Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 17/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Durante pandemia, planos de saúde viabilizaram mais de 5,6 milhões de exames e 483 mil internações por Covid-19

Vacina da Janssen deve ser última opção, dizem especialistas dos EUA

Governo de SP tenta compra direta de vacinas da Pfizer para crianças

Após aprovação da Anvisa, Saúde não dá prazo para iniciar vacinação de crianças

Municípios podem solicitar participação no Médicos pelo Brasil

SAUDE BUSINESS

Durante pandemia, planos de saúde viabilizaram mais de 5,6 milhões de exames e 483 mil internações por Covid-19

Os números foram apresentados pelo presidente da FenaSaúde em coletiva de imprensa da CNseg. Operadoras associadas à FenaSaúde também intermediaram mais de 6,2 milhões de atendimentos remotos

O presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), João Alceu Amoroso Lima, participou na terça-feira (14/12), da coletiva de imprensa anual da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), onde destacou a relevância da atuação das operadoras de planos de saúde durante o período da pandemia no Brasil, garantindo acesso a exames, internações e insumos. Projeções apontam que as operadoras associadas à FenaSaúde viabilizaram a realização de mais de 5,6 milhões de exames de diagnóstico de Covid-19 e 483 mil internações por Covid-19 em enfermarias e UTIs. Só essas duas frentes acarretaram um custo de cerca de R$ 25,5 bilhões, entre março de 2020 e outubro de 2021.

“Devido à pandemia ser um evento repentino, esse valor não foi previsto e nem precificado, acarretando um impacto na veia do setor segurador. Ainda assim, apesar de todas as dificuldades e impactos e da inegável tragédia, que ocasionou mais de 620 mil mortes e milhares de pessoas sequeladas, os planos de saúde entregaram toda a assistência demandada e seguiram solventes e fortes”, afirmou.

Para 2022, o presidente da FenaSaúde se mostrou otimista quanto à continuidade do crescimento do número de beneficiários, a depender do desempenho da economia do país e geração de empregos. O número de beneficiários de planos médicos voltou a crescer em junho de 2020, chegando a mais de 1,9 milhão de pessoas em outubro de 2021. Outro avanço importante que deve continuar é o da telessaúde, que contribuiu consideravelmente para a democratização do acesso à saúde durante a pandemia. De março de 2020 a outubro de 2021, estima-se que as operadoras associadas à FenaSaúde intermediaram mais de 6,2 milhões de atendimentos remotos.

Por outro lado, ficaram evidentes as preocupações com a inflação e com os possíveis impactos do pós-covid na sinistralidade dos planos de saúde, demandando tratamentos de longa duração. João Alceu também destacou a necessidade de oferecer mais acesso para a população que deseja adquirir um plano de saúde, defendendo que a regulação permita mais variedade de produtos e segmentação de coberturas. Por fim, pontuou a importância da federação para a defesa do setor de saúde suplementar. “Em 2022, a FenaSaúde seguirá ampliando o diálogo com representantes da sociedade e sendo o porta-voz setorial de questões cruciais para a saúde dos brasileiros, como é o caso da avaliação tecnológica para a incorporação de novos medicamentos, por exemplo”.

A coletiva também reuniu os presidentes da CNseg e das quatro Federações que integram a Confederação: Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e Federação Nacional de Capitalização (FenaCap).

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Quem nos dirá oficialmente que a pandemia acabou? Ninguém. Só saberemos depois

Não haverá um ‘Dia da Vitória’, mas muitos

Vivemos tempos estoicos! Anos inacabáveis, meses infinitos, dias intermináveis… Fundado no século III a.C., o estoicismo nasceu grego, floresceu em Roma e teve Sêneca (04 a.C.–65 d.C.) como um de seus mais iluminados representantes. Para os estoicos a vida em si não é algo bom ou ruim, mas o que fazemos com ela é o que lhe dá sentido. Estoicos estão sempre preparados para o pior, sempre vigilantes mentalmente. Não se deixam levar por crenças e paixões que sequestrem a sua racionalidade na hora de agir. São resilientes, por definição. Estoicos são fiéis ao conhecimento e a razão, concentrando seus esforços em tudo aquilo que pode ser controlado somente por eles mesmos. Nas palavras de Marco Aurélio (imperador), um estoico imutável: “Pensamentos externos não são o problema. É a nossa avaliação deles que nos impede de eliminá-los”. A Covid-19 nos cobra estoicismo porque fomos “condenados” a viver de pensamentos, ordenações e acontecimentos externos a nossa imanência.

