Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14 A 16/04/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Cooperativa de Anestesistas do Tocantins pedem para eles não atuarem no mutirão de cirurgias
Entregador morre com suspeita de H1N1 e suspeita reclama de atendimento, em Senador Canedo
PUC Goiás sedia workshop de atualização em Influenza
Fátima Mrué volta atrás e CEI da Saúde desiste de pedido de prisão
Pensando em fazer uma lipoaspiração? Especialista indica riscos e cuidados da cirurgia
Caiado continua mudo sobre falência da Saúde em Goiânia
Prejuízo na arrecadação e no gasto com acidentados

AGORA/TOCANTINS

Cooperativa de Anestesistas do Tocantins pedem para eles não atuarem no mutirão de cirurgias

Em tom de indignação, o secretário de Estado da Saúde do Tocantins, Marcos Musafir, classificou como absurdo o documento da Cooperativa de Anestesistas do Tocantins determinando aos profissionais da área a não atuarem no mutirão de cirurgias eletivas, previsto para iniciar na madrugada desta sexta-feira, 13.
"Este documento é contrário ao contrato efetivado com a cooperativa, contra a liberdade  do profissional, contraria a ética médica e também prejudica os pacientes. Os anestesistas têm todo o nosso respeito, mas essa atitude individual do presidente da cooperativa traz para dentro dessa discussão uma ação muito ostensiva da Secretaria de Estado da Saúde. Nós queremos fazer o primeiro Mutirão no Brasil de cirurgias durante a madrugada no país e o presidente da cooperativa está impedindo", argumentou Marcos Musafir.
O secretário da Saúde afirmou que o Governo do Tocantins entrou com uma ação no Ministério Público Estadual (MPE) e também no Conselho Regional de Medicina (CRM), para reverter a situação. "Estamos denunciando essa agressiva atitude do presidente da Cooperativa de Anestesistas do Tocantins, doutor Mário Sérgio", disse Marcos Musafir.
De acordo com Secretário de Estado da Saúde do Tocantins, hoje foram suspensas 30 cirurgias em razão da decisão da cooperativa. "Nós estamos aguardando uma resposta ainda hoje [sexta-feira, 13], dos órgãos de controle e, assim que possível, vamos retomar esse mutirão. Reitero que repudio esse comportamento. É inaceitável essa atitude, cirurgiões e muitos anestesistas querem operar. É importante que a população saiba que nós estamos fazendo a nossa  parte e os anestesistas também, mas encontramos esse obstáculo que é a determinação do presidente da cooperativa", afirmou o gestor.
Corredor sem pacientes no HGP
O Governo entregou nesta sexta-feira, 13, a Unidade de Tomada de Decisão e a Unidade de Internação Rápida do Hospital Geral de Palmas (HGP), que irão contribuir para mais agilidade e precisão no serviço de Saúde do Tocantins para evitar o alojamento de pacientes nos corredores do hospital, oferecendo dignidade e conforto aos profissionais e principalmente aos pacientes.
Com obras, o Governo conseguiu zerar o número de pacientes nos corredores do HGP, colocando assim fim a esse problema e inaugurando uma nova fase da Saúde do Estado. "Eram 147 pacientes no corredor e 129 na tenda. Hoje, não existe mais tenda e nem pacientes nos corredores, graças à dedicação dos profissionais do HGP, da Secretaria estimulados pelo Governo do Tocantins e o empenho do governador Marcelo Miranda , concluiu o secretário.
…………

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Entregador morre com suspeita de H1N1 e suspeita reclama de atendimento, em Senador Canedo
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/entregador-morre-com-suspeita-de-h1n1-e-suspeita-reclama-de-atendimento-em-senador-canedo/6663548/

……………………………………
A REDAÇÃO
PUC Goiás sedia workshop de atualização em Influenza
Um Workshop de atualização sobre Influenza, organizado pelas Sociedades Brasileira e Goiana de Infectologia, foi realizado na PUC Goiás com o apoio da instituição. O evento reuniu profissionais da área da saúde e acadêmicos no auditório da Área 4, no Setor Leste Universitário, durante toda a manhã.

