Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21/01/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Despesas dos hospitais só aumentam, aponta Anahp
• Saúde – Hospital filantrópico pode parar
• Sisu – Engenharia desbanca Medicina
• Araújo Jorge e Santa Casa podem parar atendimento


SAÚDE BUSINESS 365
Despesas dos hospitais só aumentam, aponta Anahp
http://saudebusiness365.com.br/noticias/detalhe/45224/despesas-dos-hospitais-so-aumentam-aponta-anahp-

Principal despesa dos hospitais privados é com pessoas, que representa quase 43% do total

Seguindo a tendência dos últimos anos, as despesas hospitalares continuam aumentando acima da inflação geral, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No período de outubro de 2013 a setembro de 2014, houve aumento de 13,3%, em termos reais ante inflação de 6,6%, segundo análise setorial realizada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).

Com a mesma característica de empresas de outros setores, a principal despesa dos hospitais privados é com pessoas, que representam quase 43% do total. Em termos reais, o acumulado dos 12 meses anteriores a setembro de 2014 aponta um aumento de 6,2%. Este índice engloba salários, benefícios e encargos sobre a folha, e, segundo a Anahp, vem ganhando grande representatividade nos custos gerais dos hospitais.

Já a segunda maior despesa são os insumos hospitalares, com uma participação da ordem de 29,5% sobre o total. A variação real atingiu a marca de 4,1%. Dos nove itens analisados, os contratos técnicos e operacionais foram os que apresentaram maior variação, com 77,6%.

O levantamento realizado pela Anahp reúne os principais indicadores do setor hospitalar, entre os quais o crescimento dos beneficiários, custos, concentração de despesas, tempo médio de permanência do paciente nos hospitais, frequência de internação, entre outros fatores.

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O POPULAR
Saúde
Hospital filantrópico pode parar
Repasse do SUS não é feito desde outubro do ano passado. Médicos estão sem salário
Eduardo Pinheiro

Com falta de repasse de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) desde outubro do ano passado, o Hospital Araújo Jorge e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia correm o risco de paralisar novos atendimentos em fevereiro. O prognóstico foi feito pelos próprios diretores das instituições. São pelo menos R$ 8 milhões pendentes somente para Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG) e sem previsão de repasse.
Segundo informações das instituições, apenas 70% dos recursos referentes ao repasse do mês de outubro teriam sido entregues. O pagamento do mês de novembro ainda não foi feito. Com a situação, os hospitais já teriam consumido todas as reservas financeiras e estão com dificuldade de pagar os fornecedores. A solução, caso não recebam os recursos, seria o corte no atendimento de novos pacientes para assim conseguir manter os já iniciados.
O presidente da ACCG, Alexandre João Meneghini, afirma que os 30% restantes do mês de outubro teriam sido repassados pelo governo federal e estariam, desde então, retidos no Fundo Municipal de Saúde. Sobre o repasse referente ao mês de novembro ainda não há qualquer sinalização de repasse. “Não existe uma explicação clara. A própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não dá explicações. Enquanto isso ficamos sem o recurso”, diz.
Pelo menos 85% dos atendimentos realizados no Hospital Araújo Jorge são através do SUS. A estimativa é a de que foram gastos, desde novembro do ano passado, quase R$ 18 milhões, o que acabou por consumir a reserva da instituição, dificultando o pagamento de fornecedores. Caso o atendimento seja interrompido, pelo menos mil pacientes com câncer ficarão sem assistência todo mês em Goiânia. O hospital faz mais de 1 milhão de procedimentos anuais.
SERVIÇOS COMPROMETIDOS
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia também passa por situação parecida. De acordo com o superintendente administrativo, Aderrone Vieira, a instituição está trabalhando com o dinheiro recebido dos atendimentos particulares, que representam 1% do total de consultas. Com isso, o pagamento dos fornecedores também estaria comprometido, a folha dos funcionários atrasada e alguns serviços, reduzidos.
Vieira afirma que os transplantes, que haviam sido reduzidos para seis por mês desde novembro, não poderão ser mais realizados com falta de repasse do SUS. “Um exemplo do que cria o atraso é a compra do medicamento chamado timoglobulina, usado para transplantes de rins, que custa em torno de R$ 415. O SUS nos repassa apenas R$ 212 e temos de pagar o resto. Cada paciente usa em média de 25 a 40 ampolas. Sem o repasse, esse tipo de procedimento fica inviabilizado”, diz.
Com 2 mil pacientes atendidos por dia, a Santa Casa já está com dívida de R$ 1,8 milhão junto aos fornecedores e tem R$ 5 milhões dos repasses públicos a receber desde outubro. “Não podemos ser irresponsáveis e continuar com os procedimentos e colocar em risco pacientes”, afirma.
RECURSOS
O Ministério da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, informou que houve atraso no pagamento referente ao mês de novembro, mas já foi liquidado em duas parcelas. Quanto ao mês de dezembro, o Ministério repassou recurso a partir do dia 5 e não há pendência por parte do governo federal, cabendo aos Estados e municípios o repasse.
A SMS também por meio da assessoria de imprensa, afirmou que o secretário Fernando Machado está viajando. Até o fechamento da matéria, a reportagem não obteve resposta.

