Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 17/08/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil registra 363 mortes por covid e 17,4 mil novos casos nas últimas 24 horas

Vacinação contra a Covid: mais de 50 milhões de brasileiros estão imunizados

Ministério já discute aplicação da 3º dose

IR: pressão contra reforma sobe em dia de votação

Negócios entre laboratórios somam R$ 2,4 bilhões no ano

‘A vacinação em si não conseguirá conter a Delta’, afirma epidemiologista britânico

CBF obtém aval para distribuição de vacinas a atletas, e estados recebem listas do Ministério da Saúde

Aparecida de Goiânia começa a vacinar maiores de 18 anos nesta terça

Nova versão da variante Gamma da covid-19 é detectada em Goiás

Covid-19: Goiás ultrapassa 780 mil casos

AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra 363 mortes por covid e 17,4 mil novos casos nas últimas 24 horas

O Brasil registrou 363 novas mortes por covid-19 nesta segunda-feira (16/8), totalizando 569.581 vítimas da doença. A média móvel de óbitos dos últimos sete dias, que tem o objetivo de eliminar distorções entre dias úteis e fim de semana, continua abaixo de 1 mil pelo 17º dia consecutivo e agora é de 839, ante a 860 de véspera. Nas últimas 24 horas, foram registrados ainda 17.493 novos casos da doença.

Com isso, o número total de diagnósticos positivos chegou a 20.378.986 no País. Os dados diários da pandemia no Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 19.255.927 pessoas estão recuperadas da covid-19.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho do ano passado, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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PORTAL G1

Vacinação contra a Covid: mais de 50 milhões de brasileiros estão imunizados

Levantamento é feito junto a secretarias de Saúde dos estados. Somando a primeira, a segunda e a dose única, já são 166.498.229 doses aplicadas desde o começo da vacinação.

Mais de 50 milhões de brasileiros estão imunizados com as duas doses ou dose única de vacinas desde que a vacinação começou, em janeiro. O número, contudo, ainda é baixo: ele corresponde a 23,85% da população. O total de doses é de 50.509.454.

Os dados são do consórcio de veículos de imprensa e foram divulgados às 20h desta segunda-feira (16).

Os Estados Unidos têm 50,34% de sua população imunizada, de acordo com dados do Our World in Data. O país é o primeiro na frente do Brasil em relação à imunização na 15ª posição no ranking da vacinação. Cingapura lidera a imunização com 71,26% de sua população imunizada até o dia 14 de agosto.

Os que receberam a primeira dose são 115.988.775, o que corresponde a 54,77% da população.

Somando a primeira, a segunda e a dose única, são 166.498.229 doses aplicadas.

De ontem para hoje, a primeira dose foi aplicada em 1.121.548 pessoas, a segunda em 872.813 e a dose única em 14.389, um total de 2.008.750 doses aplicadas.

7 estados não divulgaram dados hoje (AC, AP, MT, PB, PR, RJ, RR). As secretarias de saúde afirmaram que tiveram problemas com o sistema do Ministério da Saúde.

Os estados com maior porcentagem da população imunizada (com segunda dose ou dose única) são o Mato Grosso do Sul (37,76%), Rio Grande do Sul (30,07%), São Paulo (28,64%), Espírito Santo (26,38%) e Santa Catarina (24,97%).

Já entre aqueles que mais aplicaram a primeira dose estão São Paulo (67,89%), Rio Grande do Sul (59,86%), Mato Grosso do Sul (57,82%), Santa Catarina (57,26%) e Paraná (56,65%).

O levantamento é resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado por G1, “O Globo”, “Extra”, “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S.Paulo” e UOL. Os dados de vacinação passaram a ser acompanhados a partir de 21 de janeiro.

Consórcio

O consórcio de veículos de imprensa foi formado em junho de 2020, em resposta a uma decisão do presidente Jair Bolsonaro de, na ocasião, restringir acesso a dados sobre a pandemia. Os boletins informam, atualmente, o número de pessoas mortas por coronavírus, a quantidade de contaminados e a média móvel, indicador segundo o qual é possível verificar em quais estados a pandemia do novo coronavírus está aumentando, diminuindo ou em estabilidade.

