Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22 A 24/01/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil registra mais de 84 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas

Vacinação contra covid para crianças é alvo de desinformação

Nota em favor do ‘kit covid’ vira alvo de parlamentares e de cientistas

Doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, crescem no país e atingem mais a população pobre

Nova fase da campanha ‘Vacina Sim’ incentiva a imunização de crianças

Crianças até 4 anos são mais vulneráveis ao coronavírus

Telemedicina: fila de espera para planos de saúde ultrapassa 24h

Opinião – Natalia Pasternak – Efeitos adversos em vacinas

Aparecida amplia vacinação contra covid-19 para crianças a partir de 5 anos

Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 1 milhão de casos confirmados

Com aumento de casos de Covid-19 em Goiás, busca por testes sobrecarrega laboratórios

Por que a Espanha agora quer tratar covid como gripe – e o que dizem especialistas

Mapa mostra 23 cidades com indicação para medidas mais restritivas contra a Covid-19

Família reclama de descaso no atendimento de paciente no Hugol

AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra mais de 84 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas

O Brasil registrou 166 novas mortes pela covid-19 neste domingo (23/1). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 292, mantendo tendência de crescimento pelo 12° dia consecutivo.

O número de novas infecções notificadas foi de 84.230. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 148.212 – recorde batido a cada dia, desde o dia 18 de janeiro. No total, o Brasil soma 623.145 mortos e 24.044.437 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20 horas.

Segundo os números do governo, 21,8 milhões de pessoas se recuperaram da doença desde o início da pandemia. São Paulo teve 52 mortes e 4.992 novos casos nas últimas 24h. A maior quantidade de testes positivos para o coronavírus no período veio do Minas Gerais, que notificou mais de 15 mil novas infecções.

Amapá e Roraima não registraram vítimas fatais da doença neste domingo. Tocantins e o Distrito Federal não atualizaram os dados. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.

A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Dados do Ministério

O Ministério da Saúde informou que foram registrados 135.080 novos casos e 269 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 24.044.255 pessoas infectadas e 623.097 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

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Vacinação contra covid para crianças é alvo de desinformação

É FALSO

Após o início da vacinação infantil contra a covid-19, WhatsApp e redes sociais se encheram de conteúdos falsos que relacionam os imunizantes a reações adversas graves. Um exemplo em especial viralizou impulsionado por políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) – o caso de uma menina de 10 anos, de Lençóis Paulista (SP), que sofreu uma parada cardiorrespiratória após se vacinar na última terça-feira.

No mesmo dia, grupos antivacina passaram a espalhar que a culpa era do imunizante, mesmo que ainda não houvesse diagnóstico. Na quinta-feira, a Secretaria da Saúde de São Paulo informou que uma investigação conduzida por dez especialistas descartou relação com a vacina – a criança, na realidade, tem uma doença congênita que era desconhecida pela família.

Ainda assim, Bolsonaro continuou a repercutir o caso – no sábado, voltou a levantar dúvidas sobre o imunizante ao falar da conversa telefônica que teve como pai da menina. Os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), foram visitar a família da criança na quinta-feira e intermediaram a ligação do presidente. Nos tuítes que fez sobre a viagem, Damares não citou que a relação com a vacina já fora descartada. Também na quinta, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) postou que a investigação sobre o caso da menina foi feita ‘em tempo recorde’ e pediu a suspensão da vacinação.

O imunizante infantil contra a covid-19 foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e órgãos semelhantes de vários países, que ratificaram a segurança e a eficácia do produto. Não foram registrados eventos adversos graves durante os testes. Anvisa e Ministério da Saúde mantém monitoramento constante sobre notificações de possíveis reações, que são investigadas por equipes de vigilância.

É FALSO

Ministros não são isentos de se vacinar Vídeo que circula no WhatsApp diz que uma resolução isenta ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores de se vacinar. Mas a resolução não existe. STF e Câmara exigem certificado de vacinação ou teste para entrada no prédio.

É FALSO

Alta na gasolina não é culpa de dívida Circula no Facebook um texto que afirma que o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, teria dito que o combustível está caro por causa de uma dívida de US$ 880 bilhões com o governo americano. A estatal negou que ele tenha dito isso.

É ENGANOSO

Rede não impede posts pró-governo Em postagem no TikTok, um homem reclama que não consegue publicar um vídeo a favor de Bolsonaro. Mas isso não é verdade. O autor do vídeo tentava —compartilhar uma publicação com visualização restrita apenas a amigos.

É ENGANOSO

Vídeo de projeto na Dutra é antigo Viralizou no Facebook um vídeo que apresenta um novo traçado para o trecho da BR-116 na Serra das Araras. Mas o projeto é de 2016 e não chegou a sair do papel. A empresa CCR informou que o projeto não deve ser aplicado como nas imagens.

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Nota em favor do ‘kit covid’ vira alvo de parlamentares e de cientistas

A Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de Covid-19 deve convidar o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, para prestar esclarecimentos sobre a nota técnica da pasta que atribui eficácia à hidroxicloroqui-na e diz ainda que as vacinas não têm a mesma efetividade contra a covid, na contramão de estudos em todo mundo.

O documento assinado por Angotti barra as diretrizes que contraindicavam o ‘kit covid’ no tratamento ambulatorial e hospitalar da doença, aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema de Saúde.

O vice-presidente da frente e líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já havia apresentado um pedido para criação de nova CPI da pandemia. Neste sábado, Randolfe contabilizava 11 assinaturas, das 27 necessárias, a maioria da frente.

