Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16/01/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Coluna Giro – LEGITIMIDADE

O Conselho Estadual de Saúde elegeu ontem vice-presidente Cecília Martins Brito, da Secretaria de Estado da Saúde. O regimento interno veta representantes da pasta como presidente e vice.
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Artigo – Salomão Rodrigues Filho 
Os médicos também são vítimas

Nada justifica a falta do médico ao plantão para o qual está escalado. O artigo 9º do Código de Ética Médica reza que: “É vedado ao médico deixar de comparecer a plantão em horário pré-estabelecido ou abandoná-lo sem a presença de substituto, salvo por justo impedimento. Na ausência de médico plantonista substituto, a direção técnica do estabelecimento de saúde deve providenciar a substituição”. Fica claro que o médico escalado não pode faltar ao plantão, que o médico que está no plantão não pode abandoná-lo até a chegada do sucessor e que o diretor técnico tem que providenciar a substituição. Registramos que, apesar da exigência legal, os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) não têm diretores técnicos médicos.
O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), construído há mais de 20 anos, é hoje incapaz de atender toda a demanda de urgências e redefiniu o seu perfil de atendimento, restringindo suas ações às urgências dos pacientes vítimas de trauma. Não existem unidades públicas capazes de realizar o atendimento das urgências não relacionadas ao trauma, pois o Hospital de Urgências de Aparecida (Huapa) e o Hospital de Urgências de Trindade pouco ou nada acrescentaram até agora.
Equivocadamente, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia optou por transformar os Cais, unidades de atendimento ambulatorial, em unidades de atendimento à urgência. O atendimento ambulatorial ficou prejudicado e o atendimento à urgência não foi beneficiado. A estrutura física inadequada, aliada à carência de equipamentos, de material, de medicamentos e de pessoal preparado, transformou o Cais em lugar de presenciar morte e não de salvar vida.
Um dos caminhos seria a pactuação com a rede hospitalar privada, que tem qualificada capacidade de atendimento da demanda, o que poderia ser feito em curtíssimo espaço de tempo e ser uma solução temporária ou duradoura. Outro caminho seria a edificação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Estas unidades foram idealizadas pelo Ministério da Saúde para o atendimento às urgências, na proporção de uma para cada cem mil habitantes.
O ministério fornece o projeto, custeia a construção e contribui para o funcionamento das UPAs. Aparecida tem uma em pleno funcionamento que merece ser visitada e mais duas já autorizadas pelo ministério. Senador Canedo tem uma recentemente inaugurada. Goiânia ainda não tem nenhuma.
A desmotivação do médico para trabalhar no sistema público de saúde goianiense tem fulcro nas péssimas condições de trabalho, caracterizadas por ambientes inadequados, falta de materiais, de equipamentos e de pessoal qualificado. Fundamenta-se também na desvalorização profissional, caracterizada pelo vínculo empregatício precário, insegurança, ausência de carreira e salários irrisórios. Se o médico não estiver motivado o sistema não vai funcionar. Por falta de motivação existe hoje uma grande rotatividade de médicos nos postos de atendimento do sistema público. A continuar a política de desmotivação, em breve não teremos médicos dispostos a assumir tão grande responsabilidade por tão pouco.
O Código de Ética Médica estabelece e o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) propugna para que todos os médicos cumpram rigorosamente a sua carga horária e não faltem aos seus plantões. A falta de médico a plantão é exceção e não a regra, uma vez que a grande maioria cumpre com as suas obrigações e as mazelas da assistência pública à saúde não podem continuar sendo transferidas indevidamente para o médico.
O caos que reina na assistência médica em Goiânia não é culpa do médico que é vítima tanto quanto a população que necessita receber assistência no sistema público. Inoperância, ideologização excessiva, equívocos administrativos e desvalorização do médico resultaram no que temos hoje.
Estamos esperançosos que o novo secretário de Saúde, Fernando Machado, fará as necessárias correções de rumo e encontrará caminhos para motivar o médico a se dedicar ao trabalho no sistema público de saúde de Goiânia.

