponto de frequência, desconto salarial e até suspensão de 30 dias sem remuneração.
Neste ano foram instaurados pelo Departamento Jurídico da SMS 89 processos de sindicância sobre servidores faltosos. Entram, nesse caso, todas as categorias trabalhistas, inclusive os médicos. Além disso, em um único processo pode ter mais de uma pessoa envolvida. Kátia conta que a punição ao profissional pode trazer consequências futuras no plano de carreira, como o retardamento da progressão, o cancelamento da licença-prêmio por assiduidade, além de responder ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego).
A diretora de Recursos Humanos lembra também que o abandono de plantão pode levar a processo civil e o médico responder a processo criminal. O diretor do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), o ortopedista Robson Azevedo, pontuou que a entidade não pactua com faltas ao trabalho, tampouco descumprimento da carga horário de serviço. “Médico tem de chegar no horário e comparecer sempre aos plantões”, afirma.
Em conversa com alguns diretores de unidades de saúde, eles relatam à reportagem do POPULAR que não é tão frequente assim a falta de profissionais, e que, quando ocorre, geralmente é por questões pessoais ou problemas de saúde. As faltas justificadas, segundo Kátia Martins, quase sempre são resultantes de atestados médicos. Os atrasos também são controlados e monitorados pela Diretoria de RH, a partir das planilhas encaminhadas pelos diretores das unidades de saúde. Eles ocorrem, principalmente quando o médico possui mais de um trabalho e precisa se deslocar entre um e outro.
A regra, no entanto, na mudança de plantão médico é não deixar a unidade de saúde sem um profissional presente e em atendimento. Em situações de atraso, por exemplo, o médico que deveria encerrar o plantão acaba tendo de esperar quando o colega que deveria assumir o posto ainda não chegou. A SMS possui, hoje, 1.620 médicos lotados – 29 encontram-se afastados. A maior parte dos que estão em atividade (61,6%), atuam na urgência e emergência.

DIFICULDADE
Mesmo com esse contexto, a SMS encontra dificuldades para contratar médicos para preencher os plantões vagos, em especial os de sábado e domingo. Nas últimas semanas, a rede pública de saúde da capital tem enfrentado situações adversas, como fechamento de algumas unidades, justamente pela falta de profissionais plantonistas. O Cais do Parque Amendoeiras, por exemplo, já foi fechado por dois fins de semana consecutivos. A SMS ficou até o início da tarde de sexta-feira tentando contratar médicos para assumir os plantões da unidade, mas não obteve sucesso.
O POPULAR mostrou em reportagem publicada na terça-feira que 78% das vagas ociosas na rede municipal são para trabalhar nos fins de semana. De novembro para cá, segundo Kátia Martins, foram contratados 35 profissionais para atuar no pronto-socorro, mas ainda assim existem dezenas de postos de trabalho vagos. A dificuldade em encontrar profissionais ocorre, quase sempre, por questões pessoais apresentadas pelos médicos, como o desinteresse, querer um tempo maior para ficar com a família e até mesmo a falta de disponibilidade.
Na sexta-feira, segundo ela, ficaram prontos os contratos de médicos que demonstraram interesse em trabalhar na rede pública e que entraram em contato com a SMS nas últimas semanas. Ela ligou para cada um deles, mas obteve a resposta de que eles já estão com compromissos fechados para as próximas semanas, inclusive viagens, em decorrência do fim de ano, e que só estarão livres para começar a trabalhar a partir de janeiro. Estes, conforme ela, seriam para trabalhar no Cais do Parque Amendoeiras, que precisa, hoje, de dois clínicos e um pediatra para funcionar plenamente nos fins de semana.

