Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19 A 21/05/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Reclamações Cirurgias Plásticas
Mrué adia novamente seu depoimento na Delegacia de Homicídios
Servidores relatam perseguição, assédio moral e sexual no TJ-GO
"Ela (Fátima) aboliu interesses escusos de muita gente"
Atraso compromete Hugo
Iris não vai demitir secretária da Saúde
Trabalho de Mrué trouxe melhorias na Saúde municipal
"Respaldo do prefeito me estimula a trabalhar mais pela saúde em Goiânia"
SBCP classifica ´Plástica para Todos´ como ´abjeta e repulsiva´
Plástica para Todos acusa SBCP de tentar "reservar mercado"
Hospital diz que suspendeu contrato com empresa após morte de mulher que fez cirurgias plásticas em MT


TV SERRA DOURADA
Reclamações Cirurgias Plásticas
http://tvsd.com.br/video-on-demand/reclamacoes-cirurgias-plasticas/
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A REDAÇÃO
Mrué adia novamente seu depoimento na Delegacia de Homicídios
Secretária deve ser ouvida na terça-feira (22) | 21.05.18 – 10:16
Lucas Cássio
Goiânia – Pela segunda vez a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, pediu para que o depoimento na Delegacia de Investigações de Homicídios da capital fosse remarcado. Ela será ouvida no caso da morte de dois pacientes por falta de leitos de UTI que, segundo relatório da Comissão Especial de Inquérito responsável por investigar irregularidades na Saúde em Goiânia, estavam vagos.
Inicialmente, a oitava seria na semana passada, mas a secretária alegou ter compromissos que não poderiam ser remarcados, por isso o depoimento foi agendado para esta segunda-feira (21/5). Porém, mais uma vez a secretária remarcou, alegando o mesmo motivo. Agora o depoimento deve ser feito na terça-feira (22).
Segundo o delegado Rômulo Matos, ela foi intimada porque não encaminhou a AIH (autorização de internação hospitalar) e por esse motivo a investigação estaria atrasada. A documentação deveria ter sido entregue há pelo menos 10 dias. Caso a secretária não encaminhe a documentação solicitada, ela poderá ser indiciada por crime de descumprimento de ordem.
Fátima Mrué foi indiciada em três tópicos do relatório da CEI da Saúde. Além de casos de improbidade administrativa, ela responderá por lesão corporal. Também foi aprovado o pedido de afastamento do cargo.
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O POPULAR
Servidores relatam perseguição, assédio moral e sexual no TJ-GO
Médico acusado está de férias e volta no próximo mês; MP investiga caso, mas ele nega
Os servidores que denunciaram ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) o médico Ricardo Paes Sandre, que atuava como diretor do Centro de Saúde do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) desde 2013, relatam que sentem medo pela volta de Sandre no próximo mês, tendo em vista que ele está de férias. A 73ª Promotoria de Justiça do MP-GO instaurou um inquérito civil público para investigar as denúncias no início deste mês. Na semana passada, o médico pediu exoneração do cargo de chefia.
Ricardo é suspeito de praticar os crimes de assédio moral e sexual e abuso de poder e pode responder também por improbidade administrativa ao fim da investigação. Ele nega as acusações.
Até o momento, pelo menos 13 pessoas afirmaram terem sido vítimas de perseguição, coação, ameaças e que sofreram com propostas sexuais, inclusive para reaver gratificações que tinham sido retiradas no TJ-GO.
A reportagem conversou com alguns dos servidores. Eles preferiram não se identificar com medo de represálias, mas lembram que o médico pediu exoneração de uma função comissionada e que é concursado, por isso retornará ao trabalho no TJ-GO em breve, pouco tempo depois de ser denunciado. "O inferno vai recomeçar. Tememos até pelas nossas vidas. Vamos pedir medidas protetivas. Alguns já estão doentes e têm acompanhamento psiquiátrico", relata um dos trabalhadores.
Quanto ao assédio sofrido no local de trabalho, os profissionais dizem que eram atos diários. "Ele dificulta que o profissional tire férias, remaneja funcionários sem necessidade e retira gratificações de funções que não poderiam sair da Junta Médica e repassa para funcionários que nunca assinaram um laudo na vida. Ele é blindado lá dentro", relatou.
"Essas coisas também que ele acredita que são brincadeiras ou piadas sexuais, ele fala perto de qualquer um. Não tem pudor. Muitos bombeiros que trabalham conosco já ouviram essas baixarias e ficaram sem reação. São coisas absurdas, de baixo calão, chegam a ser impronunciáveis. Existem ainda casos que ele foi mais incisivo e constrangeu muitas pessoas, além de coagir para conseguir favores sexuais", diz outro funcionário.
Denúncia
Os servidores destacam que o TJ-GO já foi informado de algumas situações vividas no ambiente de trabalho, mas que nem todos os funcionários levaram as situações ao conhecimento do Tribunal porque "não iria dar em nada. O sogro dele é o presidente do TJ-GO, ele tem parentesco com outras pessoas do alto escalão do Tribunal, além de bradar a todos que tem costas quentes", disse outra denunciante.
O TJ-GO, por sua vez, novamente não quis se posicionar sobre as denúncias. Em nota, disse que foi oficiado pelo MP-GO e "já encaminhou todas as informações e documentos referentes ao caso do médico Ricardo Paes Sandre, ex-diretor do Centro de Saúde da instituição".
O inquérito civil público foi instaurado pelos promotores de Justiça Fabiana Zamalloa e Geibson Cândido Martins. A promotora disse ao POPULAR que a "apuração prossegue, agora em sigilo, para evitar neste momento da investigação a exposição das vítimas". Também informou que os documentos requisitados ainda não chegaram ao MP, mas que o TJ está dentro do prazo legal de 10 dias.
Cinco perguntas para Ricardo Paes Sandre Médico do TJ-GO nega acusações se servidores da instituição e diz que foi julgado pela sociedade antes ter a chance de se defender
Como o senhor recebeu a notícia de que está sendo investigado e por que pediu exoneração? Quase morri do coração. Estava chegando de viagem. Meu irmão mais velho, que é juiz, um espelho para a gente, me mandou a notícia. Como providência eu pedi para ser exonerado da minha função e que fossem investigados os fatos narrados. Não tenho nada a temer e acredito que será tudo esclarecido. Vou correr atrás da minha defesa.