Salomão Rodrigues Filho é médico e presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego)
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Cartas dos Leitores – Falta de médicos

No episódio dos diretores e médicos que fraudaram o controle de ponto no Cais Novo Horizonte, gostaria de parabenizar o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Fernando Machado. Tão logo assumiu o comando da pasta, ele procurou dar andamento à apuração de responsabilidades no caso, remetendo a sindicância ao Ministério Público.
Aplaudo também a postura equilibrada com que o secretário vem enfrentando o problema da falta de médicos na rede, cuja solução, a meu ver, depende de duas medidas: primeiro, a garantia do cumprimento das escalas de plantão pelos médicos, o que o secretário já está fazendo. Depois, a convocação de concursados para preenchimento dos déficits existentes.
Neste sentido, como usuário do SUS, gostaria de contar com a colaboração do prefeito Paulo Garcia, pois todos sabem que as nomeações passam pela gestão da Prefeitura e não apenas da Secretaria Municipal de Saúde.

GUSTAVO MESSIAS – Parque Amazônia – Goiânia

Gostaria de saber de nossos governantes a razão de tanto descaso com a saúde pública, em Goiás e em todo o Brasil. No Estado, o secretário de Saúde é médico; em Goiânia, o prefeito é médico e o secretário de Saúde também. Não vemos melhoras nenhuma, e o problema sempre tende a aumentar.
No início de janeiro, levei uma netinha a um Cais de Goiânia, porque ela estava com muita febre e algumas feridinhas na boca. A pediatra olhou, receitou antibiótico e disse que era coisa simples, uma virose – sempre a mesma resposta. Como o estado de saúde dela agravou-se, tive de procurar uma unidade de saúde particular, e a menina ficou internada durante cinco dias, porque não se alimentava.
Para pagar a conta, tivemos de arranjar dinheiro emprestado. Gostaria que nossos gestores deixassem de rodeios e respondessem com toda sinceridade o porquê desse drama em que estamos vivendo. Sempre aparecem com aquela desculpa da falta de médicos e também a falta de dinheiro.
Para construir estádios de bilhões, sempre tem dinheiro, mas para construir bons postos de saúde e contratar profissionais, sempre apresentam desculpas que, por incrível que pareça, são sempre as mesmas.
Em épocas de eleições, eles prometem de tudo, mas depois de eleitos, somem e nunca mais conseguimos falar com eles. Só mais uma pergunta: por que o governador, o prefeito e seus secretários não vão até aos postos de saúde? Aí, quem sabe, a coisa melhorava.

RÔMULO TAVARES – Jardim Olímpico – Goiânia
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Saúde
Risco de epidemia de dengue é alto em 15 municípios

 

Situação é mais crítica em Barro Alto. Goiânia e Aparecida estão na lista. Em 25 cidades, risco é médio

