Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14 A 16/03/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES
• Ipasgo avança, mas ainda não alcança atendimento ideal
• Jardineiro tem alta após 16 dias
• Malária reaparece e causa morte
• AMB faz campanha por famílias
• Tecnologia contra doenças

O HOJE
Ipasgo avança, mas ainda não alcança atendimento ideal
Presidente diz que mudanças visam melhorar prestação de serviços na capital e no interior do Estado. Usuários demonstram satisfação

  
Cynthia Costa

Entre uma crise e outra, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) alcança um bom momento e conta hoje com cerca de 600 mil vidas seguradas, aproximadamente mil prestadores entre clínicas, hospitais e laboratórios e quase quatro mil profissionais cadastrados. Ele foi fundado pelo governador Mauro Borges em 22 de outubro de 1962. Enfrentou várias crises, agora alcança bons resultados, mas ainda não oferece o atendimento ideal.
Em 2011, o instituto enfrentava uma grave crise financeira: um déficit de R$ 300 milhões, representado por contas e dívidas junto aos fornecedores de serviços médicos. Mas outros problemas também aconteceram: descredenciamento de prestadores e falhas no atendimento.
Após muitas queixas, no momento atual a situação é melhor. De acordo com o presidente do Ipasgo, Francisco Taveira Neto, neste ano entrará em funcionamento, em até 90 dias, um centro de especialidades médicas, que terá atendimento ambulatorial em áreas com déficit de profissionais no mercado. Outras novidades são o custo zero para tratamento de câncer, que já está em funcionamento, e a Emergência Pediátrica.

Atendimentos
O presidente afirma que o Centro de Especialidades irá funcionar no Setor Universitário em um prédio próprio do instituto, reformado para esse fim. “O Ipasgo construiu o edifício na década de 1980 e ele servia como arquivo”. Taveira explica que a prioridade para o atendimento nesta unidade será a geriatria, mas outras especialidades como endocrinologia (inclusive, pediátrica), alergia, pneumologia, coloproctologia, infectologia e ginecologia e obstetrícia terão seu espaço.
No mesmo sentido, o presidente revela que o instituto vai começar a prestar melhor serviço aos usuários do interior do Estado. “É uma preocupação do governador Marconi Perillo de interiorizar o Ipasgo com responsabilidade”. Ele argumenta que não é só atrair usuários nestas regiões, mas também oferecer um bom serviço a este público.
A respeito do custo zero para tratamento de câncer para usuários do Ipasgo, o presidente revela que já está funcionamento. “O tratamento contra essa doença se divide em três terapias, a cirúrgica, a quimioterápica e a radioterápica”. Durante muito tempo, Taveira afirma que o paciente pagava a co-participação (que eram 30% do valor do tratamento) em quimio e radioterapia. “Hoje, após um esforço fiscal muito grande, pudemos anunciar a cobertura 100% do atendimento ao usuário sem que ele tenha que pagar nada”.
Sobre o reajuste de 9,95% já cobrado dos usuários neste mês, Taveira revela que ficou aquém do índice da inflação do período, que foi na média de 14%, 15%. “Nós ficamos 26 meses sem reajuste, ou seja, o último foi feito ao final de 2012, e 2013 e 2014 não houve reajuste”.

Hospital do servidor
De acordo com o presidente, o Hospital do Servidor Público está previsto para ser entregue até meados de 2016. “A área construída total terá mais de 24 mil m². A unidade terá oito blocos, sendo que 1 deles terá 3 pavimentos, além de estacionamento no subsolo”. Ele está sendo erguido em um terreno de mais de 21 mil m², localizado na Avenida Bela Vista, no Parque Acalanto, região sul de Goiânia.
Taveira explica que o HSP terá 211 leitos e atendimento ambulatorial em diversas especialidades. “Além disso, também contará com centro cirúrgico equipado para cirurgias de alta complexidade, central de diagnóstico laboratorial e de imagem, UTIs pediátrica, neonatal e adulta e ainda, um auditório”.

Queixas
Segundo o presidente do Sindipúblico, Thiago Villar, algumas queixas antigas dos usuários do Ipasgo dizem respeito à falta de atendimento no período de crise. “Hoje, as reclamações são de profissionais que cobram por fora taxas além do valor da co-participação”. Outro problema que ele destaca é a questão da pediatria, que causava dificuldades a quem precisava desse tipo de atendimento.
Villar direciona outros questionamentos à criação do centro de especialidades e à construção do hospital do servidor. “Ambos são úteis, mas temos dúvidas se seria melhor prestar um serviço satisfatório no interior”. Ele afirma que, nesses locais, prefeituras e câmaras de vereadores possuem segurados do instituto que acabam vindo procurar tratamento em Goiânia.

