ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
População vai a unidades de saúde em busca da vacina pentavalente em Goiânia
Mais de 70 pacientes aguardam por vaga em UTI em Goiânia
Medicamento de alto custo para leucemia está em falta na rede pública de saúde, em Goiás
Hospital Santa Helena implanta protocolo específico para Trombose
Fabricante americano de próteses admite propina a médicos brasileiros
Homens vivem 7 anos menos que as mulheres
Dois homens morrem após carro cair no Rio Paranaíba, em Itumbiara
Homens ainda negligenciam o cuidado com a própria saúde
Após ser notificado sobre compra de remédio de alto custo, Estado decide recorrer
Artigo – A saúde do Brasil em xeque
Artigo – SUS moderno e seguro
Pai da 'noiva ostentação', Ricardo Barros é unanimidade e vira alvo de repúdio e ovos
TV ANHANGUERA/GOIÁS
População vai a unidades de saúde em busca da vacina pentavalente em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/populacao-vai-a-unidades-de-saude-em-busca-da-vacina-pentavalente-em-goiania/6012015/
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Mais de 70 pacientes aguardam por vaga em UTI em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/mais-de-70-pacientes-aguardam-por-vaga-em-uti-em-goiania/6012008/
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Medicamento de alto custo para leucemia está em falta na rede pública de saúde, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/medicamento-de-alto-custo-para-leucemia-esta-em-falta-na-rede-publica-de-saude-em-goias/6009950/
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A REDAÇÃO
Hospital Santa Helena implanta protocolo específico para Trombose
Goiânia – Como parte dos eventos em comemoração aos 60 anos de sua fundação, o Hospital Santa Helena (HSH) apresentou na Churrascaria Favo de Mel na quinta-feira (13/7), o painel “Protocolo para Tratamento de Tromboembolismo Venoso e Tromboembolismo Pulmonar – O que há de novo nas diretrizes e papel dos novos anticoagulantes” para cerca de 30 convidados, a maioria médicos do corpo clínico do hospital. O responsável pela apresentação foi o coordenador da clínica médica do Santa Helena, Humberto Graner Moreira, médico cardiologista e intensivista, doutor em Cardiologia pelo InCor (HCFMUSP) e professor das Faculdades de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) e UniEvangélica.
Humberto Graner explicou que o tromboembolismo venoso é uma das doenças mais graves que acometem tanto pacientes que buscam atendimento em prontos-socorros quanto aqueles que são hospitalizados e precisam ficar muito tempo imobilizados. “Em geral, esta imobilização acontece quando estes pacientes são submetidos a cirurgias, ou quando estão em tratamento contra o câncer, insuficiência cardíaca ou outras doenças graves”, acrescentou. Ele ressaltou que o Hospital Santa Helena é pioneiro em Goiás na implantação de um protocolo específico para a identificação, o rastreamento e o tratamento de tromboembolismo venoso e tromboembolismo pulmonar.
Para Humberto Graner, a iniciativa do Hospital Santa Helena em apresentar o painel representa uma oportunidade de atualizar toda a equipe médica com o que há de mais moderno no tratamento do tromboembolismo venoso e tromboembolismo pulmonar segundo as diretrizes e pesquisas mais recentes da área. “O nosso foco não é só trabalhar na prevenção, mas também nos casos em que for detectada a doença e poder oferecer um tratamento de qualidade para os nossos pacientes com os métodos e técnicas previstas neste protocolo”, completou.
O médico também destacou que os riscos de um paciente desenvolver tromboembolismo venoso e pulmonar aumentam com o avançar da idade. Além disso, apresentou estudos que revelam a alta recorrência das doenças principalmente em idosos e o papel dos novos anticoagulantes orais, conhecidos como anticoagulantes orais diretos, como opção para o tratamento das doenças.