Atendimento precário no sábado
Eduardo Pinheiro

Quem precisa usar o Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiânia encontrou problemas novamente neste fim de semana. Os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) Parque Amendoeiras, na Região Leste de Goiânia, e Jardim Guanabara, na Região Nordeste, estiveram fechados por falta de médicos. O primeiro durante todo o fim de semana, o segundo no turno noturno ontem e deve fechar na manhã de hoje. A situação, somada ao número insuficiente de profissionais para atendimento no Cais de Campinas, ocasionou peregrinação de pacientes e sobrecarga em algumas unidades de saúde.
A fragilidade do sistema ficou evidente principalmente para quem buscava os postos de saúde das Regiões Nordeste e Leste da capital. O fechamento da unidade do Parque das Amendoeiras acabou sobrecarregando o atendimento do Cais do Jardim Novo Mundo. Mesmo com o quadro completo de médicos (dois clínicos e um pediatra), a unidade registrou longas esperas, filas e reclamações durante todo o dia.
A dona de casa Dinalva Julião, de 51 anos, sofreu para conseguir atendimento. Moradora do Jardim Novo Mundo, buscava tratamento para a filha, que sentia náuseas e fraqueza. No entanto, deparou com o corredor e a sala de espera da unidade repleta de pacientes. “Ficamos uma hora para conseguir passar pela triagem. Depois nos informaram que demoraria mais três horas para o atendimento médico”, afirma.
Uma funcionária da parte de administração da unidade relata que o fluxo seria normal para o fim de semana, não fosse os encaminhamentos do Cais do Parque Amendoeiras. Soma-se à falta de estrutura do sistema, eventualidades que aumentam os problemas. A mesma funcionária afirma que neste fim de semana o número de casos graves foi excepcionalmente maior, provocando a demora no atendimento.
Peregrinação também para quem procurou o Cais de Campinas. Mesmo com o quadro completo da escala médica, a unidade não atende a todos os pacientes. Somente os casos mais graves são recebidos e tratados pelos dois clínicos que atendem no local. Um deles fica na estabilização, com os pacientes já internados, enquanto o outro recebe os que chegam. Como não conseguem suprir toda a demanda, priorizam o atendimento emergencial. Os demais casos são todos orientados a buscar outras unidades. (14/12/14)
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EDITORIAL – Fragilidade na saúde
Os pacientes que procuraram os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) neste fim de semana enfrentaram novamente graves transtornos para conseguir assistência médica. Longa espera, superlotação e unidades fechadas aumentaram o sofrimento de doentes, muitos dos quais foram obrigados a peregrinar em busca de atendimento, conforme revelou reportagem publicada na edição de ontem.
Com déficit de 140 médicos, a Secretaria Municipal de Saúde tem enfrentado dificuldade para manter os Cais em funcionamento nos fins de semana, prejudicando os pacientes. Na semana anterior, o problema foi ainda agravado pela ausência inesperada de três médicos ao plantão do Cais do Jardim Novo Mundo, os quais até sexta-feira passada não haviam apresentado justificativa para as faltas.
Com tantas deficiências, o sistema de atendimento da capital torna-se frágil, expondo inaceitáveis lacunas que poderão ainda provocar sérias consequências para os pacientes. A saúde é um direito básico do cidadão, garantido pela Constituição, e todos os esforços são necessários para garantir plena assistência. Tornam-se urgentes providências para restabelecer o funcionamento integral das unidades de saúde, com punição para faltas sem justificativa plausível e organização das escalas. As festas de fim de ano se aproximam e os doentes não podem ser surpreendidos por Cais fechados e falta de médicos. (15/12/14)
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Rio Verde
Medicamento vencido investigado
Fernando Machadode

O secretário de Saúde de Rio Verde, Francisco Barreto Filho, determinou a abertura de uma sindicância interna para apurar a existência de medicamentos e produtos de uso laboratorial e hospitalar com data de validade vencida no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais). Os produtos foram encontrados pela vereadora Lúcia Batista (PT) no mês passado e denunciados à Polícia Civil e ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
O secretário confirma a existência dos produtos com data vencida, mas explica que eram amostras grátis de laboratórios, que geralmente são distribuídas por representantes de laboratórios particulares aos médicos. Segundo ele, os medicamentos não foram usados nos pacientes e o processo de incineração de produtos vencidos obedece a um cronograma prévio. “O que estamos apurando é simplesmente porque a Vigilância Sanitária ainda não tinha vindo buscar”, diz.
De acordo com o titular da pasta, o procedimento é normal. “É corriqueiro o médico que atende a população carente doar essas amostras aos pacientes da rede pública.” Na opinião de Barreto, a denúncia teve intenção de distorcer um procedimento normal que seria feito por órgão específico. “O lixo hospitalar tem uma destinação própria, que envolve questões de segurança.”
O secretário afirma que a vereadora invadiu área restrita aos funcionários sem autorização, com risco de contaminação de reagentes e material infectante no laboratório do Cais. Barreto registrou notícia crime na Delegacia de Polícia e ainda fez uma representação à Câmara Municipal por falta de decoro contra a petista e contra o vereador Paulo Henrique Guimarães (PMDB), que a acompanhava. Barreto enviou ofício à presidência da Casa acusando os dois de “macular a imagem da Câmara.”
Vereadora diz quetinha autorização
A vereadora Lúcia Batista (PT), que denunciou à Polícia Civil e ao Ministério Público do Estado de Goiás a existência dos produtos com data de validade vencida em um Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais), relata que recebeu uma denúncia de uso de medicamentos fora da validade em pacientes do Cais e esteve no local no dia 14 de novembro. “Pedimos autorização para entrar no almoxarifado e lá encontramos nas prateleiras remédios vencidos em 2013 e outros prestes a expirar.” Em seguida, ela conta ter se deparado com reagentes vencidos também na geladeira do laboratório. “O que nós fizemos foi registrar tudo e recolher amostras para termos a prova material.” (15/12/14)
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Saúde
Prefeitos cobram repasse de R$ 60 milhões
Secretaria estadual está com onze parcelas de repasse do acordo tripartite atrasadas
Vandré Abreu