1 – O que tem a dizer sobre as denúncias?
Mexi com gente importante. No TJ tínhamos 37 médicos, poucos hospitais têm tantos assim. Eles foram deslocados para outras três unidades de saúde que existem no Tribunal. Eles acreditam que são médicos concursados peritos, o que não é verdade. Somos todos médicos, analistas judiciários e uma das nossas áreas de atuação é perícia, mas atendemos emergência e assistência médica de uma forma geral. Está determinado em edital, cumpri ordem do presidente do Tribunal. Se neguei licença-prêmio e coloquei para cumprir carga horária estão se sentindo contrariados. Tem que provar essas acusações. Nunca tive mácula no meu currículo. Contrariei muitos interesses e não sabia que chegariam ao ponto de falar da honra da gente. Por onde eu passei tentei corrigir mazelas, talvez tenha errado por ser incisivo e combatente. Eu sou médico e advogado. As coisas não podem ser de interpretação sumária, eu preciso me defender. Na minha concepção, a gente está discutindo se na condenação em segunda instância a pessoa tem que cumprir pena, como no caso do Lula. Eu nem tive acesso ao processo, até porque não existe. Foi um inquérito, uma portaria, e já estou sendo execrado como um bandido. Acredito que essa seja uma tentativa de atingir alguém muito maior que eu, que é o meu sogro, o presidente do TJ. A leitura que a gente tem é que pode ser algo político. Parece que foi algo arquitetado, em uma época em que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está fazendo uma inspeção no TJ.
2 – E sobre as denúncias de assédio moral e sexual?
Falam de crime de cunho sexual. Isso tinha que correr sob sigilo total. Acabou com a minha família. Graças a Deus eu tenho 20 anos de relacionamento sólido. Os inimigos que disseram isso, provem. Estou pronto para ser ouvido.
3 – O senhor tem acúmulo de funções?
Estou sendo criticado até por ser concursado. Como médico eu tenho o direito constitucional de exercer mais de um concurso, desde que não choque a carga horária. Eu pedi para que seja feito o ponto eletrônico dos médicos, porque eu tinha certeza que eles não cumpriam as horas. Eu entro às 7 horas e saio às 19 horas todo dia. Faço 12 horas diárias e 60 semanais. Também sou médico assistente e já atendi metade do Tribunal.
4 – O senhor já chegou a coagir alguém no trabalho com arma de fogo? Por qual razão a leva?
Meu pai foi assassinado quando eu tinha quatro meses de idade. Como sou perito, sempre andei armado porque já tive problemas. Tenho porte de arma. Meu irmão, que é delegado da Polícia Federal, é a minha cópia, muito parecido comigo. Eu fui treinado, porque eu tinha que ser preparado, porque os caras me confundiam com ele. Por isso eu carrego a arma sempre comigo. Mas nunca coagi ninguém com ela.
Perícias canceladas
Consta na denúncia feita ao MP-GO que o remanejamento de servidores teria causado transtornos às perícias judiciais que tiveram de ser remarcadas e que magistrados chegaram a questionar as demoras. Os funcionários ouvidos pelo POPULAR relatam que mais de 1,5 mil perícias foram canceladas e muitas outras sofreram atrasos, com prazos para serem remarcadas que ultrapassam um ano. O TJ não se pronunciou.
"São casos de pessoas que alegam dificuldades financeiras para realizar as perícias, e elas são custeadas pelo Judiciário. Por exemplo, de uma pessoa que sofreu um acidente de trânsito e processou a outra pessoa, ou empresa envolvida e não tem condições de arcar com esses custos", explicou um servidor que não quis se identificar. "O juiz depende dos laudos para dar as sentenças."
Em outubro do ano passado, os médicos peritos da Junta Médica do TJ-GO realizaram uma assembleia na sede do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego). O ato foi divulgado nas redes sociais do Simego. A pauta de reivindicações, como o retorno da gratificação à função de perito oficial, garantia aos servidores médicos de que irão exercer as suas funções de perito exclusivamente na Junta Médica, que os peritos sejam tratados com urbanidade em seu local de trabalho e reintegração dos médicos peritos que foram colocados à disposição de outros setores, foi enviada para o TJ-GO.
A reportagem entrou em contato com o Simego, mas até o fechamento desta edição a instituição não se posicionou sobre a investigação do médico Ricardo Paes Sandre e sobre as reivindicações dos peritos.
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"Ela (Fátima) aboliu interesses escusos de muita gente"
Prefeito de Goiânia fala sobre manutenção da secretária de saúde na pasta, apesar de pedido de afastamento de vereadores
O senhor vai afastar a secretária de Saúde, Fátima Mrue?
Bem, desde que eu assumi a Prefeitura, a área que estava a exigir mais esforço da nova administração era a da saúde. Porque quando tomei posse, havia muitos postos de saúde fechados. O Cais (Centro de Assistência Integrada à Saúde) Urias Magalhães estava fechado há mais de quatro anos. Havia muita denúncia, não tinha medicamentos obrigatórios para idosos, diabéticos; denúncia de que os medicamentos desapareciam.
E por outro lado, Goiânia possui uma população de 1,5 milhão, mas atendendo 4,2 milhões, como se todos morassem na cidade. Então, fui buscar a atual secretária, médica, competente, professora. Fui buscar uma pessoa descomprometida com todos os segmentos que tinham interesses em nomear secretário. E ela, desde o dia que entrou até hoje, vem corrigindo, aperfeiçoando…
Nós já reformamos quase todos os Cais, postos de saúde. Você não vê mais queixa de gente morrendo em porta de unidade de saúde da Prefeitura. Eu entendo que o serviço de saúde da Prefeitura hoje já está aproximando de um ponto ideal. Por que eu iria tirar alguém que está corrigindo, que está construindo, que está aperfeiçoando?
O senhor acredita então que ela está resolvendo os problemas encontrados?
Ela mexeu com muitos interesses que eu considero escusos na área da saúde.
Quais, por exemplo?
Pessoas que não tinham a mínima relação com a secretaria de Saúde e tinha chequinho para autorizar cirurgia. Aí o hospital mandava a conta da cirurgia e ninguém sabia se tinha feito a cirurgia ou não. O negocio é muito sério.
Quais pessoas, prefeito?
São inúmeras. Imediatamente foi suspenso, não tinha mais chequinho. E tudo isso foi contrariando.
Contrariando quem?