O diretor médico do Hospital Santa Helena, Arnaldo Lemos Porto, ao comentar sobre o painel apresentado por Humberto Graner aos convidados, afirmou que a implantação do protocolo em pronto-socorro dá segurança e qualidade ao serviço e ao mesmo tempo reduz as chances de falhas. “Adotar um protocolo para o tratamento do tromboembolismo venoso e pulmonar faz com que a equipe médica garanta um melhor resultado possível para o paciente”, pontuou.
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PORTAL G1
Fabricante americano de próteses admite propina a médicos brasileiros
Propina era para médicos usarem produtos em pacientes do SUS. Médicos faziam cirurgias desnecessárias só para ganhar mais.
Uma investigação nos Estados Unidos revelou que um dos maiores fabricantes de próteses do mundo pagava propina para médicos brasileiros usarem seus produtos em pacientes do SUS.
Os médicos faziam cirurgias desnecessárias só para ganhar mais.
A dor na coluna incomodava, mas foi a sentença rápida do médico que assustou: "Ele disse que eu precisaria operar".
Um segundo médico descartou a necessidade de cirurgia e o problema foi resolvido com fisioterapia: "Estou super bem, tranquila".
Mas não se sente segura para mostrar o rosto, tem medo da chamada "Máfia das Próteses".
Essa máfia foi denunciada em 2015 numa reportagem do Fantástico que mostrou que representantes dos fabricantes de materiais usados em cirurgias ortopédicas, neurológicas e cardíacas pagavam comissões para que médicos indicassem o uso de seus produtos.
Quanto mais cirurgias esses médicos e hospitais fazem e quanto mais parafusos, placas, stents e outros implantes eles usam, mais ganham. Uma lógica boa para o bolso de alguns e péssima para os pacientes.
"Decidi entrar nessa luta porque cansei de ver pacientes operados sem necessidade e, como eu costumo dizer, uma cirurgia mal indicada, por melhor que seja técnica, o resultado será ruim", disse o ortopedista Edmund Barras.
Uma vitória importante contra a máfia das próteses aconteceu recentemente, mas na Justiça dos Estados Unidos. Um dos maiores fabricantes de implantes cirúrgicos admitiu, num acordo de leniência nos Estados Unidos, que lucrou mais de US$ 3 milhões pagando propina para que médicos do Brasil, do SUS usassem seus produtos. Agora representantes dos planos de saúdeestão se valendo dessa confissão para um novo processo.
O acordo de leniência assinado nos Estados Unidos e outros documentos que mostram a ação inescrupulosa de quem lucra com superfaturamento e cirurgias desnecessárias estão no processo movido contra oito fabricantes na Justiça americana.
"Nós queremos um pacto com essas empresas para que elas parem de pagar propina para os médicos no Brasil, porque não é lícito, não é justo que o médico insista em colocar um produto só porque ele está ganhando R$ 5 mil, R$ 10 mil da indústria para colocar aquele produto. Isso não se chama comissão, se chama suborno. Isso é propina", afirma Pedro Ramos, diretor da Associação Brasileira de Planos de Saúde.
Estudo da Anvisa mostra que os preços dos mesmos materiais cirúrgicos chegam a variar mais de 3.000% no Brasil. Notas fiscais mostram que um componente para implante em osso pode custar pouco mais de R$ 8 mil em Porto Alegre, R$ 9 mil em Recife e mais de R$ 26 mil no interior de São Paulo. A ação de distribuidores que pagam comissões ou propinas encarece os procedimentos para o SUS e para os planos de saúde.
Sobrecarrega também a Justiça. A quantidade de processos de alguns médicos e advogados insistindo no mesmo tipo de cirurgia e com os mesmos materiais chamou a atenção de juízes que monitoram ações no Tribunal de Justiça de São Paulo. Perícias médicas que começaram a ser pedidas em 2016 revelaram que a máfia das próteses continua em ação no Brasil.
"Do ponto de vista da Corregedoria Geral da Justiça, essas ações são negativas, não apenas por encaminharem erroneamente uma parte para uma cirurgia ou um procedimento desnecessário, mas especialmente por capturarem nossa capacidade de trabalho para demandas, digamos assim, inexistentes. Demandas que são forjadas, ou que são orientadas, fomentadas não para solução de um problema de saúde, mas eventualmente por prestígio econômico de um personagem ou outro, de um médico ou de um advogado", explicou Ana Rita de Figueiredo Nery, juíza da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo.