Camila Blumenschein

Goiás tem 15 municípios que apresentam quadro de alto risco para a ocorrência de epidemia de dengue. Outras 25 cidades do Estado estão em situação de médio risco para epidemia da doença. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio de um relatório que traz números de casos da dengue, a incidência e o número de habitante de cada município, com base no que foi verificado do início de julho de 2012 a primeira semana deste ano.
O município com maior incidência de dengue, conforme o relatório, é Barro Alto, seguido por Edealina, em segundo lugar e Cachoeira Dourada em terceiro. Aparecida de Goiânia aparece em quinto lugar e Goiânia em 11° (veja quadro). Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Tânia da Silva Vaz, quando um município é considerado de alto risco significa que ele apresenta 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. “Na cidade de alto risco a possibilidade das pessoas pegarem a doença é muito alta”, diz.
Já as cidades que apresentam médio risco também são problemáticas, segundo Tânia da Silva. São os municípios que apresentam de 100 a 299 casos por 100 mil habitantes. “Essas também são perigosas porque apresentam muitos casos em razão do número de habitantes que vivem na cidade”, esclarece. O índice de incidência é calculado semanalmente pela SES.
Com o objetivo de tentar evitar a ocorrência de epidemias nos municípios mais problemáticos, a SES vai realizar na sexta-feira uma reunião com os prefeitos e secretários municipais de Saúde dos 40 municípios que apresentam quadro de alto e médio risco e o secretário de Estado de Saúde, Antonio Faleiros, onde serão discutidas e traçadas estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti.
No encontro será feita apresentação geral de cada município aos seus gestores, para que possam ser traçadas as estratégias. “A SES está fazendo um apelo dramático tanto aos gestores quanto à população do Estado para combater a dengue. A situação este ano é muito delicada e o risco de termos uma epidemia é grande”, declara a superintendente.
EMERGÊNCIA
De acordo com Tânia da Silva, 92% dos domicílios no Estado que recebem visitas dos agentes de endemias possuem focos da doença. “A secretaria já começou a intensificar o combate aos vetores e precisamos contar com a colaboração dos gestores. É muito importante que eles incentivem os agentes da dengue e os profissionais de saúde que atendem os casos suspeitos a se capacitar”, diz.
Entre as ações que fazem parte do plano de intensificação do combate à dengue estão a capacitação dos profissionais de saúde que trabalham nas unidade onde é realizado o primeiro atendimento às pessoas com sintomas da doença; as visitas constantes dos agentes de endemias para identificar e eliminar os focos do mosquito e o uso das bombas de pulverização (fumacê). “Muitos municípios não possuem o quantitativo de agentes de endemias determinado pelo Ministério da Saúde e é preciso que isso mude”, acrescenta Tânia.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pacientes lotam Cais em busca de atendimento

