Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14/04/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos são obrigados a realizar imediatamente os testes da Covid que levavam até 3 dias

Guerra de narrativas sobre pandemia será transferida das redes para a CPI

Brasil tem quarto dia seguido de média de mortes por covid-19 acima de 3 mil

Rogério Cruz anuncia ativação de mais 25 leitos de UTI em Goiânia

Governador anuncia chegada de novo lote de vacinas nesta quinta (15/4)

Goiás registra maior média móvel de mortes desde o início da pandemia

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga anuncia antecipação da chegada de 15,5 milhões de doses da Pfizer até junho

Honor Cruvinel, que teve Covid, deixa UTI depois de 97 dias internado

Prefeitura de Goiânia publica decreto com novas regras para atividades comerciais

EUA pedem suspensão da vacina da Johnson após coágulos

Leandro Reis Tavares – É preciso que a sociedade ajude a ampliar número de leitos públicos no país

TV ANHANGUERA

Planos são obrigados a realizar imediatamente os testes da Covid que levavam até 3 dias

https://globoplay.globo.com/v/9435441/

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PORTAL UOL

Guerra de narrativas sobre pandemia será transferida das redes para a CPI

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da covid-19 no Senado – seja remota ou semipresencial, seja agora ou mais para frente, seja restrita ao governo federal ou ampliada para governadores e prefeitos – terá como efeito transferir a guerra de narrativas sobre a pandemia das redes sociais, onde não se chega a conclusão alguma, para as mãos de um grupo de senadores investidos com capacidade de investigação equivalentes ao de uma autoridade judicial.

Depoimentos poderão ser convocados, documentos confidenciais, requisitados, e sigilos bancários, quebrados.

O governo de Jair Bolsonaro, por meio da tropa de choque de senadores que serão indicados por sua base de apoio para compor a comissão, de tudo fará para, claro, primeiro, omitir os próprios erros e omissões, segundo, transferir responsabilidades para governadores e prefeitos, de preferência os que forem adversários políticos, e terceiro, repisar e replicar as crendices que embasam a postura de negligência do governo diante da pandemia.

Ou seja, quando o assunto forem medidas sanitárias que deixaram de ser adotadas em nível nacional, o discurso será o de que STF deu essa atribuição a estados e municípios e amarrou as mãos da União; quando o assunto forem os gastos milionários com dinheiro público para distribuição e a pressão para a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, o argumento será o de que mal não fez e que o Conselho Federal de Medicina (CFM) deu o seu (torto e interesseiro) endosso; quando o assunto for o boicote federal às vacinas, a justificativa será o contrário, de que não havia eficácia comprovada nos imunizantes ofertados e que desde sempre as compras estavam condicionadas à aprovação da Anvisa; quando inquiridos sobre aglomerações causadas por um presidente que sequer se dignava a usar máscaras, seus defensores na CPI dirão que as multidões se formaram espontaneamente graças à sua “grande popularidade” e que ele não temia a doença.

Enfim, haverá uma sequência de afirmações e argumentações feitas para confundir, desinformar, omitir e desviar-se do propósito investigativo.

Trata-se de um jogo que vai replicar o debate inócuo que ocorre nas redes sociais.

A diferença é que, com os instrumentos de uma CPI, será possível trazer fatos concretos à luz. Se bem analisados – e a sociedade poderá acompanhar isso de perto -, poderão levar a conclusões que nenhuma narrativa oca, sem embasamento, poderá derrotar. Reside aí o medo que Bolsonaro tem dessa CPI.

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem quarto dia seguido de média de mortes por covid-19 acima de 3 mil

O Brasil chegou nesta terça-feira (13/4) ao quarto dia consecutivo com uma média móvel diária de mortes por covid-19 acima de 3 mil, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. O número mais recente ficou em 3.051, levando em consideração a média dos dados dos últimos sete dias. Ao longo da última semana, 21.354 pessoas morreram em decorrência da doença.