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CORREIO BRAZILIENSE

Ministério já discute aplicação da 3º dose

MARIA EDUARDA CARDIM

Diante da variante Delta e do avanço dos estudos sobre a eficácia das vacinas contra a covid-19 em idosos, a aplicação de uma dose de reforço de imunizante neste grupo vem sendo avaliada pelo Ministério da Saúde. Segundo a secretária extraordinária de enfrentamento a covid-19, Rosana Leite de Melo, a pasta já quantifica quantos idosos devem receber uma injeção a mais. Segundo ela, é possível realizar esse reforço de imunização ainda este ano. Especialistas ressaltam a necessidade de focar na terceira dose dos idosos, ainda que esta aplicação possa ser feita junto com a vacinação de adolescentes sem comorbidades, por exemplo.

Em audiência pública, ontem, da comissão temporária que discute a pandemia da covid-19 do Senado (CTCovid-19), Rosana disse que existem estudos preliminares que mostram que ‘determinados imunizantes’ apresentam queda de proteção em pessoas de ‘determinadas faixas etárias’, como os mais velhos, o que preocupa o ministério. Por isso, a pasta já estuda medidas para revacinar os idosos, primeiro grupo que recebeu a vacina contra a covid19. Já estamos tomando as decisões, a nível de gestão, como planejar e quantificar esses grupos que por ventura precisem (dessa terceira dose)’, afirmou. A secretária ressaltou que, apesar de ainda não ter definido detalhes da aplicação de uma terceira dose, o ministério conseguiria realizá-la ainda este ano. ‘Se nós formos pensar em uma terceira dose, a gente está calculando trabalhar priorizando determinados grupos. Só que a gente não decidiu ainda. Existem outras variáveis que são analisadas, mas nós conseguiríamos fazer este ano, sim’, disse.

Para discutir os detalhes da dose de reforço, o ministério conta com a ajuda da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis, e além disso, segundo Rosana, realizará um fórum até o final do mês para debater o tema.

Neste debate, será avaliado qual imunizante será usado, se haverá intercambialidade de vacinas, para quem será indicada a terceira dose e outros pontos. Para o imunologista, professor da

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e membro da Câmara Técnica Assessora em Imunização, Jorge Kalil, os idosos vacinados com a CoronaVac devem ser prioridade em um primeiro momento. ‘A gente deveria imunizar com uma terceira dose imediatamente os idosos porque eles continuam sendo mais suscetíveis a forma grave da doença e morte do que os mais jovens’, salientou.

O ministério realiza um estudo com 1, 2 mil voluntários para avaliar a necessidade da terceira dose para quem tomou a CoronaVac. A pesquisa, feita com pessoas com mais de 18 anos que receberam as duas doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan há, pelo menos, seis meses, vai verificar a intercambialidade de vacinas.

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O GLOBO

IR: pressão contra reforma sobe em dia de votação

Empresas, estados e municípios intensificam mobilização para tentar convencer deputados a rejeitarem totalmente as mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, cuja alíquota pode cair menos

Com a promessa de Arthur Lira (PP-AL) de votar o projeto que altera as regras do Imposto de Renda hoje, a pressão contra a reforma tributária se intensificou. O adiamento da votação na semana passada não ajudou na construção de um acordo, e entidades se mobilizaram contra a proposta, considerada ‘inaceitável’ pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), inclusive pedindo agora a derrubada total do texto em plenário, e não mais alterações.

Apesar da resistência do relator Celso Sabino (PSDB-PA), mudanças estão sendo costuradas no texto. Uma possibilidade que começou a ser negociada ontem à noite foi reduzir menos o Imposto de Renda das empresas. O IRPJ poderia cair de 25% para 17, 5% e não mais para 16, 5%. O objetivo é atender aos estados, que alegam risco de queda na arrecadação.

Na quinta-feira, ao decidir pelo adiamento da votação da reforma, Lira pediu a colaboração aos deputados, afirmando que todos os pleitos que travavam o avanço da matéria não seriam totalmente atendidos. A proposta visa a corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, ao mesmo tempo em que muda a tributação das empresas, instituindo a cobrança sobre a distribuição de dividendos aos sócios, entre outras mudanças.

Mesmo com uma intensa agenda de reuniões no fim de semana e véspera da votação, o relator afirmou que as últimas concessões atenderam aos pedidos dos profissionais liberais ao incluir empresas que optam pelo regime do lucro presumido, com faturamento de até R$ 4, 8 milhões, no rol de isenções dos dividendos.