Diferença de opiniões
A servidora pública Ana Claudia Ferreira Braga, 38 anos e moradora do Residencial Flamingo, não tem nada a reclamar do instituto. “Aliás, só tenho a agradecer. Fiz uma cirurgia bariátrica recentemente e o instituto cobriu tudo”. Ela diz que se tivesse que mudar, não trocaria de plano de saúde, pois está muito satisfeita.
Outra usuária do Ipasgo, Celita Vieira, 35 anos e moradora do Jardim Maria Inês em Aparecida de Goiânia, discorda da mudança do sistema de marcação de consultas e exames e reclama da demora dos prestadores em atender aos usuários. “Quando preciso de um especialista, tenho que esperar de dois meses em diante e isso, às vezes, dificulta se necessito com certa urgência”. (16/03/15)
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Empresa tem de reintegrar funcionário com HIV
Uma empresa não pode demitir seu funcionário pelo fato de ser portador do vírus HIV. Foi o que reconheceu a juíza Cleuza Gonçalves Lopes, titular da 9ª Vara do Trabalho de Goiânia. A advogada Chyntia Barcellos representou o empregado na ação e garantiu o direito dele ser reintegrado ao cargo em uma construtora que presta serviço no Estado, com atribuição compatível com sua função e condições de saúde atuais. Trata-se de uma decisão antecipatória, por pedido de tutela antecipada. A audiência de instrução está marcada para o próximo mês. “Determina-se a reintegração do trabalhador em uma das obras mencionadas por ele no Estado de Goiás, sob pena da construtora pagar o salário equivalente, até a instrução do presente feito”, expôs a magistrada. Chyntia Barcellos pontua que denúncias desta natureza são muito comuns. (16/03/15)
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O POPULAR
Jardineiro tem alta após 16 dias