Presidente da Sociedade Goiana de Infectologia, Moara Santa Bárbara alertou para a preocupante disseminação de informações incorretas nas diferentes mídias e frisou para a importância da atualização dos agentes de saúde, responsáveis pelo atendimento direto à população. “O mais importante é que as pessoas pensem nas medidas preventivas, que as conheçam. A vacinação não é a única solução”, enfatizou.

Entre as medidas preventivas, além da imunização por meio da vacina, foram destacadas a correta higiene das mãos, precauções como o cuidado e acompanhamento do sistema imunológico, evitar lugares fechados, isolamento etc. e a quimioprofilaxia (prevenção de patologias por meio do uso de medicamentos).

H1N1 ou Influenza?
Um dos vírus respiratórios em circulação, o popular H1N1 não é a única forma de manifestação do Influenza. O H1N1 é apenas um subtipo do influenzavirus do tipo A. Por ser o mais comum em nossa região, acabou se popularizando e se tornando sinônimo do vírus entre a população.

Além do Influenza AH1N1, também estão em circulação o Influenza AH3N2 e o Influenza B. Todos são cobertos pelas vacinas trivalentes (disponível na rede pública) e quadrivalentes (mais comum na rede particular). Essa última, inclui também outro subtivo do Influenza B, menos comum.

A distinção, explica a infectologista, é importante até mesmo para que a população possa se prevenir, sem gerar desespero. Em Goiânia, a desinformação tem causado a falta de máscaras descartáveis e longas filas para vacinação. “Não estamos vivendo uma epidemia do vírus, mas a do desespero. Fala-se da vacina, mas ela é só uma das formas de prevenção”, afirma. “A epidemia de pânico, a desinformação aumenta os riscos. É preciso tomar muito cuidado com as informações que são passadas”, exclama a coordenadora do curso de Medicina da PUC Goiás, professora Luciana Pineli.

Ao falar da atualização, a docente destaca a importância de assumir uma postura responsável até mesmo nos atendimentos informais do dia a dia. Nós, profissionais, somos formadores de opinião. Se não sabemos, precisamos ter a humildade de dizer ‘eu não sei’ e buscar a informação correta antes de disseminar informações que podem levar pessoas a terem, inclusive, comportamentos que as exponham a maiores riscos”, alerta.

A importância de lavar as mãos
Pode parecer clichê, mas a lavagem adequada das mãos é a forma de prevenção mais eficaz. Por ser a área de maior contato com outras pessoas e com o ambiente, as mãos devem receber atenção especial em sua higienização.

Conforme explica a professora Luciana Pineli, cabe a cada um evitar o contato direto das mãos com a boca e os olhos, além da higienização correta: sempre que estiverem visivelmente sujas, é necessário lavar com água e sabão; se não estiverem, o uso de álcool gel é o suficiente. “Não precisa ser um e outro, é um ou o outro. Os dois, juntos, podem aumentar a lesão na minha pele, criando fissuras que aumentam o risco de transmissão”, explica.

Para a lavagem, é necessário considerar toda a área das mãos, incluindo o dorso, o espaço entre os dedos, as pontas dos dedos e até os pulsos. “É importante que toda a superfície da mão seja atingida com o movimento de esfregar”.

A prevenção combinada, no caso de infecções por vírus respiratórios como o Influenza, tem um peso maior porque a vacina, sozinha, tem efetividade avaliada entre 40 e 60% (dados do Center for Disease Control and Prevention, dos EUA) e durabilidade de nove a 11 meses.
……………………………..


JORNAL OPÇÃO

Fátima Mrué volta atrás e CEI da Saúde desiste de pedido de prisão
Por Marcelo Gouveia