MANIFESTO ONLINE. Mais de 40 mil professores, pesquisadores e profissionais da saúde já assinam carta de repúdio à nota técnica. Ela foi redigida primeiramente pelo patologista Paulo Saldiva. Ao Estadão,ele contou que outras cinco profissionais ajudaram na redação: a infectologista Anna Sara Levin, a patologista Mari-sa Dolhnikoff, a endocrinolo-gista Berenice Mendonça, a fi-siatra Linamara Batistella e a pediatra Sandra Grisi. A carta afirma que ao publicar o documento, a Saúde ‘transgride não somente os princípios da boa ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde’.

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FOLHA DE S.PAULO

Doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, crescem no país e atingem mais a população pobre

SÃO PAULO Se o Ministério da Saúde falha categoricamente em monitorar uma epidemia aguda como cada Covid-19 que nos mata aos montes a olho nu, imagine só, caro leitor, a quantas anda a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis no país.

Como alerta a OMS (Organização Mundial de Saúde), essas condições, a despeito de evoluírem insidiosamente, são responsáveis por nada menos do que 71% dos óbitos globais, podendo chegar a 85% nos países não desenvolvidos.

Sem a vigilância adequada das doenças e seus determinantes -o que envolve coleta de dados e análises técnicas sistemáticas- não se podem implementar políticas públicas preventivas baseadas em evidência.

Chama-se Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas) o nosso principal estudo de abrangência nacional que monitora anualmente a prevalência de condições crônicas e seus fatores de risco.

Como a divulgação dos resultados do Vigitel 2020 atrasou (assim como a conclusão da pesquisa de 2021), pesquisadores do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) debruçaram-se sobre os dados disponíveis e publicaram uma breve nota técnica para balizar políticas públicas.

Em dezembro de 2021, finalmente o Ministério da Saúde divulgou o relatório completo.

Com base em ambos os documentos, faço um apanhado dos principais resultados, que, adianto, não são nada animadores.

Em 2020, 16 capitais apresentaram prevalência de obesidade acima de 20%. Há dez anos, nenhuma delas superava essa marca.

Manaus, Cuiabá e São Paulo lideramo ranking, com cerca de 25% de obesos. A proporção de pessoas com hipertensão arterial e diabetes do tipo 2 -ambas associadas com o excesso de peso corporal- manteve-se estável na série histórica, com cerca de 25% ? 7%, respectivamente.

Em cidades como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, três em cada dez pessoas reportaram ser hipertensos; ao lado de Maceió, a capital fluminense também encabeça o ranking de diabetes, com 11% da população acometida.

Há um pequeno punhado de fatores de risco que predispõem às doenças crônicas: tabagismo, inatividade física, abuso de álcool e alimentação inadequada. E no quesito hábito de vida, também caminhamos mal.

Na comparação entre 2019 e 2020, portanto dos períodos pré e pós-pandemia de Covid-19, com exceção do tabagismo, praticamente todos os fatores de risco comportamentais se deterioraram, ainda que discretamente.

A inatividade física avançou de 14% para 15% (considerado o critério da OMS de 150 minutos semanais de atividades moderadas a vigorosas, o incremento foi de 45% para 47% da população).

O consumo excessivo de álcool saltou de 19% para 21%. O consumo de ultra processados -os alimentos de mentira- também cresceu. Destaque para Porto Alegre, onde cerca de dois a cada dez habitantes relataram consumir cinco ou mais grupos desse tipo de alimento diariamente.

Esses dados do Vigitel 2020 reforçam as conclusões de estudos internacionais e nacionais feitos na pandemia.

Entre eles, um de nosso grupo da Universidade de São Paulo, que apontara importantes mudanças nos comportamentos alimentares da família brasileira, como o aumento do hábito de ‘beliscar’ alimentos ultra processados entre as refeições e a maior demanda por serviços de entrega de fast foods.

A tendência de agravamento da inatividade física identificada pelo inquérito brasileiro também é global, provavelmente como consequência do uso mais frequente de telas para o trabalho, estudo e lazer, bem como das necessárias medidas de restrição de circulação por conta da Covid.

O dado mais preocupante do inquérito refere-se à associação entre determinantes sociais e a prevalência de doenças e fatores de risco. Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados.

O grupo com menor escolaridade também apresentou piores taxas de obesidade, inatividade física, consumo de frutas e tabagismo.

Se não bastasse ter de passar a conviver com a insegurança alimentar, que atingiu a obscena marca de 55% dos]lares brasileiros em 2020, o pobre também trava luta contra a obesidade e suas mazelas.

O cenário que se descortina é característico de uma sindemia -a sobreposição de várias pandemias (Covid-19, obesidade, doenças crônicas, etc. ) que sobrecarregam sistemas de saúde e golpeiam com mais intensidade pessoas dos andares de baixo.

Enquanto gestores públicos mundo afora se mobilizam para ampliar o guarda-chuva de proteção dos vulneráveis contra a tormenta que se avizinha, por essas bandas, o Congresso Nacional aprovou a proposta de gastos encaminhada pelo Ministério da Saúde mais enxuta em relação ao orçamento total da última década, o que certamente minará a já combali da capacidade de resposta do SUS (Sistema Único de Saúde).

Como se pode antecipar, sofrerá primariamente o pobre, alimentando assim a lista ímpar de iniquidades que somente este país é capaz de produzir.

Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados

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Nova fase da campanha ‘Vacina Sim’ incentiva a imunização de crianças

SÃO PAULO – O consórcio de veículos de imprensa -formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1, TV Globo, GloboNews e Extra- lançou neste domingo (23) a quinta fase da campanha ‘Vacina Sim”.

O objetivo desta etapa é incentivar a imunização de crianças de 5 a 11 anos, faixa etária que começou a ser vacinada no Brasil no último dia 144, quando o menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, 8, foi o primeiro a receber uma dose do fármaco.

Na atual fase da campanha, um especialista foi convidado para sanar as dúvidas dos pequenos: o tio Drauzio, também conhecido como dr. Drauzio Varella, médico e colunista da Folha.

Nos vídeos que serão veiculados, cerca de 20 crianças perguntam se a vacina dói, se coça, se pode ter febre ou, então, como ela age no corpo -dúvidas semelhantes às de adultos.

A conversa foi diferente por causa do público-alvo? ‘Eu acho que não existe uma linguagem para criança. Procuro responder como estou acostumado a falar, mas tentando adaptar com uma linguagem mais simples, mais fácil’, afirma Drauzio.

Recentemente, a Folha conversou com crianças a respeito da ansiedade de se imunizar contra a Covid. Alguns falaram sobre a vontade de rever e abraçar amigos e parentes que estão em grupos de risco, assim como ir ao cinema ou viajar.

Além de crianças anônimas, alguns atores mirins também fizeram perguntas para o tio Drauzio. É o caso de Gabriel Miller, o Mig do sitcom ‘Bugados’, da Gloob, o canal infantil da Globo. Ele diz estar feliz de participar da campanha e assim inspirar outras pessoas a se protegerem contra a Covid.

‘É uma missão muito séria e todo mundo precisa colaborar e fazer a sua parte para podermos voltar à escola, rever os amigos, brincar e nos abraçarmos muito. Chegou a nossa hora e, como diria o Mig de Bugados, hoje é o melhor dia da minha vida!’

A imunização infantil, porém, vem sofrendo ataques do governo de Jair Bolsonaro (PL), que, sem provas, lança dúvidas sobre a segurança das vacinas.

O presidente disse que sua filha de 1 anos não será vacinada contra a Covid.

Inicialmente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a sua pasta recomendaria a vacinação desde que houvesse a exigência de prescrição médica, o que foi rejeitado em consulta pública.

Em recente pesquisa Datafolha, 79% dos brasileiros com 16 anos ou mais disseram ser favoráveis à imunização de crianças de 5 a 11 anos. Outros 17% afirmaram ser contra, e 4% declararam não saber opinar.

Os pequenos da campanha ‘Vacina Sim’, no entanto, não estão preocupados com o debate político envolvendo os fármacos, e sim com os seus efeitos no corpo. ‘Parece que essas crianças [da campanha] não foram contaminadas pela discussão política que cerca as vacinas no Brasil neste momento’, diz Drauzio.

No Brasil, há dois imunizantes autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as crianças: a Pfizer, liberada em dezembro para quem tem a partir de 5 anos; e a Coronavac, que recebeu aval na última quinta (20) para quem tem a partir de 6 anos.

Iniciativa inédita, o consórcio de veículos de imprensa foi criado em junho de 2020 para acompanhar e divulgar os números da Covid-19 depois que Ministério da Saúde tirou dados do ar e ameaçou sonegar informações sobre a situação da pandemia.

Desde então, os veículos se reuniram para divulgar balanços diários de casos e mortes pela Covid. Com o início da vacinação, em janeiro de 2021, o consórcio passou a divulgar também dados de imunizados. As informações são coletadas diariamente de secretarias estaduais de saúde pelas equipes dos veículos.

Em janeiro do ano passado, o consórcio criou a campanha ‘Vacina Sim”, para conscientizar a população sobre a importância de se vacinar contra a Covid-19.

Na segunda etapa da campanha, em fevereiro, jornalistas e personalidades ligadas aos veículos do consórcio se reuniram para incentivar a vacinação. A campanha juntou os colunistas da Folha Juca Kfouri, Luiz Felipe Pondé e Djamila Ribeiro aos atores Lázaro Ramos e Fernanda Montenegro, entre outros.

A terceira fase, em abril, teve como objetivo incentivar a população brasileira a continuar tomando os cuidados necessários -como uso de máscaras e distanciamento social- durante o avanço da vacinação.

A quarta etapa, em setembro, buscou conscientizara população sobre a importância de completar a imunização. Ela foi direcionada ao público jovem, que ainda não havia tomado a primeira dose, e também àqueles que estavam parcialmente imunizados.

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Crianças até 4 anos são mais vulneráveis ao coronavírus

Brasil registra quase quatro vezes mais mortes por Covid na faixa de O a 4 anos em comparação à de 5 a 11

BRASÍLIA – Crianças de 0 a 4 anos são mais vulneráveis ao novo coronavírus do que o público infantil de 5 a 11, faixa etária que entrou no plano nacional de vacinação contra a Covid.

Oficialmente, o Brasil registrou 1. 544 mortes de crianças de o a 11 anos por Covid desde o início da pandemia. Do total, 324 delas tinham de 5 a 11. Entre o e 4, o número de óbitos alcançou 1. 220, o que representa quase quatro vezes mais ocorrências que na faixa acima de 5 anos.

Em 2021, segundo o IBGE, havia no país 14, 7 milhões de crianças de o a 4 anos e 20, 5 milhões de 5 a 11 anos.

