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Polícia fecha clínica e prende médica suspeita de atuar como nutróloga e endocrinologista
Unimed Goiânia descredencia duas clínicas especializadas no atendimento de pessoas com TEA
CFM altera normas para recomendações de cirurgia bariátrica; entenda as mudanças
Polícia prende médica e interdita clínica de emagrecimento no Setor Bueno
Governo de Goiás implanta projeto para reduzir fila de espera em hospitais
Consolidação da telemedicina: uma realidade presente na saúde
TV ANHANGUERA
Polícia fecha clínica e prende médica suspeita de atuar como nutróloga e endocrinologista
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Unimed Goiânia descredencia duas clínicas especializadas no atendimento de pessoas com TEA
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INFOMONEY
CFM altera normas para recomendações de cirurgia bariátrica; entenda as mudanças
Novas regras sobre a realização de cirurgia bariátrica foram estipuladas e publicadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira (20).
A entidade alterou as diretrizes para incluir determinadas recomendações médicas, como a realização do procedimento em adolescentes e em pessoas com índice de massa corporal (IMC) mais baixo.
Utilizada no tratamento da obesidade e de doenças associadas, a cirurgia bariátrica registrou 291 mil procedimentos realizados no Brasil entre 2020 e 2024, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
As alterações foram feitas com base em evidências científicas que demonstram que a cirurgia é segura para esses grupos.
Mudanças
Em janeiro deste ano, uma comissão global publicou um artigo na revista científica The Lancet Diabetes & Endocrinology, propondo uma nova abordagem para classificar e diagnosticar a obesidade.
A ideia é ir além do Índice de Massa Corporal (IMC) para identificar e tratar a obesidade, utilizando outras medidas de excesso de gordura corporal, assim como outros sinais e sintomas objetivos de problemas de saúde no nível individual.
A alteração nas normas feita pelo CFM agora inclui pessoas com IMC entre 30 e 35, faixa que corresponde à obesidade grau I, o que significa que elas se tornam elegíveis para o procedimento.
No entanto, ainda é necessário que apresentem alguma condição de saúde associada. Nesse aspecto, as regras também foram modificadas.
Antes, apenas pacientes com diabetes diagnosticado há menos de 10 anos e com idade entre 30 e 70 anos podiam se submeter ao procedimento. Agora, não há mais limite de idade nem tempo mínimo de diagnóstico.
Pessoas com IMC de 30 já podem se submeter à cirurgia bariátrica se tiverem uma das seguintes doenças:
- Diabetes tipo 2;
- Doença cardiovascular grave;
- Apneia do sono grave;
- Doença renal crônica em estágio inicial;
- Doença gordurosa hepática (esteatose hepática);
- Refluxo gastroesofágico.
Com isso, a nova resolução torna a cirurgia acessível a um número maior de pacientes, considerando o impacto da obesidade, mesmo em estágios menos avançados.
Adolescentes
Antes, adolescentes entre 16 e 18 anos só podiam se submeter à cirurgia caso se enquadrassem em padrões específicos, como ter as cartilagens das epífises de crescimento dos punhos consolidadas.
Além disso, menores de 16 anos só eram autorizados a se submeter ao procedimento se estivessem participando de pesquisas científicas, uma vez que a cirurgia nessa faixa etária era considerada experimental.
Agora, diante de estudos longitudinais que demonstraram a segurança e a eficácia das cirurgias, pacientes a partir de 16 anos poderão ser elegíveis para o tratamento, seguindo os mesmos critérios dos adultos, desde que compreendam os riscos e a necessidade de mudança de hábitos de vida inerentes ao procedimento.
Em situações excepcionais, adolescentes entre 14 e 15 anos também poderão ser submetidos à cirurgia. Para isso, deverão apresentar obesidade grave (IMC acima de 40 kg/m²) associada a riscos clínicos relevantes. A decisão deverá ser cuidadosamente avaliada por uma equipe multidisciplinar e pela família.
“Se ele (o adolescente) preencher todos os pré-requisitos, estará apto a realizar o procedimento. Antes, não tínhamos estudos efetivos que mostrassem isso, mas pesquisas nacionais e internacionais evidenciaram que a cirurgia também oferece benefícios e segurança para essas crianças”, explica o médico Sérgio Tamura, relator da nova resolução.