Em meio a tantas “idas e vindas”, aberturas e fechamentos, notícias de agravamento e pesquisas explicando o poder das novas variantes, permanecem as perguntas referenciais: Quem vai nos comunicar oficialmente que a pandemia acabou? Como será feita essa notificação? Qual será a informação-científica-central que abrirá as portas do mundo? Essas questões sufocam a população humana a quase dois anos. Por mais estoicos que possamos ser, estamos cunhando nossa vida pelo que ocorre fora dela. A externalidade nos comanda. Todos os dias as mídias globais nos comunicam tudo sobre o Sars-Cov-2, sem nos informar, no entanto, quando sairemos dessa enrascada. Uma das conclusões está cada vez mais clara: não haverá o dia da “comunicação final”, o dia da festa, do choro, da libertação. As coisas acontecerão numa curva descendente, de forma assíntota e sem conclusões definitivas.

Uma das concepções que reforçam a improbabilidade desse “Dia da Vitória”, foi apresentada no estudo “The end of the pandemic will not be televised”, publicado em 14/12/2021 no BMJ (British Medical Association), tendo sido desenvolvido pelos pesquisadores David Robertson (Princeton University) e Peter Doshi (University of Marylan). Se você não gosta de frustrações pandêmicas, pare o texto por aqui. Mas se continuar, vai perceber que estudos bem-intencionados também podem levar a conclusões tolas. O paper contém um contexto sistêmico e histórico, mostrando que ao contrário das pandemias passadas a Covid-19 é monitorada minuciosamente por métricas, estudos científicos, notícias regionais, painéis epidemiológicos e dramas pessoais, numa confluência que monitora em tempo real a passagem do coronavírus. Um ciclo que rastreia aferições laboratoriais (testes), internações hospitalares, transmissibilidade, alcance e distribuição vacinal, sem contar as estatísticas virais, curvas pandêmicas e até discursos negacionistas que emergem e submergem ao sabor dos protestos. “Nossas televisões, computadores e smartphones estão hiper conectados à pandemia, que em seu cerne contém o fascínio pela objetividade e pela necessidade de dados que permitam as pessoas se agarrar em algo no meio de tanto medo e incerteza”, explica o estudo, que até aqui não se contesta.

Esse manancial de informações, rico em perspectivas médico-científicas, ajuda as populações a se conter, aumentando ou diminuindo as pressões por contramedidas que mantenham o ‘contexto emergencial’. Dados oferecem alguma sensação de controle, como também um sentimento de impotência. Ou seja, as discussões sobre “abertura”, ou “retorno ao normal”, ou mesmo “obtenção de imunidade coletiva” pairam no ar cotidianamente sustentando tensões pessoais e coletivas. Uma ducha-gelada, por exemplo, veio em março de 2021, quando a Nature apresentou o paper “Five reasons why COVID herd immunity is probably impossible”, onde o epidemiologista Stefan Flasche (do London School e participante do WHO’s Strategic Advisory Group of Experts) explicou: “Dado o que se sabe sobre o Covid-19 até agora, será bastante improvável alcançar a imunidade de rebanho somente por meio da vacina. Ela é um desenvolvimento absolutamente surpreendente, mas é improvável que interrompa completamente a propagação. Então, precisamos começar a pensar em como podemos conviver com o vírus”.