Em um determinado momento, depois que a secretária fez um levantamento amplo das irregularidades que foi constatando na área da saúde, encaminhamos um relatório para o Ministério Público Federal. Posteriormente eu entendí que o Ministério Público Estadual também precisava tomar conhecimento daquelas irregularidades. Porque não cabe à Prefeitura punir quem, muitas vezes alheio à secretaria, estava cometendo irregularidades.
O dia que a CEI (Comissão Especial de Inquérito, da Câmara dos Vereadores) me convidou a ir prestar depoimento, eu informei isso para eles. Disse: 'olha, providências nós temos tomado'. Contei sobre o encaminhamento desses documentos com as irregularidades constatadas. Aí me pediram que encaminhasse uma cópia e eu encaminhei para eles. E agora muitas das pessoas mencionadas nesse relatório final (dos vereadores), muitos indiciamentos lá ocorreram em função daquilo que a Prefeitura tinha levantado. Quer dizer, a Prefeitura, a secretária, não ficou um dia indiferente ao trabalho da pasta.
Mas o senhor vê uma relação entre essas investigações da Prefeitura com a CEI?
Essa CEI foi criada porque ela (Fátima) aboliu interesses escusos de muita gente.
De quem? O senhor quer dizer pessoas ligadas a vereadores?
Não sou eu que vai dizer se tem vereador ou se tem… Quer dizer, a Prefeitura fez um levantamento e encaminhou ao Ministério Público. Agora, no momento em que a secretária foi reduzindo ações danosas, criminosas na área da Saúde, as pessoas recorrem a quem para buscar…? Recorrem naturalmente a políticos , a vereador. Eu não quero julgar vereador, não quero julgar CPI. Só posso dizer o seguinte: tudo que essa mulher fez, o fez movida por espírito público.
Por que o senhor não divulgou então o conteúdo desse relatório para a população?
Não cabe a mim antecipar julgamento. Não posso, como prefeito, pecar por omissão. E eu não estou aqui para publicar tudo aquilo que a gente vai corrigindo. A própria sociedade vai tomando conhecimento do nosso trabalho pelo resultado. Hoje não tem mais reclamação nos Cais, é raro. E numa cidade de 1,5 milhão de habitantes, com dezenas de unidades de saúde. Por exemplo, são 183 equipes de visitação de casa por casa na cidade. Sai cada equipe, com três profissionais, de casa em casa para verificar a situação das pessoas.
É, mas só 60% da população de Goiânia tem cobertura da atenção básica.
Tem muita gente da população que tem seus planos de saúde. O funcionário público municipal tem o Imas (Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Senadores Municipais de Goiânia), o estadual tem o Ipasgo (Instituto de Assistência dos Senadores Públicos do Estado de Goiás), os íêde-rais têm seus institutos. Grande parte da população é vinculada à Unimed. Então, a Prefeitura tem seu sistema para atender a população, mas o número de pessoas que realmente estão a necessitar de atendimento é bem menor.
Quem são essas pessoas que o senhor diz que tinham chequi-nho para cirurgia em mãos?
São pessoas alheias à questão da Saúde. Quer dizer, bandidos, criminosos.
Ligados a políticos?
Não quero saber, não quero entrar se era…
Não quer falar os nomes?
Não, e não estou atrás disso. O nosso objetivo é corrigir. Agora, a minha obrigação era informar ao Ministério Público o que ocorria. O Cais do Urias Magalhães estava fechado há 4 anos e aparece uma cirurgia, um ato médico feito no Cais quando estava fechado. Então, era uma zorra. Ninguém tomava conhecimento de nada. Por isso é que quebrou tudo.
Tudo isso foi corrigido?
Está corrigindo, porque o sistema é complexo. A primeira coisa que se fez no sistema foi quanto às consultas. Já autoriza automaticamente a pessoa a fazer a consulta. Nessa hora ela tem que se identificar.
Chegava conta e a Prefeitura pagava um ato médico que ninguém sabe se foi feito ou não. Apareceu um nome muitas vezes de uma senhora. Aí, alguém fazendo esses levantamentos (de irregularidades), viu que tinha uma funcionária da Prefeitura com o mesmo nome. Chamaram ela e perguntaram se ela utilizou esse serviço, e ela disse: "não, nunca utilizei, nunca precisei".
E a secretária tem corrigido isso? Por isso o senhor não abre mão dela?
Primeiro, eu tenho que ter autoridade e consciência daquilo que eu faço. Eu não administro influenciado por A, por B ou por C. Tenho consciência daquilo que estou fazendo. Tive consciência quando chamei essa mulher para atuar, uma mulher que não tinha a mínima relação política.
O que eu chamo atenção: quantas pessoas estão reclamando por dia que não estão sendo atendidas? Pouquíssimas.
Então o senhor diz que fez uma escolha consciente e manterá a Fátima no cargo?
A coisa que eu mais tenho facilidade na vida como governador, como prefeito, é tirar secretário. Mas, uma coisa para mim que nunca acontece é eu ser injusto com auxiliar. Nunca.
E o senhor acha que retirá-la do cargo seria injustiça?
Retirar por quê? Eu estou satisfeito com o trabalho dela. Ela está mostrando serviço. Até hoje eu não me contrariei com o trabalho dela. Pelo contrário, quando eu vou na comissão e falo o que eu falei para eles (vereadores), tenho consciência do que eu estou falando.
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Atraso compromete Hugo
Limpeza e lavanderia do hospital de urgências estão parcialmente paradas por atraso no salário. Enfermeiros realizam protesto e Estado disse que faria pagamento ainda ontem
O funcionamento do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) voltou a ficar prejudicado esta semana com uma paralisação parcial dos funcionários terceirizados da limpeza, lavanderia e segurança. Eles alegam que estão com pagamento atrasado desde o dia 7. Enfermeiros e técnicos de enfermagem também reclamam de atraso e fizeram um protesto na manhã de ontem. Servidores relatam falta de insumos.
A paralisação dos terceirizados começou na segunda-feira. Pacientes relatam quartos sujos, falta de roupa de cama, lixos abarrotados e mal cheiro. A lavanderia estaria liberando roupa de cama apenas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e para os centros cirúrgicos. Também há relatos de falta de medicamentos, como antibióticos e antitrombóticos.
Não é a primeira vez que a situação ocorre, as greves por falta de pagamento já se tomaram corriqueiras no hospital. Em dezembro do ano passado houve paralisação parcial de 4 dias. Em marco de 2016 também houve o mesmo tipo de situação.