 Nas últimas 24 horas, foram registradas 3.687 novas mortes pela covid-19, fazendo o total chegar a 358.718 vítimas. A maior média móvel foi registrada nesta segunda-feira, 12, quando o número chegou a 3.125. Desde o sábado, 10, o dado está acima de 3 mil, o que ocorreu um total de seis dias em toda a pandemia, as seis vezes no mês de abril.

Os últimos 13 dias já somam mais óbitos (36.832) do que todos os outros meses da pandemia, com a exceção de março, quando o dado chegou a 66,8 mil vítimas. O número do mês passado ainda pode ser ultrapassado pelos registros de abril, com mais duas semanas e meia a serem transcorridas. Os dados do consórcio apontam também 80.157 novos casos confirmados da doença nas últimas 24 horas. Com isso, o total chegou a 13.601.566. Segundo o Ministério da Saúde, 12.074.798 pessoas recuperadas da doença e 1.166.771 segue em acompanhamento.

Consórcio reúne dados desde 8 de junho

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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A REDAÇÃO

Rogério Cruz anuncia ativação de mais 25 leitos de UTI em Goiânia


Théo Mariano e João Unes

Goiânia – A Prefeitura de Goiânia irá adquirir 25 novos leitos de UTI para ampliar o amparo aos pacientes da covid-19. A garantia é do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que citou em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, nesta quarta-feira (14/4).

Segundo o chefe do Paço Municipal, a ativação dos leitos, que serão destinados à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, é para dar maior fôlego à rede municipal nesse momento de continuidade da flexibilização de atividades não essenciais na capital.

De acordo com a plataforma da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) para monitoramento da covid-19, a rede municipal de Goiânia conta com 330 leitos de UTI exclusivos para o tratamento de pacientes com a doença. A taxa de ocupação atual destas vagas é de 70,61%.

https://www.aredacao.com.br/noticias/149392/rogerio-cruz-anuncia-ativacao-de-mais-25-leitos-de-uti-em-goiania

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Governador anuncia chegada de novo lote de vacinas nesta quinta (15/4)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou nesta quarta-feira (14/4) que o Ministério da Saúde confirmou o envio de novo lote de vacinas contra a covid-19 para o Estado. Em suas redes sociais na internet, o gestor informou que chegam a Goiânia, nesta quinta (15/4), o equivalente a 187.750 doses de imunizantes contra a doença. 

Segundo Caiado, do novo lote, 114.955 doses serão destinadas à aplicação da 1ª dose nos grupos prioritários que estão sendo atendidos no momento e 72.795 serão destinadas à aplicação da 2ª dose. “Vamos em breve terminar de vacinar os idosos para imunizarmos outras faixas etárias contra o coronavírus”, escreveu o governador. 

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Goiás registra maior média móvel de mortes desde o início da pandemia

Théo Mariano

Goiânia – A média móvel de mortes por covid-19 em Goiás atingiu patamar recorde, segundo consórcio da imprensa que monitora dados referentes ao novo coronavírus. De acordo com os indicadores atualizados nesta terça-feira (13/4), a média chegou a 166 mortes por dia no território goiano.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), apenas nas últimas 24 horas foram notificados mais 3,6 mil casos e 132 mortes pela doença.

Até o momento, o estado já registrou 513.496 infectados e 13.063 óbitos em decorrência da covid-19. A maior média móvel calculada até então havia sido de 149 mortes por dia. A média de casos confirmados, no entanto, está em um patamar abaixo do maior já registrado, de 3,3 mil casos por dia. Conforme o consórcio, Goiás registra 2.779 contaminações por dia.

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JORNAL OPÇÃO

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga anuncia antecipação da chegada de 15,5 milhões de doses da Pfizer até junho

Por Mayara Carvalho

Primeira remessa da compra total de 100 milhões, cerca de 1 milhão de vacinas, deve chegar até o dia 30 deste mês

O ministro da Saúde anunciou, nesta quarta-feira, 14, que o Governo Federal conseguiu antecipar a entrega de 15,5 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 do laboratório Pfizer.

