Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/05/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES                                 

Falta de UTI na rede pública de Goiânia causa drama para pacientes

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/falta-de-uti-na-rede-publica-de-goiania-causa-drama-para-pacientes-13608227.ghtml

Robôs no hospital: inovação ou ameaça à humanidade no cuidado com a saúde?

https://www.folhape.com.br/colunistas/direito-e-saude/robos-no-hospital-inovacao-ou-ameaca-a-humanidade-no-cuidado-com-a-saude/50785

O leito que falta: um problema de todos

https://correiodoestado.com.br/cidades/artigos-e-opiniao/o-leito-que-falta-um-problema-de-todos/448313

Zanin dá 10 dias para CFM explicar norma que restringe transição de gênero

https://www.cartacapital.com.br/justica/zanin-da-10-dias-para-cfm-explicar-norma-que-restringe-transicao-de-genero

Curativo sustentável pode acelerar cicatrização de feridas graves

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2025/05/curativo-sustentavel-pode-acelerar-cicatrizacao-de-feridas-graves.shtml

Governo amplia a vacinação contra a gripe para toda população em Goiás

TV ANHANGUERA

Falta de UTI na rede pública de Goiânia causa drama para pacientes

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/falta-de-uti-na-rede-publica-de-goiania-causa-drama-para-pacientes-13608227.ghtml

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FOLHA DE PERNAMBUCO

Robôs no hospital: inovação ou ameaça à humanidade no cuidado com a saúde?

Em abril de 2025, a China inaugurou o Agent Hospital, o primeiro hospital do mundo totalmente operado por inteligência artificial (IA). Desenvolvido pela Universidade Tsinghua, em Pequim, o hospital conta com 14 médicos e 4 enfermeiros virtuais, todos alimentados por IA generativa. Esses agentes são capazes de realizar todo o processo de atendimento, desde a consulta inicial até o acompanhamento pós-tratamento, com uma taxa de precisão de 93,06% em diagnósticos de doenças respiratórias, superando muitos padrões de desempenho humano.

A eficiência do Agent Hospital é notável: ele pode atender até 3.000 pacientes por dia, algo que levaria anos para médicos humanos alcançarem. Além disso, o hospital pode realizar cirurgias minimamente invasivas, administrar medicamentos, aplicar vacinas e até oferecer sessões de psicoterapia baseadas em linguagem natural, com empatia simulada.

No entanto, essa inovação levanta questões importantes sobre a desumanização da medicina. O atendimento médico é, antes de tudo, uma relação humana. A escuta atenta, o olhar compassivo, a mão que toca, o silêncio que acolhe — esses elementos não constam nos manuais de programação. A presença do médico ao lado do paciente em momentos de dor, medo e fragilidade tem valor terapêutico e psicológico incontornável. Retirar esse contato, substituindo-o por uma voz robótica ou por respostas automatizadas, pode agravar o sofrimento e comprometer a confiança no cuidado.

Sob a perspectiva bioética, a automação da medicina exige reflexão à luz dos princípios da autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Um algoritmo pode ser eficaz, mas está apto a considerar contextos sociais, emocionais e espirituais do paciente? Está habilitado a ouvir as angústias de um diagnóstico terminal? A autonomia do paciente, por exemplo, só pode ser plenamente exercida quando ele é compreendido em sua integralidade — algo que a tecnologia, por mais avançada, ainda não é capaz de alcançar.

No campo do Direito, a atuação dos robôs na medicina também suscita questionamentos sobre a responsabilidade civil. Em caso de erro no diagnóstico, falha no procedimento ou prescrição indevida, quem responde? O médico que supervisiona a máquina, o hospital que a adquiriu, o programador do algoritmo? A jurisprudência ainda engatinha nessa seara, mas é certo que a utilização dessas ferramentas não exime os profissionais e as instituições de saúde de sua obrigação de cuidado, zelo e vigilância. A tendência será de aumento da responsabilidade objetiva das empresas e hospitais que optam por incorporar tecnologias em substituição ao julgamento humano.