Depois de intenso embate, secretária informou que continuaria respondendo a todos e quaisquer requerimentos encaminhados pela comissão
Em uma reunião marcada por ânimos exaltados, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a crise na Saúde goianiense resolveu desistir de protocolar, na tarde desta sexta-feira (13/4), o pedido de prisão contra a secretária municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, por obstruir os trabalhos do colegiado.
Depois de intenso embate, a titular da pasta voltou atrás e informou que continuará respondendo a todos e quaisquer requerimentos aprovados pela comissão. Na quinta (12), Fátima disse que os parlamentares estariam extrapolando os temas da investigação.
“Talvez, a secretária não saiba, mas os vereadores têm como função fiscalizar o Executivo. Mesmo que não existisse CEI, a prefeitura tem que responder aos vereadores”, defendeu o presidente do colegiado, o vereador Clécio Alves.
A secretária, por sua vez, respondeu que foi orientada pela Procuradoria-Geral do Município a não acatar os requerimentos que fugissem do escopo da comissão. Após muita discussão e mediante pedido de prisão a ser protocolado, Fátima acabou acatando a orientação de vereadores da base e se comprometeu a atender os pedidos da CEI.
Esta é a sétima vez que Fátima presta depoimento à comissão para prestar esclarecimentos sobre o caos vivenciado pelos usuários da rede pública municipal de Saúde.
………………………………

Pensando em fazer uma lipoaspiração? Especialista indica riscos e cuidados da cirurgia

Cirurgião Paulo Renato de Paula conta tudo o que você precisa saber antes – e depois- da operação

A cirurgia de lipoaspiração é aquela onde ocorre aspiração de gordura e pode ser feita em diversas partes do corpo, desde que haja gordura localizada. Classificada como pequena, média ou grande, variando de acordo com a quantidade de gordura retirada e partes do corpo abordadas, a operação tem se tornado cada vez mais comum.
Como qualquer outra cirurgia, a lipo, como normalmente é chamada, necessitada de cuidados e apresenta alguns riscos. Pensando nisso, o Jornal Opção entrevistou o cirurgião Paulo Renato de Paula, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG)  e Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas.
Confira tudo o que você precisa saber se está pensando em fazer a cirurgia:
Antes de operar
Os cuidados no pré-operatório da lipoaspiração são basicamente os relacionados a qualquer cirurgia. "É fundamental que o paciente procure, em primeiro lugar, um cirurgião plástico que tenha formação e seja especialista em lipoaspiração. É possível ligar para Conselho Regional de Medicina para saber se ele (ou ela) tem registro de qualificação de especialidade", indicou.
De acordo com o especialista, é indicado uma avaliação completa através dos exames e através de um questionário. E não vale mentir. Além de exames de sangue, urina e testes de coração, é de suma importância que seja dito com sinceridade quais medicamentos são utilizados, a existência de alguma doença e se é feito uso de hormônios para reposição ou contraceptivos orais. Até mesmo algumas vitaminas, que parecem inofensivas, por exemplo, podem aumentar o sangramento. Por isso, conte tudo ao seu médico.
"Toda e qualquer medicação deve ser relatada a profissional. Além disso, alergias, quais cirurgias já fez, qual anesesia, se faz uso de álcool, cigarro e drogas", acrescentou.
Por fim, o paciente precisa se informar sobre a instituição onde a cirurgia será realizada, que precisa ter o aval da vigilância sanitária e esteja preparada para qualquer eventualidade.
Pós-operatório
Os cuidados depois da cirurgia são tão essenciais quanto os de antes. É importante acompanhamento junto ao médico, por isso, ir aos retornos deve ser primordial.
As condutas, porém, variam de paciente para paciente e de caso para caso. "No caso da cinta, por exemplo, muitos utilizam, outros não, alguns de forma mais apertada, outros de forma mais frouxa", explicou.
O cuidado com a trombose também merece atenção. Como o coágulo geralmente pode se formar na panturrilha e ir para o pulmão, resultando na embolia pulmonar, o uso de meia pra prevenção é importante, além de caminhadas leves, pelo cômodo mesmo. Tudo isso associado ao uso de medicações que diminuem o risco da trombose.
O paciente precisa ainda evitar exposição ao sol e à claridade; ficar sem pegar peso ou fazer esforços físicos de 20 dias a 2 meses, desde que não seja em áreas com piscina, para evitar manchas.
Quem não pode fazer?
A indicação principal da lipoaspiração é para gordura localizada, ou seja, não étécnica de emagrecimento. Por isso, quem é obeso não é candidato ideal para a lipo. Dependendo de casos muito específicos, pessoas acima do peso, desde que não exageradamente, podem se beneficiar da cirurgia.
Como o paciente fumante tem menor circulação, a tendência é que haja uma menor cicatrização. Desta forma, o ideal é que o uso do cigarro seja interrompido por oito semanas. "Mas sabemos que o procedimento cirúrgico aumenta a ansiedade, o que leva as pessoas à fumar, então se ele parar por 15 dias antes e 15 dias depois já é positivo para a cirurgia", diz Paulo Renato.
Risco
De acordo com o médico, as pessoas acham que a lipoaspiração é a cirurgia mais perigosa que existe, mas não é verdade. Os riscos são os mesmo de qualquer cirurgia, que precisam ser trabalhados de forma preventiva:
Pneumonia – rara
Infeccção – pouco comum
Infarto – baixo risco
Perfuração de órgãos – muito raro, mas na existência de uma fatalidade, essa é a causa mais comum. Por isso, é importante investigar se o paciente possui hérnia ou não na barriga, pois isso aumenta as chances.
Trombose – existe o risco, desde que não sejam feitos os procedimentos preventivos
Anemia
Recuperação
A cirurgia em si costuma demorar de uma hora a três horas, dependendo da experiência do cirurgião e do tamanho da região.
Os primeiros 10 a 15 dias são os piores, com dores e fraqueza. Com 15 dias, você começa a melhorar e com 30 dias você já leva a vida quase dentro do normal.
O resultado começa a ser percebido com 3 meses e resultado mais definitivo aparece de 6 meses a 1 ano após a cirurgia.
Medidas
É importante falar que existem padronizações para se trabalhar com segurança. "Não se pode ultrapassar 5 a 7% da gordura corporal retirada e a área do corpo lipoaspirada não deve passar de 40%", orienta Paulo Renato.
……………………………