MUDANÇAS NOS DESTAQUES

Fontes que acompanham as negociações afirmaram ao GLOBO que essa inclusão criou resistências dentro da Receita Federal. A análise é de que ao beneficiar categorias como médicos e advogados, o relator acaba discriminando os demais trabalhadores que pagam alíquota de 27, 5% no IR de pessoa física.

O presidente da Câmara e o vice-presidente da Casa, Marcelo Ramos (PP-AM), reiteraram a votação nesta semana. Para Ramos, o texto está muito distante de um acordo entre os parlamentares para a aprovação, mas como se trata de um projeto de lei que requer maioria simples para ser aprovado, há chances de a proposta avançar. Lira tenta convencer os deputados alegando que eventuais mudanças no texto podem ser feitas por meio da análise de destaques.

Mas as resistências ao projeto seguem e, sob sigilo, deputados e opositores da proposta afirmam que, agora, há a pressão para a derrubada total do projeto, não mais para alterações pontuais.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, considera inaceitável o último substitutivo da reforma, que prevê uma redução de 8, 5 pontos percentuais (p. p) no IRPJ e de 1, 5 p. p. na CSLL em troca da tributação de 20% sobre os dividendos A avaliação é de que o novo texto aumenta a tributação sobre investimentos produtivos e precisa ser alteradona Câmara. Segundo a entidade, com a fórmula proposta, o imposto total sobre as empresas e seus sócios, atualmente em 34%, pode chegar a 40, 4% em 2023.

Já a Associação Brasileiradas Companhias Abertas (Abrasca) divulgou posicionamento, reiterando preocupações com o projeto: acredita que a redução dos impostos das empresas não é suficiente para atingir a neutralidade tributária e não gerar aumento da carga tributária. A entidade é contra outros pontos do texto, como o fim do mecanismo de juros sobre capital próprio (JCP) e alíquota de dividendos diferente da fixada para investimentos em renda fixa.

O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) circulou entre os deputados dois cenários possíveis de alterações, que não implicariam perdas aos governos locais. Esses cálculos foram levados até a equipe econômica. Estados e municípios seguem contrários à reforma.

APOIO DA CLASSE MÉDICA

Beneficiadas por uma mudança no texto na última semana, entidades médicas deram apoio ao texto. O Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou em nota que a aprovação da proposta ‘poderá trazer maior equilíbrio ao ambiente para que os médicos brasileiros exerçam sua profissão’. A Associação Médica Brasileira (AMB) também soltou nota defendendo o projeto.

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‘A vacinação em si não conseguirá conter a Delta’, afirma epidemiologista britânico

Britânico chama a atenção para distribuição desigual de doses entre os países, o que pode levar o mundo a registrar ‘mais mortes depois de o imunizante ser inventado do que antes’

Giuliana de Toledo

SÃO PAULO – Uma espécie de cortina de ferro está prestes a ser erguida no mundo, e a responsável por essa segregação é a variante Delta do coronavírus. Para o matemático e epidemiologista britânico Adam Kucharski, que se tornou uma referência nas análises sobre os rumos da pandemia, o planeta viverá a partir de agora uma divisão entre os países. De um lado, os que quiserem retomar uma vida mais normal e, como efeito colateral, conviver com surtos de Covid. Do outro, aqueles que, diante dos riscos da nova cepa, deixarão as medidas de restrição em vigor por mais tempo, por anos até.

– A vacinação por si só provavelmente não consegue parar a Delta. E isso leva os países a uma grande escolha: se decidem suspender as medidas de restrição e assumem que vai haver alguma transmissão ou se simplesmente vão manter as medidas em vigor – resume o professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine e autor do best-seller ‘As regras do contágio: Por que as coisas se disseminam – e por que param de se propagar’.

Segundo Kucharski, a distribuição desigual de doses entre as nações pode nos levar a registrar ‘mais mortes depois de a vacina ser inventada do que antes’. Ele foi palestrante convidado do 33º Colóquio Brasileiro de Matemática, realizado on-line pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Após sua participação, na última quinta-feira, o britânico conversou com O GLOBO, com exclusividade.

O que os modelos matemáticos conseguem prever para os próximos tempos? Por um lado, temos as vacinas, mas, por outro, existe a variante Delta.