Levantamento da organização Vital Strategies avalia ainda que há subnotificação de dados e projeta a omissão de 2. 537 mortes. Isso porque, como não há um diagnóstico do motivo da morte em alguns casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), os óbitos entram nas estatísticas como SRAG por causa não especificada.

Com isso, o total estimado pode chegar a 4. 081 mortes de crianças por Covid. Os números chegariam então a 3. 249, de 0 a 4 anos, e 832, de 5 a 11.

Questionado sobre subnotificações e as estimativas da Vital Strategies, o Ministério da Saúde não se manifestou.

A médica epidemiologista e especialista sênior da Vital Strategies Fatima Marinho disseque a falta de diagnóstico é consequência de diversos fatores, como baixa testagem, colapso no sistema de saúde e acesso desigual à assistência.

A SRAG é uma condição que pode ser causada tanto pela Covid quanto por outros vírus respiratórios, como o HIN1, agente infeccioso da Influenza A (gripe). Os dados foram coletados no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), do Ministério da Saúde.

Marinho disse que êam chegar a essa projeção foi feita a redistribuição de óbitos de SRAG não especificados considerando a série histórica de anos anteriores à pandemia – mo caso 2018 e 2019.

O número excedente foi reclassificado como Covid e por outros vírus respiratórios, como o da Influenza. Houve explosão de casos de mortes não especificadas por SRAG em 2020 e 2021, o que aponta a preponderância da Covid.

‘As crianças têm menor diagnóstico de Covid por causa da clínica diferente [sintomas]. Muitas vezes o sintoma de Covid nas crianças é a diarreia, dor abdominal, tosse, não tendo muitas vezes alguns sintomas clássicos como febre, falta de ar. Em paralelo há a baixa testagem que contribui para a não identificação da Covid’, disse Marinho.

Recentemente mais impactadas pela Covid, as crianças de 0 a 4 anos continuam mais vulneráveis porque ainda não podem ser imunizadas.

No Brasil, dois imunizantes foram aprovados para crianças pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o da Pfizer, para maiores de 5 anos, e a Coronavac, para maiores de 6.

Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), diz que a maior mortalidade em crianças com menos de 5 anos também foi registrada em outros países. Nessa faixa etária, o sistema imunológico é mais imaturo e não responde às infecções como os mais velhos.

‘As crianças nessa faixa etária vão continuar mais vulneráveis. Por causa disso, quem já pode, deve tomar a vacina para ajudar a reduzir a circulação do vírus’, afirmou.

A dona de casa Adriana de Godoy Zaniolo, 41, teve seu terceiro filho durante a pandemia em Rio Claro, no interior paulista, no início da campanha de vacinação da Covid no Brasil. Com isso, ela não havia ainda sido imunizada.

Nas primeiras horas de vida de Matheus, em 10 de março de 2021, ele foi transferido para a UTI, com a oxigenação baixa. No terceiro dia de internação, foi identificado que ele estava com Covid.

A partir desse momento, os médicos isolaram o bebê e pediram para Adriana também fazer um teste, que deu positivo. No dia seguinte, Matheus morreu.

‘Parece que ainda não caiu a ficha. Tudo pronto esperando meu filho, nasceu tão per feito e do nada o mundo desaba. Cada vez que nós íamos à UTI o médico não tinha um diagnóstico’, disse Adriana.

Flávia Bravo, diretora da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) disse acreditar que as vacinas contra Covid não devem demorar a chegar para faixas etárias abaixo de 5 anos.

O pedido do Instituto Butantan à Anvisa era para usar as doses em crianças a partir de 3 anos. Mas a agência entendeu que não existem dados suficientes para autorizar a vacinação até essa idade.

O instituto agora aguarda resultados da pesquisa do Chile com crianças de 3 a 5 anos para encaminhá-los à agência reguladora. A previsão é que ocorra ainda neste ano.

Em entrevista à Folha, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, disse que a farmacêutica pretende apresentar à Anvisa ainda neste ano o pedido de autorização de uso da vacina da Covid em crianças de 6 meses a 5 anos.

O Ministério da Saúde prevê em contrato com a Pfizer a possibilidade de adquirir doses para crianças de o a 4 anos caso a vacina seja aprovada pela agência reguladora.

As subnotificações também ocorrem com as internações.

Dados do Ministério da Saúde apontam 18. 326 internações no público de o a 4 anos e 6. 802 em crianças de 5 a 11.

Entretanto, o Brasil já pode ter atingido 92. 837 internações em crianças de 0 a 4 anos e 39. 584 em crianças de 5 a 11.

Marinho, da Vital Strategies, afirmou que uma política de testagem eficaz é imprescindível para controlar os casos em crianças. Porém, quase dois anos após a pandemia, ainda não há uma estratégia consolidada quanto ao tema.

A médica diz que as crianças que não poderão tomar a vacina continuarão vulneráveis e acompanhando as curvas da pandemia -conforme cresce o total de casos e mortes, isso ocorre também entre as crianças, mas em proporção menor que a de adultos.

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PORTAL IG

Telemedicina: fila de espera para planos de saúde ultrapassa 24h

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento dobra a cada 36 horas

Morador de Marechal Hermes, no Rio, o empresário Renan Reis, de 30 anos, recorreu ao serviço de telemedicina da Amil para a mulher e o filho de oito meses, que apresentaram sintomas respiratórios após um familiar testar positivo para a Covid-19

No primeiro dia, encarou uma fila com 4,9 mil pessoas, e o aplicativo travou após 12 horas de espera. No segundo, esperou mais de dez horas, mas a consulta com o médico não aconteceu. O jeito foi levar o filho a um hospital:

– No hospital, a médica disse que não podia pedir o exame para Covid porque os planos não estão autorizando por falta de testes, apenas em casos de internação. Não tivemos atendimento, nem suporte.