Caiado continua mudo sobre falência da Saúde em Goiânia

Enquanto reina o caos nas unidades da rede municipal da capital, senador, que já está há quase quatro anos no mandato, faz divulgação eleitoreira de encaminhamento de emendas em valores muito baixos para hospitais e entidades filantrópicas
O líder ruralista Ronaldo Caiado, do DEM, pré-candidato a governador na eleição de outubro próximo, fez divulgar na semana passada material de sua assessoria de imprensa, dando conta de sua pretensa atenção com a área da saúde. Essa atenção se daria, conforme o texto, pelo fato de Caiado ser "médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna". Segundo a "reportagem", intitulada "17 prefeituras recebem R$ 3,3 milhões em emendas de Caiado", esse montante são os últimos recursos conquistados em março junto ao Ministério da Saúde, para 17 municípios investirem na compra de equipamentos de saúde.
Esses recursos, diz o texto, já estariam nas contas das Prefeituras e "devem ajudá-las a promover um melhor atendimento aos pacientes que buscam as unidades de saúde." Informa ainda: As emendas parlamentares de março foram para 17 municípios goianos. Os valores distribuídos entre Alexânia (R$ 300 mil), Americano do Brasil (R$ 200 mil), Bonfinópolis (R$ 55 mil), Ceres (R$ 190 mil), Cezarina (R$ 138 mil), Cristalina (R$ 200 mil), Formosa (R$ 300 mil), Leopoldo de Bulhões (R$ 140 mil), Mara Rosa (R$ 300 mil), Ouro Verde de Goiás (R$ 400 mil), Pilar de Goiás (R$ 140 mil), Piracanjuba (R$ 190 mil), Rio Quente (R$ 300 mil), Santa Helena de Goiás (R$ 190 mil), São Luiz do Norte (R$ 45 mil), São Patrício (R$ 45 mil) e Simolândia (R$ 250 mil).
Seguem-se entrevistas de uns dois ou três prefeitos que, naturalmente, agradecem os recursos. Chama a atenção valores ridiculamente baixos, como R$ 45 mil e R$ 55 mil, para uma área que é reconhecidamente cara. São valores muito baixos para quem está há quase quatro anos no Senado, praticamente metade do mandato.
De qualquer forma, destinar emendas às prefeituras é um trabalho que os parlamentares têm de fazer. E o senador do DEM não está fazendo mais que sua obrigação, assim como fazem os outros 19 parlamentares federais goianos (17 deputados e mais 2 senadores).
Mistificação
O texto, como não poderia deixar de ser, é farto em elogios ao senador, afinal, trata-se de um produto de sua assessoria. O problema é quando sai do autoelogio fácil e descamba para a mistificação ou a mentira deslavada. É o que ocorre quando o senador confunde propositalmente o foco de abordagem ao se investir da autoridade de "médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna" para criticar a saúde no Estado.
Anota o texto: "Para Ronaldo Caiado, a falta de investimentos na área afeta principalmente os mais pobres. O caos na saúde foi o maior 'legado' que os 20 anos desse governo deixou em Goiás, penalizando os mais humildes. Hoje são mais de 55 mil goianos esperando por uma cirurgia eletiva, segundo o Conselho Federal de Medicina, um dos três estados com as mais longas filas de espera. Isso precisa mudar".
O senador vai além ao sugerir "soluções" que beiram o esdrúxulo: "Faltam hospitais regionais no interior, os poucos que têm não possuem condições de atendimento. Enquanto isso os pacientes precisam vir a Goiânia se tratar. As organizações sociais, sem a devida transparência de suas ações, estão sendo usadas para enriquecer pessoas e não atendem a demanda da população. Tenho defendido a criação de hospitais de campanha para agilizar os casos de cirurgia em Goiás. Não tenho medo de enfrentar o debate também sobre a possibilidade de os hospitais privados credenciados receberem um complemento para atender os pacientes do sistema público de saúde, ajudando a desafogá-lo".
