Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 18/03/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Artigo – CFM abre as portas para discutir pagamento por performance
• Servidores da Saúde programam paralisações
• O primeiro dia do recomeço
• Inscrições para Mais Médicos
• Iquego será 1ª empresa no Brasil a fabricar glicosímetros

SAÚDE BUSINESS 365

Artigo – CFM abre as portas para discutir pagamento por performance
POR CESAR LUIZ ABICALAFFE
Na quinta-feira da semana passada, dia 12 de Março, tive a honra de participar, como convidado, de uma Plenária do Conselho Federal de Medicina (CFM) para falar sobre o tema avaliação de desempenho de serviços de saúde e pagamento por performance.
Confesso que fiquei bastante apreensivo com o convite, pois iria apresentar conceitos que, historicamente, são muito questionados pelo CFM. Este Conselho tem os mais conceituados representantes da classe médica brasileira e é de onde as normas e políticas são definidas. A minha apreensão logo se dissipou quando percebi o respeito e profissionalismo dos colegas, assim como a liberdade que me deram para expor meus pensamentos e os meus 10 anos de estudo neste tema.

Foi uma apresentação de 30 minutos seguidos de quase uma hora de acalorada e produtiva discussão. Os pontos que foram apresentados não diferiram muito do que tenho escrito nesta coluna e escrutinizados em pelo menos uma centena de palestras que venho ministrando nestes anos. Iniciei com uma série de evidências justificando a importância de avaliar a qualidade em saúde e a sua relação direta com o modelo de remuneração médica.
Em seguida, procurei apresentar definições e aplicabilidade do Pagamento por Performance com o objetivo de desmistificar o pré-conceito estabelecido no passado. Da mesma forma que deixei claro, através de diversas evidências, a importância do uso de incentivos para melhorar o comportamento do profissional de saúde. No entanto, tornei explícito os perigos latentes de modelos de pagamento por performance.
Dado a importância destes “perigos latentes” eu os abordarei, em detalhes, no meu próximo artigo aqui nesta coluna, assim como trarei algumas das principais perguntas colocadas pelos Conselheiros, pois ficou claro a necessidade de um entendimento mais aprofundado sobre este tema.
Na conclusão, procurei dar ênfase aos pontos mais relevantes de minha apresentação, os quais foram os seguintes:
• Avaliar a performance é mais importante que pagar por performance;
• A avaliação da performance em saúde é uma ferramenta de gestão que já vem sendo utilizada, porém sem regulamentação. Hospitais, operadoras de planos de saúde e algumas secretarias de saúde, têm desenvolvido metodologias próprias, com pouca base científica, sem comparabilidade e referenciais externos;
• O modelo de avaliação deve ser ético, centrado no paciente, com critérios claros e objetivos, e com indicadores relevantes, sólidos cientificamente e viáveis;
• Se for usar incentivo ele deve ser expressivo e sempre adicional ao ganho que os médicos já recebem. O modelo deve ser consistente, transparente e com comunicação adequada;
Terminei deixando uma “provocação” ao CFM: como ele poderia contribuir com esta mudança. Deixei claro, da mesma forma, que este é um fato que já vem ocorrendo tanto no SUS como na saúde suplementar, assim como nos hospitais. Com isso, ressaltei a importância deste Conselho participar desta mudança, caso contrário ficaria de fora de uma discussão que afeta diretamente a classe médica.
Indiscutivelmente foi uma enorme satisfação contribuir com um tema que, se bem trabalhado, afetará de forma positiva a qualidade da saúde de nossos pacientes.
Peço que acompanhe nesta coluna, e participe com suas considerações, pois este assunto quer gostemos ou não, faz parte de nossa realidade e, se ainda não o afetou, irá afetar de alguma forma num futuro próximo.
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O HOJE
Servidores da Saúde programam paralisações