Médicos estariam sem receber os salários
A falta de repasse do dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) desde outubro do ano passado também atinge os médicos. Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), os profissionais de saúde estão com os vencimentos atrasados há 60 dias e não há previsão para pagamento.
O diretor do Simego, Robson Azevedo, diz que a situação é grave e, caso continue, pode levar a um descredenciamento em massa e até a uma paralisação nos atendimentos. Ele afirma ainda que os hospitais não têm como manter a qualidade sem os repasses. “O SUS já paga pouco e ainda atrasa dessa forma. Os profissionais ficam insatisfeitos e se descredenciam. O sindicato quer que a Secretaria Municipal de Saúde se manifeste sobre essa questão”, diz.
Segundo Azevedo, o pagamento é feito de maneira análoga ao feito às instituições. Assim, os médicos e demais profissionais que trabalham para o sistema de saúde só receberam 70% dos vencimentos de outubro e o restante ainda não foi pago. “Isso afeta não só os grandes hospitais filantrópicos, mas toda a rede. Os hospitais públicos têm apenas 40% dos leitos. Com a falta de pagamento, passa a não compensar para a rede conveniada e a situação se agrava, levando a uma crise maior”, afirma.
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Sisu
Engenharia desbanca Medicina
Com apenas seis vagas, curso do IFG aparece como o de maior nota de corte no sistema de seleção do MEC
Rafael Xavier
O curso de Engenharia Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) no campus de Goiânia tem a maior nota de corte de Goiás na primeira parcial, divulgada ontem, do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O pequeno número de vagas – apenas seis de um total de 30 estão disponíveis pelo Sisu – elevou o nível da concorrência e a nota de corte do curso é de 769,1 pontos. Já quem tenta uma vaga para Medicina na Universidade Federal de Goiás, segunda maior nota de corte parcial, tem de ter atingido, pelo menos, 761,13 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No primeiro dia de inscrições do Sisu, foram registradas quase 1,3 milhões de inscrições, para ocupar uma das mais de 200 mil vagas em cursos superiores em instituições de ensino superior públicas em todo o País. Em Goiás, foram 41.526 inscrições – 12º lugar no ranking nacional.
As notas de corte são atualizadas diariamente até o final das inscrições, prazo que se encerra amanhã. Até lá, o aluno pode trocar de opção de curso e de instituição. Na próxima segunda-feira o resultado da primeira chamada regular será divulgado. Para instituições de Goiás, são 6.897 a disposição.
A relação de vagas entre as instituições ajuda a explicar a liderança do curso do IFG. Na UFG, são 110 vagas para Medicina, em Goiânia, 104 a mais que o curso que lidera o ranking. Ao todo, a UFG oferece cerca de 91% das vagas do Estado – além das duas instituições, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano) também está lista de instituições que oferecem vagas pelo Sisu.
Para o professor Roberto Xingu, diretor de um cursinho destinado a alunos que tentam uma vaga no curso de Medicina, a tendência é de que as notas subam até o final do período de inscrições. “O aluno tem até quinta-feira (amanhã) para optar por um curso, então esta nota ainda deve ser alterada”, estima.
É o caso de Júlia Rodrigues, de 18 anos, que tenta uma vaga na Medicina da UFG. “Ainda não fiz minha inscrição. Quis esperar a divulgação das primeiras notas de corte para tomar uma decisão. Minha preferência é pelo curso aqui em Goiânia”, comentou a jovem, que nos últimos anos prestou cerca de 20 vestibulares para a área.
Segundo Júlia, o Sisu traz mais desvantagens em relação ao sistema de vestibular tradicional. “Com o Sisu me preparo o ano inteiro para apenas uma prova. Se eu for mal, não tem como me recuperar. No sistema tradicional faço várias provas e o meu desempenho pode ser medido de forma mais real.”
PODER ECONÔMICO
Para o professor Roberto Xingu outra peculiaridade que pode trazer um desequilíbrio no Sisu é o fato de que alunos com maior poder econômico têm mais opções de escolha. “O sistema atual favorece quem tem condições de morar fora, que é algo que custa caro. Se o estudante não tiver esta condição ele vai ficar restrito e pode ter a vaga tomada por alguém que pode vir de fora”, avaliou.