Na última paralisação, a Organização Social (OS) Instituto de Gestão em Saúde (Gerir), responsável pela administração do Hugo desde 2012, reconheceu que havia atraso no pagamento de repasses do Governo do Estado. Dessa vez, a OS decidiu não se manifestar e passou a responsabilidade para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
Até o fechamento desta matéria, o Portal da Transparência indicava que o governo não havia feito o repasse do mês de maio para o Instituto Gerir. A SES-GO garante que um repasse de R$ 7 milhões aconteceu ainda ontem para sanar as prioridades do Hugo. Até abril deste ano, mais de R$ 48 milhões foram repassados à OS.
Segundo o Sindicato dos Servidores da Saúde de Goiás (Sind-saúde), os enfermeiros estão acostumados com um pouco de atraso, mas este mês o tempo te-ria se estendido demais ao passar do dia 15. A presidente Flavia-na Alves Barbosa diz que caso o pagamento tenha caído na noite de ontem, os funcionários vão se reunir na frente do hospital na manhã de hoje e vão deliberar algum tipo de ação de reivindicação.
"O problema não é o modelo de gestão. Pode ser pública, privada, de OS. Se não tiver o compromisso com o SUS, com o dinheiro, com o investimento, não se faz a política de um sistema único universal", defende a presidente do sindicato.
Em nota, a SES-GO afirma que o pagamento dos funcionários deve ocorrer de imediato após o pagamento do repasse, que teria acontecido ainda ontem. "A Secretaria de Estado da Saúde informa que, juntamente com a Secretaria da Fazenda, vem fazendo esforços conjuntos para sanar as questões prioritárias", diz o texto. Já em relação à falta de insumos, a pasta afirma que a situação deve ser normalizada nos próximos dias.
O Instituto Gerir está entre as OSs que descumpriram metas entre os meses de julho e dezembro de 2017, segundo relatório da SES-GO encaminhado à Assembléia Legislativa. A informação foi divulgada na coluna GIRO da última quinta-feira (17). Além do Hugo, o Gerir também é responsável pela gestão do Hospital Estadual de Urgências de Trindade (Hutrin).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Iris não vai demitir secretária da Saúde
Apesar da pressão dos vereadores, prefeito não vai abrir mão de sua autoridade
No final da tarde de ontem o prefeito de Goiânia, Iris Resende, reuniu-se com seus principais auxiliares diretos para uma avaliação da crise politica gerada pala Câmara Municipal com a insistência dos vereadores em derrubar a secretária de saúde, Fátima Mrué.
Iris não vai demitir a secretária. A reunião entrou pela noite a dentro e, no final, o prefeito decidiu que Mrué continua no cargo enquanto gozar da confiança do prefeito. A informação foi passada, off the record, por um auxiliar que participou da discussão.
O prefeito entende que é prerrogativa sua nomear e demitir secretários de governo. Ao exigir de forma açodada que o prefeito afaste a secretária, a Câmara está interferindo em assunto interno do Executivo, ferindo o princípio da independência e harmonia entre os poderes. O relatório da CEI que investiga a saúde pública em Goiânia, por outro lado, é um documento unilateral que pode servir de subsídios à polícia ou ao ministério público para promover responsabilização penal de pessoal junto ao judiciário, mas tem força para impor ao chefe do executivo municipal uma determinação.
A CEI em caráter inquisitorial, não observa o contraditório e amplitude de defesa, não podendo, portanto, ser levada em conta de detenção condenatória Segundo o auxiliar, o prefeito sempre foi muito cioso de sua autoridade e não vai abrir mão dela. Se tiver que demitir algum secretário, será por suas próprias razões, não por pressão vinda de fora.
A gestão de Mrué foi questionada no relatório, que aponta super-faturamento na manutenção da frota da Secretaria Municipal de Saúde, considerando lesiva à administração o contrato feito com a empresa responsável pela frota. A vereadora Cristina Lopes (PSDB) apontou irregularidades no atendimento odontológico prestado pela SMS e indicou prejuízos na terceirização dos serviços de raio-X. O relatório também acusa favorecimento à Clínica de Atendimento Médico Especializado (CLIAME), e também questiona a proposta de compra de software de gestão de saúde sem licitação, cujo serviço ainda não foi pago pela administração. Foi também indicado problemas em relação ao armazenamento de produtos e equipamentos no almoxarifado da SMS São, contudo, de acusações de que a que secretária poderá se defender quando lhe for dada a oportunidade. Mesmo porque seria necessário indicar fatos que demonstrem a responsabilidade pessoal direta da secretária. Até lá, o próprio relatório estará sujeito a revisão crítica por outras autoridades. Nada impede à Câmara de, com base nesse relatório, aprovar as leis que achar necessária. Mas a condenação, segundo entendimento do Paço Municipal, cai fora da alçada do legislativo.
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Trabalho de Mrué trouxe melhorias na Saúde municipal
Secretária Fátima Mrué, com modelo focado no paciente, enfrenta oposição da Câmara Municipal e do mercado de saúde, cujo planejamento focado nas Organizações Sociais é questionado em relatórios do Dieese e nas pesquisas Serpes e Grupom
Há uma guerra pela SAÚDE em Goiânia O modelo de gestão, que é focado no paciente e começou a ser implementado pela secretária municipal de SAÚDE, Fátima Mrué, está sendo bombardeado pela oposição na Câmara Municipal e pelo mercado, cuja principal representação no setor são prestadores de serviços clínicos e pelas Organizações Sociais, que fazem a gestão de hospitais da rede estadual de SAÚDE.
A gestão de Fátima Mrué na SAÚDE começou a contrariar a partir do momento em que não houve partilha de cargos com vereadores nas diretorias na SMS (Secretaria Municipal de SAÚDE) e nos Cais e Ciams da Capital. Mas a gota d"água foi o fim do chequinho-sistema pelo qual a marcação de exames e consultas, era feita pela emissão de um pedido de atendimento.
Segundo denúncias que chegaram ao prefeito Iris Rezende (MDB), muitos destes "chequinhos" ficavam nas mãos de pessoas alheias à SMS, causando prejuízo ao erário e aos pacientes. "Eu não feri um segmento sequer na área de SAÚDE, mas determinei a secretária para moralizai* a área da SAÚDE pública na Prefeitura de Goiânia",' disse íris» em seu depoimento à CEI da SAÚDE.