Acho que os modelos estavam bastante otimistas há alguns meses, porque as vacinas pareciam estar indo muito bem e conseguiram reduzir a transmissão o bastante antes de a Delta chegar. Mas a Delta elevou os padrões do que os países precisam fazer. Estamos em uma situação em que a vacinação por si só provavelmente não conseguirá parar a Delta, mesmo que você vacine em níveis muito elevados. E isso leva os países a uma grande escolha agora: se decidem que as medidas de restrição são insustentáveis, que querem suspendê-las e que vai haver alguma transmissão, porque as vacinas não conseguem deter isso, ou se simplesmente vão manter as medidas em vigor. Especialmente alguns países que não tiveram muitas infecções até agora, e que não desenvolveram tanta imunidade (pelo contato com o vírus), podem querer manter em vigor algumas medidas de controle ainda por alguns anos. Poderemos ver uma grande divisão do mundo entre essas duas abordagens diferentes.

Em setembro de 2020, quando o seu livro foi publicado no Brasil, você disse em entrevista ao GLOBO que acreditava que ainda por um ou dois anos teríamos a nossa rotina afetada pela Covid-19. Hoje, como você enxerga essa previsão?

Isso foi antes de as vacinas surgirem. E as vacinas que apareceram são melhores do que a gente podia imaginar, tanto em termos de eficácia quanto no número (de opções). Mas o problema é que as vacinas estão sendo distribuídas de forma desigual. Estamos vendo uma grande disparidade entre os países. E é realmente chocante que possamos acabar tendo mais mortes depois de a vacina ser inventada do que antes. Isso é algo que provavelmente poucas pessoas imaginariam lá atrás se soubessem quão boas essas vacinas seriam.

A distribuição desigual das vacinas pode atrasar significativamente o final da pandemia?

Sim. Estamos em um ponto em que todas as pessoas dos grupos de risco e todos os profissionais de saúde do mundo já poderiam ter sido vacinados. E, por uma série de escolhas dos países, isso não aconteceu ainda. O vírus pode causar surtos devastadores em certas áreas, mas, uma vez que você atinja um nível alto de vacinação, isso não acontece mais. Você ainda convive com a doença, ela ainda causa problemas, mas não é catastrófica. Me preocupa o fato de que temos muitos países no mundo que ainda estão sob a ameaça dessas catástrofes. Isso alonga a epidemia e dá incentivo para o vírus se adaptar e se espalhar, por meio de variantes, inclusive entre as populações vacinadas.

Existe ainda, especialmente nos países ricos, a recusa de parte da população em tomar vacina.

Acho que precisamos separar as pessoas que querem apenas informações sobre saúde e têm perguntas razoáveis. Pessoas que têm problemas de saúde, grávidas, por exemplo, que só querem receber informações, e isso é totalmente compreensível. Mas há também alguns esforços bem organizados para minar as vacinas. E parte das coisas que alguns países disseram também não ajuda… Se isso acontece, a epidemia pode se tornar muito mais longa. Se um determinado país tiver uma cobertura de vacinação muito baixa, uma epidemia devastadora ainda pode acontecer. E isso levará os governos a manter as medidas em vigor. É como ter uma porta pela qual você pode sair da pandemia, mas há pessoas que não querem passar por ela, e, assim, terminamos trancados dentro de um cenário de lockdown.

No Brasil, a variante Gamma ainda domina, mas a Delta está avançando. Na vacinação, estamos evoluindo, mas a porcentagem da população completamente imunizada ainda não é grande. Em meio a esse quadro, São Paulo e Rio de Janeiro planejam reabrir a economia nas próximas semanas. Isso parece recomendável?

Vai ser difícil para muitos países porque eles não podem manter as restrições para sempre. Os países precisam encontrar um caminho de volta à normalidade, porque não dá para passar anos e anos com tudo fechado. Mas, quando a cobertura de vacinação é baixa, você precisa ter flexibilidade na tomada de decisão, porque já vimos que a Delta pode entrar muito rápido mesmo nos países com cobertura bastante alta, como no Reino Unido e nos EUA. Os países precisam ficar de olho na situação e estar preparados para mudar de direção se houver sinais de que é cedo para a reabertura.

As variantes do vírus têm sido cada vez mais difíceis de enfrentar. Há chances reais de, em breve, estarmos sofrendo com uma nova e pior cepa?