Ontem pelo menos 70% dos servidores do Cais da Chácara do Governador cruzaram os braços. SMS criticou o ato em plena epidemia de dengue
Cynthia Costa
Em pleno aumento da demanda por atendimentos de casos de dengue, servidores da rede básica de saúde em Goiânia deflagram esta semana paralisações em várias unidades. Ontem pelo menos 70% dos servidores que atuam no Cais da Chácara do Governador, na região Sul de Goiânia, paralisaram o atendimento aos usuários durante todo o dia de ontem. Somente os casos de urgência foram atendidos.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves Barbosa, afirma que essa ação é um protesto pela recusa da Prefeitura de Goiânia em pagar a data-base da categoria. “É apenas uma reposição, não é aumento salarial, e quando se propõe a pagar, o faz sem a retroatividade”, afirma. Segundo ela, o poder de compra dos servidores da saúde caiu, o que motivou o sindicato a programar uma série de ações nas unidades de saúde de Goiânia. Até o dia 31, o Sindsaúde está organizando outras quatro paralisações em unidades de saúde, a próxima será no dia 19 de março no Cais de Campinas.
Além de gerar tumulto, a falta de atendimento na Chácara do Governador fez muita gente voltar para casa sem receber assistência. Foi o caso da dona de casa Udineusa Rodrigues da Silva, 72 anos, que veio regulada do município de Águas Lindas de Goiás para uma consulta com um médico angiologista no Cais. Ela conta que chegou por volta de 8 horas da manhã e encontrou os servidores paralisados. “Estou esperando esta consulta desde 2012 e só conseguiram marcar para hoje, às 18 horas. Cheguei muito cedo e ainda não sei se serei atendida ou não”.

Profissionais cobram melhores condições
Flaviana explica que outra razão para a manifestação é a falta de condições de trabalho. “Não tem alimentação decente, não tem gás e nem água para um simples café. Faltam até mesmo medicamentos para os pacientes que vêm aqui para se consultar”. Ela alega que a Prefeitura tem desrespeitado tanto os servidores quanto os pacientes e que, estes pagam para ter um sistema de saúde com qualidade. A presidente do Sindsaúde assegura que o foco da paralisação foi no atendimento ambulatorial, não prejudicando os casos de urgência que surgiram no decorrer do dia. “Mas esse movimento é preparatório até para a greve. Porém, se a prefeitura não quer um caos maior ainda, precisa ouvir a classe trabalhadora e fazer uma proposta”.
Ela relata que o Sindsaúde tem tentado o diálogo há mais de um ano. “Fomos para a Câmara e emendamos o projeto de reposição salarial, mas o prefeito Paulo Garcia vetou”. Flaviana revela que até mesmo foi sugerido o parcelamento da retroatividade, no entanto, a ideia não foi acatada. No mês de abril, segundo a presidente, será convocada uma nova assembleia para avaliar a mobilização podendo resultar em greve geral.
Epidemia
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que não foi oficialmente notificada, em tempo hábil, por nenhuma entidade sindical ou representativa de qualquer categoria profissional sobre a paralisação. No documento, a SMS reafirma propósito de diálogo em busca de soluções que não causem prejuízo ao atendimento da população, sobretudo em um momento em que vivenciamos um quadro de epidemia de dengue e de enfrentamento de outras doenças graves como malária e chikungunya. Ainda segundo a Nota, a Secretaria reconhece o direito à reivindicação dos trabalhadores, contudo não comunga com o oportunismo inconsequente que expõe a risco a população, inclusive os próprios trabalhadores.
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O POPULAR
O primeiro dia do recomeço