Outras alterações
A nova resolução do CFM também atualizou as técnicas permitidas para a cirurgia bariátrica. Foram mantidos como principais procedimentos o bypass gástrico e a gastrectomia vertical, também conhecida como sleeve, ambos considerados seguros e eficazes. Já técnicas como a banda gástrica ajustável e a cirurgia de Scopinaro foram oficialmente proibidas.
Algumas técnicas que antes eram consideradas experimentais agora foram oficialmente reconhecidas pelas normas, mas ainda são indicadas apenas para casos específicos e sob supervisão especializada.
Entre elas estão o duodenal switch com gastrectomia vertical e o bypass gástrico com anastomose única, recomendados quando o tratamento convencional não produz os resultados esperados.
As exigências quanto à estrutura hospitalar também foram reforçadas. A cirurgia deverá ser realizada em hospitais de grande porte, com capacidade para procedimentos de alta complexidade, UTI e plantão médico 24 horas. Já os pacientes com IMC acima de 60 só poderão ser operados em unidades com estrutura física adaptada e equipe multidisciplinar qualificada, devido à maior complexidade e ao risco de complicações nesses casos.
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A REDAÇÃO
Polícia prende médica e interdita clínica de emagrecimento no Setor Bueno
Local operava sem o alvará da Vigilância
Agentes da Central Geral de Flagrantes de Goiânia, em conjunto com a Vigilância Sanitária e com o Conselho Regional de Educação Física, deflagraram, nesta terça-feira (20/5), uma operação que resultou na prisão em flagrante de uma médica no Instituto Nutrir, localizado no setor Bueno. Segundo a corporação, a profissional, que é apenas clínica geral, se passava por nutróloga e endocrinologista, prometendo aos pacientes, principalmente por meio das redes sociais, promessas de emagrecimento rápido.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pela prisão da médica, ela chegava a prescrever medicamentos redutores de apetite e mantinha em depósito diversos fitoterápicos para o tratamento de emagrecimento. Além disso, a clínica operava sem o alvará da Vigilância Sanitária e possuía uma academia clandestina, que também foi interditada.
A profissional foi enquadrada inicialmente no artigo 282 do Código Penal, que trata do exercício ilegal da medicina, e no artigo 68 do Código de Defesa do Consumidor, que se refere à propaganda enganosa. Durante a operação, vários documentos e produtos foram apreendidos, e as autoridades continuam investigando a situação.
A reportagem tentou contato com a defesa do Instituto Nutrir e da médica Bianca Butterby, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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Governo de Goiás implanta projeto para reduzir fila de espera em hospitais
Ação será lançada em junho
O Governo de Goiás implanta um projeto pioneiro que pode reduzir fila de espera pela metade nos hospitais estaduais. A iniciativa tem a parceria do Healthcare Improvement (IHI)/Albert Einstein e será lançada em junho pelo governador Ronaldo Caiado. O objetivo é otimizar o fluxo de pacientes, integrar a rede hospitalar e otimizar o uso dos leitos hospitalares, buscando reduzir a superlotação, diminuir pela metade o tempo de espera por vagas e melhorar a qualidade do atendimento nos hospitais espalhados pelas cinco macrorregiões de saúde.
O secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, informou que as ações serão realizadas imediatamente e devem durar cerca de 18 meses. No primeiro momento, serão realizadas visitas em todos hospitais para traçar o diagnóstico das dificuldades e oportunidades de melhoria do atendimento.
Em seguida, equipes serão capacitadas e os líderes serão multiplicadores na implantação das ações. “Teremos uma saúde cada vez mais inclusiva, atendendo às pessoas independente do lugar onde estejam, melhorando a qualidade de vida da população. Estamos muito felizes com a realização desse sonho, que é levar esse projeto aos quatro cantos do estado”, acrescentou.
De acordo com o subsecretário de Políticas e Ações em Saúde, Luciano de Moura Carvalho, o projeto já vem sendo desenhado há 7 meses e deve melhorar o fluxo de trabalho nas unidades. “A partir de experiência do trabalho desenvolvido pelo IHI/ Albert Einstein em várias partes do Brasil e do mundo, trouxemos essa ferramenta para Goiás com o objetivo de reduzir o tempo de espera, oferecer um serviço de qualidade e com máximo de eficiência possível nas nossas unidades”, informou.