Acho que não, com base no que vemos com coronavírus sazonais e outros vírus, como o da gripe. Com o tempo, há um incentivo para o vírus evoluir, mas não necessariamente para ser inerentemente mais transmissível. Se ele consegue escapar das respostas imunológicas, mesmo que seja causando infecções leves, já é uma vantagem para ele. Para mim, a questão é: quando essa evolução vai acontecer? Porque a variante Delta agora é bastante antiga. Beta e Gamma também. Será que o vírus está a um passo de mutar ou a Delta é mesmo o tipo de vírus ideal para o momento? Nós vemos bastante isso na gripe. O vírus experimenta combinações diferentes e, em algumas delas, não faz muito sucesso. Nós precisamos nos planejar para isso, com atualizações nas vacinas e rastreio do vírus.

Na pandemia, a população em geral está vivenciando a ciência de uma maneira sem precedentes. Você já disse, em entrevistas à imprensa britânica, que é engraçado que até os tabloides o procuraram para falar sobre conceitos como ‘taxa de transmissão’. Ao final da pandemia, você acredita que a população terá mais confiança na ciência?

Espero que sim. (A pandemia) deu às pessoas uma percepção semelhante a estar por dentro das engrenagens (risos). Acho que há muitas partes da ciência que não funcionam muito bem. Existem os egos, existem as ineficiências, as pessoas cometem erros… Acho que algumas pessoas viram pela primeira vez como esse sistema funciona. Nós, os cientistas, precisamos pensar sobre por que alguns desses problemas aconteceram. Há situações ainda em que as pessoas estão expressando opiniões em voz alta sem ter muitas evidências, ou que vão contra as evidências que nós realmente temos. E isso apenas cria confusão na mídia e discussões sobre coisas que nem deveríamos discutir.

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CBF obtém aval para distribuição de vacinas a atletas, e estados recebem listas do Ministério da Saúde

Carga doada pela Conmebol poderá enfim ser destinada aos clubes

Diogo Dantas

A CBF obteve nesta segunda-feira o aval para a distribuição de vacinas entre os jogadores e jogadoras das Série A e A1 do futebol brasileiro, que engloba as equipes masculinas e femininas.

A listagem com os nomes de todos os atletas já foi enviada pelo Ministério da Saúde para as secretarias estaduais. E os clubes aguardam para esta terça-feira a confirmação.

Desta forma, parte das doses que haviam sido doadas pela Conmebol, das quais a maioria foi represada para imunização geral da população, poderão ser absorvidas.

As equipes precisaram enviar um formulário para a CBF indicando que gostariam de receber a catrga da vacina chinesa Coronavac, obtida pela Conmebol.

A maioria dos clubes indicou que aguarda o recebimento e preencheu a ficha para o envio ao Ministério da Saúde.

Entre eles, o Flamengo. Éverton Ribeiro, meia rubro-negro, foi um dos poucos jogadores que apareceram tomando a sua dose por idade, e divulgando em redes sociais. O clube teve três casos recentes de Covid-19 – Renê, Thiago Maia e Gustavo Henrique.

Outro atleta que ficou conhecido pela iniciativa da vacinação foi Nenê, do Fluminense, que tem 40 anos. O clube das Laranjeiras foi o outro carioca que entrou na fila da vacinação.

Após o envio das doses, caberá a cada clube definir quais profissionais receberão as vacinas. As equipes masculinas receberão 140 doses – para 50 jogadores inscritos na competição nacional e para 20 membros da comissão técnica – e os times femininos, 100 – 30 atletas e 20 integrantes da comissão.

Algumas equipes brasileiras já vacinaram seus atletas ao viajarem ao Paraguai, atendendo a convite da Conmebol. Entre eles estão Atlético-GO, Atlético-MG, Palmeiras e São Paulo.

No total, a Conmebol enviou mais de 20 mil doses ao governo brasileiro. Destas, cerca de 5,5 mil foram separadas para os profissionais de futebol das Séries A e A1 do Campeonato Brasileiro. As 14,5 mil restantes foram incorporadas, como contrapartida, pelo Programa de Imunização Nacional (PNI) para o restante da população.

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VALOR ECONÔMICO

Negócios entre laboratórios somam R$ 2,4 bilhões no ano

Grupos estrangeiros se desfazem de portfólio maduro e movimentam mercado brasileiro

O setor farmacêutico está em franca atividade no que se refere aos negócios de compra e venda. Só neste ano, foram em torno de R$ 2,4 bilhões em cerca de cinco transações. E não deve parar por ai. Segundo o Valor apurou, a AstraZeneca deve colocar um portfólio de medicamentos maduros à venda para se dedicar aos investimentos em áreas mais lucrativas, como a de doenças raras.