As denúncias dos corregedores e da Abramge foram encaminhadas para OAB, Conselho Regional de Medicina, Ministério da Saúde e Polícia Federal. Há no Congresso Nacional projetos de lei para coibir a ação da chamada "Máfia das Próteses". Dela os pacientes, por enquanto, só têm uma maneira de tentar se proteger.
"Eu sou da opinião que se deve sempre ouvir uma segunda opinião. Ou mesmo uma terceira se for preciso. Acho que ouvir mais de uma opinião é fundamental na decisão cirúrgica", disse o ortopedista Edmund Barras.
O Ministério da Saúde afirmou que já deu parecer favorável ao projeto de lei que está na Câmara e que criminaliza as fraudes com órteses e próteses. O Ministério da Saúde também declarou que encaminhou as denúncias feitas pela Associação Brasileira de Planos de Saúde para Polícia Federal e outros órgãos de controle.
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MAIS GOIÁS
Dois homens morrem após carro cair no Rio Paranaíba, em Itumbiara
O acidente aconteceu na madrugada deste domingo (16). Os corpos foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros nesta manhã
O médico Ramon Lage de Oliveira, de 43 anos, e o garçom José Augusto Lima de Morais, de 20, morreram após o carro em que eles estavam cair da Ponte Afonso Penna, em Itumbiara, na divisa de Goiás com Minas Gerais, na madrugada deste domingo (16).
Segundo a Polícia Civil, o motorista perdeu o controle da direção do veículo, bateu nas barreiras de proteção da ponte e foi lançado no rio. Os corpos ficaram submersos junto com o carro e foram encontrados hoje pela manhã.
De acordo com a PC, antes do acidente os dois amigos estava em um bar da cidade. Segundo relatos de testemunhas à polícia, os dois estavam bebendo cerveja e, após o estabelecimento fechar, eles saíram juntos de carro.
Os corpos foram retirados do rio pelo Corpo de Bombeiros e levados ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade. O veículo que eles estavam foi retirado e dentro do rio no início da tarde de hoje.
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Homens ainda negligenciam o cuidado com a própria saúde
Doenças do aparelho circulatório e neoplasias aparecem como maiores causas da morte de homens no Brasil. Saúde mental também é deixada em segundo plano
Thiago Burigato
O último sábado (15) marcou mais uma celebração do Dia do Homem. A data, instituída em 1992, tem como finalidade reforçar a importância do cuidado com a saúde masculina, visto que homens, em geral, apresentam o mau hábito de negligenciar a importância da prevenção e dos cuidados médicos.
Dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, indicam que, na faixa entre 20 e 59 anos, os homens morrem mais por causas externas, como violência e acidentes de trânsito e de trabalho, por exemplo. Em seguida vêm as doenças do aparelho circulatório, com as neoplasias (tumores benignos e malignos) em terceiro lugar. Muitos desses casos poderiam ser evitados com os devidos cuidados preventivos.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, essa falta de atenção tem a ver com questões culturais e, também, sociais. “Muitas vezes o homem não arruma tempo para se cuidar”, afirma. “Como a porcentagem de homens que trabalha é maior, as mulheres têm mais facilidade de se cuidar. E mesmo aquelas que trabalham arranjam algum tempo para dedicar à saúde e à beleza”, avalia.
O vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia 9ª Região (CRP-GO), Shouzo Abe, aponta outros fatores como os responsáveis por esse fenômeno. “Culturalmente falando, cuidar da saúde mostra fragilidade e ao homem sempre foi imposto o estereótipo de que deve ser forte, protetor”, analisa.
Saúde Mental
Como psicólogo atuante em consultórios, Shouzo estima que apenas cerca de 20% de seus pacientes sejam do sexo masculino. E além de serem minoria, ele destaca que muitas vezes os homens só procuram ajuda especializada quando se sentem no limite com os problemas que enfrentam.