O governo realizou a compra de 100 milhões de doses da vacina. Deste total, 13,5 milhões eram previstas para junho. Agora, 15,5 milhões devem ser entregues entre os meses de abril, maio e junho.

Ainda segundo o ministro, a antecipação é fruto de ação direta do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A previsão é de que a primeira remessa, cerca de 1 milhão de doses, chegue até o dia 30 deste mês.

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Honor Cruvinel, que teve Covid, deixa UTI depois de 97 dias internado

O médico, ex-deputado e ex-conselheiro do TCM já está no quarto e, brevemente, deverá ir para sua casa

Honor Cruvinel, de 74 anos, ficou 97 dias internado numa UTI. Primeiro lutou contra a Covid. Depois, contra as complicações derivadas da doença. Foi uma batalha heroica, de gigante. Depois de mais de três meses, o médico, ex-deputado estadual e ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios deixou a UTI e foi para o quarto.

O médico ficará no quarto “até retirar a traqueostomia e a sonda do nariz”. Os exames mostram que Honor está bem. A tomografia mostra, inclusive, uma “grande recuperação do pulmão”. A família pede orações tanto de agradecimento quanto para que Honor volte para casa o mais rápido possível.

Quem acompanhou o tratamento de Honor Cruvinel de perto fala em “renascimento” e na “luta de um guerreiro”. Mas permanece com o semblante sereno.

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SECOM

Prefeitura de Goiânia publica decreto com novas regras para atividades comerciais

Após consenso entre o governo estadual e representantes do setor produtivo da capital goiana, documento apresenta abertura das atividades não essenciais durante os dias úteis, mas com restrições de segurança em estabelecimentos com potencial para gerar aglomeração

Em entrevista coletiva no final da tarde desta terça-feira (13/4), os secretários de Governo, Arthur Bernardes, e da Saúde, Durval Pedroso, apresentaram os detalhes do novo decreto publicado na noite de hoje no Diário Oficial do Município. O documento, que passa a valer a partir desta quarta-feira (14/4), prevê a abertura das atividades não essenciais durante os dias úteis com restrições de segurança em estabelecimentos com potencial para gerar aglomeração.

Aos fins de semana, conforme estabelece o decreto, serão mantidas as atividades essenciais e religiosas com limitação de 30% da capacidade e com intervalo de 3 horas. Conforme o secretário Arthur Bernardes, tudo foi definido após diversas reuniões com o governador Ronaldo Caiado e também com representantes do setor produtivo da capital.

“Nosso inimigo é o coronavírus e, por isso, o objetivo do prefeito Rogério Cruz é fazer o melhor por Goiânia e mais uma vez por meio do diálogo”, afirmou o secretário Arthur Bernardes, ao acrescentar que a intenção da gestão municipal é assegurar a saúde da população. Segundo ele, os horários do decreto anterior estão sendo mantidos, com as restrições aos fins de semana.

Já o secretário Durval Pedroso lembrou que a taxa de contaminação está em 0,8, o que possibilita a manutenção parcial das atividades, desde que sejam observados os protocolos de prevenção. “Continuamos chamando a atenção para que os protocolos sejam rígidos, de modo que os bons não paguem pelos maus”, enfatizou o secretário, pontuando que a proposta tem validade de 14 dias e será reavaliada ao término desse período.

Confira os horários nos próximos 14 dias:

Comércio

O comércio vai funcionar das 9h às 17h. Os estabelecimentos do setor de serviços vão abrir entre 12h e 20h.

Shoppings e galerias

Os shoppings centers, galerias e centros comerciais terão abertura permitida entre 10h e 22h.

Bares e restaurantes

O horário de funcionamento de bares e restaurantes será das 11h às 23h, com limitação de 50% da capacidade e a proibição de qualquer atividade sonora.