Nota de corte na UFRN vai a 868,98
Brasília – A nota de corte para ingressar em um curso de Medicina chegou a 868,98 após o primeiro dia de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de início de ano. O sistema on-line oferece vagas em instituições públicas de todo o País e tem como único critério o desempenho do estudante no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 e que não receberam nota zero na redação.
Entre as 70 graduações de medicina, a da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no câmpus Caicó, tem a pontuação mais alta (868,98), seguida da federal do Pará (858,13) e da Universidade de Brasília (826,54).
As notas consideram a disputa da ampla concorrência – como prevê a lei de cotas, universidades e institutos federais destinam parte das vagas a estudantes de escolas públicas.
A pontuação pode variar até o último dia de inscrições no sistema. Em São Paulo, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é a única a disponibilizar vagas de Medicina no Sisu. O curso tem um total de 40 vagas e, ontem à tarde, a nota de corte era 778,56.
A menor nota de corte em Medicina é de 723,96, na graduação da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), no câmpus de Cáceres. Ao todo, o Sisu do início de ano oferece 205,5 mil vagas, em 128 instituições públicas do País. Ao contrário das edições anteriores, haverá apenas uma chamada.
DIREITO
O curso da Universidade Federal Fluminense (UFF) tem a nota de corte mais alta entre as graduações de Direito do País. Os candidatos precisam ter tirado no mínimo 827,37 pontos no Enem caso queiram ingressar no curso da instituição.