Os prefeitos goianos cobram do governo estadual uma dívida de cerca de R$ 60 milhões referente ao repasse das verbas de saúde. São 11 faturas atrasadas, incluindo a de dezembro de 2013 e os outros meses deste ano, com exceção de janeiro e fevereiro, que foram quitadas. A falta do dinheiro tem feito com que os prefeitos tenham dificuldades em fechar as contas do ano, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Pelo acordo tripartite, a União deveria custear 50% dos gastos com saúde e Estado e município dividir igualmente a outra metade.
O presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM), prefeito de Panamá, Divino Alexandre, alega ainda que o dinheiro repassado pela União é pouco para os gastos, o que faz com que as despesas das prefeituras cheguem a quase 40% para os programas saúde da família, Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outros. Os atrasos da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) ocorrem desde o início do mandato do governador Marconi Perillo (PSDB).
O secretário Halim Girade alega que os atrasos começaram no governo anterior e que, desde então, a SES-GO tenta colocar em dia os pagamentos ao repassar duas parcelas por vez aos municípios. A FGM já representou ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pedindo atuação no sentido de garantir o pagamento das faturas atrasadas, mas ainda não teve qualquer resultado. “Na cidade, que é onde mora o povo, há muitas demandas e os gestores estão passando por dificuldades. Queremos que o governo repasse a verba ainda este ano”, diz Divino Alexandre.
O prefeito reconhece, no entanto, que o fato não deve ocorrer, já que o Estado também tem de fechar suas contas anuais. Girade afirma que já fez um acordo com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) para continuar pagando duas parcelas mensais até saldar os atrasados. Pelo cronograma, que vai ser apresentado aos prefeitos em janeiro, a dívida acabaria entre os meses de julho e setembro. “Na segunda-feira vamos pagar mais um mês e fechamos o ano de 2013, aí em janeiro vamos atualizar e pagar gradativamente”, afirma o secretário.
Em setembro, os prefeitos já estiveram reunidos na Sefaz, com o secretário José Taveira, procurando acordo para saldar a dívida. Divino Alexandre conta que as informações são de que o dinheiro estaria sendo repassado à SES-GO. No entanto, a verba estaria sendo usada para pagar as faturas das organizações sociais (OSs) que administram as unidades de saúde estaduais. Girade nega que a verba tenha outro destino. Segundo ele, sempre é solicitado à Sefaz a verba exata para determinada execução, como se fosse carimbada, sem possibilidade de desvio.
O secretário conta que os atrasos ocorrem apenas pelo fato histórico, já que o débito que teria sido encontrado assim que Marconi Perillo assumiu o governo era grande. Quanto ao fechamento de contas das prefeituras, Girade revela que apenas uma parcela será paga na segunda-feira, deixando os outros dez meses para o próximo ano. Em Goiatuba, por exemplo, cuja verba a receber é de R$ 800 mil, a prefeitura está com dificuldades para adquirir remédios básicos e tendo de demitir funcionários para fechar a conta anual.
11
faturas de repasse aos municípios pelo Estado estão atrasadas, segundo a FGM
60
milhões de reais é o valor que os municípios alegam terem para receber do Estado
25%
das despesas dos municípios com a saúde devem ser custeadas pelo Estado
(13/12/14)
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Hidrogel
Justiça autoriza exumação de corpo

Janda Nayara
A Justiça autorizou ontem a exumação do corpo de Maria José Medrado de Souza Brandão, que morreu após procedimento estético para aumentar o volume do bumbum. A falsa biomédica Raquel Policena Rosa, de 27 anos, teria aplicado um suposto hidrogel, mas o primeiro exame não identificou qual era o produto aplicado devido a impregnação de formol, e nem se o material teria causado a embolia que matou a dona de casa, de 39 anos.
A decisão foi do juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida de Goiânia, e visa identificar se a substância usada por Raquel era mesmo o hidrogel ou alguma substância irregular. De acordo com peritos do Instituto de Criminalística, a exumação deve acontecer na próxima semana, mas ainda não foi agendada.
Segundo inquérito, outras clientes de Raquel, que se submeteram à mesma bioplastia, relataram que o material utilizado era bastante oleoso. Contudo, o hidrogel não tem óleo em sua composição, mas, sim, 98% de soro fisiológico e 2% de poliamida sintética. Caso houver, de fato, inadequação na conduta, será possível determinar se as pacientes se submeteram a maior risco.
(13/12/14)
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JORNAL OPÇÃO