A prefeitura fez a mudança para um sistema onde o usuário já saia do consultório com o pedido para exame de baixa e média complexidade, como ultrassonografia, raioX e exames laboratoriais, com horário e local definidos, "É uma grande conquista para o paciente, que não vai mais precisar se deslocar para uma unidade específica só para pegar a autorização. Traz conforto e dignidade", explica a secretária.
MERCADO
Além de interesses contrariados de grupos políticos na Câmara Municipal, a SAÚDE em Goiânia também é alvo da cobiça de grupos econômicos. Em depoimento à CEI da SAÚDE, o prefeito Iris Rezende revelou que entregou ao procurador-geral do Estado, documentos que comprovam graves irregularidades ocorridas na SAÚDE da capital que envolvem prestadores de serviços e grupos políticos.
O chamado mercado controla vários serviços que estão prestados aos usuários da rede pública na capital e são pagos através de investimentos do SUS (Sistema Único de SAÚDE). Pelo modelo de regulação, a prefeitura de Goiânia detém o direito e a responsabilidade pelos serviços SUS em Goiânia. Este direito é garantido pelo Termo de Compromisso de Gestão, firmado entre a prefeitura de Goiânia e a União, que ocorreu há mais de dez anos, também no governo Iris. Responde pelos serviços básicos(consultas, exames, diagnósticos) e também pelos serviços de alta complexidade (internações, tratamentos especializados em cirurgia, oncologia, ortopedia e outros).
Entretanto, a prefeitura vinha encontrando dificuldade na execução dos serviços por parte de alguns prestadores, que dificultam o recebimento dos pacientes, inclusive hospitais da rede pública. Ocorre que o mercado, através das OSs, participa do lobby para desacreditai* a SAÚDE municipal e abocanhar ali a gigantesca soma de recursos que cabem à Prefeitura de Goiânia que, no balanço de 2017, contabilizou R$ 1,76 bilhão aplicados na SAÚDE do município.
Relatório feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Econômicos), publicado no site Rede Brasil Atual, mostra que a gestão das Organizações Sociais (OSs) não trouxe melhoria no atendimento aos usuários de SAÚDE no Estado, embora tenha aumentado substancialmente o investimento do Estado nesta área. O estudo do Dieese, datado de dezembro de 2016, foi encomendado pelo Sindicato dos TrabaIhadores do Sistema Único de SAÚDE no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO). Segundo a presidente da entidade, Flaviana Alves, o estudo mostra que em 2002, 2003 e 2013, "o governo não aplicou nem sequer o mínimo exigido pela lei (12%). Nos outros anos, o estado decidiu aplicar apenas o mínimo, sucateando o setor para justificar a privatização", afirma
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"Respaldo do prefeito me estimula a trabalhar mais pela saúde em Goiânia"
Secretária municipal de Saúde diz, em entrevista ao Diário da Manhã, que seu trabalho sofre críticas de vereadores porque quebrou "paradigmas" no serviço público
A médica Fátima Mrué, secretária da Saúde da Prefeitura de Goiânia, afirmou, ontem, que sofre críticas de vereadores porque quebrou "paradigmas" no serviço público, ao rejeitar práticas políticas "convencionais e viciadas." Para ela, Goiânia deu "salto de qualidade" na prestação de serviços públicos na área de saúde, principalmente em atendimento à população de baixa renda, dependente do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fátima Mrué, em entrevista exclusiva ao D iário da Manhã, disse que a decisão do prefeito Iris Rezende em mantê-la na Secretaria da Saúde a estimula a "trabalhar cada vez mais e com maior afinco" em favor da saúde em Goiânia. "Esse gesto do prefeito Iris Rezende aumenta a nossa responsabilidade e redobra as nossas energias para continuarmos» ao lado dele; fazendo o melhor pela saúde pública em Goiânia".
A médica não esconde a sua admiração pelo prefeito Iris Rezende, um gestor que tanto já realizou em benefício do País, do Estado e da Capital. "A minha admiração pelo Iris Rezende aumenta a cada dia, pois o prefeito mostra o tanto que está comprometido com as mudanças na gestão pública e sua sensibilidade com o atendimento da saúde à população mais fragilizada".
Fátima Mrué, natural de Uberaba (MG), mas moradora de Goiânia desde 1979, quando mudou para cursar Medicina na UFG, conheceu íris Rezende logo após as eleições de 2016, quando procurou o prefeito eleito, em seu escritório, no Setor Marista, para apresentar um projeto de saúde pública. Desde a primeira visita, não mais se separou do emedebista, até o convite para ocupar a pasta da Saúde na gestão que assumiria a prefeitura em Io de janeiro de 2017.
Mrué não precisou de nenhum político pai a chegar a Iris Rezende, pois o seu curriculum, seu histórico como profissional de Medicina e suas idéias e experiências a avalizavam para iniciara missão de mudar os rumos da saúde pública na Capitai. Iris ficou impressionado com a capacidade de trabalho de Fátima Mrué e, de imediato, a incorporou à sua equipe de trabalho.
A médica disse que recebeu a pasta da Saúde com diversas dificuldades no atendimento à comunidade, com Cais fechados, falta de medicamentos, equipamentos e servidores desmotivados. "Fizemos uma profilaxia na área da saúde, reabrimos postos de saúde, estimulamos os médicos e demais servidores e podemos dizer que muita coisa melhorou em Goiânia"
Sem entrarem detalhes sobre a crise vivida pela prefeitura de Goiânia, Fátima Mrué ressaltou que, de imediato, contratos com prestadores de serviços e fornecedores de material feiram revistos, o que "contrariou muita gente" E acrescentou: " A verdade é que a mudança de paradigma choca, provoca reações. E, com o respaldo do prefeito íris Rezende, fizemos mudanças que significam melhoria da qualidade da prestação de serviços de saúde à população mais carente".
DESCONFORTO
Sobre as críticas dos vereadores ao seu trabalho que culminaram no indiciamento do seu nome por parte da CEI da Saúde, a secretária Fátima Mrué reconheceu que tem causado "desconforto" a alguns segmentos da sociedade e não apenas no Legislativo. "Nós trouxemos para a prefeitura uma coisa que é muito comum em todos os lugares do mundo, que é a escala de plantões da assistência à saúde, a escala disponível na internet para que todos vejam quem está escalado. É uma coisa que é uma rotina, não é nada novo, mas para nós tornou-se novo porque a gente não tinha sequer a escala. Só vinha em alguns dias e não era disponível na internet também".