Robertson & Doshi começam bem o estudo, salientando que “não existem definições universais ou parâmetros epidemiológicos comprovados que definam o fim de uma pandemia”. Portanto, não existe um indicador clássico e conclusivo (ou algo parecido com isso) que nos permita identificar com certeza o desfecho epidêmico da Covid-19. Como o melhor instrumento de aferição ainda é a testagem, e essa é pouco realizada em muitas nações, há pouca certeza se estamos “perto do fim”, ou “perto da próxima variante”. Tão pouco sabemos se alguma ‘comunicação conclusiva’ viria da OMS ou de cada país, ou região ou mesmo de cada cidade. O que se percebe (e nisso o estudo acerta) é que a onipresença dos números pandêmicos ajuda a criar uma sensação de que a pandemia terminará quando “todos os indicadores tenderem a zero” (casos, internações, óbitos, transmissão, etc.), ou quando tenha ocorrido 100% de vacinação. Os dois pesquisadores mostram que as pandemias respiratórias ocorridas no século passado tiveram “desfechos” pouco claros, e que seu fim foi “mais compreendido com a diluição dos índices e não com o cumprimento de metas epidemiológicas específicas”. Segundo o estudo, as pandemias respiratórias dos últimos 130 anos foram seguidas por ondas sazonais (anuais), alimentadas por níveis de ‘endemicidade viral’ que normalmente continua até a próxima pandemia, como explica outro estudo (“Imagination and remembrance: what role should historical epidemiology play in a world bewitched by mathematical modelling of COVID-19 and other epidemics?”), publicado em junho/2021 e realizado por pesquisadores da University of Melbourne.

Nesse sentido, a dificuldade de datar o fim pandêmico está refletida na literatura histórica e epidemiológica. Algumas correntes de estudiosos descrevem a “gripe espanhola”, por exemplo, como ocorrendo em ‘três ondas’ de “1918 a 1919”, embora existam abundantes referências de que ela foi de “1918 a 1920”, incluindo inclusive uma ‘quarta onda’. Outro caso é a pandemia de “gripe asiática”, em meados do século XX. Geralmente ela é descrita como um evento de ‘duas ondas’ (1957 a 1958), mas não são poucos os que incluem uma ‘terceira onda’ (1959). Assim, “a noção, reforçada pelos painéis de controle da Covid-19, de que uma pandemia termina quando os casos ou mortes caem para zero, está em desacordo com a evidência histórica, onde índices substanciais de morbidade e mortalidade (influenza, por exemplo), continuaram a ocorrer, temporada após temporada, entre os ciclos pandêmicos”, adverte o estudo.

Robertson & Doshi asseveram que medidas usadas em pandemias anteriores foram mais fugazes e menos intrusivas do que aquelas utilizadas na Covid-19. Mesmo na catastrófica gripe espanhola, que matou três vezes mais pessoas nos EUA, a vida voltou ao normal em pouco tempo, embora seja quase certo de que isso decorreu porque não havia outra opção. Afinal, não havia internet, apps de entrega de alimentos, whatsApp, etc., sem falar que o distanciamento social generalizado e prolongado era impossível em função do tipo de trabalho da sociedade da época. Assim, especifica o estudo: “um breve exame das pandemias anteriores nos EUA mostra que não há uma relação fixa ou determinística entre a patogenicidade de um vírus e a intensidade e longevidade das intervenções de saúde pública. As pessoas há muito experimentam a tragédia da doença e da morte (pandêmica ou não), com a Covid-19 passando a ser historicamente a única em que a interrupção e retomada da vida social têm sido intimamente ligadas às métricas epidemiológicas”.

A partir daqui Robertson & Doshi abandonam as perspectivas de notória ciência, se esbaldando em ilações de notório achismo. “Alguns historiadores observaram que as pandemias não terminam quando a transmissão da doença finda, mas quando, na atenção do público em geral e no julgamento de certos meios de comunicação e elites políticas (que moldam essa atenção), a doença deixa de ser notícia. Desativar ou desconectar-nos dos painéis pode ser a ação mais poderosa para acabar com a pandemia. Isso não é enterrar a cabeça na areia, é reconhecer que nenhum conjunto único ou grupo de métricas pode nos dizer quando a pandemia acabou”. Para eles, o fim da pandemia é mais um fenômeno sociológico do que biológico, acreditando que a Covid-19 ainda não terminou simplesmente porque dados epidemiológicos sufocam a população, tirando dela o foco para questões mais relevantes. Obviamente, trata-se de uma débil conclusão. Em pleno século XXI sugerir que a melhor forma de escapar de uma crise epidêmica é eliminar a informação, deixando que as pessoas naveguem por escapismos cotidianos que as distraiam, é no mínimo estapafúrdio.