No Brasil, um caso emblemático ocorreu em 2019, quando a 4ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis/SC julgou um processo envolvendo um paciente submetido a uma cirurgia robótica. O paciente alegou ter sofrido danos devido à falta de esterilização dos instrumentos utilizados pelo robô. Apesar de o hospital apresentar etiquetas de esterilização e relatórios de controle de qualidade, o juiz entendeu que isso não era suficiente para afastar a responsabilidade objetiva do hospital, conforme previsto no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Nos Estados Unidos, o sistema cirúrgico robótico da Vinci, desenvolvido pela empresa Intuitive Surgical, também esteve no centro de diversas ações judiciais. Em 2014, a empresa reservou US$ 67 milhões para acordos relacionados a cerca de 3.000 processos que alegavam complicações como queimaduras internas, lesões em órgãos e até mortes atribuídas a falhas no equipamento ou uso inadequado. Um caso notório envolveu Sandra Sultzer, que faleceu após sofrer queimaduras internas durante uma cirurgia de câncer de cólon realizada com o robô da Vinci. Seu marido processou a fabricante, alegando falhas de design e treinamento inadequado dos profissionais.  (drugwatch.com)

Nesse contexto, é importante destacar que a Resolução CFM nº 2.311/2022, do Conselho Federal de Medicina, regulamenta a prática da cirurgia robótica no Brasil. A norma estabelece critérios para a formação dos profissionais, requisitos técnicos e operacionais das instituições de saúde e obrigações éticas que assegurem a segurança do paciente. De acordo com a resolução, a cirurgia robótica deve ser sempre conduzida por médico capacitado, com responsabilidade plena sobre o procedimento, não se admitindo sua delegação a softwares ou sistemas autônomos. A regulamentação reforça que a tecnologia é ferramenta auxiliar, e não substitutiva da atuação médica. Essa diretriz legal e ética é essencial para que o avanço técnico não se sobreponha à proteção da vida e da dignidade humana.

Há, claro, vantagens evidentes no uso de tecnologias de apoio à decisão clínica e cirurgias assistidas por robôs — mas como ferramentas complementares, e não como substitutos do saber e do sentir humanos. O que está em jogo não é apenas a eficiência, mas o sentido da medicina como arte de cuidar.

Entramos, assim, em uma nova era: a era em que o ser humano enfermo, no momento de sua maior vulnerabilidade, precisa ser acolhido por outro ser humano — e não apenas por uma máquina. Não se trata de renegar o futuro, mas de garantir que ele seja construído com responsabilidade, ética e, acima de tudo, humanidade.

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CORREIO DO ESTADO

O leito que falta: um problema de todos

O Brasil vive hoje um dilema decisivo para o futuro da medicina e da saúde pública: o País precisa de mais médicos ou de melhores médicos? Essa pergunta surge na esteira da expansão acelerada de cursos de Medicina nas últimas décadas, muitos deles sem observar critérios técnicos e sem a estrutura mínima para garantir uma formação de qualidade.

Diante desse cenário, o Projeto de Lei (PL) nº 2.294/2024 – que propõe a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina – configura medida necessária, urgente e transformadora. Essa proposta, já aprovada por unanimidade na Comissão de Educação do Senado e atualmente em análise na Comissão de Assuntos Sociais, estabelece que somente médicos aprovados nessa prova poderão obter registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). 

A avaliação, a ser aplicada duas vezes ao ano, sob coordenação do Conselho Federal de Medicina (CFM), verificará se o recém-formado tem conhecimentos, habilidades e atitudes mínimas exigidas para o exercício da profissão. Assim, ela funcionará como uma forma de proteção da população, em especial das parcelas socialmente mais vulneráveis que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). 

De forma complementar, o PL nº 2.294/2024 contribui com uma reflexão sobre o sistema formador de médicos no País, o qual precisa ser urgentemente repensado, pelo bem das futuras gerações. Os números falam por si: entre 2010 e 2024, foram criados 210 cursos de Medicina, elevando o total para cerca de 390 escolas no País – 70% delas privadas. Contudo, esse avanço não necessariamente é sinônimo de qualidade. 

O estudo Radiografia das Escolas Médicas, conduzido pelo CFM, revela um quadro preocupante dentro desse universo: em 78% dos municípios que abrigam esses cursos faltam leitos para práticas clínicas; em 57%, não há hospitais de ensino; e em 45%, o número de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) é insuficiente para receber estudantes. Em síntese, não há um cenário favorável à boa formação dos futuros médicos. 

