Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/04/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Com greve, pacientes reclamam de demora em atendimento em Goiânia
• Servidores da saúde em Goiânia fazem protesto
• Paralisação da saúde em Goiânia sobrecarrega posto em Aparecida
• Uso indevido causa morte de 20 mil por ano no Brasil
• População enfrenta transtornos com greves da Educação e Saúde, em Goiânia
• Opinião – Parem de banalizar a alta hospitalar


TV ANHANGUERA/ GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Com greve, pacientes reclamam de demora em atendimento em Goiânia

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População enfrenta transtornos com greves da Educação e Saúde, em Goiânia

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Servidores da saúde em Goiânia fazem protesto

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O POPULAR

Paralisação da saúde em Goiânia sobrecarrega posto em Aparecida

O segundo dia de paralisação das unidades da rede municipal de saúde de Goiânia já tem se refletido nas cidades vizinhas. Os pacientes que não conseguiram atendimento na capital migraram para os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, e as filas se acumularam ao longo desta terça-feira. O atendimento ambulatorial e exames estão suspensos por tempo indeterminado.
“Todos os Cais de Aparecida estão com a capacidade máxima. Apenas nessa terça-feira sentimos um aumento de 30% no atendimento em geral. Não temos estrutura e nem pessoal para receber tanta gente”, afirma a coordenadora de urgência da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, Hérica Leguizamon. Os mais afetadas ontem foram os Cais Nova Era e Garavelo. Servidores que atuam nessas unidades já começam a cogitar também uma possível paralisação pelo alto fluxo de atendimentos.
A dona de casa Genislene Gonçalves da Silva, de 34 anos, percorreu ontem dois Cais em Goiânia e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas sem sucesso. Ela só conseguiu atendimento para o filho de 4 anos, Denzel Gonçalves, em um posto de saúde.
Lá diagnosticaram o menino com um princípio de pneumonia. Porém, o exame não poderia ser feito no local, pois também estava em greve. “Tivemos que vir para Aparecida de Goiânia e nessa correria toda até eu estou passando mal. Cheguei por voltas das 14 horas e me disseram que só iam saber se eu poderia ser atendida depois das 19 horas. Não sei a quem mais recorrer”, relata Genislene.
Insegurança
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Erso Guimarães, emitiu nota ontem afirmando que os médicos que não aderiram à greve têm sofrido ameaças e agressões dos pacientes. Ele explica que, com as unidades lotadas, sem a Guarda Municipal e sem profissionais para a triagem dos pacientes, os médicos ficam vulneráveis.
“Os médicos são os únicos profissionais que não aderiram à paralisação, que atinge enfermeiros, técnicos, auxiliares administrativos e outros trabalhadores lotados nas unidades de saúde, além dos guardas municipais, que são responsáveis pela segurança nestes locais”, defende.
Erso Guimarães enviou um ofício ao governador Marconi Perillo, ao prefeito Paulo Garcia, à Secretaria Estadual de Segurança Pública, à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e ao Ministério Público Estado “solicitando que medidas sejam adotadas com urgência para garantir a segurança e a continuidade do trabalho dos médicos” que atuam na rede municipal.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Uso indevido causa morte de 20 mil por ano no Brasil
O vício do consumo de medicamentos sem prescrição médica pode causar sérios prejuízos à saúde