Eduardo Pinheiro

Bastante sorridente e caminhando, a jovem R., de 20 anos, que teve grande parte das nádegas dilaceradas, recebeu alta do Hospital dr. Alberto Rassi – Hospital Geral de Goiânia (HGG) em Goiânia. Ela segue para a casa dos tios, em Anápolis, onde deve se recuperar até passar por nova cirurgia, com a equipe de proctologia do hospital. A garota ficou internada na capital durante cinco meses.
A alta de R. ocorreu após a cicatrização da região das nádegas ter sido considerada finalizada pela equipe médica. Para a recuperação, foi utilizado um procedimento conhecido como vacuoterapia, no qual um aparelho a vácuo faz a estimulação da contração da ferida. Com a cicatrização, foram feitos enxertos com tecidos retirados da parte posterior da coxa. Outras cirurgias plásticas ainda devem ser realizadas nos próximos meses.
Além das nádegas, R. teve de passar por um desvio no trânsito intestinal. As feridas comprometeram parte do intestino, que teve de ser exteriorizado em procedimento conhecido como colostomia, com uma um bolsa externa conectada ao aparelho digestivo para recolher os dejetos. Assim, deve passar por avaliação da equipe de proctologia do hospital antes de receber novos procedimentos para recuperação total das nádegas.
Novos procedimentos
De acordo com o chefe de cirurgia plástica do hospital, Sérgio Augusto da Conceição, com a liberação da proctologia, a garota pode receber novos procedimentos cirúrgicos. A ideia é usar os tecidos que existem em volta da região glútea para tentar avançar no local que ela perdeu. Mesmo com a total cicatrização, há uma perda muscular com depressão na parte inferior das nádegas. “Pretendemos fazer a reconstrução avançando sobre a região glútea. Aumentamos os tecidos em volta, com expansão para cobrir o local. Se necessário colocaremos próteses. Ela sai do hospital, mas segue recebendo apoio a distância”, afirma.
Conceição avalia como bom o estado clínico da garota. Além disso, a primeira fase do tratamento foi considerada finalizada. A ferida está fechada e com pele recobrindo todo o local. Ela recebeu os cuidados de várias especialidades – além da medicina, psicologia, nutrição, fonoaudiologia e fisioterapia. “Ela chegou aqui com muita dor, deprimida e desnutrida. Hoje se encontra num estado geral bom, sem dor. Está pronta para ir embora”, diz.
R. deu entrada no Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), em Anápolis, a 55 quilômetros da capital, no dia 19 de agosto do ano passado, em estado grave. Por lá permaneceu, até o dia 11 de setembro, na unidade de terapia intensiva (UTI). Com quadro de saúde estável, ela foi, então, removida para a enfermaria e, no dia 22 de outubro, veio transferida para o HGG.

Há duas hipóteses para o fato que deixou feridas na jovem
Há duas hipóteses para o caso de R. Uma delas é a de que o ferimento nas nádegas tenha sido provocado por um acidente, na Avenida Pedro Ludovico, próximo ao Parque Agropecuário de Anápolis, onde ela foi encontrada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A segunda linha trabalha com a hipótese de a jovem ter sido agredida pelo companheiro.
A reportagem apurou no Hospital dr. Alberto Rassi – Hospital Geral de Goiânia (HGG) que a equipe de enfermagem que cuidou da garota acredita que é improvável que um acidente tenha provocado uma ferida daquela maneira.
Família
Embora a garota não se lembre de nada do dia em que teve as nádegas dilaceradas, a família dela não acredita em acidente. De acordo um tio de R., a forma como estava a ferida indica que os glúteos teriam sido decepados com algum objeto cortante. No dia do ocorrido, ela teria sido encontrada alcoolizada e com indícios do uso de drogas.
O tio da garota afima ainda que ela perguntou sobre o que teria acontecido no dia. Ela ainda teria manifestado em rever o ex-companheiro, quando ainda estava em recuperação no hospital. “Eu gostaria muito que o responsável respondesse pelo crime. Falta empenho das autoridades no caso para descobrir a verdade”, diz.