Infelizmente, as consequências dessa realidade não ficam limitadas ao ambiente universitário, que deve ser avaliado pelo Ministério da Educação e suas organizações parceiras. Na verdade, ela ganha proporções preocupantes quando os egressos desses cursos deficitários, já diplomados, assumem posições na linha de frente de atendimento. Com isso, crescem os riscos de diagnósticos imprecisos, prescrições inadequadas, excessos em pedidos de exames, tratamentos ineficazes e aumento dos custos assistenciais. 

O valor dessa fatura recai, sobretudo, sobre os ombros do paciente e seus familiares, vulneráveis aos riscos inerentes desse processo e menos amparados por uma medicina segura, resolutiva e ética. Para evitar danos, é preciso agir com base no que já está previsto na Lei nº 3.268/1957, que atribui ao CFM a missão de atuar em defesa de uma assistência em saúde de qualidade, da proteção da sociedade e do exercício ético, eficaz e seguro da profissão. 

O Exame Nacional de Proficiência em Medicina, conforme proposta em tramitação, se torna um meio para alcançar todos esses objetivos, sendo uma barreira protetora para os cidadãos. Diversos países – como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Austrália – adotam exames nacionais obrigatórios para permitir aos recém-formados o direito de exercício da medicina em seus territórios. 

Os candidatos que não atingem os critérios passam por programas de reciclagem até que estejam aptos a exercer a profissão com segurança. Percebe-se que não há punição, mas um fluxo que preserva a vida dos indivíduos e ainda oferece a possibilidade de aperfeiçoamento profissional aos que dele necessitam. Trata-se de um modelo de sucesso que o Estado brasileiro pode e deve seguir pela sua responsabilidade com a preservação da integridade, da saúde e da vida dos cidadãos.

O CFM e a Frente Parlamentar Mista da Medicina estão empenhadas em entregar à nação o Exame Nacional de Proficiência em Medicina, contrariando interesses econômicos e políticos que enxergam na abertura de escolas médicas um negócio lucrativo e uma máquina de gerar votos e visibilidade junto aos eleitores.

Superar esses obstáculos não será fácil, mas é possível com o apoio da população e dos médicos na sensibilização de senadores e deputados em favor dessa causa. 

É preciso construir uma ponte para um futuro em que a nação poderá contar com uma medicina valorizada, praticada com qualidade, ética, segurança e compromisso com a vida humana em toda sua dimensão. É necessário fugir das armadilhas de questões que nos levam a optar entre quantidade e qualidade porque estes conceitos não são excludentes. 

Nesse sentido, o Exame Nacional de Proficiência em Medicina é o caminho para garantir ambos: mais médicos, sim, porém, verdadeiramente capacitados, habilitados e preparados para honrar sua missão, ajudando no resgate da confiança da sociedade no sistema de saúde e promove um ciclo virtuoso de qualificação da assistência médica no País.

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CARTA CAPITAL

Zanin dá 10 dias para CFM explicar norma que restringe transição de gênero

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, cobrou esclarecimentos do CFM sobre quais estudos e pareceres embasaram a resolução que tornou as regras de procedimentos de transição de gênero. A entidade tem 10 dias para se manifestar, de acordo com despacho assinado nesta sexta-feira 16.

Também foram solicitadas informações do Ministério da Saúde e de pelo menos seis centros de referência médica voltados ao atendimento à transexualidade e à identidade de gênero. As determinações ocorrem na ação movida pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais em conjunto com o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades.

Antra e Ibrat argumentam que o novo texto é inconstitucional e impede o exercício do direito fundamental ao livre desenvolvimento da personalidade das crianças trans. Também afirmam que o texto foi elaborado sem levar em consideração os estudos científicos que mostram que os procedimentos citados geram bem-estar psicológico e social para crianças e adolescentes trans.

Os centros de referência médica consultados por Zanin são:

Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos), de São Paulo/SP;

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, de Porto Alegre/RS;

Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, de Uberlândia/MG;

Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia, de Salvador/BA;

Policlínica Lessa de Andrade, de Recife/PE;

Programa Aquarela do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente, do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, do Rio de Janeiro.

A resolução em questão revoga diretriz anterior do CFM, para tratamentos hormonais e cirúrgicos no processo de transição de gênero. Assim, fica proibido o uso de bloqueadores hormonais em crianças e a administração de hormônios para menores de idade e eleva de 18 para 21 anos a idade mínima para cirurgias com efeito esterilizante.