Foco errado
O senador, por motivação eleitoreira, muda o foco das críticas, considerando que a rede pública estadual de saúde goza de prestígio como nunca. A administração das unidades por organizações sociais colocou a saúde goiana em outro patamar, servindo de modelo para outros Estados.
Para se ter uma ideia, Goiás tem quatro hospitais acreditados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) como unidades de excelência de um total de 12 públicos no Brasil. Mais duas unidades da rede estadual estão em fase de acreditação. O senador, que é "médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna", sabe bem o que significa esse reconhecimento da ONA, que, no entanto, ele não menciona nem reconhece.
E não se está dizendo que não há reparos pontuais a fazer no sistema público estadual, por que sempre há, visto que saúde é uma área em que a demanda aumenta sempre mais, principalmente quando o serviço é bom.
Mas onde a saúde está realmente em situação caótica é na Prefeitura de Goiânia, sob comando do prefeito Iris Rezende (MDB), aliado do senador. Caiado, por sinal, tem responsabilidade objetiva na administração da capital, já que indicou muitos integrantes para a equipe, incluindo sua filha, Ana Vitória Caiado, que é procuradora-geral do Município. Mesmo assim, o senador continua num mutismo estranho por parte de quem é médico e conhece a área por dever de ofício.
O senador do DEM se cala sobre a situação do atendimento à saúde em Goiânia e isso só pode significar que ele considera que está tudo ótimo. Mas a realidade é outra. O caos impera, com falta de médicos e de insumos nas unidades da rede municipal. A situação é tão grave que a titular da pasta, Fátima Mrué, esteve sob risco de ser presa, como requereram os vereadores integrantes da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, que na quarta-feira, 11, aprovaram pedido de prisão preventiva contra a secretária.
Os vereadores da CEI tomaram a medida após o vereador Clécio Alves (MDB), presidente do colegiado, ter recebido ofícios da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), afirmando que a pasta não mais responderia aos questionamentos da comissão, que investiga o caos na rede municipal de saúde.
Até aliados reclamam
"O que a secretária está fazendo é criar dificuldades, obstruir as investigações da CEI. Não responder a solicitações de uma comissão de inquérito é obstrução de investigação. Isso está tipificado no Código Penal e cabe prisão preventiva. Para nós, isso está muito claro", disse o vereador relator da CEI, Elias Vaz (PSB) – depois, Fátima Mrué recuou e disse que daria as informações solicitadas pela CEI.
A gestão na SMS é tão ruim, tão caótica, que até aliados de Iris Rezende, como o vereador Clécio Alves, não se furtam a criticar, o que Ronaldo Caiado, médico, não faz. E o presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, foi direto em entrevista ao Jornal Opção: "É uma situação precária, caótica, com uma gestão desastrosa do ponto de vista dos recursos humanos e de abastecimento de insumos. Isso tem repercutido obviamente na assistência do povo. Infelizmente, a população que chega às unidades públicas não tem um atendimento adequado, não tem resolutividade na sua situação patológica. E isso acaba levando a um círculo vicioso."