Gabriela Lima
Recebeu alta ontem o jardineiro Diego Gama de Oliveira, de 27 anos, terceira vítima diagnosticada com malária em Goiânia este ano. Ele começou a sentir os sintomas da doença no dia 27 de fevereiro. Bastante pálido e abatido, o rapaz conta que peregrinou por hospitais da capital por oito dias até conseguir o diagnóstico correto. “Tive medo de morrer”, diz.
Foram dias de febre alta, calafrios, dores de cabeça, diarréia e vômito. Os sintomas praticamente acabaram, mas a volta para casa não é o fim da preocupação da família, pois a área onde moram, no Jardim Goiás, é investigada como foco de um suposto surto da doença, investigado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O pai de Diego, o funcionário público Fenelon Berto de Oliveira, de 54, foi a segunda vítima diagnosticada com a doença.
A família mora às margens do Córrego Sumidouro, que nasce no Parque Flamboyant, no Jardim Goiás. A unidade de conservação foi foco de um surto de malária em outubro do ano passado, quando sete pessoas foram contraíram o protozoário transmitido pelo mosquito Anopheles, todos frequentadores do parque.
Apesar da proximidade entre as duas áreas, a SMS diz que não se trata do mesmo surto, e sim de um novo foco transmissor. “O biólogo da secretaria me explicou que o mosquito se desloca apenas por um raio de 150 metros. Daqui até o parque tem quase mil metros”, diz Fenelon.
O funcionário público diz que costuma fazer caminhadas no Parque Flamboyant, juntamente com a esposa, Berta Maria Gamam, de 60 anos. Mas ele acredita ter sido picado pelo Anopheles em casa mesmo, pois não frequentou o local no mês de fevereiro.
Novo foco
A doença do filho reforça a tese de um novo foco. Além de Diego não gostar de ir ao parque, no mês de fevereiro ele estava de licença em casa, sem poder trabalhar por conta de um acidente de moto.
Berta não contraiu a doença, mas diz que a presença do mosquito transmissor da malária acabou com o sossego da família. Ela quer se mudar do bairro, mas o marido discorda: “Quem tem que se mudar é o mosquito”.
A preocupação também se estende aos vizinhos. “Fiquei preocupada porque já tive dengue”, diz a estudante Jéssica Rodrigues da Silva, de 21, moradora da mesma rua dos Oliveira.
“A gente tem medo e pede a Deus que abençoe para que ninguém mais fique doente aqui”, diz o lavrador João Ribeiro, de 58, que também mora às margens do Córrego Sumidouro.
Bloqueio
Diretor do Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses da SMS, Bruno Sérgio Alves Silva diz que uma equipe tem feito o bloqueio na região do Jardim Goiás. “O trabalho é feito por três noites consecutivas, com borrifação de inseticida. Após cinco dias é feito um novo ciclo para eliminar o vetor.”
Segundo Bruno, não há nenhum trabalho de bloqueio sendo realizado no Jardim América, setor onde mora a primeira vítima diagnosticada na capital este ano. A mulher de 35 anos, que não teve a identidade divulgada, morreu há pouco mais de uma semana por conta da malária. “Ainda não está definida a área de contágio. Só depois do resultado da investigação e que saberemos se é necessário definir uma estratégia de atuação”, explica. (15/03/15)
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Malária reaparece e causa morte
Janda Nayara
Uma mulher de 35 anos, moradora do Jardim América, morreu na semana passada vítima de malária, doença parasitária comum na região Amazônica, de evolução rápida e grave, que destrói os glóbulos vermelhos do sangue. A vítima – cujo nome não foi revelado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) – não teria deixado o Estado, o que leva a secretaria a investigar um novo surto da doença na capital. Outros dois casos também foram confirmados pela pasta. Pai e filho, de 54 e 27 anos, moradores do Jardim Goiás, também foram contaminados pelo mosquito Anopheles. No caso deles, a infecção pode ter ocorrido no bairro em que moram.
Em outubro do ano passado Goiânia registrou seu primeiro surto autóctone da doença, ou seja, de pessoas contaminadas no próprio município. Ao todo, sete casos foram confirmados, mas em novembro a pasta afirmou que o surto já estava sob controle. Técnicos do Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde (MS) vieram para a capital em 2014 e descartaram a possibilidade de epidemia da doença.
Diferente do primeiro surto da doença, as vítimas deste ano não frequentaram o Parque Flamboyant, no Jardim Goiás, nos 30 dias que antecederam os sintomas, apresentados no final de fevereiro. “Precisamos deixar claro de que desta vez, o perigo não está lá no Parque Flamboyant. Ainda vamos investigar se eles frequentaram outros parques, chácaras ou outros municípios do Estado”, conta Flúvia Amorim, diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.
De acordo com Flúvia, as notificações feitas pelos profissionais que atenderam as vítimas foram rápidas. “Isso contribui para que possamos tomar as atitudes para evitar a proliferação da doença”, destaca. A SMS já começou a seguir as ações previstas no protocolo do Ministério da Saúde e iniciaram buscas nas proximidades das residências das vítimas. “Nossos agentes visitaram as casas próximas para saber se tinha alguém com sintomas da doença, mas, felizmente, não encontramos nenhum caso.”
As ações químicas para combate ao mosquito adulto, suas larvas e criadouros em potencial também já foram iniciadas. Segundo Flúvia, as residências das vítimas ficam próximas a áreas verdes e com fluxo de água, características do habitat do mosquito transmissor do protozoário.
Os profissionais de saúde do município também já começaram a receber um alerta epidemiológico, com instruções para o manejo dos casos suspeitos de malária. A vítima de 54 anos recebeu alta ontem e apenas o filho continua internado, mas seu estado de saúde, segundo Flúvia, não é grave.

“Um gosto amargo não saía da minha boca”

Com fraqueza, falta de apetite, febre alta e calafrios que a faziam procurar um cobertor, mesmo com a temperatura em Goiânia aproximando dos 40° centígrados, Maria de Fátima Ferreira, de 54 anos, foi a primeira goianiense diagnosticada com o caso autóctone da doença no ano passado. A notícia da primeira morte de alguém que contraiu a doença no município deixou a aposentada assustada. Pensar que poderia ter sido com ela, que só após o quarto hemograma teve diagnosticada a infecção, é inevitável. “Não gosto nem de lembrar dos momentos que vivi internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com aqueles sintomas horrorosos. Só agora que me recuperei da anemia em função da doença”, conta.
Mesmo após o tratamento para a eliminação dos protozoários do sangue e cerca de dois meses sem sintoma, Maria de Fátima sofreu novamente com uma Malária recidiva, devido à persistência de hipnozoítos adormecidos nas células do fígado. “Estava abatida, porque tinha perdido a minha mãe, e acho que isso refletiu na minha imunidade. Parece que a segunda vez foi ainda pior, fiquei muito amarela e um gosto amargo não saía da minha boca. Emagreci muito”.
Trauma
Moradora de um prédio em frente ao Parque Flamboyant, região de transmissão do primeiro surto da capital, a aposentada diz que ficou traumatizada e que até hoje, evita frequentar o local nos horários de hábito do vetor, mesmo após as ações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que eliminaram os mosquitos contaminados da região. “No início eu não queria nem descer. Hoje eu só evito nestes horários em que o mosquito (Anopheles) costuma picar”. .(14/03/15)
Pai e filho contraíram doença em fevereiro
Márcio Leijoto