Número de atendimentos, que era de até 90 por dia, chega a 200 nesse início de ano. Falta de médicos seria por desvalorização
THAMYRIS FERDANDES
Corredores cheios e longas esperas são reclamações comuns aos pacientes que aguardavam serem atendidos no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Jardim América, na Região Sul de Goiânia. De acordo com o clínico geral e vereador Bernardo Paula Neto – mais conhecido por Dr. Bernardo do Cais (PSC) –, a sobrecarga é resultado das condições atuais da rede municipal de Saúde, que resulta em profissionais mal remunerados e em cais equipados precariamente.
Segundo a superintendente técnica da unidade do Jardim América, Carolina Renata, a demanda realmente tem se intensificado nas últimas três semanas. Ela ressalta que o número de pacientes mais que dobrou. “Antes a média do plantão diurno era de 90 atendimentos por dia. Nas últimas semanas, entretanto, esse número tem ficado em torno de 200 atendimentos.”
A superintendente conta que os médicos estão ficando sobrecarregados especialmente porque a procura pelo Cais tem sido intensa por parte de pessoas de outras regiões de Goiânia. Conforme explica, a equipe médica – composta por três clínicos gerais e um pediatra – tem feito o melhor possível para conseguir encaixar as pessoas, mas é comum que os pacientes tenham de esperar até a noite para ser examinado. “Não posso dizer que está sendo rápido porque eu estaria mentindo. Com o aumento na procura, a equipe fica sobrecarregada, especialmente agora, com o início do período típico da dengue.”
De acordo com os pacientes, muitas unidades da Capital estão encaminhando quem precisa de atendimento ao Cais do Jardim América devido ao número insuficiente de médicos disponíveis em suas instalações. A feirante Daiane Malaquias de Sousa conta que buscou atendimento para o marido, que está com dengue, primeiramente no Cais Novo Horizonte. “Eu moro no Real Conquista e a unidade do Novo Horizonte ficaria mais perto pra mim. Mas eles disseram que lá só tinha um médico e que eu não conseguiria ser atendida porque ele atendia apenas urgências, como acidentes e pacientes levados pelo Samu. Então fui aconselhada a vir para cá.”
A costureira Tânia Freires explica que também procurou o Cais do Novo Horizonte para consultar a mãe, que está com cólicas de rins, mas foi orientada a ir ao Jardim América. “Eles falaram que aqui teria mais médicos, mas não sei se foi uma opção melhor. Minha mãe está esperando aqui há mais de três horas.”
Caso parecido foi o do radialista Milton Oliveira. Com febre de 39 graus, ele estava na fila do atendimento há mais de duas horas, sem previsão de quando seria examinado. Milton conta que as pessoas começaram a ser atendidas com mais rapidez depois das 17h, quando o médico de uma outra unidade chegou para reforçar a equipe. “Passei pelo Cais do Novo Horizonte e pela unidade do Bairro Goiá, mas nenhum poderia me atender. Então me disseram para vir para cá.”
Motivos
Segundo o médico Bernardo Paula Neto – que atende no laboratório do Jardim América –, a unidade é uma das que oferecem o maior número de médico frequentes e com condições mais confortáveis de atendimento. “Não é que os outros Cais não contam com médicos. A verdade é que existe uma ausência de recursos da rede municipal, que investe pouco nos profissionais e na estrutura dos centros.”
Ele explica que os salários baixos na Saúde Pública é o grande motivo da disponibilidade escassa de médicos na região Metropolitana. Segundo Bernardo, em Aparecida de Goiânia – por exemplo – um médico concursado recebe um pouco mais de R$ 1.200, quando o salário inicial estabelecido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) é de R$ 9 mil. “Isso é ridículo se levarmos em consideração que, para se formar, os estudantes de medicina gastam, em média, R$ 4 mil por mês.”
O clínico geral comenta que é comum que os médicos procurem empregos no interior, onde costumam receber mais. No entanto, os que permanecem na Capital precisam se desdobrar e buscar vários trabalhos, fazendo até três plantões por dia. “Isso implica na qualidade do atendimento, porque os pacientes encontram profissionais cansados e desmotivados. Começa, então, um jogo de empurra-empurra que deve ser mudado em Goiânia”, diz.
Bernardo acrescenta ainda que a falta de médicos, nesse início de ano, também pode ser explicada pelo período de férias. “É comum os médicos tirarem férias nessa época especialmente depois das festas de fim de ano”, diz.
Procurada pela equipe do Diário da Manhã, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que não há problemas com os serviços prestados pelos Cais. Por meio de nota enviada pela assessoria de comunicação, a SMS informou que não há qualquer unidade que esteja sem atendimento.
O comunicado da secretaria ressalta que as únicas unidades de saúde que estavam com falta de médico nessa terça-feira (15) foram o Cais Guanabara, Ciams Urias Magalhães, Cais Bairro Goiá. Mesmo assim, como destacou a assessoria, havia pelo menos um médico atendendo urgência e emergência.
A SMS ressalta ainda que o Cais Novo Horizonte estava na mesma situação dos outros citados, mas era considerada o caso mais crítico pelo maior número de faltas dos profissionais. A unidade, inclusive, está passando por crise interna devido à fraude denunciada pela prefeitura, na semana passada, em que médicos e diretores adulteravam folhas de pontos.
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O HOJE
Suspeitos de fraudes sem punição

 

Por lei, acusados de desvio de dinheiro do Cais Novo Horizonte vão continuar trabalhando até fim do inquérito
ANGÉLICA QUEIROZ