No despacho desta sexta, Zanin afirma que, após a manifestação do Conselho, do ministério chefiado por Alexandre Padilha (PT) e dos centros de referência, devem se pronunciar a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República.

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FOLHA DE S.PAULO

Curativo sustentável pode acelerar cicatrização de feridas graves

Tecnologia feita a partir de resíduos da pesca é alternativa a importação de bandagens pelo SUS

Um curativo confeccionado a partir de resíduos da indústria pesqueira, com potencial de acelerar a cicatrização de feridas graves, foi desenvolvido por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e UFLA (Universidade Federal de Lavras). Produzida localmente, a tecnologia é uma alternativa às bandagens importadas utilizadas no SUS (Sistema Único de Saúde).

O principal diferencial do modelo é a alta capacidade de absorção de exsudatos, que são líquidos liberados pelos machucados no processo de cicatrização. Isso é útil em casos como queimaduras de terceiro grau, feridas não cicatrizadas devido a diabetes, úlceras por pressão (escaras) e ferimentos de grande profundidade como os causados por acidentes de trânsito.

A Folha procurou o Ministério da Saúde e dez estados das cinco regiões do Brasil para levantar gastos com a importação de bandagens. Porém, não há dados públicos consolidados sobre essas despesas no SUS. As plataformas de compras públicas não detalham os valores por tipo específico de material nem distinguem a origem nacional ou estrangeira dos insumos.

No entanto, no Pará, este tipo de curativo é comprado exclusivamente por ordem judicial, fora da lista de insumos padronizados da rede estadual. As despesas chegaram a R$ 57 milhões entre 2023 e 2024, e somaram R$ 15 milhões apenas entre janeiro e abril de 2025.

Pesquisadora da UFMG segura curativo sustentável feito com resíduos da indústria pesqueira que deve acelerar cicatrização de feridas graves

Menos dor

Quanto mais líquido uma ferida produz, maior a necessidade de troca de curativo. Quando uma bandagem têxtil é utilizada, o exsudato faz com que ela grude na área lesionada, o que gera desconforto para o paciente. “É muito improvável que não haja dor em todas as vezes que há troca”, diz Talita Martins, pesquisadora, professora e pós-doutora em ciência e engenharia de materiais, primeira autora do estudo.

Já o novo curativo, como é produzido em forma de espuma, pode ser personalizado para diferentes níveis de secreção das feridas e gerar menos trocas, portanto, menos dor. Ou seja, ele fornece o nível ideal de umidade para uma boa cicatrização, sem deixar o ferimento muito seco ou molhado. Ambas situações são problemáticas para o processo.

“Não dá para abafar aquela região e simplesmente colocar ali um curativo que vai tampar a ferida. Quando uma criança chuta o chão e faz um machucado no pé, se ela calçar uma meia por cima, o que acontece depois? Ela gruda na ferida por causa desse líquido. Agora, pensa em uma ferida maior”, exemplifica Eduardo Nunes, orientador do estudo e coordenador do programa de pós-graduação em engenharia metalúrgica, materiais e de minas da UFMG.

Além da dor nas trocas de curativo, a liberação excessiva de líquido em feridas abertas é um problema porque aumenta a probabilidade de infecção local. Nos casos de diabéticos com dificuldade de cicatrização, isso pode levar até a amputação do membro – em 2023, a doença foi apontada como a responsável por mais da metade das amputações de pernas e pés realizadas no ano anterior, que bateu o maior nível da década em 2022.

Como funciona?

Nos testes laboratoriais realizados com peixes em condições similares à pele humana, o curativo CH50BGF teve capacidade de absorção de líquidos exsudatos de até 160% em 24 horas. Conforme os pesquisadores, esse desempenho é superior a diversos curativos comerciais.

Essa absorção é possível pela combinação da quitosana, um polímero natural derivado de resíduos da indústria pesqueira, com micropartículas de vidro bioativo, um material cerâmico usado principalmente em cirurgias odontológicas.

A quitosana atua como um antimicrobiano natural, mantendo a umidade ideal para a cicatrização e inibindo infecções. Martins explica que a substância é encontrada em carcaças de animais marítimos como camarão, siri, caranguejo e peixes.