Distribuidoras de bebidas

As distribuidoras de bebidas podem funcionar das 6h às 22h.

Salões e barbearias

O horário de funcionamento dos salões de beleza e barbearias será das 12h às 21h.

Academias

Com capacidade permitida de 30%, as academias vão funcionar das 6h às 22h.

Esporte coletivo

Estabelecimentos destinados à prática de esportes coletivos vão funcionar com a participação de no máximo quatro pessoas.

Feiras

As feiras livres e especiais que ocorrem em dias úteis podem ser realizadas, mas é vedado o funcionamento de restaurantes e praças de alimentação e consumo no local, além do distanciamento de dois metros entre as barracas.

Escolas

As escolas privadas vão manter as aulas presenciais nas etapas infantil, fundamental e médio. Os estabelecimentos devem garantir distância mínima de 1,5m entre alunos, professores e demais funcionários.

Construção Civil

A construção civil deve garantir o transporte dos funcionários e também pode trabalhar de segunda a sexta-feira.

Mercado Popular

No Centro Cultural Mercado Popular da 74 ficam proibidas apresentações ao público. Os estabelecimentos do centro comercial podem funcionar das 9h às 17h e os bares e restaurantes ficam autorizados das 11h às 23h.

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FOLHA DE S.PAULO

EUA pedem suspensão da vacina da Johnson após coágulos

As agências federais de saúde dos Estados Unidos pediram nesta terça-feira (13) uma interrupção imediata no uso da vacina de dose única da Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson) contra a Covid-19 depois que seis pessoas que a receberam desenvolveram uma rara doença envolvendo coágulos sanguíneos cerca de duas semanas após a vacinação.

Após o início da revisão dos casos e da possível relação com a vacina, a Johnson & Johnson afirmou que iria adiar o lançamento da vacina na Europa, e a África do Sul também suspendeu o uso do imunizante.

As seis pessoas avaliadas nos EUA eram mulheres entre 18 e 48 anos de idade. Uma delas morreu e outra foi hospitalizada em condição crítica.

Quase 7 milhões de pessoas receberam vacinas da Janssen nos EUA até agora, e aproximadamente mais 9 milhões de doses foram enviadas aos estados, segundo dados dos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).

“Estamos recomendando uma pausa no uso da vacina por excesso de cautela”, disseram Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da Administração de Alimentos e Drogas (FDA), e Anne Schuchat, vice-diretora do CDC, em comunicado conjunto. “Neste momento, esses eventos adversos parecem ser extremamente raros.”

A vacina da Janssen já obteve autorização também da EMA (agência europeia), da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para uso emergencial. O imunizante, porém, ainda não está disponível no Brasil.

Enquanto a medida foi enquadrada como recomendação aos profissionais de saúde nos estados, o governo federal deverá interromper a vacinação em todos os seus postos. Autoridades federais esperam que autoridades de saúde estaduais recebam isso como um forte sinal para que façam o mesmo.

Cientistas da FDA e do CDC examinarão conjuntamente possíveis ligações entre a vacina e a doença e determinarão se a FDA deve continuar autorizando o uso da vacina para todos os adultos ou limitar a autorização. Uma reunião de emergência da Comissão Assessora Externa do CDC foi marcada para quarta (14).

Órgãos reguladores na Europa e em outros lugares estão preocupados com um problema semelhante com outra vacina contra a Covid-19, desenvolvida por pesquisadores da AstraZeneca e da Universidade de Oxford.

Ambas usam tecnologia similar: um adenovírus (grupo de vírus que normalmente causam doenças respiratórias) funciona como vetor viral que carrega artificialmente em seu material genético a parte mais externa do novo coronavírus, sua ‘espícula’. Modificações são feitas nesse vírus para impedir sua replicação e para que ele possa estimular o sistema de defesa a formar anticorpos contra a Covid-19.