Os acusados de fraude no Cais Novo Horizonte já estão afastados desde o mês passado, mas devem ser lotados em outras unidades. A afirmação é do diretor jurídico da Secretaria Municipal de Saúde, Carlos Itacaramby, que presidiu a comissão de inquérito que investigou as irregularidades. Ele explica que os funcionários afastados são de carreira e não podem ser exonerados até que o inquérito administrativo seja concluído, o que, segundo ele, deve demorar pelo menos três meses.
Vânia Lúcia de Paula Ramos, diretora geral; Doraine Regina Barcelos, diretora técnica; Vanete Sandra Meireles, diretora administrativa; e Vanessa Silva de Andrade, assistente administrativa, terão durante esse tempo direito de apresentar suas defesas. “A partir daí, vamos apurar se houve mesmo ilícito ou não e se mais pessoas estão envolvidas nessas irregularidades”, afirma Itacaramby. Uma nova direção já assumiu o Cais. O novo diretor, José Ismariano Cardoso, preferiu não se manifestar sobre o assunto.
Convocados
Segundo Itacaramby, o Cais Novo Horizonte está entre as prioridades da Secretaria para receber novos médicos, já que, com a descoberta da fraude, alguns dos que trabalhavam no hospital se afastaram de seus cargos. Ele afirma que 200 médicos aprovados em concurso público serão convocados – 20 deles ainda essa semana.
O diretor jurídico da SMS lembra que nem todos atendem ao chamado, já que muitos estão trabalhando em outros lugares, ou passaram em outros concursos. “Uns 120 devem começar a trabalhar. Isso vai suprir o déficit emergencial. E, no caso do Novo Horizonte, esses novos profissionais vão ser essenciais para colocarmos a casa em ordem”, diz.
MP quer relação dos profissionais em serviço
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que “quanto ao possível agravamento do atendimento médico no serviço público municipal, em situação já trazida formalmente ao órgão, e em outras conhecidas pela instituição nos últimos dias, já foi instaurado procedimento visando apurar a situação”. O MP-GO requisitou a relação de médicos em serviço no dia da denúncia formalizada, bem como a relação atualizada de todos os profissionais de saúde lotados nos Cais da capital, com a finalidade de averiguar as denúncias.
Em nota, a entidade se manifestou: “Com relação às possíveis fraudes no registro de ponto de profissionais do setor, também já é de conhecimento da área de patrimônio público a qual requisitou, desde o dia 11 de janeiro de 2013, informações junto ao presidente da Comissão Especial de Sindicância da Secretaria Municipal de Saúde, estando no aguardo de decurso de prazo legal para o cumprimento da determinação”.
Responsabilização
O MP-GO informa que, se constatado que ocorreram falhas no atendimento e também fraudes no registro de frequência, a instituição buscará adoção das medidas jurídicas necessárias ao pleno atendimento da população e à responsabilização de todos os envolvidos nas áreas de improbidade administrativa, cidadania e criminal.
Uma sindicância interna na Secretaria Municipal de Saúde revelou o esquema de irregularidade que pagava a médicos e diretores do cais nos plantões faltosos – sem a presença do funcionário escalado. A investigação foi iniciada pela própria secretaria, que verificou desvios no registro de ponto dos médicos que atendiam na unidade do cais do Novo Horizonte entre os meses de janeiro e setembro de 2011.
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SAÚDE BUSINESS WEB
Unimed Franca aposta em benefícios indiretos e capacitação para reter talentos