O vidro bioativo, por sua vez, libera íons que estimulam a formação de novos vasos sanguíneos e colágeno, o que acelera o fechamento da ferida. O curativo é resultado de dez anos de pesquisa iniciada pela professora Marivalda M. Pereira, da UFMG, que também orienta o estudo.

Como Minas Gerais não tem mar, os pesquisadores firmaram uma parceria com uma empresa de Santa Catarina, que fornece gratuitamente o resíduo da indústria pesqueira necessário para a produção do curativo.

“A velocidade com que eles conseguem nos fornecer esses resíduos é assustadora, justamente porque a quantidade de lixo é grande demais”, afirma Martins.

Quanto custa?

O custo inicial do curativo ficou entre R$ 20 e R$ 30 por unidade, valor que pode ser barateado se produzido em larga escala. O projeto está em submissão para o comitê de ética para conseguir autorização para os testes clínicos com humanos, necessários para validar a produção comercial.

O objetivo principal dos pesquisadores é substituir os insumos importados, reduzir custos e ampliar o acesso à tecnologis no SUS. Eles consideraram as estimativas levantadas por outros cientistas, com estudos de caso na área hospitalar, para nortear a pesquisa e comparar com o custo de produção do novo curativo.

“A gente consegue ter uma ideia dos valores gastos, e cada curativo tem um momento de utilização e um preço. O mais similar ao nosso, no mercado, sai em média entre R$ 80 e R$ 90, cada um”, explica Martins.

Segundo os autores, além de ser uma cadeia sustentável, que dependerá de lixo da indústria pesqueira e produção local, a tecnologia também é uma forma de garantir a independência nacional. “Abre caminho para políticas de saúde mais resilientes, capazes de enfrentar crises globais sem depender de mercados externos”, diz Martins.

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O POPULAR

Governo amplia a vacinação contra a gripe para toda população em Goiás

O Governo de Goiás ampliou a vacinação da gripe (Influenza) para todas as pessoas acima de seis meses de idade. A medida passa a valer neste sábado (17). Antes, a imunização pelo SUS tinha como público-alvo os grupos prioritários, como idosos, gestantes, trabalhadores de saúde, crianças até seis anos e povos indígenas.

A medida foi informada por meio de nota técnica as 18 regionais de saúde e aos 246 municípios goianos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), os municípios poderão definir suas estratégias com base no estoque disponível de vacinas.

A 27ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começou no dia 7 de abril para o público-alvo, que inclui idosos, trabalhadores de saúde, gestantes, entre outros. A vacina protege contra três tipos de vírus Influenza sendo A (H1N1), A (H3N2) e Influenza B, reduzindo as complicações graves da doença.

Dados do Ministério da Saúde, apontam que após 46 dias de vacinação voltada apenas para os grupos prioritários, a cobertura vacinal no estado está em 21,99%, ou seja, 602.241 pessoas do público-alvo já foram vacinadas contra a Influenza em Goiás. A cobertura no país é de 25,39%.

Influenza em Goiás

Segundo dados da SES-GO, Goiás já registrou 4.286 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 371 delas causadas por Influenza, este ano. A maior parte dos casos de SRAGs é de crianças menores de 2 anos, são 1.923 no total.

As chamadas SRAGs são as formas graves tanto de Influenza como de outros agravos respiratórios e, em geral levam à internação, podendo resultar no óbito do paciente.

Em 2025, até o momento, 17 mortes foram confirmadas por Influenza A este ano no estado e três por Influenza B e outros sete óbitos por SRAG estão em investigação. A maioria dos óbitos é de idosos, são 11 no total.

Ampliação em Aparecida e Goiânia

Os dois maiores municípios goianos, em termos de população, Goiânia e Aparecida de Goiânia aderiram à ampliação da vacinação contra a gripe.

Na capital, neste fim de semana, a vacinação ocorre na Van da Vacinação, neste sábado (17), das 8h às 12h, na Praça do Trabalhador, e no domingo (18), das 8h às 11h, no Parque Flamboyant. Além disso, estarão disponíveis para aplicação das doses as unidades Centro Municipal de Vacinação, UPA Jardim América e CIAMS Urias Magalhães, das 8h às 17h. Durante a semana, a vacinação contra a gripe segue nas 64 salas de vacina da rede municipal, distribuídas em todas as regiões da capital.