A secretária aponta também como resultado positivo a aproximação da prefeitura com o Ministério Público, Conselho Municipal de Saúde e Câmara de Vereadores. "Por iniciativa nossa, propusemos uma agenda ordinária a cada 15 dias Junto à Comissão de Saúde, instituída por eles, para que a gente pudesse, então, transmitir a eles todas as mudanças, todas as propostas que a gente vem desenvolvendo e discutir com eles. Eles pediram para interromper essa agenda para discutir depois, não acharam necessário. Só para deixar claro, espontaneamente, nós propusemos essa agenda exatamente para que tenha tuna interlocução no segmento que achamos adequado que é a Comissão de Saúde instituída por eles."
Ela lembra que propôs atuar junto com a Comissão de Saúde, a cada 15 dias, ou na periodicidade que achar necessária a atuação conjunta das partes, para que se possa discutir os planos e ouvir quais as medidas que "eles estão tentando trazer para a saúde para que nenhuma das partes seja pega de surpresa em um assunto que a gente possa desconhecer e que deveria ter discutido em conjunto".
A secretária ressaltou a importância do diálogo direto com os segmentos representativos da sociedade goianiense: 'A agenda foi proposta por nós. Um dos modelos que estamos instituindo, temos agenda ordinária com o Ministério Público também, temos uma proximidade grande com o Conselho de Saúde, até o mais próximo que estamos quase com agenda diária, e com o legislativo também. Eu acredito que essa agenda é a maneira adequada de se discutir de forma edificante as ações que todos nós queremos para a saúde e melhorar a assistência em Goiânia."
Para ela, as críticas dos vereadores ao trabalho ocorrem por não compreenderem a profundidade e o alcance dos projetos que estão sendo implementados na pasta da Saúde: "É um direito de todos, as críticas. Acredito que estamos fazendo tuna gestão diferente, que estamos quebrando muitos paradigmas e fazendo mudanças, que eu considero, muito importantes que são tornar essa gestão totalmente centrada e voltada ao paciente, e não no gestor, não no prestador. Essa é uma diferença grande. Todas as gestões anteriores, nenhuma foi voltada ao paciente. Ela sempre foi centrada no gestor ou no prestado".
PARADIGMAS
Questionada sobre quais são os paradigmas que estão sendo quebrados pela atual administração, na área da saúde, Fátima Mrué disse que qualquer mudança por natureza traz desconfortos em diversos segmentos que tiniram interesses localizados. "O que estamos fazendo simplesmente é tornar essa gestão com critérios que antes não existiam, por exemplo, na indicação de gestores. Temos mais de 100 unidades de saúde e a gestão dessas unidades é algo muito sério, precisamos ter toda equipe daquela unidade voltada para um atendimento sincronizado, harmônico, perfeito para que o paciente seja bem atendido".
Ela sustenta que, em todos os modelos de gestão do mundo, precisa-se que tenha critérios e os critérios precisam ser estabelecidos. "Nós fizemos isso no início, estabelecemos critérios» alguns pré-requisitos para que fosse indicado o gestor. Isso foi uma quebra de paradigma também que, para muitos» não foi muito confortável. Acredito que, com o passar do tempo, a tendência é que nós consigamos conversai- muito bem. Afinal de contas, o objetivo dos vereadores e do poder legislativo é o bem da coletividade. Nós os elegemos para que traga também benefícios à população" Fátima Mrué reafirmou que a Secretaria de Saúde, junto com as linhas de gestão do prefeito íris Rezende, quero bem da população. "Se o objetivo é o mesmo, acredito que seja questão de evoluir um pouco mais, aprofundar a conversar e nos conhecermos um pouco melhor Eu posso dizer que conheço muito mais eles hoje do que no início. Entendo um pouco mais o desconforto dos vereadores e tenho tentado fazer minha parte, esclarecê-los em tudo que é possível e de todas as maneiras"."
A secretária defende a retomada de uma agenda periódica junto à Comissão de Saúde na Câmara Municipal exatamente para discutir com eles essas linhas de gestão, as novas propostas e ouvir deles o que pensam, quais as medidas que consideram boas para a saúde para que seja discutida com toda a sociedade. "Infelizmente essa agenda está interrompida, foi solicitado por eles que a gente reconsiderasse em outro momento, estamos aguardando isso. Essa agenda com a Comissão de Saúde é uma interlocução de extrema legitimidade. Estou novamente pedindo que façam essa agenda."
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MÍDIA NEWS
SBCP classifica ´Plástica para Todos´ como ´abjeta e repulsiva´
Daniele Bueno morreu após fazer lipo e redução dos seios
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), regional de Mato Grosso, classificou como "abjeta e repulsiva" a maneira como a empresa "Plástica para Todos" comercializa a venda de cirurgias plásticas a baixo custo e em condições facilitadas de pagamento
A declaração foi feita por meio de nota emitida pela entidade, após sua diretoria ter tomado conhecimento da resposta dada pelo responsáveis pelo programa, após a morte de Daniele Bueno, de 33 anos, no último domingo (13), em Cuiabá.
A cuiabana teve complicações após passar por procedimentos de lipoescultura e redução nos seios realizados pela "Plástica para Todos".
Em nota que publicou a respeito do caso na quarta-feira (16), a empresa alegou que os procedimentos cirúrgicos aos quais Daniele foi submetida envolvem risco e que, por esse motivo, não se deveriam ser antecipadamente relacionados a uma possível falha médica.
Já a SBCP se manifestou contrária à declaração e disse que há muito tempo combate situações como a que resultou na morte da cuiabana.
"O modelo em tela, travestido de projeto social, promove a mais abjeta e repulsiva atitude perante a boa medicina, que é sua mercantilização, fazendo de pacientes, mero objeto de mercância, ignorando princípios irrenunciáveis em qualquer ato médico, que é a segurança e primorosa relação médico paciente", diz trecho da nota.
A entidade ainda declarou que ficou surpresa ao tomar conhecimento da nota divulgada pela "Plástica Para Todos", bem como com os desserviços prestados pelos médicos envolvidos no caso.