O agente de sistema Fenelon Berto de Oliveira, de 54 anos, e o jardineiro Diego Gama de Oliveira, de 27, pai e filho, começaram a sentir os sintomas de malária no mesmo dia, 27 de fevereiro. Entretanto, cada um seguiu um caminho diferente pela rede de saúde, sendo que o pai conseguiu ter alta primeiro, no dia 12 de março. Já Diego segue internado no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), se recuperando, e deve ser liberado apenas depois do dia 16.
Fenelon diz que no começo sentia febre, mas se medicava sozinho. No dia 3 de março procurou uma unidade do plano de saúde e nas três vezes em que esteve lá o caso foi tratado como dengue, mas, como não apresentou melhora, a Secretaria Municipal de Saúde foi informada da situação. “Me ligaram pedindo para fazer um exame na Chácara do Cais do Governador. Aí confirmaram que era malária e eu fui para o HDT”, conta. A internação se deu no dia 7 de março. Até o dia de alta foram 14 dias de calafrios, febre e dores.
Já o filho procurou primeiro um cais, foi para um hospital particular, teve alta, voltou a sentir mal e voltou para o mesmo hospital. Entre os dias 27 e 11 de março ele passou por um cais e dois hospitais particulares, até ser transferido para o HDT. “Ele está se recuperando, mas ainda vai ficar uns três dias lá”, conta o pai.
Fenelon conta que a secretaria informou que a doença pode ter sido contraída por mosquitos que ficam no matagal localizado próximo à Marginal Botafogo, na altura do viaduto da Avenida A, perto de onde a família mora. A esposa dele não contraiu a doença e nem as outras cinco pessoas que moram no mesmo lote. “Agora a gente fica cismado quando vê qualquer mosquito. Aqui tem um matagal e a Prefeitura não roça”, revela. Técnicos da SMS estiveram no local ontem, borrifando, e saíram, segundo Fenelon, quando começou a chover. .(14/03/15)
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AMB faz campanha por famílias
São Paulo – O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, afirmou que a entidade está organizando um movimento em defesa da permanência de familiares dos profissionais do Mais Médicos no Brasil. “A posição da AMB sobre a vinda dos profissionais cubanos para o programa é conhecida. Nunca fomos contrários ao serviço deles no País, mas ao fato de eles fazerem a validação do diploma”, disse “Mas há uma questão humanitária. Não há como admitir a separação de famílias”, completou.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo afirma que o governo cubano estaria pressionando intercambistas para que eles convencessem seus familiares a retornar para Cuba. De acordo com relato dos médicos, o governo cubano ameaça chamá-los de volta para o seu país, caso familiares insistam ficar.
A pressão, de acordo com um dos profissionais ouvido pela reportagem, ocorre sobretudo no momento em que o médico está próximo de sair de férias. Durante a folga, médicos geralmente viajam para seu país de origem.
O diretor do departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais da Saúde, Felipe Proenço, afirmou que, caso se confirme, o governo cubano terá de arcar com custos de um eventual retorno para o país de profissionais que participam do Mais Médicos. Caberá também ao governo cubano providenciar a substituição do profissional, sem custo para o Brasil. A maior parte dos profissionais que atuam no Mais Médicos é cubana. .(14/03/15)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Tecnologia contra doenças

Novos equipamentos e experiências científicas prometem mais qualidade de vida para amputados e paraplégicos. Equipamento da USP diminui sofrimento da osteoartrite, que ainda não tem cura