O episódio enfrentado por Reis está longe de ser um fato isolado. Com a explosão de casos de Covid em meio ao avanço da variante Ômicron, a demora no atendimento on-line pelas operadoras de saúde tem sido alvo de queixa frequente em redes sociais.

50 mil teleconsultas

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento via telemedicina para casos de Influenza e Covid-19 dobra a cada 36 horas.

Entre o Natal e o Réveillon, o número de atendimentos saltou de sete mil para 15 mil. Já nos dez primeiros dias de janeiro, a associação estimou que seria alcançada a marca de 50 mil atendimentos à distância somente para as duas doenças.

Apesar de numericamente pouco significativas, as queixas sobre telemedicina à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), saltaram de oito, em todo o mês de dezembro, para 36, entre 1º e 17 de janeiro. A agência considera um ‘aumento considerável’ e admite que pode haver subnotificação.

A telemedicina está liberada para uso em caráter emergencial e transitório no país na pandemia, ressalta o Conselho Federal de Medicina (CFM). A regulamentação atual permite a prescrição de medicamentos, solicitação de exames, atestados e relatórios.

“A estrutura de atendimento deve prever conexão estável da internet e mecanismos de comunicação para situações inesperadas de interrupção. A prescrição pode ser enviada por e-mail”, diz Donizetti Dimer Giamberardino vice-presidente da CFM.

Os planos de saúde não têm sequer a obrigação de ofertar a telemedicina. Mas, se oferecem o serviço, precisam garantir que o consumidor acesse a consulta, diz Matheus Falcão, advogado do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):

“O que não pode é ofertar a telemedicina, gerar a expectativa no consumidor e ele esperar por 20 horas. Ou, pior ainda, o médico não aparecer ou haver uma desconexão.”

Foi o que aconteceu com o fotógrafo Lucas Westfal, de 40 anos. Mesmo com hora marcada, ele só conseguiu ser atendido 14 horas depois do agendado pela SulAmérica.

“Uma hora antes do horário marcado, o sistema (do aplicativo) ficou travado. A consulta foi remarcada pelo menos três vezes”, queixa-se.

O estudante Victor Meirelles, de 19 anos, aguardou treze horas na fila virtual para a teleconsulta pelo Saúde Bradesco:

“Por volta das 4h, finalmente chegou a minha vez. Entrei na sala virtual e fui avisado de que se a médica não entrasse em cinco minutos eu seria atendido por outro profissional. Esperei 40 minutos e nada. Desisti.”

Depois de saber, pela Amil, que o agendamento de consulta demoraria sete dias, a analista de TI Emanuele Vieira, de 45 anos, decidiu enfrentar a fila de espera. Mais do que pela demora, ela reclama do descuido do médico com as informações prestadas na triagem:

“Quando o médico me encaminhou a receita havia medicamentos que não posso tomar por ser alérgica. E na triagem eu tinha dado a informação à enfermeira. Achei a teleconsulta arriscada.”

Fenasaúde: Alta da covid

Paulo Roque, diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Consumidor (Brasilcon) orienta, seja em caso de mau ou não atendimento, registro de queixa no Procon, na ANS e até no Ministério Público.

Procuradas Amil, SulAmérica e Bradesco informaram que a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) responderia por eles. Em nota, a federação informou que o aumento do tempo de espera por atendimento de telemedicina é resultado da explosão de casos de Covid.

A Fenasaúde disse que as operadoras vêm adotando medidas como ampliar a orientação a beneficiários, melhorias nas plataformas e reforço nas equipes médicas, medida que esbarra no afastamento de profissionais de saúde infectados por Covid.

Onde reclamar

Fila. Quem tiver problemas para marcar consultas ou com o teleatendimento, pode entrar em contato com a ANS no site ou pelo 0800 7019656.

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O GLOBO

Opinião – Natalia Pasternak – Efeitos adversos em vacinas

Em abril de 1982, a rede NBC de televisão nos EUA exibiu um documentário chamado ‘Vaccine Roulette’ (‘Roleta da Vacina’). O filme mostrava os ‘perigos’ de terríveis efeitos adversos atribuídos à vacina DTP, contra difteria, tétano e pertussis (coqueluche). O foco era na vacina contra coqueluche, que supostamente estaria causando danos cerebrais permanentes em crianças, epilepsia e deficiência cognitiva.

O filme mostrava cenas de crianças tendo convulsões e espasmos. Nunca houve prova de que a vacina seria a causa, mas pais e mães ficaram impressionados. A vacina utilizada então continha a bactéria Bortedella pertussis (que causa coqueluche) inteira, inativada. Esta formulação, raras vezes, causava febres altas. Febres altas, também raras vezes, podem causar convulsões. Assim, relatos de casos apareciam na mídia e eram, erroneamente, associados a encefalopatias e danos cerebrais. A vacina acabou substituída por uma versão acelular, que não causa febre alta.