Como este, inúmeros outros estudos estão sendo publicados tentando “jogar uma cortina de fumaça” nas mortes, casos, internações, índices de morbidade, dados estatísticos, etc., sofismando fatos históricos para justificar teses conspiratórias ineptas e casuísticas. Embora o estudo seja instigante no seu desenvolvimento contextual, avaliando o impacto do desfecho em pandemias passadas, é frágil e inconsistente nas conclusões. Afinal, nem todos concordam que as métricas para identificar o fim pandêmico inexistem. William Schaffner, especialista em doenças infecciosas do Vanderbilt University Medical Center, explica: “quando dissermos que a pandemia desapareceu, teremos de garantir que o público entenda que isso não significa que o vírus desapareceu e tudo acabou. Significa que esta fase inicial, essa fase de transmissão intensa com consequente doença, foi reduzida e que temos o vírus sob melhor controle. Teremos algumas métricas para isso, como os níveis de hospitalização ou a proporção de testes positivos realizados (inferior a 5%). Mas, em que patamar vamos finalmente nivelar, não tenho certeza. No momento, acho realmente que pode haver dois níveis. O primeiro será menor nos estados muito bem vacinadas, e o outro nos estados que ainda não chegaram lá”.

Outros especialistas, como o consultor médico chefe da Casa Branca, Anthony Fauci, concorda que a Covid pode nunca desaparecer completamente. Timothy Brewer, por exemplo, professor de epidemiologia da Universidade da California (UCLA) é mais enfático: “É muito improvável que algum dia sejamos capazes de nos livrar da Covid-19. A ideia de lidar com essa doença para sempre pode parecer assustadora, mas viver com um vírus endêmico é muito diferente do que aconteceu no mundo nos últimos meses de vida pandêmica – e a transição não acontecerá da noite para o dia”. A ideia do “vírus endêmico”, da gripe comum, por exemplo, é didática. O patógeno circula constantemente em segundo plano, aumentando e diminuindo sazonalmente a cada ano. As pessoas são vacinadas regularmente contra ele, ajudando a construir várias camadas de imunidade ao longo de muitos anos. Brewer explica que a Covid provavelmente cairá em um padrão semelhante: “Como a maioria dos vírus respiratórios, provavelmente vai piorar durante os meses frios e melhorar durante o calor. Temos de parar com a ideia de que se fizermos tudo certo faremos com que o coronavírus desapareça completamente. As pessoas deveriam tentar minimizar as consequências econômicas e sanitárias ao máximo e continuar com suas vidas”.

Também é importante avaliar a visão da população sobre o “desfecho covidiano”. Pesquisa da Ipsos realizada em 33 países entre outubro e novembro de 2021 (antes, portanto, da ômicron), ‘não encontrou consenso nacional’ com referência a “qual evento específico sinalizaria com o fim da pandemia”. Em quase todos os países pesquisados (22 mil adultos) a maioria espera que algo como uma vida normal (pré-Covid) não ocorrerá em menos de “6 meses”. Da mesma forma, o público pesquisado mostra-se dividido sobre “qual seria o melhor indicador de que a pandemia está terminando e quando as principais restrições podem ser levantadas em seu país”. Na média, 20% acham que será quando pelo menos ‘75% da população tiver sido vacinada’; 19% dizem que será quando a ‘transmissão do vírus parar completamente’; e 17% quando os ‘hospitais tiverem operações normais sem falta de pessoal ou equipamento por pelo menos um mês’. Além disso, 12% acham que será quando houver ‘menos de 10 novos casos para cada milhão de pessoas/dia’; e 7% quando houver ‘menos de duas mortes para cada milhão de pessoas/semana’. O mais importante: 14% dizem que simplesmente não sabem quando vai acabar.