Peter Marks, da FDA, disse que era “bastante óbvio” que os casos relacionados à vacina da Janssen eram muito similares aos da AstraZeneca. Ele afirmou que não há casos reportados de coágulos entre os que receberam vacinas da Moderna ou da Pfizer/BioNTech, que usam uma tecnologia diferente -a maioria do estoque de vacinas dos EUA vem desses outros dois fabricantes.

Na semana passada, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) afirmou que acidentes vasculares raros relatados em pessoas que tomaram a vacina de Oxford/AstraZeneca passam a ser considerados “efeito colateral possível” do imunizante. “O comitê de segurança da EMA concluiu que coágulos sanguíneos incomuns com baixo teor de plaquetas devem ser listados como efeitos colaterais muito raros” do imunizante, afirma o comunicado.

O regulador recomenda que o produto continue sendo usado para prevenir casos graves de Covid-19 e mortes provocadas pelo coronavírus, pois esses benefícios superam largamente os riscos do efeito colateral.

A EMA (agência regulatória europeia) também informou que está avaliando relatos de coágulos graves e raros em pessoas que tomaram a vacina desenvolvida pela Janssen.

Os reguladores europeu e britânico e a OMS (Organização Mundial de Saúde) mantiveram sua recomendação de que a vacina de Oxford continue sendo usada, porque o risco de morrer por Covid-19 ou ter um problema grave causado pelo coronavírus -inclusive coágulos- é muito mais alto.

BRASIL

O uso emergencial da vacina da Janssen foi aprovado pela Anvisa em 31 de março por unanimidade.

O pedido havia sido feito naquele mês após a empresa firmar um acordo com o Ministério da Saúde para oferta de 38 milhões de doses ao país. A previsão é que 16,9 milhões de doses sejam entregues até fim de julho, e o restante, até novembro.

Segundo Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos da Anvisa, foram analisados dados de qualidade, segurança e eficácia da vacina. “A eficácia foi demonstrada em pacientes adultos. E a vacina demonstra que também protege para casos graves, por isso nossa recomendação é de aprovação”, disse. “O perfil de segurança também é bem caracterizado”, disse na época.

Dados analisados pela Anvisa mostram que a vacina teve eficácia global de 66%, chegando a 85,4% na prevenção de casos graves.

Essa foi a quinta vacina contra a Covid aprovada pela Anvisa. Além dela obtiveram aval para uso emergencial ou registro definitivo as vacinas Coronavac (Butantan e Sinovac), Covishield (produzida pela AstraZeneca por meio do Serum Institute, da Índia), Covishield (pela Fiocruz) e Comirnaty (Pfizer). A vacina Covishield é considerada duas vezes na lista pela agência por envolver locais diferentes de fabricação e modelos diferentes de aval (uso emergencial e registro).

No caso da vacina de Oxford, a Anvisa pediu à AstraZeneca alterações na bula para incluir uma advertência sobre possíveis casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos que podem estar associados ao uso da vacina.

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Leandro Reis Tavares – É preciso que a sociedade ajude a ampliar número de leitos públicos no país

Vice-presidente da Rede D’Or diz que instituição privada encabeça movimento que já destinou R$ 320 mi em ações de apoio ao SUS

Cláudia Collucci

Maior de rede hospitais privados do Brasil, com 55 unidades e 9.000 leitos, a Rede D’Or encabeça um movimento de empresas que tem expandido o número de leitos definitivos no SUS sem contrapartida de recursos públicos.

‘É preciso que o setor produtivo nacional, a sociedade, ajudem na ampliação de leitos públicos. É uma necessidade atual e futura, no pós-pandemia’, diz o médico Leandro Reis Tavares, 46, vice-presidente da Rede D’Or São Luiz?.