Questões familiares são algumas das principais causas que levam os homens a cuidar da saúde mental — ainda que, em diversas situações, contra sua própria vontade. “Geralmente quando procuram ajuda diz respeito a um casamento que está finalizando e a mulher bate o pé que, se ele não mudar, não procurar um psicólogo, vai se separar. Então não é nem por ele. É porque a mulher determinou”, explica o vice-presidente do CRP-GO.
Em outras situações, são os filhos quem impõem a procura por ajuda. E há também aqueles que só resolvem se cuidar quando é a performance sexual que está em jogo. “Existe um tabu de que o homem ter que ser viril, garanhão, então quando procuram ajuda muitas vezes é porque o problema já estourou. Por exemplo, se decidem cuidar de uma ejaculação precoce, geralmente é porque sofrem com o problema há muito tempo e agora já está mais grave”, comenta.
A situação preocupa, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 5,8% da população brasileira (homens e mulheres) sofram de depressão. A mesma entidade calcula que 9,3% tenham algum tipo de transtorno de ansiedade. Em ambos os casos a média é superior ao do restante da América Latina.
No entanto, não é só a saúde mental que causa provoca alerta em especialistas, já que 18% dos brasileiros do sexo masculino são obesos e 57% têm sobrepeso, como apontam os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
O levantamento apurou também que 7,8% dos homens têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Aproximadamente 27% Consomem bebidas alcoólicas de forma abusiva, enquanto 12,7% fumam.
Planos de Saúde
Até mesmo a busca por planos de saúde revela inércia por parte dos homens. Dados levantados junto à Agência Nacional da Saúde (ANS) mostram que, nos últimos dez anos, mulheres sempre foram a maior parte entre os beneficiários desse tipo de serviço.
Em março de 2007, quando havia 37,3 milhões de usuários de planos de saúde no País, cerca de 20 milhões eram mulheres, enquanto 17,2 milhões eram homens.
Uma década depois, em março de 2017, o número de beneficiários subiu para 47,6 milhões e as mulheres continuaram sendo o maior público, com 25,4 milhões. Homens eram 22,1 milhões.
Ao longo do último ano a taxa se manteve constante. Em maio de 2016, 32,9 milhões de clientes dos planos de saúde eram do sexo masculino, enquanto 36,4 milhões eram do sexo feminino. Em maio de 2017 a proporção é de 33,1 milhões de homens e 36,7 milhões de mulheres.
Shouzo Abe acredita que o paradigma da falta de cuidado por parte dos homens só poderia mudar com campanhas que despertem a importância dessa atenção. “O Ministério da Saúde já fez algumas, mas precisa de mais. É preciso intensificar, juntar a saúde como um todo — Medicina, Enfermagem, Psicologia e Fisioterapia. Seria fantástico”, diz. “A cultura brasileira não incentiva o homem a cuidar da saúde. Precisamos de uma mudança dessa visão social”, complementa.
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Após ser notificado sobre compra de remédio de alto custo, Estado decide recorrer
A informação foi divulgada por nota pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES)
Amanda encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital IGOPE
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que determinou a compra do medicamento de alto custo Spinraza (Nusinersen) para Amanda Victória Brusda, de apenas 9 meses, portadora de atrofia muscular espinhal 1 (AME). As seis primeiras doses no primeiro ano de vida custam US$ 750 mil, equivalente a quase R$ 3 milhões.
Por nota, a SES justificou que o medicamento não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tendo em vista ainda que é experimental, sem comprovação científica de sua eficácia e segurança. No texto, a secretaria também argumenta que Amanda Victória não teve o diagnóstico médico da AME, mas apenas recebeu um parecer clínico com hipótese diagnóstica da enfermidade. “O SUS possui ampla cobertura para tratamento da doença, com medicamentos seguros, eficazes e de qualidade”, diz a nota.