Em alguns momentos, talvez em surto de "sincericídio", a própria secretária Fátima Mrué admite suas falhas. No final do ano passado, após ser ouvida pela CEI, a gestora foi bastante questionada pelos vereadores em relação ao sistema de regulação do município e sobre a falta de médicos nos Cais da capital. Após o depoimento, Mrué concedeu entrevista à imprensa e pediu desculpas à população por conta dos problemas na área de saúde.
Sobre isso, Ronaldo Caiado, senador da República, "médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna", não tem nada a dizer?
"Hospitais de campanha é proposta eleitoreira"
A proposta do senador Ronaldo Caiado de construir hospitais de campanha feitos com estruturas pré-moldadas de concreto e/ou lona para atender a população do interior de Goiás é tão estapafúrdia que nem parece ter sido feita por um médico. O secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, em entrevista ao Jornal Opção na quinta-feira, 12, rechaçou a ideia de Ronaldo Caiado ao dizer que a fala do candidato demonstra um total desconhecimento sobre o que está opinando e dos reais problemas da Saúde no Estado.
"Hospitais de campanha são estruturas provisórias para situações de guerra ou catástrofe. A necessidade da população não pode ser tratada com estruturas sem qualidade garantida, provisórias e eleitoreiras. Goiás é o Estado com o segundo lugar no País com o maior número de leitos hospitalares por habitantes, duas vezes e meia o número de Portugal, que é referência em saúdepública", considerou Vilela.
Estruturas dignas
O secretário, que é médico, avalia que é necessário manter a atual política de saúde do Estado, de construir estruturas dignas para a população, como os Centros Estaduais de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs) e as Unidades Estaduais de Saúde Especializada (USEs), que foram inaugurados recentemente em Quirinópolis e em Goianésia.
"É disso que a população precisa, de um atendimento digno, com profissionais qualificados, com equipamentos de alta tecnologia, em unidades de saúde construídas seguindo rigorosamente os padrões de vigilância sanitária e dando todo conforto e segurança ao paciente e aos trabalhadores de saúde", ressaltou.
Leonardo Vilela lembrou ainda que o governo de Goiás tem executado uma proposta consistente para atender o interior, que são as USEs. Já foram entregues as obras das USEs de Goianésia (Centro-Norte) e de Quirinópolis (Sudoeste). Outras quatro USEs estão em fase adiantada de construção e deverão ser entregues este ano em Formosa, Posse, Goiás e São Luís de Montes Belos.
Prevenção
Outra estratégia que traz resultados para a população, disse o secretário, é investir em prevenção (atenção primária) – principal competência dos municípios -, além de estruturas hospitalares permanentes de referência estadual, localizadas em pontos estratégicos nas regiões de saúde do Estado. Nesse sentido, houve avanço da estruturação da rede com os hospitais de Pirenópolis, de Jaraguá, de Águas Lindas, de Santo Antônio e Uruaçu, os três últimos em construção.
"Oportunismo e estelionato eleitoral devem ser combatidos com argumentos técnicos. 'Promessas' como essas visam tão somente falsear os problemas reais da população, geram falsas esperanças, são onerosas e não produzem efeitos permanentes que solucionam definitivamente os problemas vividos na saúde", destaca Leonardo.
O secretário também destaca que, atualmente, o governo de Goiás oferece uma rede hospitalar que é exemplo para o Brasil. "Se existe uma fila por espera por cirurgia, a responsabilidade é do município, que é o gestor pleno da Saúde municipal. Ao implantarmos o terceiro turno nos hospitais estaduais, por determinação do governador José Eliton, estamos trabalhando para ampliar esses serviços e ajudar os municípios", afirmou.
………………………………….