Apesar do estrago causado pelo documentário, e pelos grupos antivacinas formados por causa dele -só no Reino Unido, a queda nas taxas de vacinação levou a uma epidemia com mais de cem mil episódios de coqueluche -o caso alertou para a necessidade de mais transparência quanto aos efeitos adversos de vacinas. Após o filme, tanto pessoas físicas como associações de pais e mães abriram tantos processos contra fabricantes de vacinas que muitos saíram do mercado, deixando os EUA, por exemplo, em risco de não conseguir mais produzir os imunizantes de que precisava.

Em1986, o Congresso americano aprovou lei transferindo ao governo a responsabilidade de indenizar supostas ‘vítimas’ das vacinas obrigatórias, dando aos fabricantes segurança de que não seriam levados à falência por custos judiciais. Também foi criado o Vaers, um sistema de comunicação de efeitos adversos de vacinas. No Brasil, o órgão responsável por fazer esse controle é a Anvisa, com o sistema de farmaco-vigilância VigiMed.

Qualquer pessoa pode reportar qualquer suposto efeito adverso ao Vaers. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com os dados dali. Para um efeito constar do Vaers, basta que alguém, em algum lugar, ache que a causa foi uma vacina. A ausência de filtro é importante para que a população veja que existe um canal aberto. A partir dos informes recebidos, o Vaers procura padrões. Se houver muitos efeitos parecidos atribuídos a uma mesma vacina, o CDC investiga para determinar se é possível ou provável que a vacina seja mesmo a causa.

Exemplo: a vacina de rotavírus Rotashi-eld, de 1998, causava um efeito raro de obstrução intestinal. Este efeito não apareceu nos testes clínicos, que usaram dez mil crianças. Quando a vacina foi aplicada em milhões, percebeu-se que a obstrução ocorria com frequência de cem por milhão. O imunizante foi retirado do mercado, e hoje temos vacinas melhores.

No caso das vacinas de Covid-19, nenhum efeito adverso sério chega nem perto desse número. As mortes possivelmente associadas a vacinas de Covid-19 -ou seja, aquelas que foram investigadas pelos órgãos competentes e em que a hipótese de relação entre vacina e óbito foi tida como plausível – somam 11 no Brasil, com mais de 140 milhões de pessoas vacinadas, e 9 nos EUA, com mais de 200 milhões.

O ministro Marcelo Queiroga distorceu esse número e citou a cifra de quatro mil mortes relacionadas à vacina. Estes são os casos reportados e, à semelhança do Vaers, ali entra tudo. Agora cabe ao sistema de farmacovigilância analisar cada evento. Até agora, após investigação, restam 11 onde tem alguma lógica ligar a vacina ao óbito -não quatro mil. Um erro de ‘apenas’ 36.000%. E compreensível que grande parte da população não esteja familiarizada com os sistemas de comunicação de efeitos adversos. E inaceitável que o Ministro da Saúde não esteja.

O ministro Queiroga citou quatro mil mortes relacionadas à vacina, mas após investigação, só em 11 há alguma lógica fazê-lo

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A REDAÇÃO

Aparecida amplia vacinação contra covid-19 para crianças a partir de 5 anos

Aparecida de Goiânia começa nesta segunda-feira (24/1) a vacinar as crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 em sete pontos fixos. A partir de hoje, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou a ampliação da aplicação de doses para toda a faixa etária que recebe a dose pediátrica.

De acordo com a Prefeitura de Aparecida, assim como nas escolas, todo o público infantil autorizado pelo Ministério da Saúde poderá receber, a partir desta segunda-feira, o imunizante pediátrico na Central de Imunização e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros Andrade Reis, Anhembi, Cardoso, Veiga Jardim, Retiro do Bosque e Jardim Olímpico. A Central funciona de segunda a sexta, das 8 às 18 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. A imunização nas UBSs ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

A coordenadora de Imunização da SMS, Renata Cordeiro, explica que esse sempre foi o objetivo da pasta. “Desde o início da vacinação infantil em Aparecida, na segunda-feira passada, a expectativa era liberar a imunização para todas as crianças de 5 a 11 anos.”

Continua Renata: “Só que, em decorrência do quantitativo de doses recebidas e da estratégia de vacinação escolar, iniciamos a vacinação infantil nas unidades de saúde apenas às crianças de 11 anos e aos pequeninos de 5 a 11 anos com deficiência permanente ou comorbidades, indígenas e quilombolas, grupos considerados prioritários no País para essa imunização”.

De acordo com a coordenadora de Imunização da SMS de Aparecida, “a partir desta semana, para aumentarmos a cobertura vacinal infantil no município, vamos ampliar a imunização para todas as crianças com mais de cinco anos interessadas na proteção contra a covid-19 nos sete postos fixos de vacinação pediátrica da cidade”.

Estratégia ampliada

Além disso, a SMS tem realizado uma maratona de visitas em mais de 50 escolas da cidade para vacinar crianças de 5 a 11 anos matriculadas nessas instituições e também residentes nas imediações dos colégios.

Em todos os locais, unidades de Saúde ou escolas, as vacinas pediátricas são aplicadas mediante a apresentação da certidão de nascimento ou RG e cartão SUS ou CPF. As crianças também precisam estar acompanhadas de um responsável legal ou apresentar termo de autorização do responsável.

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Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 1 milhão de casos confirmados

Goiás ultrapassou a marca de 1 milhão de contaminados pela covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (23/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Estado também registrou mais 11 mortes entre ontem e hoje, atingindo o total de 24.869 óbitos pelo vírus.

Ainda de acordo com a pasta estadual, 667 mil infecções têm ligação suspeita com a doença, e outras 394 mortes são investigadas para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado de Goiás é de 2,49%.