Hoje, quando os casos confirmados ultrapassam 268,6 milhões em todo o mundo (Johns Hopkins University), com 5,28 milhões de óbitos e mais de 8,35 bilhões de doses imunizantes administradas (Our World in Data), entender o caráter da tendência-endêmica é fundamental. Segundo o FDA, ‘endêmico’ significa que uma doença atingiu uma presença “constante” ou “usual”, ou mesmo “normal”. “Acho que será um pouco como incêndios florestais: em um momento mobilização total e no seguinte uma redução de atenção”, explica também Cheryl Bettigole, diretora e responsável pela Saúde Pública da Filadélfia (Pensilvânia, EUA). Pandemias vão se diluindo, transformando em endemias, depois em surtos, depois em casos, até se agigantarem novamente.

Assim, como tudo na Covid-19 é novo, não é razoável um perfil comparativo e definitivo com outras convulsões virais havidas no passado distante. É provável mesmo que nunca saibamos ao certo quando ‘é o fim’, sendo mais plausível sabermos a posteriori quando ‘foi o fim’. Talvez em anos, ou décadas, vamos acompanhar nas revistas científicas, nos jornais, ou nos livros didáticos a “oficialidade” sobre o fim do Sars-Cov-2. É razoável pensar que dificilmente teremos um “Dia da Vitória” comunicando o seu desfecho, ou uma “bastilha” libertadora onde todos saiam as ruas comemorando o seu término. Não haverá esse dia. Alegoricamente será como “…o desfile do último passista, da última ala, realizado pela última escola de samba no último dia de carnaval…”. Aos poucos as pessoas vão retornando, escutando ao fundo os últimos batuques, com a certeza de que voltarão no ano seguinte. Teremos esse cortejo pandêmico: ações de controle sendo reduzidas, contenções sendo atenuadas, imunização amplificada, ciclos de isolamento social crescentes ou  flexibilizados, o trabalho voltando ao seu ‘lugar de fala’, a economia em “pisca-alerte” e a maioria das pessoas utilizando máscaras por longos períodos, quiçá para sempre em lugares fechados e públicos… Enquanto essa matiz-patológica declinante não chegar, continuaremos disciplinadamente contidos, preventivos, informados, vacinados, evitando sacrificar vizinhos, família e até o mais distante habitante da mais longínqua tribo da África Oriental. Sêneca nos ajuda: “Todos podem viver bem. Alguns podem ajudar os demais a vivê-lo. Mas cumpra, porque ninguém tem o poder de viver muito”.

Guilherme S. Hummel

Scientific Coordinator Hospitalar Hub

Head Mentor – EMI (eHealth Mentor Institute)

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FOLHA DE S.PAULO

Vacina da Janssen deve ser última opção, dizem especialistas dos EUA

Comitê científico americano recomenda priorizar imunizantes da Pfizer e da Moderna, disponíveis no país

Um comitê de especialistas médicos dos Estados Unidos, que assessora o governo, votou nesta quinta-feira (16) a favor de recomendar as vacinas anticovid das farmacêuticas Pfizer e Moderna sobre a da Janssen, devido à sua menor proteção e maiores riscos.

A votação foi unânime (15-0) em apoio à chamada “recomendação preferencial”, que se aplica a todos os maiores de 18 anos.

Rochelle Walensky, diretora dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), aprovou a medida na noite desta quinta-feira, urgindo a população a se vacinar e receber uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19.

“A recomendação atualizada de hoje enfatiza o compromisso do CDC de fornecer informação científica em tempo real ao público americano”, destacou Walensky em um comunicado.

Oficialmente, a recomendação desvia a população americana da vacina da Janssen, elogiada a princípio porque podia ser armazenada a temperaturas de um refrigerador e oferecia boa eficácia contra as primeiras cepas do coronavírus com apenas uma dose.

Mas depois surgiram evidências relacionando o imunizante com uma forma rara de coágulos, especialmente em mulheres em idade reprodutiva, levando as autoridades a suspenderem seu uso para voltar a retomá-lo em abril. Desde então, ficou como uma distante terceira opção de vacinação para os americanos.