Reconhecida por ser um “Centro de Treinamento e Capacitação”, de acordo com as palavras do próprio diretor presidente da Unimed Franca, Otto Cezar Barbosa Júnior, a operadora passou os últimos anos perdendo mão de obra treinada para o mercado, reinvestindo em treinamentos e observou minguar o comprometimento dos cooperados. “Observamos um aumento dos custos administrativos com rescisões, horas extras e consultorias e percebemos que precisávamos inverter essa situação”, conta o presidente.
Diante deste cenário, a Unimed Franca, que conta com 324 médicos cooperados e 740 colaboradores, queria deixar de ser uma escola para os colaboradores e passar a ser uma escolha. Para isso, mais do que eficiência em gestão, foi necessário investir ainda mais nos colaboradores e cooperados.
A cooperativa é uma das maiores empregadoras do município em que atua, alcançando em 2011 um faturamento de R$ 110 milhões, portanto havia um assédio aos colaboradores pelas empresas da região, assim como muitas pessoas estavam interessadas em fazer parte de sua equipe.
Porém, antes da implantação do projeto de gestão de pessoas, havia muita inconsistência em relação às políticas de recursos humanos. “Eu, como presidente, recebo em média três currículos por dia, mas nenhum diretor pode interferir no processo de contratação. As contratações e recrutamento são baseados em avaliações técnicas e processos claros, a fim de reduzir as pressões políticas”, conta Barbosa Júnior.
De acordo com o executivo, as novas políticas de gestão de pessoas visaram valorizar os colaboradores de forma tangível e intangível. “Os profissionais da saúde têm de receber algo além do salário. São pessoas que lidam com a vida. Eles precisam ser valorizados. Sentimos que não são só os benefícios diretos que valorizam o colaborador, mas também os benefícios indiretos que a cooperativa pode oferecer”, reforça.
Atualmente, a Unimed Franca tem um pacote de benefícios, como um plano corporativo de telefonia fixa e móvel, programas de incentivo relacionados ao combate ao absenteísmo, academia de ginástica, cinema com filhos de funcionários no anfiteatro uma vez ao mês e creche, entre outros. “Queremos que os colaboradores se orgulhem de ser Unimed”, sinaliza o presidente.
Além disso, em julho de 2011, a operadora deu início ao desenvolvimento de um plano de cargos e salários. Com um investimento de cerca de R$ 400 mil no ano, a organização conseguiu padronizar as funções e faixas salariais, elaborou um estudo para dimensionamento dos setores junto à área de recursos humanos e os gestores, fez a adequação de faixas salariais e da população atual aos cargos e salários existentes, criou uma política de carreira baseada na formação acadêmica, competências e tempo de serviço, ampliou o programa de subsídio para graduação e pós-graduação, como forma de capacitação, valorizou os benefícios indiretos (sem custo de encargos) oferecidos aos colaboradores, como o plano corporativo de telefonia fixa e móvel e implementou o programa anual de recrutamento de jovens talentos (Trainee).No primeiro ano do projeto, houve uma diminuição da evasão de talentos estimada em 80% e foram identificados ganhos de produtividade. “A região é rica em mão de obra qualificada para a indústria de calçado. Nossa intenção é formar uma usina de talentos na área de serviços. Formar, treinar constantemente e manter esses talentos é nosso desafio diário”, constata o executivo.
O Sistema Unimed já tem a característica de distribuir o lucro entre os cooperados, mas na Unimed Franca houve a criação de um sistema que relaciona o investimento em pessoas ao desempenho do faturamento da empresa. “O departamento comercial é comissionado, desde a secretária até o vendedor, para comprometer os funcionários com o resultado da empresa, democratizando e envolvendo as pessoas dentro do processo”, exemplifica o presidente.
De acordo com o executivo, a gestão da Unimed Franca está voltada para o cooperado e colaboradores. “Hoje, 30% do que gastamos pagando médico por produção, gastamos também em benefícios indiretos, planos de saúde e subsídio em seguro de vida”, conta.
A saúde dos colaboradores
A Unimed Franca ainda possui um modelo que obriga o médico a gozar de férias durante 30 dias consecutivos de forma remunerada. “Temos um programa de férias remuneradas, no qual fazemos uma média de produção do médico durante o ano e pagamos para que ele fique em casa. Acreditamos que isso faz bem para a saúde dele”, pontua Barbosa Junior.
Além dessa preocupação, o executivo conta que existe uma academia, educador físico, nutricionista, check-ups anuais par os médicos, seguro de vida, afastamento remunerado por doença e uma série de benefícios que visam cuidar da saúde dos colaboradores e, principalmente, do profissional de saúde. “Isso faz com que cooperados fiquem fidelizados na empresa”, avalia.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

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