Desde o início da pandemia, o grupo ajudou na abertura de mais de 1.200 leitos públicos, 400 dos quais em hospitais de campanha. Ao todo, foram investidos R$ 320 milhões em ações de apoio ao SUS, sendo R$ 220 milhões do caixa da Rede D’Or e R$ 100 milhões de empresas parceiras.

Além do momento crítico atual, Tavares está preocupado com o pós-Covid. A rede já observa um aumento de volume de pacientes crônicos, ou por sequelas da infecção ou por quadros piorados porque retardaram tratamentos durante a pandemia.

No sistema público, porém, a situação deve se tornar ainda mais crítica porque muitos estados e municípios estão com cirurgias e procedimentos eletivos suspensos. ‘A gente acha que isso ainda vai piorar muito no segundo semestre e no ano que vem. Um grande volume de atendimentos está ficando represado’, diz ele.

Como está a ocupação dos leitos de UTI Covid e não Covid da Rede D´Or?

Assim como na rede privada como um todo, nossa ocupação está variando entre 85% e 90%. Metade dos nossos leitos de terapia intensiva está ocupada por Covid e a outra metade por doentes crônicos. São pacientes com consequências da Covid, como embolias e tromboses, ou que sofreram AVC (acidente vascular cerebral), infartos, que tiveram complicações obstrutivas dos diversos tipos de tumores.

Muitos postergaram as suas cirurgias ou o tratamento médico necessário por medo da Covid. A gente acha que isso ainda vai piorar muito no segundo semestre e no ano que vem. Um grande volume de atendimento está ficando represado.

A rede D’Or tem financiado a abertura de leitos públicos em vários locais do país. Como tem funcionado isso?

Desde o início da pandemia, a gente já abriu mais de 1.200 leitos públicos, de UTI e de enfermaria. Desses, 400 foram em dois hospitais de campanha que já foram fechados. O restante a ideia é que sejam suportados para um funcionamento definitivo.

A gente viu que a situação ia ser muito grave e que precisávamos dar suporte ao SUS, suporte real, ampliar leitos sem receita. Tem muita gente que quer ampliar leitos para o SUS, mas recebe a sua receitinha. Nós optamos por fazer um trabalho beneficente junto ao poder público em todas as regiões do país onde nós atuamos.

Esse trabalho foi tão forte que mesmo em estados onde não atuamos pediram socorro, como Amazonas, para onde mandamos respiradores e medicamentos, e Roraima, que ajudamos com respiradores e EPIs (equipamentos de proteção individual).

Nos lugares onde efetivamente atuamos, nós ajudamos o poder público a expandir leitos SUS. A gente tem uma visão clara do sofrimento atual, mas sabemos que vai passar, que vamos ter um pós-pandemia para viver. A nossa sociedade não via ruir. Nós queríamos, no pós-pandemia, aumentar o número de leitos públicos. Há uma necessidade do setor produtivo nacional e da sociedade ajudarem na ampliação de leitos públicos no país. É uma necessidade atual e uma necessidade futura.

Em razão do déficit anterior ou às demandas pós-Covid?

Minha preocupação é a demanda reprimida pela pandemia. Nos setor suplementar, conseguiu-se dar alguma assistência aos pacientes não-Covid. Mas muitas cidades e estados suspenderam totalmente a agenda eletiva dos pacientes não-Covid. Em gestão em saúde, a gente que olhar o presente com um olhinho no futuro.

E como será esse pós-Covid?

Será um momento de carga elevada de doenças, que vai gerar uma necessidade de mais leitos públicos. Teremos uma demanda menor de doentes com necessidade ventilatória, mas teremos um enorme quantitativo de pessoas com sequelas da Covid e todos os pacientes que atrasaram os seus atendimentos as suas cirurgias.

No Rio, a situação está bem complicada, com uma fila de espera enorme por leitos. De que forma, o setor privado tem ajudado?

Em todos os estados onde estamos há uma grande pressão por atendimento, necessidade de ampliação de acesso à saúde. O Rio de Janeiro tem uma fila relativamente bem estruturada, então é fácil chegar em um número de pessoas esperando um leito. Talvez nos outros estados não tenha isso.