A SES foi notificada na última quinta-feira (12) sobre a liminar concedida pelo desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, que deu prazo de 48 horas para a pasta providenciar o remédio. De acordo com o TJGO Amanda foi diagnosticada com a doença assim que sua mãe, Bruna de Fátima da Silva Brusda, percebeu que ela engasgava quando era amentada e tinha dificuldade de se alimentar como as outras crianças.
A AME é ligeiramente mais frequente em homens do que em mulheres. O início da doença ocorre antes dos 6 meses de idade (geralmente antes dos 3 meses). A fraqueza muscular grave (quase sempre simétrica), afeta primeiro os membros proximais e depois passam para as extremidades (mãos e pés). O choro é fraco. É frequente a redução da capacidade de sucção e de deglutição, levando a dificuldades de alimentação.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Homens vivem 7 anos menos que as mulheres
O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de adulto, duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos os homens morrem mais por causas externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo motivo de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, seguida das neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem traz para o debate os cuidados com a saúde masculina no país.
Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam sobrepeso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% dos homens têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens consomem bebida alcóolica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
Mitos
Para o o subcoordenador do serviço de urologia do Hospital de Clínicas da Universidade de Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), Augusto Barbosa Reis, o principal mito em relação à saúde masculina é de que o homem adoece menos que a mulher.
"Segundo esse mito, ele acredita que se procurar um médico, vai achar uma doença. Na prática, ele vai evitar uma doença por conta das orientções e vai se tratar para que o problema não se agrave", diz Reis. "Há falta de procura médica por medo associada à falta de informação, por acreditar que não adoece e quando, de fato, adoece, não encontra horário adequado ao período de trabalho". Para o médico, o fato de a mulher buscar mais auxílio médico ajudou a construir o mito.
Outro mito ressaltado pelo médico são as causas de infertilidade da população. Segundo Reis, o homem é responsável por metade dos casos em que há dificuldade na concepção e em, geral, atribui o problema diretamente à parceira. "Ele coloca a responsabilidade sobre a dificuldade em conceber uma gestação na parceira e adia a sua investigação. Com isso, o tempo vai passando e a idade pode ser um fator negativo para se alcançar uma gravidez", explica.
Câncer de próstata
Desconsiderando os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A previsão é de que 68 mil novos casos surjam em 2017. Assim em outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce pode aumentar as chances de cura do paciente.
O urologista e conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM) Lúcio Flávio Gonzaga destaca que ainda não há protocolos internacionais que definam o auto-cuidado para o câncer de próstata como há para a doença na mama. "O que temos são dados atestando que a procura espontânea do homem pela prevenção e esse rastreamento espontâneo impactam diretamente no índice de cura e diminui o índice de mortalidade".
A recomendação médica é que o homem, a partir dos 50 anos, comece a fazer exames de prevenção, verificando as taxas do Antígeno Prostático Específico (PSA), uma substância produzida pelas células da glândula da próstata, além do toque retal. O médico ressalta que pacientes com histórico de câncer de próstata na família, devem procurar um especialista a partir dos 45 anos.
"É constrangedor, mas depois que o paciente faz ele se sente mais seguro. O exame retal não identifica apenas o câncer de próstata, mas o de reto, que é prevalente na mesma idade e é muito mais mortal", aponta. "É importante desmistificar esse assunto".
Sexualidade
A disfunção erétil, de acordo com o urologista mineiro está associada ao diabetes mellitus, à hipertensão arterial e obesidade e pode ser o primeiro sinal de que o homem está apresentando alguma doença cardiovascular.
"A impotência sexual atinge, em alguma medida, quase todos os homens depois dos 40 anos. Atualmente ela é considerada um importante marcador de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral", afirma.
Outro aspecto ressaltado por Gonzaga é a exposição a doenças sexualmente transmissíveis. Patologias como a sífilis congênita e a gonorreia comuns no início do século passado têm preocupado as autoridades com o crescente aumento de casos no país. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), os casos de sífilis entre jovens (15-29 anos) cresceu 5.860% entre 2010 e 2015 (477 casos para 28.432).
Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) também apontaram no ano passado que, entre adultos brasileiros, os novos casos subiram 18,91% em 15 anos – eram 37 mil em 2000. O estudo indicou que, em 2015, 830 mil pessoas viviam com a doença no país, provocando 15 mil mortes por ano.
"O que nos chama atenção é que o jovem tem informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis, o que falta é atitude com relação ao uso do preservativo. Uma das fórmulas de estimular essa atitude é a consulta médica, onde ele vai ser exposto aos benefícios em aderir ao uso do preservativo", avalia. Além dos jovens, o número de doenças sexualmente transmissíveis têm crescido no país entre homens idosos.
Prevenção precoce
Apesar dos mitos e resistências em cuidar da saúde, uma geração de brasileiros tem se empenhado na busca por longevidade e uma vida saudável. Para o coordenador de Tecnologia da Informação Anderson Silva, de 41 anos, o incentivo da esposa para o tratamento de doenças ainda é um fator importante na busca por assistência médica, mas não a única forma de cuidar da saúde.
"Comigo, acontece ambas as situações. Algumas vezes, procuro por conta própria e outras por indução da minha esposa. Na maioria das vezes, postergo a ida ao médico, deixando para ir somente quando os sintomas ficam bem mais graves. No meu ponto de vista, isso só piora a recuperação", afirma.
Silva destaca que a prevenção de doenças está no seu cuidado em ter uma dieta balanceada, acompanhada por nutricionista, além de atividades físicas. "Pratico exercícios físicos três vezes na semana. Sempre que possível, durmo, no mínimo, seis a sete horas por noite. Além disso, faço exames de check-up periódicos", conta.
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PORTAL NACIONAL DE SEGUROS
Artigo – A saúde do Brasil em xeque
O Brasil talvez viva hoje um dos momentos mais delicados de sua história.
Escândalos de corrupção atingem todos os partidos, colocando instituições seculares à beira do descrédito. Os desvios envolvem políticos de todas as cores e instâncias das mais variadas. Difícil salvar desse lodaçal um ministério, uma secretaria, um governo, seja de onde for.
Claro que os reflexos se dão em todos os campos. Na Saúde, por exemplo, o rombo deixado pela malversação dos recursos públicos foi de R$ 20 bilhões em 2016. Dinheiro que deveria ser usado para construção de hospitais, compra de equipamentos, contratação de médicos e outros profissionais vazou para os bolsos de quadrilhas infiltradas na máquina do estado.
Assim, a situação do Sistema Único de Saúde (SUS), já extremamente preocupante em virtude do subfinanciamento fica cada vez mais caótica. A agravante é que o Governo aprovou uma Lei que congela por 20 anos os parcos investimentos no setor, o que sinaliza tempos de provação para os pacientes, em especial para os mais vulneráveis social e economicamente.
As boas cabeças do País e os chamados homens de boa vontade têm de se unir rapidamente para evitar um mal ainda maior. Atualmente, a saúde virou mero negócio,
em vez de focar no bem estar do cidadão.
É explorada por muitos maus gestores e maus empresários, que, se ainda não são regra, faz anos deixaram de ser exceção. Isso fica evidente quando falamos de formação médica. Faculdades são abertas sem hospital-escola, sem professores qualificados, sem preceptoria e com grade curricular contestável todos os dias. Assim, todos os anos, são ejetados para a linha de frente de atendimento profissionais de formação insuficiente e que representam risco à saúde dos pacientes. No mais recente Exame Cremesp com formandos de medicina, realizado ao término de 2016, quase a metade dos participantes da avaliação não atingiu a nota mínima para aprovação.
É calamidade mesmo! Cerca de metade dos médicos que acabou de entrar no mercado de trabalho não está apta a exercer a medicina. Muitos dos recém-formados desconhecem o diagnóstico ou tratamento adequado de casos básicos e problemas de saúde frequentes, como tratamento inicial do infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial; crise de asma do adulto e criança; atendimento inicial de vítima de acidente automobilístico; diagnóstico de hipertireoidismo, conduta na cetoacidose diabética e na identificação de quadro de doenças mentais (esquizofrenia, distúrbio bipolar) etc.