"A nota pública ofertada apelativamente pela empresa/sistema, é tão falaciosa quanto inverdades em sua essência. Causa-nos espécie assistir tamanho engodo, em tal nota pública, quanto o comportamento dos médicos que se prestam a este deserviço a boa medicina".
"A SBCP não avaliza, tampouco recomenda que seus membros participem deste modelo de atendimento médico, já vedado reiteradamente pelo Conselho Federal de Medicina, no Código de Ética Médica", ressaltou.
Entenda o caso
Na quarta-feira (16), a empresa "Plástica Para Todos" afirmou por meio de nota não acreditar que a morte da cuiabana Edléia Daniele Ferreira Lira tenha ocorrido por falha médica.
Por conta disso, não há que se falar, até o momento, em causas de negligência, imperícia ou imprudência da equipe médica, tampouco do hospital onde o procedimento foi realizado, já que 70% (setenta por cento) das cirurgias plásticas realizadas no país ocorrem em unidades sem leitos de terapia intensiva, não sendo, portanto, obrigatório", consta em nota.
De acordo com nota divulgada pelo advogado da empresa, Alex Sandro Rodrigues Cardoso, a empresa não foi notificada em nenhum momento da sua história a respeito de casos que tenham evoluído para óbito, "independentemente de sua causa".
"Com base neste histórico, é possível afirmar que o caso envolvendo a paciente, provavelmente, esteja isento de erro de conduta profissional, sendo típico de evoluções imprevisíveis. Mesmo assim, as causas somente poderão ser discutidas após o laudo do exame de necropsia", disse o advogado em nota.
Investigação
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) abriu sindicância para investigar os dois hospitais que prestaram atendimento à cuiabana. A mulher foi operada no Hospital Militar de Cuiabá e acabou morrendo Hospital Sotrauma.
De acordo com a presidente do CRM, Maria de Fátima Carvalho Ferreira, as duas unidades de saúde terão um prazo de sete dias para encaminhar à autarquia os prontuários da jovem, com dados de todos os procedimentos, inclusive dos médicos que atuaram no atendimento da paciente.
"Com os prontuários em mãos, nós vamos saber qual equipe atuou no atendimento da paciente e assim averiguar se houve alguma infração ética", disse a presidente.
Morte após cirurgia
Daniele Bueno, como era conhecida, deu entrada na quinta-feira (10) para fazer uma lipoescultura e redução nos seios.
No entanto, depois do procedimento, ela teve uma parada cardíaca e precisou ser transferida para o Hospital Sotrauma, onde não resistiu e morreu no domingo (13) – Dia das Mães – com um quadro de paralisia cerebral e falência múltipla de órgãos.
De acordo com Simone Bueno Pall, que era casada com a cuiabana, a cirurgia foi realizada por meio do projeto "Plástica para Todos", que conheceram por meio de conversa no WhatsApp.
Segundo ela, foi cobrado de Daniele o valor de R$ 50 para entrar em um grupo fechado no Facebook e mais R$ 50 pela consulta.
Leia a nota da SBCP na íntegra:
Nota de esclarecimento Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Mato Grosso:
Diante da Nota de esclarecimento da empresa/sistema nominado "Plastica para todos":
Reiteramos nossa consternação com a morte ocorrida.
Porém, infelizmente, o fato mostrou um grave problema há muito combatido e condenado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, as comercializadoras de Cirurgias Plásticas. É fato notório que, com o auxílio dos Orgão fiscalizadores em outros estados, estes projetos foram encerrados.
O modelo em tela, travestido de projeto social, promove a mais abjeta e repulsiva atitude perante a boa medicina, que é sua mercantilização, fazendo de pacientes, mero objeto de mercância, ignorando princípios irrenunciáveis em qualquer ato médico, que é a segurança e primorosa relação médico paciente.
A nota pública ofertada apelativamente pela empresa/sistema, é tão falaciosa quanto inverdades em sua essência.
Causa-nos espécie assistir tamanho engodo, em tal nota pública, quanto o comportamento dos médicos que se prestam a este deserviço a boa medicina.
A SBCP não avaliza, tampouco recomenda que seus membros participem deste modelo de atendimento médico, já vedado reiteradamente pelo Conselho Federal de Medicina, no Código de Ética Médica.
A SBCP promove frequentemente ações humanitárias, em todo Brasil, permitindo acesso da população a cirurgias plásticas, com extremo rigor científico e sobretudo SEGURANÇA.
Ao cabo, entendemos que o Conselho Regional de Medicina é o órgão investidos de poderes para a fiscalização e correção do exercício da medicina. A SBCP segue esta esteira, aguardando daquela entidade o imediato rigor na apuração dos fatos dramáticos que ceifaram uma vida, e que aja com o rigor absolutamente necessário, para que novas vidas não sejam interrompidas pelo interesse vil de mercadores da medicina.
Regional Mato Grosso de Cirurgia Plástica
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O LIVRE
Plástica para Todos acusa SBCP de tentar "reservar mercado"
Presidente da associação atacou a empresa e o programa na última semana
O projeto Plástica Para Todos emitiu uma nota se defendendo de declarações feitas pelo presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Mato Grosso, Joubert Sanches. A empresa disse repudiar as declarações do médico, que chamou o programa de "repulsivo".
O caso teve início depois que Daniele Ferreira Lima, de 33 anos, faleceu após complicações na cirurgia de lipoaspiração e redução de mama feitas pelo programa.
A Delegacia Especializada em Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu um inquérito para apurar a morte da jovem.  Casada e mãe de uma garotinha, Edleia teve a morte cerebral confirmada no fim da tarde desse Dia das Mães. Ela iria fazer uma "lipoescultura" e redução dos seios. A cirurgia foi realizada na sexta-feira (11).
A Plástica Para Todos disse lamentar "que num momento tão sensível, o presidente da entidade, que enquanto cirurgião plástico deveria mostrar-se mais comedido, utilize-se do momento e da fatalidade ocorrida, para menosprezar a própria vontade dos pacientes, que optam por realizar procedimentos, que vão muito além da estética, por preços mais acessíveis".
Joubert Sanches afirmou que a SBCP condena projetos como o Plástica Para Todos por promoverem a "mercantilização da medicina", travestido de "programa social". A empresa cobrou uma atitude mais comedida do presidente da associação. Novas cirurgias devem continuar ocorrendo, de acordo com o Plástica Para Todos.