Além disso, dados preliminares de testes de laboratório sugerem que a injeção oferece muito pouca proteção contra a nova variante ômicron, ao menos contra a infecção.

“Eu não recomendaria uma vacina Janssen aos membros da minha família”, disse sobre seu voto Beth Bell, professora na Universidade de Washington, referindo-se à vacina da Johnson&Johnson.

“Por outro lado, penso que temos, sim, que reconhecer que diferentes pessoas tomam decisões diferentes e que se estão devidamente informadas, não acho que se deva eliminar esta opção”, completou.

Nove Mortos

Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) convocaram a votação depois que surgiram casos mais sérios de coagulação.

Ao menos nove pessoas morreram devido a coágulos com baixas plaquetas ou trombose com síndrome de? trombocitopenia (TTS) até 9 de dezembro após a aplicação de cerca de 16 milhões de doses, segundo números divulgados pelo CDC.

Até 31 de agosto foram registrados 54 casos e 36 precisaram de terapia intensiva. Alguns dos que não faleceram tiveram efeitos de longo prazo, como paralisia.

O maior risco foi detectado em mulheres entre os 30 e os 49 anos, grupo no qual a taxa de TTS situou-se perto de um por 100 mil.

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TERRA

Governo de SP tenta compra direta de vacinas da Pfizer para crianças

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), autorizou o governo do Estado a iniciar negociação com a farmacêutica Pfizer para adquirir a vacina contra covid-19 destinada a crianças. Apesar de ter o mesmo princípio ativo dos imunizantes aplicados em adultos, a formulação pediátrica tem uma dosagem menor e deve atender a outras especificações. O início da vacinação de crianças, portanto, fica condicionado à entrega de vacinas adaptadas, mas ainda não há previsão de quando isso irá ocorrer.

Na manhã desta quinta-feira, 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina da Pfizer no público de 5 a 11 anos. A inclusão do novo grupo foi publicada no Diário Oficial da União na tarde do mesmo dia. Com esse registro, o Ministério da Saúde está liberado para iniciar a aplicação de imunizantes em crianças – o que já é feito em grande parte dos países. O ministério, no entanto, ainda não deu prazo para começar a imunização dessa faixa etária.

Com isso, sob autorização de Doria, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo encaminhou ainda nesta quinta um ofício à Pfizer comunicando o interesse do governo do Estado em adquirir as doses e agilizar o processo. A gestão paulista enviou ainda um outro ofício, desta vez ao Ministério da Saúde, solicitando liberação e disponibilização imediata de doses para imunização de crianças.

O envio dos documentos aconteceu após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ter afirmado que não haverá vacinação para crianças em 2021. Segundo ele, até agora não há reserva de doses nem previsão de data para início da imunização do grupo. ‘É preciso ser feita uma análise’, disse Queiroga.

Conforme mostrou o Estadão, o Brasil ainda não tem em solo nacional as chamadas doses pediátricas da vacina da Pfizer, uma vez que a vacinação de crianças não estava aprovada pela Anvisa até então.

Ainda assim, a farmacêutica explicou que o terceiro contrato firmado com o governo brasileiro, que permitirá o fornecimento de 100 milhões de imunizantes anticovid no ano de 2022, inclui a possibilidade de entrega de versões para diferentes faixas etárias. A disponibilização depende do que for solicitado pelo Ministério da Saúde.

Apesar de ter apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de outros especialistas, o tema enfrenta a resistência do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores.

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AGÊNCIA ESTADO

Após aprovação da Anvisa, Saúde não dá prazo para iniciar vacinação de crianças

A inclusão de crianças de 5 a 11 anos na bula da vacina da Pfizer contra a covid-19 foi publicada na tarde de quinta-feira (16/12) no Diário Oficial da União. Com esse registro, o Ministério da Saúde está liberado para iniciar a aplicação. A pasta, no entanto, ainda não deu prazo para começar a imunização desta faixa etária.

O tema enfrenta a resistência do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de apoiadores da ala ideológica do governo. A imunização das crianças, no entanto, tem apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de outros especialistas. O Brasil ainda não tem em solo nacional as chamadas doses pediátricas da vacina da Pfizer.