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Inscrições para Mais Médicos

Brasília – O Ministério da Saúde abriu as inscrições para a terceira chamada do Mais Médicos. São 930 vagas em 530 municípios e 10 Distritos Sanitários Indígenas. O prazo vai até 20 horas de hoje. Podem participar 4.362 candidatos, que concorreram nas duas chamadas anteriores.
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A REDAÇÃO

Iquego será 1ª empresa no Brasil a fabricar glicosímetros

Goiânia – Foi oficializada nesta terça-feira (17/3) uma parceria entre o Governo de Goiás e a corporação chinesa HMD Biomedical e a HMD Brasil Comercial, Importadora, Exportadora e Representações para transferência de tecnologia visando a produção de glicosímetros – aparelhos que fazem o monitoramento da glicemia em pacientes diabéticos.

O evento foi realizado no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, e contou com a presença do governador Marconi Perillo, da presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego -, Andréa Vecci, e do presidente da chinesa HMD Taiwan Inc., Tien Tsai Hsu.

A parceria durará cinco anos e permitirá à Iquego produzir glicosímetros e suas respectivas tiras para a medição da glicemia. Durante este período, a empresa goiana receberá técnicos chineses que promoverão a internacionalização da tecnologia, inclusive com investimentos na Iquego. O retorno financeiro previsto totaliza cerca de R$ 200 milhões para os próximos três anos.

“Hoje, ao assinar contrato com a HMD Biomedical, a Iquego está efetivando a primeira de uma série de Parcerias de Desenvolvimento de Produtos (PDP’s). A Parceria de Desenvolvimento de Produto, firmada entre a Iquego e a HMD Biomedical, tem a chancela do Governo de Goiás e interveniência do Ministério da Saúde”, atestou o governador durante a solenidade.

Com a parceria firmada, o laboratório goiano passa a ser pioneiro na fabricação deste item no Brasil. Atualmente, todos os glicosímetros comercializados no país são importados. O modelo de transferência de tecnologia entre laboratórios públicos e privados foi criado pelo Ministério Público e, no caso da parceria com a empresa chinesa, garantirá à Iquego a comercialização por dois anos do produto produzido pela HMD. A partir do terceiro ano de contrato, o laboratório goiano passará a também produzir o glicosímetro.

Segundo Andréa Vecci, a parceria não terá custos financeiros para o Governo de Goiás, já que a própria HMD fará os investimentos necessários para estruturação da sede em que funcionará a base de produção. “A vantagem é oferecer à empresa privada a entrada no mercado público, porque nós temos o mercado aberto aos laboratórios públicos. Nós podemos vender para qualquer ente público sem passar por processo licitatório. A empresa ganha o mercado público e agora vai ganhar também o mercado privado. Para o Estado nada custa, só agrega. Isso é uma grande vantagem”, garante.

Produção em Goiás
Goiás é o 4º maior polo farmacêutico do Brasil e abriga 3% da indústria farmacêutica nacional. A produção da Iquego é distribuída em todo o Brasil, provendo o Sistema Único de Saúde (SUS) com medicamentos essenciais à atenção básica de saúde, e os considerados estratégicos pela política nacional de saúde, garantindo assim, o acesso gratuito à população.

Dentre os medicamentos produzidos, destacam-se os destinados ao tratamento da AIDS (usado no programa DST/AIDS do ministério da saúde), tuberculose, hanseníase, aparelho digestivo, hipertensão arterial, diabetes, quimioterápicos e antibióticos. Além disso, vem buscando, por meio de parcerias e desenvolvimento, intensificar sua participação na viabilização de medicamentos e produtos essenciais ao Sistema Único de Saúde.

De acordo com Marconi Perillo, a iniciativa segue recomendação do Governo de Goiás com vistas à necessidade de autossustentabilidade financeira da Iquego. “É importante que a Iquego busque formas criativas de alcançar sua autonomia gerencial e financeira, sua sustentabilidade. Este é um passo importante para a Iquego. Com ele, quem sabe em um dia próximo possamos estar aqui falando em inovação tecnológica criada na Iquego, com um fundo financiando pesquisa e geração de novos produtos”, indagou Marconi.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

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