A empresa, aliás, concluiu no mês passado a compra da Alexion, uma farmacêutica especializada em doenças raras. O negócio, no entanto, ainda não teve desdobramento no mercado local, de acordo com a AstraZeneca. Por essa companhia, a britânica pagou US$ 13,3 bilhões.

No Brasil, o mês passado também foi marcado por um grande negócio. A Hypera Pharma comprou o portfólio de 12 medicamentos da Sanofi por US$ 190,3 milhões (R$ 995 milhões ao câmbio atual), dentre eles o Cepacol e o AAS. A companhia surpreendeu o mercado com o pagamento de múltiplo até quatro vezes o faturamento das marcas, que somados, chega a R$ 250 milhões.

O presidente do Sindicato Nacional da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse que esse movimento de fusões e aquisições é uma estratégia de racionalização dos portfólios das farmacêuticas. “É a racionalização de negócios para melhor usar o capital humano, pois, muitas estão se focando em áreas de especialidades”, afirmou.

Segundo ele, com isso, as empresas, geralmente as multinacionais, se desfazem de produtos maduros, mas que ainda são sensíveis à promoção médica. “É um rearranjo do mercado e uma tendência de racionalização dos custos. As grandes aquisições vão ficar com empresas de tecnologia mais avançada”, disse Mussolini.

Outro grande negócio que aconteceu no primeiro semestre deste ano foi a compra da fábrica de Cancioneiro da alemã Bayer, na cidade de São Paulo, junto com um portfólio de nove hormônios femininos, pela União Química. O negócio ficou entre R$ 400 milhões e R$ 600 milhões, apurou o Valor. As marcas somadas têm um faturamento de cerca de R$ 200 milhões por ano.

Wagner Nogueira, diretor da União Química, disse ao Valor que em dois anos a companhia adquiriu um portfólio de doze produtos. Além dos hormônios femininos, ela incorporou o Neocopan e Xantinon, comprados da Hypera em 2020, por cerca de R$ 200 milhões, e fechou a compra do Slow K da GSK, um suplemento de potássio, pela qual pagou R$ 20 milhões. “Nesse tempo, adicionamos R$ 300 milhões em nossa receita somente com essas aquisições”, afirmou.

Em julho, a EMS comprou a família Caladryl da Cellera Farma, num negócio que girou em torno de R$ 10 milhões. Já no início do ano, a Eurofarma fez a sua maior transação nos últimos tempos. A empresa adquiriu o portfólio de 12 medicamentos isentos de prescrição (OTC, na sigla em inglês) na América Latina da Hypera, por US$ 161 milhões.

Para o presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Henrique Tada, esse movimento deve se estender por mais tempo, pois esses negócios geram muita sinergia para as empresas nacionais. “As multinacionais estão focadas em projetos de desenvolvimento de medicamentos com grande valor agregado, que têm volume menor mas um faturamento alto. Com isso, se desfazem de medicamentos maduros, uma oportunidade para as empresas brasileiras”, afirmou. “Isso deve continuar nos próximos anos. Há muito produto bom no mercado nacional”, disse.

É o que conta o presidente da Lupin/MedQuímica, Alexandre França. A companhia está em quatro negociações de medicamentos maduros que espera fechar ainda neste mês. “São negócios na casa de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões. Mas são produtos que temos condições de aumentar muito o faturamento.”

Luiz Octavio Lopes, sócio das práticas de Societário e M&A do Lefosse Advogados, também acredita que o mercado farmacêutico está passando por uma fase de “rebalanceamento” de portfólio. “As empresas internacionais rebalancearam o portfólio movidas por estratégias globais. A partir dai ocorrem os desinvestimentos para se focarem em novas tecnologias. E do outro lado estão as companhias brasileiras, bem capitalizadas, que desejam ganhar participação de mercado.”

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A REDAÇÃO

Aparecida de Goiânia começa a vacinar maiores de 18 anos nesta terça

Segundo maior município do Estado, Aparecida de Goiânia começa a vacinar a população maior de 18 anos nesta terça-feira (17/8). A informação é da prefeitura, que recebeu hoje (16/8) nova remessa de imunizantes encaminhada pelo Governo de Goiás.

O público-alvo poderá procurar um dos oito postos de vacinação da cidade para receber a primeira dose. É necessário levar documentos pessoais, comprovante de endereço e cartão SUS de Aparecida. Entre os locais estão os dois drives, Cidade Administrativa e Centro de Especialidades; cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a Central de Imunização.