Welliton Carlos Da editoria de Política&Justiça

A estreita relação da Medicina com a tecnologia é o que existe de mais moderno na tentativa de se encontrar curas ou terapias alternativas para inúmeros problemas de saúde ou barreiras que impossibilitem o regular exercício das atividades do cotidiano.
Esse mecanismo tecnológico só encontra paralelo na indústria química, onde são realizadas pesquisas em busca de vacinas e comprimidos que possam aplacar dores, regular hormônios e matar superpopulações de microorganismos.
Diversos países do mundo e a própria comunidade científica têm se especializado em procurar nos chips e nos tradicionais raios laser as soluções para a manutenção da vida.
No início do mês, por exemplo, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), divulgou um aparelho que utiliza a técnica de ultras som associada ao laser para combater lesões osteoneuromioarticulares. A comunidade acadêmica festejou a criação. Primeiro por ser nacional, uma criação de brasileiros. Segundo, por realmente aliviar as dores provocadas pela osteoartrose.
Essa doença crônica compromete as articulações do corpo tornado cada vez mais difícil a execução de movimentos. A grande questão dos pesquisadores tem sido essa busca constante por inovações a curto espaço de tempo.
Seja na indústria farmacêutica, de máquinas e nas de próteses inteligentes, o que resta é uma corrida contra o tempo – muitos morrem esperando estas novidades.
É verdade que o fator financeiro atrai os pesquisadores, mas existe no segmento uma conveniência solidária.
Uma das investigações mais esperadas neste segmento está em fase final nos Estados Unidos. O sistema neurobridge possibilita que que informações do cérebro sejam enviadas para os músculos.
Uma pessoa em condições normais de saúde dispensa o produto. Mas para tetraplégicos, parece ser milagre.
Já existem testes em que é possível movimentar mãos e dedos através do envio do pensamento. Esta pesquisa é um alento para quem sofreu lesão de medula, por exemplo.
O mecanismo do neurobridge é simples: através de um chip de 96 eletrodos é possível captar os comandos de parte do cérebro que cuida dos movimentos da mão. O chip é de um tamanho pouco maior do que as letras usadas para escrever esta reportagem.
Em seguida, por meio de uma rede sem fio, ele envia as informações para um computador normal (pode ser um laptop) e este processa os comandos do cérebro, retornado em sinais elétricos para uma manga repleta de eletrodos colocados em formato de uma manga de camisa no braço do paciente.
Detalhe: todo o processo dura um décimo de segundo. É mais demorado do que a velocidade do pensamento. Mas não deixa de ser algo sensacional.
E o milagre é fruto do trabalho científico da equipe de Batelle, nos EUA.
Aparelho ameniza osteoartrite
O equipamento utilizado pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC) tem como utilidade consolidar as fraturas ósseas. Aliado a este desejo, também tem como meta a analgesia, a proporção de uma ação anti-inflamatória e a reparação de tecidos.
Como toda pesquisa, a conquista da USP teve início em animais: “Nós fizemos estudos experimentais em animais, em que obtivemos resultados positivos nas comparações das técnicas, utilizando um tratamento somente com laser, depois outro apenas com o ultrassom e, por fim, associando os dois métodos, que se mostraram eficientes na consolidação de fraturas e no tratamento da dor”, diz Alessandra Paolillo, pesquisadora do IFSC.
Ela é uma das integrantes do grupo de pesquisadores que criou o aparelho. O que se observa na maioria das criações é a capacidade de adaptar e juntar outras invenções humanas. Com isso, invariavelmente ocorre um aperfeiçoamento de técnica e produto. Enquanto o neurobridge é uma experiência próxima daquela executada pelo brasileiro Miguel Nicolelis (do exoesqueleto), o ‘ultralaser’, da USP, é a união de ultrassom e laser. O diferencial é que o procedimento é não invasivo e não farmacológico – mas útil para o tratamento.
Conforme os pesquisadores da USP, voluntários já sentem melhoras logo nas primeiras aplicações. Nos estudos realizados, o tratamento ocorre em cinco a seis sessões de trinta minutos.
A osteoartrose é ainda considerada uma doença sem cura. Daí a necessidade ‘paliativa’ de minorar os sofrimentos causados. A qualidade de vida do paciente passa a ser outra. Nos relatos da equipe da USP, alguns chegam a praticar exercícios físicos. Resta saber agora se o aparelho estará em breve nos hospitais e farmácias.
Solução mecânica  e química nas pernas
As próteses para pernas não são novidades. Mas é cada vez mais comum observarmos pelas ruas pessoas que usam as pernas de “aço” – ou de fibra de carbono. Graças aos estudos em Mecânica e também em Química de materiais é que o uso tem sido disseminado. O campeão Alan Fonteles diz que a deficiência é um passado em sua vida.
A mãe do atleta paraense teve dificuldades em comprar o primeiro par de pernas quando ele tinha apenas três anos.
Mas tudo mudou quando conseguiu o objeto. O problema congênito não interferiu em cumprir suas altas perfomances no atletismo. Alan Fonteles diz ao DM que sua infância foi normal. “Ela não impediu nada: na infância, já corria e jogava bola. Meus amigos não me rejeitaram nunca”. (15/03/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

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