Veja a nota completa:
A EMPRESA PLÁSTICA PRA TODOS, que em pouco mais de 02 (dois) anos, já se encontra estabelecida em vários Estados brasileiros, com milhares de cirurgias plásticas intermediadas em todo o país, vem a público REPUDIAR as declarações que vem sendo prestadas pelo Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Mato Grosso, Dr. Joubert Sanches.
Ao contrário do que afirma o Presidente da Sociedade, de que a empresa busca em ato de desespero associar sua imagem à SBCP, o que na verdade ocorre é o inverso, na medida em que o desespero se evidencia justamente nas infelizes declarações do Presidente, eis que o Programa Plástica Pra Todos, alcançou expressivo volume de cirurgias plásticas realizadas no estado mato-grossense, porém, em pacientes, que não teriam a oportunidade de fazê-las, não fosse o programa.
A empresa lamenta que num momento tão sensível, o Presidente da entidade, que enquanto cirurgião plástico deveria mostrar-se mais comedido, utilize-se do momento e da fatalidade ocorrida, para menosprezar a própria vontade dos pacientes, que optam por realizar procedimentos, que vão muito além da estética, por preços mais acessíveis.
Ademais, repudiamos qualquer relação de causa e consequência, feita pelo Presidente entre o procedimento cirúrgico realizado e sua evolução, com as condições comerciais e o regime jurídico da empresa Plástica Pra Todos, como claramente, vem sendo feito pelo Presidente. A apuração do caso em si, deverá limitar-se a constatação se o ocorrido se encaixa ou não em negligência, imprudência ou imperícia médica, e a esse respeito não cabe à SBCP, mas às autoridades competentes. Ocorre que ao constatar a regularidade dos profissionais e as evidências de regularidade dos procedimentos cirúrgicos realizados, a empresa passou a ser atacada covardemente pelo citado Presidente, estando evidente em suas declarações, a reserva de mercado.
Ora, fatalidades e resultados adversos, infelizmente acontecem com quaisquer médicos em procedimentos cirúrgicos, independentemente do valor cobrado. Aliás, basta uma simples consulta nos registros do CRM, na internet e outros meios, para verificarmos que o resultado indesejado em cirurgias plásticas, é um problema na vida de médicos que atendem pacientes de qualquer nível social, mas o Presidente é recorrente na forma agressiva de tratar seus colegas de profissão, já que os vê exclusivamente enquanto concorrentes.
Logo, externamos também nossa indignação na afronta da dignidade dos médicos do Programa Plástica Pra Todos, que foram acusados pelo Presidente de realizarem um desserviço à medicina.
Desserviço faz quem à frente de uma entidade de classe, tão importante como a SBCP, não desenvolve políticas para promover a universalização das cirurgias plásticas no país, que não devem ficar restritas ao público "A e B", já que pelo Programa, quase 90% das cirurgias, ocorrem em pacientes da Classe "C e D", mas também somos procurados por um baixo percentual de pacientes mais favorecidos financeiramente, sendo esta a causa da revolta de alguns médicos.
Logo, ao contrário da postura sensata e comedida, de todas as demais instituições que acompanham o caso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, vem sendo utilizada pelo seu representante, para denegrir a imagem dos médicos aderentes ao programa e, da própria empresa Plástica Pra Todos. E mais, de maneira velada, porém evidente, se insurge contra a universalização da saúde e do tratamento estético no país, o que também deve ser objeto de repressão das autoridades e da sociedade em geral.
Na oportunidade, reafirmamos que a Empresa Plástica Pra Todos, manterá suas atividades na capital mato-grossense, inclusive com cirurgias agendadas para a próxima semana no Hospital Militar, que há muitos e muitos anos, realiza cirurgias em sua unidade, inclusive para cirurgiões membros da SBCP, encontrando-se absolutamente dentro das normas técnicas para sua atuação, sem prejuízo de outros hospitais que assim como em outros Estados, também devam aderia ao Programa.
Esclarecemos ainda que os valores cobrados pelo Programa Plástica Pra Todos, jamais podem ser considerados aviltados, são suficientes para bem remunerar todos os envolvidos nos procedimentos, obviamente que com menor margem de lucros.
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G1/MATO GROSSO

Hospital diz que suspendeu contrato com empresa após morte de mulher que fez cirurgias plásticas em MT
Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, morreu depois de fazer lipoaspiração e mamoplastia em Cuiabá. Hospital aguarda esclarecimento do caso para decidir sobre contrato.
O Hospital Militar, em Cuiabá, suspendeu temporariamente o contrato que mantinha com a empresa Plástica para Todos após a morte da paciente Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, submetida a duas cirurgias plásticas na unidade. A informação foi confirmada ao G1 pelo diretor do hospital, coronel PM Kleber Duarte, nesta sexta-feira (18).
Daniele, como era conhecida, morreu no domingo (13), depois de ter sido submetida a cirurgias de lipoescultura e mamoplastia, na sexta-feira (11), pelo custo de R$ 6 mil. A empresa Plástica para Todos , informou que ainda não se manifestará sobre o assunto.
Com a suspensão do contrato, foram canceladas as cirurgias previamente agendadas para serem realizadas no local pela empresa. Segundo o diretor do contrato, a medida será mantida em vigor até que seja esclarecida a causa da morte e as investigações sobre o caso, encerradas.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), a empresa Plástica para Todos , com sede em Minas Gerais, não estava legalizada para atuar no estado, ou seja, não está inscrita na entidade. Contudo, os médicos que atendiam pela clínica estavam aptos a atuarem no estado.
O Hospital Militar informou que alugou o centro cirúrgico para a equipe médica fazer cirurgias e que, mesmo não sendo de responsabilidade da unidade de saúde, foi dada a assistência necessária para a paciente, após complicações. O hospital faz atendimentos de baixa e média complexidade e, por isso, não tem leitos de UTI.
Daniele fez a negociação para os procedimentos pelas redes sociais. Ela pagou R$ 50 para participar do grupo privado no Facebook, onde a ainda divulga uma tabela de preços cobrados pelas cirurgias, que são bem abaixo dos valores normalmente cobrados.
Depois de sofrer parada cardíaca, Daniele teve complicações e foi transferida do Hospital Militar de Cuiabá, onde foram feitos os procedimentos, para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital, onde faleceu após ter uma parada cardíaca.
O CRM informou que uma sindicância foi aberta para apurar a morte de Daniele e já foram solicitados aos envolvidos no procedimento