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JORNAL OPÇÃO

Com aumento de casos de Covid-19 em Goiás, busca por testes sobrecarrega laboratórios

Por Gabriella Oliveira

Só nas últimas 24h, o Estado tem 6. 143 casos confirmados da doença

Após as festas de fim de ano e com o surgimento da nova variante Ômicron, o número de casos de Covid-19 voltou a aumentar fazendo com que Goiás registrasse 6. 143 casos confirmados somente nas últimas 24h, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com isso, a procura por testes tem sobrecarregado laboratórios e denúncias de aumentos exorbitantes de preço tem ocorrido, levando o Procon Goiás a realizar uma fiscalização na terça-feira, 18.

Em alguns relatos, houve queixas de pacientes que reclamaram de falta de testes. Contudo, procurado pelo Jornal Opção, os principais laboratórios privados do Estado negaram a falta de teste. O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO) também reiteraram que “apesar do alerta de risco de falta de insumos nos laboratórios, devido ao aumento do consumo no mercado brasileiro e mundial o Sindilabs-GO não registrou o problema em Goiás. O Sindicato também não tem registros de reajustes de preços dos exames neste mês”.

A SES-GO, afirmou que na rede pública “não há falta de teste na rede estadual. O Estado, inclusive, tem realizado um programa de testagem em 22 hospitais e distribuído testes aos municípios. Além de testes recebidos do Ministério da Saúde, Goiás se antecipou e realizou uma compra, que já está sendo entregue”.

Além desses testes distribuídos, a Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmou que os testes de RT-Lamp COVID desenvolvidos por eles já foram distribuídos para seis laboratórios do Estado por meio da transferência de tecnologia. As equipes técnicas dos laboratórios tiveram treinamento na quinta-feira, 20, e realizarão os exames em nos laboratórios por um custo bem mais baixo em relação ao RT-PCR.

O laboratório da Unimed, explicou que a alta demanda tem levado a demora para realizar todos os testes, mas que isso não significa que os testes tenham esgotado. “No período de 1º a 17 de janeiro de 2022, foram realizados no Laboratório Unimed 11.881 testes de covid-19. No mesmo período, em 2021, foram realizados 5.171 exames, o que representa um crescimento de 130%. Mesmo com o aumento no número de testes, até o momento, não houve comprometimento do atendimento devido à falta de insumos, embora a Unimed Goiânia tenha ciência do risco iminente de desabastecimento”, explicou a Unimed.

O laboratório Padrão, informou que houve falta apenas dos testes rápidos de Covid-19, mas que o RT-PCR continuava sendo aplicado mesmo com a alta demanda. “Ampliamos os estoques de insumos, contratamos profissionais, reforçamos nossos canais de atendimento, entre outras medidas. Não houve aumento de preço dos exames em nenhum momento. Inclusive, houve redução no valor do teste rápido de R$ 110 para R$ 90,00”, explicaram.

Já o laboratório Atalaia, afirmou que o aumento do preço se deu devido ao crescimento do valor dos insumos. “Por enquanto estamos conseguindo atender as pessoas que nos procuram. A tendência atual é de aumento de preços porque os valores dos insumos estão cada vez mais altos”.

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PORTAL G1

Por que a Espanha agora quer tratar covid como gripe – e o que dizem especialistas

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, declarou que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia.

O presidente do governo da Espanha (equivalente ao cargo de primeiro-ministro), Pedro Sánchez, declarou na semana passada que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia, como tem sido até agora.

E ele também defende que essa seja a estratégia para o resto da Europa.

“Estamos trabalhando nisso há semanas”, respondeu Sánchez em entrevista ao canal Cadena Ser quando perguntado se ele está buscando uma “gripalização da pandemia”.

“A ciência conhece melhor o vírus. (…) Temos que avaliar a evolução da covid para uma doença endêmica”, disse Sánchez, embora tenha esclarecido que seu governo ainda aguarda relatórios “mais conclusivos” sobre a variante ômicron.

O presidente justificou a nova abordagem devido à taxa de vacinação (82% da população com vacinação completa e 36% com dose de reforço), o uso de máscaras, o surgimento de medicamentos como a pílula da Pfizer – cujos ensaios apontam que é eficaz na 89% dos casos para evitar internações e óbitos em pacientes de risco – e a aparente menor letalidade do vírus com a variante mais recente.

“Este é um debate que já estamos tentando abrir em nível europeu”, disse Sánchez, que está levando a questão aos ministérios da saúde europeus e ao Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças. “É um debate necessário.”

A ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, acrescentou que a atual sexta onda de covid da Espanha é diferente das anteriores.

“Temos que ser capazes de antecipar novos cenários, por isso temos que começar a avaliar a adaptação a um novo sistema de vigilância e controle da covid-19 uma vez superada esta sexta onda epidêmica em que nos encontramos”, disse.

Vigilância

Essa nova abordagem da pandemia é chamada de “vigilância sentinela”.

Ela tem sido usada para outros vírus e implica interromper os testes em massa e, em vez disso, controlar grupos menores que servem como amostra do que está acontecendo no resto da sociedade.

Isso pode ser feito com uma ou mais instituições médicas que coletam rotineira e sistematicamente informações epidemiológicas e amostras laboratoriais de pacientes – mas não deve ser um processo muito extenso, pois pode reduzir a qualidade da informação, afirma o escritório regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com a gripe sazonal, por exemplo, “quantidades limitadas de dados de alta qualidade de ‘locais sentinela’ representativos são suficientes para entender a epidemiologia e a circulação”, afirma a OMS.