Já em Aparecida de Goiânia, para atender o novo público-alvo, neste sábado (17), a Central de Imunização de Aparecida estará aberta para a população das 7h30 às 18h30. Veja abaixo a lista com a localização das salas em Goiânia e Aparecida.

Pontos de vacinação em Goiânia:

  Distrito Leste: UPA Chácara do Governador, Cais Amendoeiras, USF Dom Fernando, USF Recanto das Minas Gerais, CSF Ville de France, USF Parque Ateneu, UPA Novo Mundo, USF Santo Hilário, USF Riviera.

  Distrito Sudoeste: CIAMS Novo Horizonte, CS União, CS Parque Anhanguera, CS Vila Mauá, CS Vila Boa, CSF Itaipu, CSF Condomínio das Esmeraldas, CSF Real Conquista, CSF Madre Germana, CSF Valéria Aparecida (Garavelo B).

  Distrito Oeste: CS Goiânia Viva, CS Vera Cruz II, CS Jardim Cerrado IV, CS Vera Cruz I, CS Buritis, CS São Francisco, CS João Braz, ESF Vila Regina, Cais Bairro Goiá e USF Eldorado Oeste.

  Distrito Noroeste: USF Vila Mutirão, USF Vila Planalto, USF São Carlos, USF Jardim Curitiba, USF Estrela Dalva, USF Boa Vista, USF Alto do Vale, USF Finsocial, CS Cândida de Morais, USF Brisas da Mata, USF Jardim Primavera.

  Distrito Campinas-Centro: CS Vila Canaã, CS Esplanada dos Anicuns, CS Norte Ferroviário, CS Crimeia Leste, CS Marinho Lemos, CS Vila Nova, USF Santa Helena, USF Crimeia Oeste, USF Universitário, CS Cidade Jardim.

  Distrito Norte: CIAMS Urias Magalhães, CS Clemente, USF Jardim Guanabara, USF Antônio Carlos Pires, CS Meia Ponte, USF Cachoeira Dourada, USF Vale dos Sonhos, USF São Judas Tadeu, CS Perim, USF Itatiaia.

  Distrito Sul: UPA Jardim América, CS Vila Redenção, Centro Municipal de Vacinação e CS Parque Amazônia.

A maioria das salas de Goiânia funcionam de segunda à sexta-feira, das 07h30 ou 8h até às 18h. Somente três pontos funcionam aos finais de semana, sábado e domingo, são: a UPA Jardim América, o CS Urias Magalhães e o Centro Municipal de Vacinação. Para conferir o horário de funcionamento das salas, basta acessar o site da Prefeitura de Goiânia.

Pontos de vacinação em Aparecida:

  UBS Andrade Reis

  UBS Bairro Cardoso

  ⁠UBS Bairro Ilda

  ⁠UBS Colina Azul

  UBS Cruzeiro do Sul

  ⁠UBS Independência Mansões

  ⁠UBS Jd Florença

  ⁠UBS Jd Rivieira

  ⁠UBS Jd Tirandentes

  ⁠UBS Mansões Paraíso

  ⁠UBS Papillon Park

  ⁠UBS Pontal Sul 2

  ⁠UBS Veiga Jardim

  ⁠UBS Alto Paraíso

  ⁠UBS Anhambi

  ⁠UBS Bairro Independência

  ⁠UBS Bandeirantes

  ⁠UBS Boa Esperança

  ⁠UBS Buriti Sereno

  UBS Campos Eliseos

  ⁠UBS Caraíbas

  ⁠UBS Garavelo Park

  ⁠UBS Jd dos Ipês

  ⁠UBS Madre Germana

  ⁠UBS Delfiore

  ⁠UBS Cândido de Queiroz

  ⁠UBS Expansul

  ⁠UBS Jd Bela Vista

  ⁠UBS Jd dos Buritis

  ⁠UBS Jd Olímpico

  ⁠UBS Jd Paraíso

  ⁠UBS Parque Trindade

  UBS Rosa dos Ventos

  ⁠UBS Santa Luzia

  ⁠UBS Santo André

  ⁠UBS São Pedro

  Central de Imunização

Em Aparecida de Goiânia, a vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) funciona de segunda a sexta das 7h30 às 16h30. Na Central de Imunização funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 18h30, e, aos sábados, das 7h30 às 13h. Os postos de imunização não funcionam em feriados e pontos facultativos.

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Assessoria de Comunicação