Na primeira onda, abrimos dois hospitais de campanha privados, foram postos de pé em 20 dias, com 50% de leitos de terapia intensiva com os mesmos respiradores, aparelhos de diálise que a gente usa nos nossos hospitais. Mais da metade dos profissionais veio das nossas unidades hospitalares.

Esses dois hospitais não receberam dinheiro público, nenhum centavo, 100% do custeio vieram do caixa da Rede D’Or e de empresas parceiras. Depois da primeira onda, a gente focou em leitos definitivos, expandimos a capacidade de atendimento em hospitais federais e filantrópicos que atendem o SUS.

Vamos ajudar a abrir nos próximos dias mais 50 leitos no Hospital da Lagoa, aportando recursos para o poder público e fazendo assessoria técnica para que possam ser contratadas pessoas.

Como está a situação das cirurgias eletivas na rede? Estão suspensas?

A nossa atenção continua máxima na tentativa de atender a necessidade da nossa população que está em sofrimento, mantendo as portas abertas para os atendimentos não-Covid. Não fechamos nenhuma unidade. Mas tenho Curitiba, Pernambuco e Bahia com proibição de cirurgias eletivas por decreto público.

Ao mesmo tempo, eu já começo a ter queda relevante de Covid nessas praças. Não sei ainda como vai se dar essa dinâmica entre liberação de cirurgia eletiva e redução do Covid. No Rio e em São Paulo, a curva [de casos graves, que demandam UTI] não cede. Ela não cresce relevantemente, mas não cede.

Muitos pacientes jovens?

Sim, muitos pacientes de 30, 40 e poucos anos. Mudou mesmo o perfil da doença. Pela lógica médica, a explicação para isso é que essas cepas novas são mais contagiantes, contaminam uma base populacional maior. E como os jovens têm se mostrado mais permissivos em relação ao não isolamento social, estão mais expostos, estão sendo mais afetados.

Mas ainda não existe uma explicação sedimentada, definitiva na literatura. O que gente percebe é que eles ficam um pouco mais de tempo porque são mais resistentes. Ou seja, quando acometidos pela forma mais grave, resistem mais.

O Instituto D’Or tem investido muito em pesquisas sobre a Covid-19. O que tem sido estudado?

A gente alocou R$ 40 milhões para as pesquisas, abrimos dez linhas de pesquisas diferentes sobre a Covid. Temos um braço epidemiológico, para avaliar características de idade, sexo e comportamento da doença, outra linha que avalia a genômica do vírus e a gravidade da doença que o paciente desenvolve.

Temos pesquisas que avaliam a resposta de medicamentos ao tratamento do vírus, de medicamentos que estão usados para outras doenças e o quanto isso influi. A gente hoje é a maior base de pesquisa do país.

É a única plataforma multicêntrica para teste de vacina contra a Covid. Podemos testar no Rio, em São Paulo, na Bahia. Ninguém tem isso no país. Temos 70 pós-doutores produzindo. É a principal instituição de produção científica privada do país.

E qual é o posicionamento da rede sobre o kit Covid que tantos ainda insistem em prescrever mesmo com evidências de que ele não traz benefícios para o paciente?

A gente sempre teve muito cuidado de buscar toda a literatura internacional disponível, ouvir os médicos. Quando definitivamente foi excluído o benefício da hidroxicloroquina e de outros drogas, isso passou a fazer parte dos nossos documentos como algo que deve ser evitado.

LEANDRO REIS TAVARES, 46

Médico com especialização em cardiologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF); mestrado (UFF) e doutorado (USP) em medicina, além de MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral.

Atuou como médico e gestor nos hospitais da Rede Esho e na Amil Resgate Saúde. Foi diretor da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e atualmente é vice-presidente médico e de serviços externos da Rede D’Or São Luiz.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

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