O uso do imunizante na faixa etária de 5 a 11 anos foi liberado na manhã de ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o início da aplicação está condicionado à chegada das doses adaptadas, o que pode fazer com que o público comece a ser imunizado só em 2022. Isso porque, segundo a Pfizer, o acordo assinado com o Ministério da Saúde em novembro “inclui a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante para variantes (como a Ômicron), que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias”.

O fornecimento depende do que for solicitado pelo Ministério da Saúde. O Estadão apurou que o Ministério da Saúde deve discutir a vacinação das crianças em reunião semanal da Secretaria de Enfrentamento à Covid (Secovid) com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) contra a doença na tarde desta sexta-feira (17/12).

Representantes da pasta, da CTAI e de sociedades médicas deverão bater o martelo sobre o tema, após receberem informações do relatório da área técnica da Anvisa sobre segurança e eficácia do imunizante. A vacinação das crianças já vinha sendo discutida em outros encontros, ocorridos nas últimas semanas, quando os representantes falaram sobre a estratégia de vacinação contra a covid do País para 2022.

Os especialistas debateram, por exemplo, os riscos e benefícios dos imunizantes para as crianças e quais vacinas estariam disponíveis no País. Não houve, naquele momento, discussão sobre o início da campanha, pois não havia vacina aprovada pela Anvisa.

Como funciona a vacina da Pfizer para crianças?

Apesar de ter o mesmo princípio ativo da vacina aplicada em adultos, a formulação pediátrica para crianças entre 5 a 11 anos possui uma concentração diferente, um maior número de doses por frasco e um prazo de armazenamento maior na temperatura de geladeira entre 2-8°C.

“O frasco também virá com uma coloração diferenciada, com tampa e rótulos cor laranja, para que possa ser distinguido da formulação utilizada hoje em indivíduos com 12 anos ou mais”, informou a Pfizer. Segundo a farmacêutica, quando administrado em duas doses, o imunizante demonstrou eficácia de 90,7% em estudo clínico desenvolvido especificamente para a faixa etária pediátrica.

Os ensaios de fase 2/3 foram realizados em 2.268 crianças em Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha. Procurado, o Ministério da Saúde não informou se o contrato firmado com a Pfizer no fim de novembro já condicionava a liberação de determinada quantidade de doses pediátricas assim que a Anvisa aprovasse a vacina para crianças ou se terá que fazer uma solicitação para pedir as doses específicas.

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AGÊNCIA BRASIL

Municípios podem solicitar participação no Médicos pelo Brasil

Os municípios que quiserem aderir ao Programa Médicos pelo Brasil têm até 21 de dezembro para manifestar interesse. O processo deve ser feito até 23h59, horário de Brasília. De acordo com o Ministério da Saúde, a ideia do programa é melhorar o atendimento à população, principalmente em regiões vulneráveis e remotas. Mais de 5 mil e 200 municípios são elegíveis para participar.

Nesta nova etapa, os profissionais terão formação em medicina de família e comunidade, remuneração mais alta, avaliação de desempenho, progressão de carreira, com o objetivo de diminuir a rotatividade dos médicos, e gratificação para a atuação em áreas remotas e de saúde indígena. A previsão é que sejam ofertadas, inicialmente, 5 mil vagas, e que os médicos selecionados já comecem a trabalhar em março de 2022. Os contratos do Mais Médicos continuarão vigentes até o fim dos prazos estabelecidos.

A adesão ao novo programa depende de um quantitativo máximo de vagas, por isso é importante se cadastrar. Os gestores devem fazer todo o processo utilizando a plataforma e-Gestor com login e senha próprios, acessando o Módulo de Adesão APS. Depois, clicar no botão Nova Adesão e selecionar a estratégia Programa Médicos pelo Brasil. A partir disso, a página abrirá para a inserção do CPF do representante legal do município. O resultado será disponibilizado no dia 22 de dezembro, maismedicos.gov.br

O Médicos pelo Brasil foi lançado em 2019 com o objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de acesso aos serviços de saúde e com alta vulnerabilidade.

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Assessoria de Comunicação

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