Curso da UFG ocupa 53º lugar no País
Outro curso com nota de corte parcial elevada na primeira parcial, divulgada ontem, no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), é Engenharia Mecânica, também do IFG de Goiânia, que exige, até então, 747,11 pontos para ter uma de suas seis vagas ocupadas, ficando acima de cursos tradicionais da UFG, como Direito (729,45) e Engenharia Civil (721,69). A diferença está justamente na oferta de vagas. Enquanto o IFG abre apenas seis vagas para cada um de seus cursos, a UFG tem um espectro de 6.285 vagas oferecidas, em 138 cursos – todas serão ocupadas pelo Sisu.
Em relação ao ranking nacional, levando em conta apenas as vagas para Medicina oferecidas pelo Sisu, a UFG ocupa apenas o 53º lugar na primeira parcial divulgada. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com uma nota de corte 868,98, tem o maior conceito dentre todas no País. Para quem optar por fazer Medicina no campus de Jataí da UFG, a nota de corte (736,29) está entre as menores do Sisu, superando apenas da Universidade Estadual do Mato Grosso (723,96) e da Universidade Federal de São João Del Rei (MG) (733,70).
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O HOJE
Araújo Jorge e Santa Casa podem parar atendimento
Motivo seria a falta de repasse, por parte da Prefeitura de Goiânia, de recursos para atendimento de pacientes do SUS. Dívida com as instituições seria de R$ 14 milhões
Cynthia Costa
No dia de ontem, dia 20, a Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), mantenedora do Hospital Araújo Jorge, completou 59 anos. Mas a instituição, referência no tratamento de câncer no Estado, não tem muitos motivos para comemorar. Ao contrário, a apreensão toma conta da direção do Hospital Araújo Jorge, que não sabe como irá fazer caso a Prefeitura de Goiânia, responsável pelos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS), não quite a dívida que chega ao patamar de R$ 8 milhões.
O problema também atinge a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que, dos dois mil pacientes que são atendidos diariamente pela entidade, mais de 90% são oriundo dos SUS. O valor que a Prefeitura deve à entidade seria de R$ 6 milhões. Atualmente, a instituição está trabalhando com o mínimo, pois a receita para quitação junto a fornecedores é somente originada dos pagamentos de procedimentos particulares, o que representa cerca de 1% do total de atendimentos realizados. Diante dessa realidade, as direções das duas entidades informaram ontem que em breve ficarão impossibilitadas de receber novos pacientes. Só o Araújo Jorge responde pelo tratamento de quase mil pacientes com câncer, somente de Goiânia.
Segundo o superintendente corporativo da ACCG, Hernani Vaz Krüger, nos últimos três anos, a entidade conseguiu fazer um caixa para uma reserva de segurança a fim de ser utilizada para cobrir eventuais atrasos e investimentos. Mas, conforme Hernani, o não recebimento fez com que essa reserva fosse usada para pagamentos diversos como funcionários, compromissos e encargos. Ele comenta que, no último dia 19, a direção do hospital realizou uma reunião com os fornecedores para pedir que eles continuem fornecendo insumos, produtos e materiais para que os pacientes que já estão em tratamento não sejam prejudicados. “Alguns aceitaram nosso acordo, mas outros não têm condições”. Hernani Vaz esclarece que, se até o final do mês não houver perspectiva de pagamento, o hospital irá suspender o atendimento a novos pacientes. Ele assegura que quem já está em tratamento irá continuar a ser atendido.
Folha de janeiro
O superintendente também informa que, se o hospital não receber até o final deste mês, vai ficar impossível pagar a folha de janeiro. Além disso, Hernani Vaz afirma que são atendidos em torno de mil pacientes por dia, para quimioterapia, radioterapia, ambulatório ou internação. Grande parte dessas pessoas, de acordo como superintendente, é do interior e até mesmo de estados das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do País.
Pacientes já estão preocupados com interrupção do atendimento
O aposentado Estevão Lopes de Lima, 75 anos, de Bela Vista de Goiás, espera que o SUS faça logo o repasse do dinheiro dos atendimentos para o Hospital Araujo Jorge. “Se isso não for feito logo, temo ter de interromper meu tratamento porque é muito caro e não tenho condições de pagar”. Ele conta que descobriu um nódulo na próstata em uma consulta de rotina em julho de 2014 e que as 36 sessões de radioterapia tiveram início na semana passada. Ele afirma que o atendimento é ótimo e que médicos e enfermeiros são muito atenciosos com ele.
A estudante Amanda André de Sousa, 20 anos, moradora do Setor Dona Íris 2, em Trindade, estava com o avô de 71 anos que é de Jandaia e veio se tratar de um câncer na garganta. “O atendimento aqui no hospital é bom, a única reclamação que tenho diz respeito à demora para a sessão de radioterapia”.
Sobre esse caso, o superintendente corporativo da ACCG, Hernani Vaz, afirmou que em dezembro foi feita a troca de um dos três aceleradores lineares utilizados nas sessões de radioterapia do hospital. “E nós acreditamos que, em breve, o atendimento estará voltando à normalidade e reduzindo o tempo de espera”. Ele disse também que não irão diminuir totalmente nem as filas e nem o tempo de espera, porque a demanda é muito grande.
O superintendente revela que a troca do equipamento foi feita graças a uma doação do Tribunal de Justiça e parte de recursos próprios. Ele relata que a máquina possuía já 28 anos de uso e estava mais parada do que em funcionamento.
Sem resposta
Apesar de vários contatos feitos com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, até o fechamento desta edição, o órgão não se pronunciou sobre a falta dos repasses ao Hospital Araújo Jorge e a Santa Casa de Misericórdia.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

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