A cirurgia para a doença de Parkinson
Os tratamentos disponíveis, a técnica ablativa e a neuromodulatória produzem bom resultado
Dr. Ledismar José da Silva
Especial para o Jornal Opção

Parkinson é uma doença neurodegenerativa comum, que afeta em torno de 1 a 2% da população, com idade acima de 65 anos. Foi descrita em 1817 pelo cirurgião britânico James Parkinson e ralatada, incialmente, como paralisia agitante. Acomete em torno de 4 milhões de pessoas no mundo; no Brasil temos aproximadamente 300 mil parkinsonianos.
A doença é causada pela diminuição de uma substância no cérebro conhecida como dopamina. Clinicamente, o paciente desenvolve sintomas motores, clássicos da doença, a exemplo do tremor de repouso, rigidez, instabilidade postural e bradicinesia; e não motores, como a depressão, insônia, disfunção autonômica e dor.
Em alguns pacientes, a manifestação clínica inicial é a perda do olfato (anosmia).
Trata-se de uma doença crônica, degenerativa, progressiva e até o momento sem cura. O diagnóstico é clínico. Em relação ao tratamento, são utilizados medicamentos como a levodopa — mas pelo fato de a doença afetar vários sistemas fisiológicos é importante também o acompanhamento de equipe multidisciplinar.
Em relação a indicação do procedimento cirúrgico, existem critérios. O paciente deve ter o diagnóstico da doença realizado, de preferência, por neurologista dedicado ao estudo de patologias relacionadas aos distúrbios de movimento; apresentar resposta ao uso de levodopa e ter pelo menos cinco anos de diagnóstico e tratamento. Importante afastar doenças que simulam o Parkinson, pois nestas situações o procedimento cirúrgico não produz resultado.
O uso indevido, pela população geriátrica, de medicamentos para tratamento de vertigem ou tontura é causa comum de parkinsonismo secundário. A paralisia supranuclear progressiva, múltiplos infartos ou doença de Wilson podem levar ao diagnóstico errôneo da doença de Parkinson idiopática. Além disso, a ressonância de crânio deverá ser normal e é necessária avaliação neuropsicológica para afastar síndromes demenciais.
Sobre o tratamento cirúrgico disponível, existe a técnica ablativa e a neuromodulatória. As duas são efetivas, produzem bom resultado. A primeira tem como desvantagem o fato de produzir lesão irreversível do parênquima cerebral e como vantagem o baixo custo. A técnica modulatória tem como vantagem ser reversível, ajustável, modulável e como desvantagem o elevado custo. Esta é conhecida como estimulação cerebral profunda. Consiste no implante de eletrodos no cérebro, acoplados a um marcapasso (gerador de pulso elétrico). Os eletrodos são alocados em núcleos encefálicos, como o globo pálido ou subtálamo, que estão diretamente relacionados com a doença de Parkinson.
O procedimento é realizado em duas etapas. A primeira consiste no implante dos eletrodos no cérebro. É feita por técnica estereotáxica, que permite grande precisão na localização do alvo a ser tratado. Nesta etapa, o paciente permanece acordado durante o procedimento. Isso permite interação com equipe médica. São realizados testes motores para confirmação de que o alvo foi atingido de forma precisa. Nesta fase o paciente já relata melhora dos sintomas motores da doença.
A segunda etapa consiste no implante do marcapasso. O paciente precisa de anestesia geral e o procedimento é habitualmente realizado no mesmo dia. Em casos selecionados, esta etapa poderá ser realizada duas semanas após o implante dos eletrodos. O período de internação é de dois a três dias. Aproximadamente 15 dias após o procedimento, inicia-se a programação do paciente, que consiste em ligar o marcapasso, utilizar e localizar os melhores parâmetros de voltagem, largura de pulso e frequência do equipamento para controle dos sintomas motores da doença. A princípio as consultas são mensais nos primeiros três meses e após este período as consultas tornam-se semestrais. Dependendo dos parâmetros utilizados na programação, a bateria tem duração média de 3 a 5 anos para aqueles não recarregáveis e duração de 8 a 9 anos para baterias recarregáveis. Após este período, deve ser trocada.
Sobre a eficácia do método é observado melhora acima de 70% dos sintomas e em alguns pacientes é possível reduzir medicamentos. Com relação às complicações, existe risco de 2 a 3% de hemorragia, morte e paralisia, 4% de infecção e 1% de falha do equipamento implantado.
Ledismar José da Silva é neurocirurgião e professor da PUC-Goiás. (14/12/14)

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

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