Reverter esse quadro e escapar de um xeque-mate passa necessariamente pela revisão da forma de fazer política no Brasil, de gerir a coisa pública e também pela revisão do modelo de saúde aqui implantado. Não é mais possível continuarmos na idade da treva, propondo políticas ao SUS e a área suplementar com base na doença.
Precisamos que a atenção tenha como prioridade a prevenção e a promoção em saúde. Humanizando a medicina, passando a enxergar o paciente como gente não como um número de quarto ou uma carteira de plano de saúde estaremos também formando o alicerce de futuras gerações saudáveis.
Com essa ênfase, pouco a pouco, pacientes deixarão de se submeter a procedimentos ou exames de alto custo e mais complexos. Será uma economia que se reverterá para outras necessidades em saúde. O cidadão se manterá saudável, pois terá a possibilidade de uma doença diagnosticada antes e uma intervenção competente para evitá-la.
Esse processo é de uma riqueza incrível para um sistema de saúde. Então, está mais do que na hora de abrirmos os olhos e passar a investir na qualidade de vida e no bem estar.
Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e professor afiliado do Hospital Militar de Área de São Paulo (HMASP)
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O POPULAR
Artigo – SUS moderno e seguro
Em 06 de julho de 2015, o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira – Hugol foi inaugurado como o primeiro hospital público com uso de Prontuário Eletrônico do Paciente, inovação que proporciona mais segurança, agilidade e qualidade no atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) desde a primeira pessoa assistida na unidade.
Até junho de 2017, 24 meses, o Hugol realizou mais de 3,2 milhões de procedimentos, dentre internações, ambulatório, urgência e emergência e equipe multidisciplinar (2.304.971), procedimentos cirúrgicos (28.032), exames (908.644), transfusões (21.144) e coletas de sangue (14.95,3). Apenas os números referentes à categoria exames poderão sofrer alterações, pois o mês de junho de 2017 não foi validado pela prestadora do serviço.
O cuidado dedicado às vidas atendidas foi avaliado pelos usuários com 97% de satisfação, o que reflete uma filosofia de trabalho voltada à humanização do atendimento, ao olho no olho e, acima de tudo, à resolutividade. Isso faz parte do propósito de existência do Hugol.
Quanto à origem dos pacientes, 61% são moradores de Goiânia, principal mente da Região Noroeste, e 38% de outros municípios de Goiás. Além disso, 1% dos atendimentos foi dedicado a pacientes de outros Estados, denotando a representatividade que o hospital tem obtido no âmbito nacional, como é o caso da unidade especializada em queimaduras. Atendimento SUS em uma unidade de saúde moderna e segura para os pacientes.
Hélio Ponciano Trevenzol- Diretor geral do Hugol
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REDE BRASIL ATUAL
Pai da 'noiva ostentação', Ricardo Barros é unanimidade e vira alvo de repúdio e ovos
Além de receber repúdio dos médicos ao dizer que eles fingem trabalhar , ministro da Saúde de Temer enfrenta manifestantes na festa de casamento da filha Maria Victoria, em Curitiba
São Paulo – A semana terminou difícil para o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Pai da noiva ostentação Maria Victoria Barros, o ministro viu a festa de casamento da filha em Curitiba, na sexta-feira (14), se tornar palco de manifestação. Os manifestantes gritavam, ão, ão, ão, vai chegar de camburão", "golpista" e "Maria camburão", para lembrar um episódio de fevereiro de 2015, quando os governistas entraram na Assembleia Legislativa escoltados por um carro do choque, da Polícia Militar. O plenário estava ocupado em sua maioria por professores em greve, que protestavam contra a votação de projetos de ajuste fiscal, incluindo a reforma na Previdência que tinha apoio de Maria Victória.