Thiago Lagares,Especial para o diário da Manhã
Quem nunca tomou medicação sem prescrição médica para tratar de febre ou azia? Ou pediu a sugestão de alguém próximo sobre qual medicamento tomar para determinado sintoma? Vista por muitos como uma solução imediata, a automedicação pode trazer consequências mais graves do que se imagina, como intoxicação, reações alérgicas, dependência e, em alguns casos, a pessoa pode chegar ao óbito. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), todo ano, cerca de 20 mil pessoas morrem, no País, vítimas da automedicação. O uso indevido de medicamentos é considerado atualmente um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
A automedicação é definida como uso de medicamentos sem prescrição médica, onde o próprio paciente decide qual fármaco utilizar – muitas vezes influenciado por familiares, amigos ou o próprio balconista da farmácia. “Ao avaliar a gravidade do seu caso e escolher a terapêutica mais adequada sem a indicação médica, o indivíduo pode levar ao agravamento de uma patologia, internação ou até mesmo ao óbito”, afirma Roney Pereira Pinto, diretor técnico da Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa.
Ele informa que, de acordo com relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS), a prática pode aumentar o erro nos diagnósticos das doenças e da utilização de dosagem correta, além de favorecer o aparecimento de efeitos indesejáveis, como a intoxicação. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sintox), os medicamentos são responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.
Roney ainda ressalta que a automedicação pode mascarar diagnósticos. “O que pode estar sendo paliativo pode também mascarar uma  patologia grave, portanto é  necessário buscar o serviço de um profissional especializado de saúde para ter maior segurança”, pontua. O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas.
A gerente da assistência farmacêutica da Secretária de Estado da Saúde (SES), Maria Bernadete Souza, também alerta para outros perigos na automedicação. “Podem ocorrer  efeitos adversos ao medicamentos, resistência aos antimicrobianos e reações alérgicas”, diz.
Segundo Maria Bernadete, são muitos os motivos que levam a pessoa a usar indiscriminadamente alguns medicamentos. “Falta de informação, facilidade de aquisição de medicamentos sem a prescrição médica, indicação de terceiros e dificuldade de acesso em tempo oportuno a assistência médica são alguns deles”, salienta Bernadete, que também atua como gerente da assistência farmacêutica da Secretária de Estado da Saúde (SES).
A gerente diz que é preciso orientar a sociedade sobre os riscos da automedicação. “Devemos conscientizar dos riscos inerentes aos medicamentos, tanto de efeitos adversos quanto do ponto de vista toxicológicos. Uma sugestão é inserir o profissional farmacêutico na equipe mínima de saúde a fim de promover o uso racional, bem como orientar as famílias com relação ao uso indiscriminado”, ressalta.

Automedicamento em família
A falta de acesso aos serviços de saúde foi o que inicialmente motivou o empresário Raymundo Barros a adquirir essa prática. “Viemos no interior, onde existe muita dificuldade de acesso aos profissionais de saúde. Isso é um dos principais motivos que leva a automedicação”.  Hoje, mesmo morando em Goiânia, ele continua com o mesmo hábito. “Quando moramos em uma Capital a tendência natural é procurar um médico, até porque o acesso é mais fácil. Como tenho diabetes, vou ao médico com certa regularidade. Contudo, não deixo de tomar meus remedinhos”, diz. Ele conta que gasta por mês cerca de R$ 1.500 com a compra de fármacos. “Tem remédio que nem abro a caixa. Compro por precaução”, pontua.
Já o irmão de Raymundo, o empresário Antônio Almeida, adquiriu o hábito pela insegurança nos diagnósticos dos médicos. “Isso começou quando percebi que muita das indicações médicas não são precisas”. Ele pontua que tem várias histórias de família que motivam essa insegurança. “Meu pai quase morreu por fazer uma cirurgia errada. Minha mãe foi desenganada por um médico, que afirmou que ela teria apenas seis meses de vida. Isso já faz 16 anos e está viva e com muita saúde”, relata ao lembar de uma história atípica que aconteceu com ele. “Eu já tive uma alergia na mão que 13 médicos não conseguiram dar um diagnóstico correto”, conta indignado.
Raymundo relata que em algumas situações os medicamentos já deram reações adversas. “Já tive sonolência, febre e dor de cabeça. De qualquer forma sempre procuro observar a literatura dos medicamentos. Pesquiso muito antes de tomar para ter mais segurança no que faço”. Outro problema foi com a família. “No início minha mulher achou complicado. Não deixava eu automedicar meus filhos; quase me matava”, destaca sorrindo.
Os irmãos concordam que é muito importante a pessoa buscar orientação médica, principalmente para doenças crônicas. “É fundamental a pessoa ir ao médico com regularidade, mas os casos mais simples poderiam ser resolvidas em casa”, diz Antônio ao explicar que, assim como o irmão, pesquisa muito os medicamentos antes de tomar ou indicar para alguém.
Perguntado se já acontece algo inusitado devido a quantidade de remédios que tem em casa, Antônio revela algo curioso. “Teve uma situação engraçada. Misturei um colírio, usado para tratar minha catarata, com um medicamento para unha encravada. Cheguei a colocar nos olhos. Como o remédio era muito agressivo, quase perdi minha visão”, diz sorrindo.