O POPULAR

Prejuízo na arrecadação e no gasto com acidentados

Ao colocar na balança quem perde mais, se a Prefeitura de Goiânia, deixando de arrecadar com as multas, ou a sociedade, com uma fiscalização pouco ativa, o especialista em transporte Marcos Rothen afirma veementemente que é a população a que mais sofre. "A Prefeitura não sofre acidente, não vai parar no hospital, não fica inválido, não morre. Com a falta de fiscalização é a população que perde".
Para ele os dois lados perdem, na verdade, duas vezes. "Cada acidente, por exemplo, tem um custo humano e financeiro para a sociedade. O governo deixa de arrecadar e por outro lado gasta na saúde com o tratamento dos acidentados ou no pagamento dessa pessoa que ficou impossibilitada de trabalhar", relata. "Já a população, além de ficar mais exposto aos perigos, no caso dos acidentes, também perde por ter um trânsito ainda mais caótico", completa.
A doutora em transportes Erika Kneib também acredita que a fiscalização do trânsito deve ser mais efetiva, porém, de forma mais sistêmica. "Temos observado uma precarização da fiscalização e ela é imprescindível para o cumprimento da legislação. Mas ela pode ser otimizada com radares eletrônicos, com mais agentes e também com mais tecnologia, como na utilização de drones e câmeras. Potencializa a ação dos agentes que conseguem monitorar diversos pontos".
Kneib cita como exemplo a região do Parque Vaca Brava, no Setor Bueno, em que os agentes monitoram o local, de uma central, por meio de dez câmeras. A ação teve início no dia 17 de julho do ano passado. "Ações isoladas não resolvem, como apenas os radares fiscalizando.
Tem que ter um planejamento e ampliar essas opções. Essa questão do Vaca Brava é positiva, mas deve ser aumentada, assim como a implementação dos fotossensores em sua plenitude. O investimento em tecnologia é benéfico", afirma. "Assim minimiza os riscos de acidentes, já que menos pessoas irão correr no trânsito, furar o sinal vermelho, não estacionar em lugares proibidos, o que aumenta os congestionamentos, e avançar sobre as faixas de pedestres. Não é questão de indústria da multa e sim de segurança", complementa.
Secretário diz que faz investimento na área
O titular da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), Fernando Santana, afirma que a pasta tem investido em fiscalização e reconhece, por exemplo, a importância dos aparelhos eletrônicos para esse propósito, como os fotossensores. "Esse tipo de equipamento é exigido nas grandes cidades, até pela dificuldade de locomoção dos agentes, que demora mais. Temos uma central de controle que traz a informação com mais rapidez. Acontece um fato, identifica e já toma a atitude mais acertada. Temos, por exemplo, um controle semafórico centralizado. São itens que fazem parte de um projeto educativo em desenvolvimento na cidade".
Ele cita como exemplo de fiscalização que reduziu o número de infrações cometidas em um ponto de Goiânia o Parque Vaca Brava. Segundo ele, os agentes chegaram a flagrar na central mais de 120 irregularidades por dia. A média diária, atualmente, é de 23 multas. "Mais pessoas têm respeitado as leis. Reduziu, inclusive, o tipo de infração mais cometida, que é o uso do celular, que pode ocasionar um acidente, e a falta do cinto de segurança, que é perigoso".
Esse mesmo projeto deve ser levado para a Avenida Universitária, mas ainda sem previsão de quando será efetivado. "São cerca de dez câmeras também e estamos ajustando as questões com a Sedetec (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia) para em breve utilizar esse sistema".
Já sobre a demora no funcionamento de todos os radares eletrônicos previstos em edital – a primeira ordem de serviço foi assinada em junho do ano passado, Santana diz que o Inmetro ainda não aferiu todos os equipamentos e, por isso, eles não podem ser operados.
"Nos próximos dias iremos liberar mais 100 faixas fiscalizadas e pouco tempo depois outras 180", diz novamente sem precisar uma data. A cidade deveria contar com 643 faixas fiscalizadas, porém, apenas 155 delas são de fato monitoradas atualmente.
23 é a média de multas aplicadas com câmeras de monitoramento na região do Vaca Brava. Pico foi de 120 em um dia
…………………….

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação                    

O Sindicato:

Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás
Rua 24 nº 202, Qd 77 Lt 26, Setor Central
CEP 74030-060 - Goiânia - Goiás

Redes Sociais:

SINDHOESG - Todos os direitos reservados ©