As localizações devem ser distribuídas no território de forma que produzam uma amostra confiável do que acontece na população em geral.

Além disso, é necessário usar definições padrão que possam ser comparadas ao longo do tempo, tanto dentro de um país quanto com outros países.

A informação deve ser comunicada uma vez por semana às autoridades nacionais, de acordo com o escritório europeu da OMS.

A partir daí, podem ser estimadas as taxas de incidência de pessoas infectadas — sintomáticas e assintomáticas —, internações, pacientes em terapia intensiva e óbitos pela doença.

Se esse método for usado com a covid, acredita-se que pode ajudar a evitar a superlotação de hospitais com casos leves, disse a Sociedade Espanhola de Medicina de Família e Comunidade.

Essa posição, no entanto, não é compartilhada por todos os sindicatos médicos da Espanha. E nem mesmo em todos os países.

A transição da pandemia para a endemia

Outros países também estão pensando em como será o fim da pandemia.

No Reino Unido, o ministro da Educação, Nadhim Zahawi, que até setembro estava à frente do programa de vacinação contra a covid-19, disse que seu país deve liderar a saída.

“Espero que sejamos uma das primeiras grandes economias que mostre ao mundo como fazer a transição de uma pandemia para uma endemia”, disse ele ao canal Sky News.

O país também tem a seguinte taxa de vacinação contra covid-19: 70% com esquema completo e 53% com dose de reforço.

Além disso, o risco de hospitalização para a variante ômicron é cerca de um terço do risco da delta, de acordo com uma análise publicada pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido. E a ômicron está substituindo a delta pelo mundo como a variante predominante.

Outro estudo preliminar realizado nos EUA por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, da organização Kaiser Permanente e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostrou que as pessoas infectadas com ômicron tinham metade da probabilidade de serem hospitalizadas em comparação com a delta, 75% menos probabilidade de entrar em uma UTI e 90% menos probabilidade de morrer.

As internações hospitalares, por sua vez, foram reduzidas de cinco para 1,5 dia com a ômicron.

“O Reino Unido é provavelmente o mais próximo de qualquer país de estar fora da pandemia, se é que já não está fora, em endemia já”, disse David Heymann, professor de epidemiologia de doenças infecciosas da London School of Medicine em um bate-papo virtual aberto com a organização sem fins lucrativos Chatham House.

Numa endemia, a doença geralmente está presente, mas não há mais um aumento incomum no número de casos. A gripe, por exemplo, é endêmica.

“Em breve estaremos em uma situação em que o vírus estará circulando, cuidaremos das pessoas em risco, mas aceitaremos que qualquer outra pessoa o pegue”, diz a virologista Elisabetta Groppelli, da Universidade de St. George de Londres.

“Se uma nova variante ou uma variante anterior aparecer, para a maioria de nós, como qualquer outro coronavírus de resfriado comum, teremos espirros e um pouco de dor de cabeça e ficaremos bem”, disse Julian Hiscox, chefe de infecções e saúde global da Universidade de Liverpool e integrante do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes do governo do Reino Unido.

Nos Estados Unidos, um grupo de seis especialistas que assessoraram o presidente Joe Biden publicou uma série de artigos nos quais defendiam que é hora de abordar a pandemia de uma maneira diferente.

“Nem a vacinação contra covid-19 nem a infecção parecem conferir imunidade ao longo da vida”, escreveu Ezekiel Emanuel, especialista em políticas de saúde da Universidade da Pensilvânia, que coordenou as propostas do grupo.

“As infecções por covid-19 são assintomáticas ou levemente sintomáticas, e o período de incubação do SARS-CoV-2 é curto, o que impede o uso de estratégias específicas, como ‘vacinação em anel’. Mesmo pessoas totalmente vacinadas correm o risco de ter SARS-CoV avançado. Consequentemente, um ‘novo normal com covid’ em janeiro de 2022 não é viver sem covid-19”, disse Emanuel.

Ele defende que a covid-19 deve ser tratada como outras doenças respiratórias, como a gripe, já que “as pessoas já conviveram normalmente com as ameaças desses vírus” antes.

Não tão cedo

O principal conselheiro da Casa Branca para doenças infecciosas, Anthony Fauci, acredita que uma nova fase está próxima, mas diz que os EUA ainda não chegaram lá.

“Qual é a caixa que todos estamos olhando agora? Essa caixa é controle, ou seja, baixar o nível de infecção que causa doença grave de forma suficiente para que possamos incorporar essa infecção. Acredito que possivelmente estamos nos aproximando disso”, disse Fauci.

Com uma taxa de vacinação completa de apenas 62% da população e 23% com doses de reforço, os EUA enfrentam a onda de ômicron com número recorde de internações pelo vírus, quase o dobro em relação às registradas no Reino Unido.

“O vírus está a caminho de se tornar endêmico. Não há dúvida sobre isso. Mas ainda estamos no meio dessa pandemia”, disse a líder técnica da Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, em uma conferência na semana passada.

“Não podemos acabar com a pandemia e fazer com que o vírus se torne ‘endêmico’ em um país, enquanto o resto do mundo lida com a pandemia. Não é assim que funciona.”

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TV ANHANGUERA

Mapa mostra 23 cidades com indicação para medidas mais restritivas contra a Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/10235051/

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Família reclama de descaso no atendimento de paciente no Hugol

https://globoplay.globo.com/v/10234811/

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Assessoria de Comunicação

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