Números impressionam
Pouca gente imagina, mas os medicamentos são o principal agente causador de intoxicação em seres humanos no Brasil, ocupando, desde 1994, o primeiro lugar nas estatísticas do Sistema Nacional de Informações Toxico-Farmacológicas (Sinitox). As crianças menores de cinco anos representam cerca de 35% destes casos de intoxicação. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, a automedicação levou para o hospital mais de 60 mil pessoas nos últimos cinco anos. Uma das razões é a dosagem do remédio mais alta do que o necessário.
Já os dados do Centro de Informação Toxicológica (CIT) da Saúde estadual revelam que em 2014 e nos primeiros três meses deste ano foram registrados em Goiás mais de 100 ligações sobre a automedicação, abuso e erro na administração de medicamentos, causando intoxicação e agravando o problema de saúde.  Essas ligações são feitas principalmente por médicos, que entram em contato com o CIT para buscar orientação quando ao diagnóstico e o medicamento correto.
Já segundo levantamento feito pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), a automedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros. Entre os que adotam essa prática, 32% têm o hábito de aumentar as doses de medicamentos prescritos por médicos com o objetivo de potencializar os efeitos terapêuticos, o que também é considerado uma forma de automedicação.
No mundo, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), revelam que mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada. Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais. Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
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SAÚDE BUSINESS 365

Opinião – Parem de banalizar a alta hospitalar POR GUILHERME BRAUNER BARCELLOS

As altas hospitalares são comumente tratadas como algo banal, mas não deveriam ser. Compõem uma etapa crítica do processo de cuidado.
Em organizações com hospitalistas, é claro que dão as altas de seus próprios pacientes. Mas não é infrequente pressão para que façam a de pacientes dos outros, que sequer acompanham. “É só fazer a prescrição médica da alta, dr”, costumam dizer enfermeiras muitas vezes pressionadas de um lado por familiares ansiosos para levar o ente querido para casa, de outro por um médico assistente dizendo “é só liberar, já achei que estava em condições ontem”.
Por que tratar a alta hospitalar desta forma não é solução para os maiores interessados, os pacientes?
Após as altas hospitalares, cerca de metade dos pacientes experimenta, ao menos, um erro associado ao cuidado em saúde, mais comumente relacionado a medicamentos. Um a cada cinco sofrem eventos adversos, e uma proporção significativa (metade em alguns estudos) é considerada evitável, atribuída a uma programação da alta inexistente ou malfeita(1).
Uma das consequências das altas mal programadas é a readmissão. Cerca de 20% dos pacientes que participam do programa Medicare nos EUA são readmitidos dentro de um mês após a alta, e um terço retorna em 90 dias(2). No mesmo estudo, estimou-se em 17 bilhões de dólares o custo dessas readmissões evitáveis. Um estudo brasileiro analisou internações hospitalares durante um ano no país e as readmissões em até um ano após. Foram selecionados 10.332.337 indivíduos para o estudo, totalizando 12.878.422 internações – dados oriundos dos sistemas de internações hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS) e de internações não realizadas no SUS (CIH). A proporção de readmissões foi de 19,8%(3).
Sunil Kripalani, quem eu tive o prazer de trazer ao Brasil alguns anos atrás, publicou estudo evidenciando que poucos sumários de alta chegam ao médico da atenção primária até o momento em que o paciente retorna para sua primeira consulta pós-alta hospitalar(4). Em um estudo no qual foram avaliados 1.501 sumários de alta de cinco hospitais de Boston, não havia registro:

De dados importantes do exame físico em 11,4%;
Da condição clínica do paciente na alta em 14,2%;
Da lista de medicações pré-admissão em 20,3%;
De razões para alterações nas medicações em 35,3%;
Do lembrete de exames com resultado pendente em 47,2%;
Do planejamento do follow up em 11,1% (5).
Outro estudo publicado em 2006, após revisão de medicações por farmacêuticos do Brigham & Women’s Hospital, constatou que havia discrepâncias entre a lista de medicações pré-admissão e da alta em 49%, sendo metade considerada potencialmente danosa. Havia discrepâncias também entre a lista da alta e das medicações em uso domiciliar em 29%. Os autores avaliaram que o efeito de uma intervenção simples (aconselhamento do paciente por farmacêutico no momento da alta e após 3-5 dias por contato telefônico) seria capaz de reduzir os eventos adversos(6). De 2.644 altas de dois centros médicos acadêmicos, em 1.095 (41%) havia resultados de exames complementares pendentes, e dois terços dos médicos do ambulatório desconheciam as pendências. Dessas pendências (pesquisadores e médicos entrevistados concordaram), 37% demandavam ações e 13% foram consideradas urgentes(7).
Podemos fazer melhor? Sobre isso, Robert Wachter aponta: “Gestão da alta hospitalar não é ciência espacial, exige vontade institucional, uma equipe de trabalho forte e apreciação de princípios básicos de melhoria da qualidade.”
Um pacote de medidas passíveis de replicação – Re-Engineered Discharge Project (RED), composto de aconselhamento antes da alta pelo enfermeiro (com educação do paciente, conciliação medicamentosa e agendamento de follow-up), um relatório de alta, um telefonema realizado por farmacêutico logo após a alta e uma consulta médica de seguimento em tempo adequado – foi capaz de minimizar parte dos problemas já discutidos(8).
Recentemente, a aplicação de uma iniciativa denominada de Better Outcomes for Older adults through Safe Transitions(BOOST) da Society of Hospital Medicine foi avaliada em 11 hospitais e apresentou redução média de readmissões em 30 dias de 13,6%. O BOOST é um conjunto de medidas aplicáveis em qualquer país ou hospital(9).
Veja trecho de apresentação (em inglês – evento no Brasil, 2012 – https://www.youtube.com/watch?v=AdZKrTdpmto&feature=youtu.be) ilustrando como deve ser feita a educação do paciente para alta hospitalar, com atenção especial para vídeo trazendo simulação de como não fazer, para depois demonstrar como fazer.
Nos hospitais onde alguma vez opinei, espero ter me feito entender na razão pela qual oriento os hospitalistas ou qualquer outro médico a NÃO “dar uma mãozinha para alta do paciente”.
Referências Bibliográficas
Understanding Patient Safety. 2012, The McGraw-Hill Companies, Inc., New York, New York.
Jencks SF, Williams MV, Coleman EA. Rehospitalizations among patients in the Medicare fee-for-service program. N Engl J Med. 2009 Apr 2;360(14):1418-28.
Moreira ML. Readmissões no sistema de serviços hospitalares no Brasil. Tese de doutoramento na área de medicina preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo defendida em 2010.
Kripalani S, LeFevre F, Phillips CO, et al. Deficits in communication and information transfer between hospital-based and primary care physicians: implications for patient safety and continuity of care. JAMA. 2007 Feb 28;297(8):831-41.
Gandara E, Moniz T, Ungar J, et al. Communication and information deficits in patients discharged to rehabilitation facilities: an evaluation of five acute care hospitals. J Hosp Med. 2009 Oct;4(8):E28-33.
Schnipper JL, Kirwin JL, Cotugno MC, et al. Role of pharmacist counseling in preventing adverse drug events after hospitalization. Arch Intern Med. 2006 Mar 13;166(5):565-71.
Roy CL, Poon EG, Karson AS, et al. Patient safety concerns arising from test results that return after hospital discharge. Ann Intern Med. 2005 Jul 19;143(2):121-8.
Jack BW, Chetty VK, Anthony D, et al. A reengineered hospital discharge program to decrease rehospitalization: a randomized trial. Ann Intern Med. 2009 Feb 3;150(3):178-87.
Hansen LO, Greenwald JL, Budnitz T, et al, Project BOOST: Effectiveness of a multihospital effort to reduce rehospitalization. J Hosp Med. 2013 Aug;8(8):421-7.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

 

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