Os drive-thrus da Cidade Administrativa e do Centro de Especialidades funcionam das 8 horas às 18 horas e não exigem agendamento prévio. Já aqueles que preferirem receber a vacina nas UBSs dos setores Andrade Reis, Jardim Olímpico, Bairro Cardoso, Jardim Florença e Veiga Jardim, ou na Central Municipal de Imunização, precisam marcar pelo aplicativo “Saúde Aparecida”. O acesso pode ser feito pelo site aparecida.go.gov.br. As UBSs funcionam das 8 horas às 16 horas, e a Central de Imunização, das 8 horas às 18 horas. As vagas no aplicativo serão liberadas até o final da tarde desta segunda (16/8).

“Sempre que chegam novas doses na cidade, o estoque é revisado e, com planejamento e organização, ampliamos a faixa etária. A ampliação tem como objetivo promover o acesso de toda população adulta, que é a preconizada pelo Ministério da Saúde até o momento, à vacina contra a covid-19. Assim, diminuímos a contaminação e o agravamento dos casos no município”, destaca a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Renata Cordeiro.

Segunda dose

A Prefeitura de Aparecida recebeu também novo lote para aplicação da segunda dose. Desta forma, a cidade segue a vacinação sem interrupção. Quem já está com o prazo adequado para receber o reforço deve procurar o drive-thru do Aparecida Shopping, das 8 horas às 18 horas, ou as UBSs dos setores Andrade Reis, Bairro Cardoso, Jardim Olímpico, Jardim Florença e Veiga Jardim, das 8 horas às 16 horas.

Para receber a segunda dose, não é necessário agendar. Basta apresentar documento de identidade, CPF e cartão de vacinação. Se a Dose 2 for do imunizante CoronaVac, a aplicação ocorre exclusivamente no drive do Aparecida Shopping e na Central Municipal de Imunização.

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Nova versão da variante Gamma da covid-19 é detectada em Goiás

Os pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) detectaram a nova variante do novo coronavírus, conhecida como ‘Gamma Plus’, derivada da variante Gamma encontrada em Manaus, em Goiás. Conforme a UFG, a cepa preocupa pela maior velocidade de infecção. A informaçaõ foi divulgada no início da tarde desta segunda-feira (16/8).

O sequenciamento foi realizado em amostras de municípios do Estado, dentro de um projeto de mapeamento das variantes do Sars Cov-2. A ação é em parceria com a Pontifica Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e Instituto Federal de Goiás (IFG).

A coordenadora do projeto, Mariana Telles, destaca que a alteração genética dessa variante está em uma parte do vírus que responde pela velocidade com que ele entra nas células do corpo infectado. “Esta alteração também é encontrada na variante Delta (Índia) e preocupa porque pode significar uma maior capacidade de contágio” relata.

No primeiro conjunto de 62 amostras sequenciadas 54 eram do tipo Gamma, 1 Alpha (Reino Unido) e 7 da Gamma Plus (nova versão). No segundo conjunto de 61 amostras analisadas, 40 eram do tipo Gamma, 20 da Gamma Plus e 1 B.1.153.  As amostras vieram de diversas cidades de Goiás.

Sequenciamento

Conforme a UFG, o projeto de sequenciamento genético do Sars-Cov 2 vem sendo realizado desde julho de 2021 e possui financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e também do INCT de Ecologia e Evolução da UFG, que está fornecendo equipamentos, espaço físico e envolvendo pós-graduandos que atuam de forma voluntária para realizar esse sequenciamento.

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Covid-19: Goiás ultrapassa 780 mil casos

Goiás registrou 2.555 novos casos de covid-19 e 52 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta segunda-feira (16/8). Com as atualizações, o Estado já contabiliza 780.360 infecções e 21.794 óbitos desde o início da pandemia. Taxa de letalidade do vírus é de 2,8%.

Segundo a pasta, Goiás soma 745.753 pessoas recuperadas da doença. Outros 578.385 casos estão sendo investigados. Além disso, há 462 mortes sendo apuradas para saber se há ligação com o novo coronavírus.

Um levantamento feito pela SES-GO, com base em números do Localiza SUS, aponta que 3.498.225 pessoas foram imunizadas com a primeira dose da vacina contra a covid-19. Deste total, 1.414.053 receberam o reforço. Estes dados, no entanto, são preliminares.

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Assessoria de Comunicação

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