Iniciativa inédita
Segundo o IHI/ Albert Einstein, que liderou mais de 200 iniciativas de melhoria de qualidade em larga escala em hospitais, o projeto deve possibilitar a redução das filas por atendimento pela metade. O diretor regional do Hospital Albert Einstein em Goiás, Felipe Piza, explicou que o estado será pioneiro ao reunir todos os hospitais em um único fluxo de processos. “Como resultado, vamos atender uma maior quantidade de pacientes, reduzir tempo de internação, eventos graves e evitar desperdícios”, acrescentou.
A iniciativa é esperada com grande expectativa pelos diretores de hospitais. O diretor do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), uma das unidades mais demandadas do estado, Guillermo Sócrates, comemorou a iniciativa. “É muito importante para nós que estamos diretamente na assistência e temos mais de 515 leitos. Precisamos desse ordenamento para que além das urgências e emergências, possamos atender com mais celeridade os pacientes eletivos”, afirmou.
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MEDICINA S/A
Consolidação da telemedicina: uma realidade presente na saúde
Durante anos, a ideia de atendimento médico por videochamada era frequentemente associada ao futuro da medicina — um avanço tecnológico distante, restrito a ambientes altamente inovadores ou situações emergenciais. Contudo, essa visão tornou-se obsoleta. A telemedicina, hoje, é parte integrante da realidade do sistema de saúde moderno e um recurso imprescindível para o cuidado eficiente, acessível e contínuo da população. É notório que a pandemia da covid-19 funcionou como catalisadora desse processo. A necessidade urgente de distanciamento social impulsionou uma transformação significativa na maneira como os serviços médicos são prestados. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 70% dos países adotaram ou expandiram o uso da telemedicina durante esse período. No Brasil, o número de atendimentos remotos saltou de cerca de 2 mil por mês para mais de 300 mil por mês em 2020, demonstrando a rápida adaptação do setor.
A videochamada médica deixou de ser uma alternativa pontual e se estabeleceu como solução concreta para inúmeras situações clínicas. O que surpreende positivamente é que, mesmo após o arrefecimento da crise sanitária, a telemedicina não apenas se manteve, como se fortaleceu e consolidou-se como prática indispensável em diversas regiões do país. Um levantamento realizado pela consultoria McKinsey apontou que 76% dos pacientes brasileiros manifestaram interesse em continuar utilizando o serviço mesmo no cenário pós-pandêmico, evidenciando a aceitação popular do modelo.
Vale destacar que a proposta da telemedicina não é substituir o atendimento presencial em casos que exigem exame físico detalhado ou intervenções diretas. No entanto, ao evitar deslocamentos desnecessários, reduzir filas e desafogar unidades de pronto atendimento, esse modelo se mostra extremamente eficaz tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. O Hospital Israelita Albert Einstein observou, por exemplo, uma redução de até 60% na necessidade de atendimentos presenciais de baixa complexidade após a adoção da telemedicina.
Em um contexto de constante sobrecarga dos serviços de urgência e emergência, o uso responsável da tecnologia representa um avanço importante para a sustentabilidade do sistema. Além disso, a telemedicina promove um cuidado mais dinâmico, ágil e personalizado. Permite que o paciente receba orientações médicas de forma segura e conveniente, sem comprometer sua rotina ou qualidade de vida. Esse modelo está plenamente integrado às grandes capitais e, segundo a Fiocruz, já alcança também cidades pequenas: cerca de 40% dos municípios com menos de 20 mil habitantes passaram a oferecer atendimento remoto, promovendo maior equidade no acesso à saúde.
A implementação de serviços de pronto-socorro online não é um modismo passageiro, mas sim uma mudança de paradigma. O serviço representa um avanço não só tecnológico, mas também de visão: entender que a saúde precisa estar onde o paciente está — e, hoje, isso significa também estar na tela do celular. É fundamental, entretanto, manter o foco na qualificação dos serviços prestados. A tecnologia deve ser vista como um meio e não como um fim. Humanização, segurança das informações, ética profissional e qualidade do atendimento continuam sendo pilares inegociáveis, mesmo no ambiente virtual.
Negar a relevância atual da telemedicina é ignorar uma transformação já em curso. A medicina evoluiu, o perfil dos pacientes mudou, e a forma de oferecer cuidado precisa acompanhar essa nova realidade. A videochamada médica, outrora vista como um recurso futurista, hoje ocupa lugar central no presente da prática médica. E compreender isso é essencial para quem deseja promover uma saúde mais eficiente, acessível e inteligente.
*Marco Antonio Benedetti Filho é Diretor Presidente da Unimed Franca.
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Assessoria de Comunicação