A noiva é deputada pelo mesmo partido do pai (PP) e integra a base do governador Beto Richa (PSDB). A mãe da noiva é a vice-governadora Cida Borghetti (PP). O casamento que era para ser festança de família e amigos, que instalaram uma estrutura metálica sob a fachada de um edifício histórico no centro da capital paranaense com autorização do governo, virou um grande escracho.
Pelas redes sociais, os manifestantes convocaram o ato lembrando os ataques das contrarreformas de Michel Temer, com a retirada de direitos. Um dos eventos divulgados nas redes sociais dizia que nossa querida deputada irá se deliciar com um casamento farto de muitas regalias. Como bons cidadãos, temos que presentear os noivos e seus convidados (muitos deles políticos) com uma bela recepção, regada de muitos fogos de artifícios e palavras amigas e reconfortantes".
A família até achou normal. Em nota, a noiva e seus pais afirmaram que tudo transcorreu dentro na normalidade. Mas lamentaram ter tido parte da cerimônia atrapalhada pelo povo, que impediu um trajeto que seria feito a pé e as agressões físicas e verbais – o preço da democracia , segundo eles – que foram motivadas pela pré-candidatura de Cida Borghetti ao governoparanaense.
Se terminou ruim para o ministro, a semana foi difícil também para os trabalhadores, que na última terça-feira (11) viram seus direitos duramente conquistados jogados no ralo junto com a CLT dilacerada pelo Senado um dia antes do juiz federal Sergio Moro condenar, sem provas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão pelo suposto favorecimento envolvendo o tríplex do Guarujá.
Tampouco foi fácil para os médicos, especialmente para os do Sistema Único de Saúde (SUS). Na quinta-feira (13), ouviram do ministro da Saúde que os médicos precisam parar de fingir que trabalham .
A fala desastrosa – senão carregada de má-fé – foi feita em evento oficial da pasta, em Brasília, quando Barros anunciava investimentos de R$ 1,7 bilhão para qualificar e ampliar o atendimento à população. Parte dos recursos será usada na modernização das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), como instalação de prontuário eletrônico e biometria para controle de horário de entrada e saída de servidores.
Conselhos regionais de Medicina em diversos estados endossaram nota do Conselho Federal de Medicina (CFM) em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB). Algumas regionais, porém, elevaram o tom. É o caso de São Paulo (Cremesp) e do Rio de Janeiro (Cremerj), que afirmaram repudiar as declarações do ministro Barros.
Em nota, a Associação Médica do Espírito Santo foi direta: Em mais uma declaração infeliz, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, tenta atribuir aos médicos do SUS a culpa pelos problemas que o sistema apresenta desde o seu nascedouro. Dizer que os médicos do SUS fingem que trabalham é uma afirmação leviana e desrespeitosa de quem não conhece a realidade da saúdepública no Brasil. O ministro e os políticos, de forma geral, deveriam olhar para o próprio umbigo. Não são os médicos do SUS que estão sendo investigados por corrupção e desvio de bilhões em recursos públicos que deveriam ter sido destinados aos serviços públicos em benefício da sociedade. Quem finge que gerencia são esses mesmos políticos, que vão parar nas cadeiras de gestores públicos para satisfazer as vontades pouco ou nada republicanas de partidos políticos.
Para o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), o atual ministro da saúde, Ricardo Barros, mostrou, mais uma vez, o seu despreparo para exercer o cargo de gestor máximo do Sistema Único de Saúde (SUS) . Em mais uma tentativa de desviar o foco dos reais problemas da saúde, Barros desrespeitou a categoria médica ao declarar que médico tem que parar de fingir que trabalha . Por desconhecimento, ou má fé, o ministro omite a falta de uma política de recursos humanos uniforme e coerente, baseada em uma carreira do SUS, um dos principais condicionantes, junto com o subfinanciamento, para a desorganização do sistema de saúde. Procura desviar o foco das atenções, dias após ver sua gestão ser reprovada no Conselho Nacional de Saúde por não cumprir a aplicação mínima constitucional de 15% das receitas correntes líquidas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação