ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cenas da novela ´O outro lado do paraíso´ presta um desserviço à população, diz ABP
Falhas em hospitais matam mais que o câncer, a violência e o trânsito
Após falar que operaria paciente cega de um olho 'quando quiser', médico se diz arrependido: 'Erro é humano'
Secretária Municipal de Saúde presta contas na Câmara sobre investimentos em Goiânia
Conselho de Medicina marca data do primeiro exame para recém-formados em Goiás
Justiça obriga jovem com doença renal crônica a continuar tratamento contra sua vontade
Médicos dizem que Fátima Mrué não trabalha com planejamento na Secretaria da Saúde
Da zootecnia à embriologia: conheça a história de Laila Oliveira-LaCasse
Fim da fila de espera
Expectativa menor terá impacto nos repasses
Não há risco de proibição de abertura de novos cursos além de Medicina, diz ministro
Câmara aprimora cobrança de ISS prestado na Capital
Artigo – Higiene hospitalar: uma das frentes de prevenção ao controle de infecções
COLETIVO/TOCANTINS
Cenas da novela ´O outro lado do paraíso´ presta um desserviço à população, diz ABP
Devido à grande repercussão negativa alcançada pela cena exibida na novela "O Outro Lado do Paraíso", produzida e veiculada pela Rede Globo, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP vem a público esclarecer e manifestar-se acerca do capitulo da última terça-feira, 21 de novembro.
O folhetim, assinado pelo escritor Walcyr Carrasco, apresenta narrativa estigmatizante e preconceituosa no que concerne ao uso da Eletroconvulsoterapia – ECT, procedimento médico seguro e indicado para tratamento de transtornos psiquiátricos graves que põem em risco a integridade do paciente, os quais não tenham respondido aos medicamentos psiquiátricos.
Na novela, a protagonista é supostamente diagnosticada com uma doença mental grave, como a esquizofrenia que, na ficção, tem seu manejo terapêutico inadequado. A esquizofrenia é uma doença que atinge cerca de 1% da população mundial e pode causar alterações na maneira como o indivíduo percebe a realidade, perdendo este a capacidade de discernimento. T
al transtorno costuma apresentar como sintomas alucinações e delírios persecutórios, crenças falsas que não cedem às argumentações ou evidências, além da desorganização do pensamento e alterações na expressão emocional.
Quanto à Eletroconvulsoterapia – ECT, ou eletroconvulsão terapêutica, é feita em ambiente hospitalar, sob anestesia, com monitoramento eletrocardiológico e eletroencefalográfico, recebendo uma baixa corrente elétrica que induz à convulsão, com duração de cerca de 30 segundos. A técnica é eficaz e segura e seu sucesso terapêutico é destacado por múltiplos estudos relacionados ao tema, publicados em periódicos de grande destaque científico.
Conforme a Resolução nº 1.640/2002 e a Resolução nº 2.057/2013, do Conselho Federal de Medicina – CFM, a eletroconvulsoterapia deve sempre ser realizada em ambiente adequado, mediante indicação do psiquiatra após a devida avaliação, com equipe formada também por anestesista e enfermeiro. O procedimento é indicado para quadros psiquiátricos que não apresentem respostas aos medicamentos e às demais terapias, como depressões graves, ou quadros em que a medicação tradicional não pode ser administrada, como gestantes e mulheres que estão amamentando. Sem este recurso, tais pacientes podem vir a sofrer riscos bastante severos, incluindo risco de vida.
Considerando o acima pontuado, a ABP manifesta a sua profunda inconformidade à cena veiculada, que descaracteriza esse procedimento médico, além de prestar um desserviço à população, estimulando o preconceito e o estigma relacionados às doenças mentais, aos pacientes psiquiátricos e à psiquiatria. A ECT na psiquiatria, assim como a eletrocardioversão na cardiologia, salva vidas.
Carmita Abdo
Presidente Antônio Geraldo da Silva
Diretor Tesoureiro Cláudio Martins
Diretor Secretário
Alfredo Minervino
Vice-presidente
Maurício Leão
Diretor Tesoureiro Adjunto
Maria de Fátima Vasconcellos
Diretora Secretária Adjunta
………………….
PORTAL G1
Falhas em hospitais matam mais que o câncer, a violência e o trânsito
Só no ano passado, mais de 300 mil pacientes morreram por causa de erro médico, negligência ou algum incidente em hospital.
Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais mostrou números assustadores e preocupantes: a cada cinco minutos, três pacientes morrem por alguma falha nos hospitais do Brasil. É a segunda causa de morte, só perde para doenças do coração.
A corretora de seguros Sônia Menezes pensa todos os dias em como a vida seria diferente se a filha dela não tivesse entrado em uma sala de cirurgia.
Na época, Camila tinha 19 anos. Ela se internou por causa de uma dor de ouvido e morreu logo após o procedimento. "Eles perfuraram uma artéria muito importante, deu hemorragia interna e eles não viram. Ela estava deitada, engoliu tudo e foi para o estômago. O sangue parou e ela morreu", conta.
Foram 15 anos de briga na Justiça até que a negligência médica fosse confirmada. Camila entrou numa lista enorme de pessoas que morreram por falhas nos hospitais públicos ou privados do país. Os dados são assustadores e estão no Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, divulgado nesta quarta (22).
No ano passado, mais de 300 mil pacientes morreram por causa de erro médico, negligência ou algum incidente em hospital. De acordo com o estudo, as falhas em hospitais mataram por dia mais do que câncer, violência e acidentes de trânsito.
"O tempo todo alguém tá no hospital e cai da cama, alguém tá no hospital e pega uma infecção hospitalar, alguém tá no hospital e não tomou as medicações preventivas adequadas e forma um trombo na perna", diz Renato Couto, professor da UFMG e um dos responsáveis pelo anuário.
As principais vítimas dessas falhas são crianças com até 28 dias de vida e adultos com mais de 60 anos. Esses incidentes são mais comuns em hospitais de pequeno porte e que ficam em cidades menores. Ainda de acordo com os pesquisadores, 90% dessas mortes poderiam ser evitadas.
"Isso não só é um grande alerta, como o que se espera é que a sociedade estando alerta, ela tome providências", completa Renato.
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo culpa a falta de investimento. "Nós precisamos entender que sem dinheiro não existe saúde de qualidade. Por quê? Porque isso implica em tecnologia especialmente em formação, especialmente em treinamento, pessoas qualificadas prestando o melhor daquilo que são os recursos disponíveis", explica Renato Françoso Filho, presidente do Conselho Regional de Medicina.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que faz projetos de melhoria em mais de 60 hospitais públicos, que 5 mil profissionais de saúde já foram capacitados com especializações e cursos e que as ações de segurança do paciente foram incorporadas em vários programas do governo. A Associação Nacional de Hospitais Privados não respondeu ao Jornal Hoje.
…………………….
Após falar que operaria paciente cega de um olho 'quando quiser', médico se diz arrependido: 'Erro é humano'
Oftalmologista afirma que deu declaração enquanto estava preocupado com paciente grave. Depois de quase 2 anos de espera, dona de casa ganha procedimento feito por outros dois profissionais.
O oftalmologista Júlio César Leão disse nesta quarta-feira (22) que está arrependido por ter ofendido uma repórter da TV Anhanguera ao ser questionado sobre a cirurgia de uma paciente. Há quase dois anos, a dona de casa Cirene de Souza, que é cega do olho direito, aguarda pelo procedimento para não perder a visão do olho esquerdo, em Itumbiara, sul de Goiás. Na ocasião, quando indagado, ele disse: "Sabem que dia que eu vou operá-la? O dia que eu quiser. Sacou? Vai comer merda".
Após a repercussão do caso, Leão admitiu o erro e tentou se justificar. "Lógico [que estou arrependido]. O erro é humano, nós somos seres humanos, plausíveis de erros. Ontem estava com um paciente muito grave, naquele momento eu preocupado com paciente, acabei falando aquilo, mas no fundo, quem me conhece sabe que não é da minha maneira de agir", afirmou.
A declaração ofensiva foi dita na tarde de terça-feira (21), no Instituto de Olhos de Itumbiara, clínica pertencente ao médico e a única da cidade credenciada ao Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer a operação. Na ocasião, ele não sabia que estava sendo gravado.
À TV Anhanguera, a Prefeitura de Itumbiara disse que a atitude do médico é inaceitável e está estudando uma punição administrativa.
Já o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), também procurado pela TV Anhanguera, informou que não vai comentar o caso.
Cirurgia
Cirene perdeu a visão do olho direito por conta de um glaucoma. Atualmente, ela aguarda há 1 ano e 8 meses para fazer uma cirurgia de urgência, para se livrar da catarata que ameaça o olho esquerdo.
Ela só anda com a ajuda do marido, que sustenta a família com um salário mínimo. Ela classificou a fala do médico como “absurdo”. Além dela, outras 25 pessoas estão na fila de espera pelo procedimento.
Dois médicos, que pediram anonimato, se sensibilizaram com a história e resolveram fazer a operação da dona de casa de graça. Na quinta-feira (23), quando completa 55 anos, ela já vai passar por uma consulta. "Meu maior presente que eu queria é a cirurgia", afirma.
………..
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Secretária Municipal de Saúde presta contas na Câmara sobre investimentos em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/secretaria-municipal-de-saude-presta-contas-na-camara-sobre-investimentos-em-goiania/6311093/
……………………………………….
JORNAL OPÇÃO
Conselho de Medicina marca data do primeiro exame para recém-formados em Goiás
Prova também aplicada pelo conselho de São Paulo não é obrigatória e pode ser feita por recém-formados e estudantes do último ano de qualquer Estado
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) aplicará, já em 2017, um Exame anual aos recém-formados em Medicina. A resolução nº 100/2017, aprovada em Sessão Plenária no dia 26 de outubro, entrou em vigor no mesmo dia.
Seguindo o modelo do Exame do conselho de São Paulo (Cremesp), a avaliação do Cremego será composta por um teste cognitivo, abrangendo as áreas essenciais da Medicina, "com ênfase nos conteúdos básicos considerados imprescindíveis ao bom exercício profissional", disse a entidade em nota.
A primeira edição da prova no estado de Goiás está marcada para o dia 16 de dezembro de 2017, das 8h às 12h, na sede do Cremego. As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas exclusivamente pela internet, no site do Cremego , de 13 de novembro a 8 de dezembro, tendo a confirmação enviada por e-mail até o dia 13 de dezembro.
Poderão realizar o Exame todos os acadêmicos em Medicina, do sexto ano ou do 12º período do curso, que estejam cursando faculdades autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) em qualquer Estado da Federação, além de médicos formados nos anos de 2016 e 2017, devidamente registrados no Cremego.
A exemplo do Cremesp, o conselho de medicina de Goiás passa a pressionar para que a prova passe a ser obrigatória, a exemplo da avaliação realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A campanha pela obrigatoriedade está em fase de coleta de assinaturas para para, depois, ser encaminhada ao Congresso Nacional na forma de projeto de lei.
A prova a ser aplicada em Goiás será composta de 120 questões de múltipla escolha, contendo as áreas de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Pública, Epidemiologia, Saúde Mental, Bioética e Ciências Básicas
…………………
Justiça obriga jovem com doença renal crônica a continuar tratamento contra sua vontade
Por Larissa Quixabeira
Decisão interditou o jovem José Humberto Filho, de 22 anos, de tomar qualquer decisão em relação à sua saúde
O jovem goiano José Humberto Pires de Campos Filhos, 22 anos, foi interditado pelo prazo de uno ano pela Justiça de tomar decisões em relação à própria saúde. O garoto de Trindade sofre de doença renal crônica e se recusa a realizar procedimentos de hemodiálise que o mantém vivo.
Com a decisão do juiz Éder Jorge, da 2ª Vara Cível de Trindade, a mãe dele, Edna Maria Alves Borges, 55, foi nomeada curadora do filho e poderá tomar providências necessárias para o cumprimento das prescrições médicas e cuidado da saúde, vedando, porém, a utilização de qualquer forma de coerção física, inclusive sedação.
Em fevereiro, o caso de José Humberto ganhou repercussão nacional pela recusa do paciente em prosseguir com o tratamento e o desespero da família, que teve que buscar na Justiça autorização para obrigá-lo a se tratar.
Desde que foi diagnosticado com a doença, ainda em 2015, ele se recusa a entrar na lista para transplante. Liminar da Justiça de Goiás do início deste ano, porém, obrigou o garoto a ser submetido à hemodiálises e tomar os medicamento.
À época da primeira decisão em favor da mãe, uma perícia feita pela Junta Médica do Tribunal de Justiça de Goiás atestou que o jovem tem “total capacidade de entendimento”, mas “imaturidade afetiva e emocional” e, portanto, teria apenas uma capacidade parcial de tomar decisões.
Na ação, José Humberto argumenta que é adulto e lúcido, consciente do tratamento e de suas consequências. Além disso, defende que o tratamento não apresenta chances reais de cura, além de ser um processo doloroso e difícil.
Na nova decisão, desta vez pela interdição parcial de José Humberto, o juiz entendeu que aspectos emocionais e imaturidade interferem na capacidade de discernimento do jovem. “A renúncia a tratamento doloroso e a aceitação da morte natural como consequência da doença seriam perfeitamente possíveis no nosso sistema constitucional, se não houvessem elementos psicológicos e psiquiátricos a afetarem a capacidade de entendimento e determinação de José Humberto Pires de Campos Filho”, consta na decisão.
……………………………..
Médicos dizem que Fátima Mrué não trabalha com planejamento na Secretaria da Saúde
Os profissionais frisam que, sem apoio político, a secretária não vai conseguir melhorar a saúde
O senador Ronaldo Caiado, se quiser, vai indicar o próximo secretário da Saúde da Prefeitura de Goiânia. O presidente do DEM não se manifestou a respeito. Mas três nomes cotados para substituir Fátima Mrué (que os vereadores chamam de Fátima Tá na Rué) — Zacharias Calil, Paulo Daher e Silvio Fernandes — são ligados ao político.
O jornal ouviu cinco médicos e todos concluíram que Fátima Mrué perdeu legitimidade e que não conseguirá administrar a secretaria. Eles dizem que a médica falhou no planejamento. Poderia escolher um dos maiores cais e resolver seu problema de maneira eficaz e rápida. Ela teria errado ao confrontar os médicos, por ser contenciosa e não diplomática.
Sem apoio político não se vai longe. Mrué já brigou com meio mundo. Não à atoa já é chamada de “Dilma Rousseff do Cerrado”. O secretário é nomeado, portanto seu cargo é provisório. Já os vereadores têm um mandato de quatro anos. Ela perdeu “governabilidade” — dizem médicos, alguns deles ligados ao PMDB.
O que mais falta a Fátima Mrué, na visão dos médicos, é liderança.
A secretaria está pagando apenas 30 reais por um exame de dopler. É considerado como pouco pelos médicos.
……………………………….
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ZOOTECNISTAS
Da zootecnia à embriologia: conheça a história de Laila Oliveira-LaCasse
Se você se interessa por zootecnia e acessou suas redes sociais nesta semana, certamente deve ter visto notícias sobre a zootecnista Laila Oliveira-LaCasse. A goiana, que mora no Havaí e trabalha em uma clínica de fertilização que atende casais com dificuldade para ter filhos, recebeu recentemente o prêmio de embriologista destaque do ano dos Estados Unidos. A condecoração foi entregue pelo Donor Edge Bank (DEB) em um congresso realizado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM, na sigla em inglês), que reúne participantes de mais de 90 países. A Laila conversou com a Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) para contar mais detalhes sobre a sua jornada profissional, principalmente sobre a sua migração de trabalhos com reprodução animal para reprodução humana.
Laila se formou em zootecnia em 2000, pela PUC Goiás. Natural de Piranhas, interior do Estado, ela sempre almejou trabalhar fora do país. Antes de começar a atuar com reprodução humana no Havaí, a zootecnista fez mestrado em produção animal na Universidade dos Açores, em Portugal.
“Quando eu me mudei para Portugal, eu fiquei um ano lá antes de começar o mestrado, atuando com pesquisa para universidade no laboratório de reprodução, fazendo trabalho com fecundação in vitro. Depois eu fiz o mestrado, por dois anos. Após isso eu voltei para o Brasil, em 2007”.
Quando retornou ao Brasil, Laila integrou o time da Vitrogen. Em pouco tempo, ela de destacou na empresa e foi para a Venezuela, onde ficou por seis meses como chefe de laboratório.
“Como eles tinham franquia, eu ia para iniciar o negócio, fazer o treinamento e quando o laboratório já estava funcionando bem sozinho eu me mudava. Da Venezuela eu fui para o México, onde fiquei cerca de dois anos. Depois de lá, eu voltei para a Venezuela. Depois disso tudo que eu fui para o Havaí”.
Laila chegou ao Havaí em 2010, com experiência em reprodução animal adquirida em quatro países. De acordo com a zootecnista, ela nunca teve pretensões de trabalhar com reprodução humana, mudança que aconteceu por acaso. Antes da migração, ela tinha como objetivo ingressar no doutorado.
“Quando eu cheguei no Havaí, eu pensei em fazer doutorado na University of Hawaii. Eu comecei a trabalhar lá como voluntária nas pesquisas, para ver se eu conseguia entrar no doutorado. Para entrar no doutorado, o orientador que me acolhesse tinha que ganhar um apoio financeiro para ele poder financiar estudantes nas pesquisas de doutorado deles. A pessoa com quem eu estava trabalhando não conseguiu. E depois disso eu percebi que na verdade eu não queria doutorado, não deu certo. E aqui no Havaí não tinha muita reprodução animal na área bovina, não tinham muitos trabalhos avançados nessa área como se tem no Brasil”.
REPRODUÇÃO HUMANA
Laila começou seus trabalhos com reprodução humana na empresa Fertility Institute of Hawai‘i, onde atua até hoje. A oportunidade de trabalho surgiu quando ela foi até a clínica para realizar um tratamento.
“Eles viram que eu era embriologista e a gente começou a conversar sobre isso. Daí me chamaram para uma entrevista e acabei conseguindo o emprego, mesmo sem me candidatar para a vaga”.
Segundo Laila, nos Estados Unidos não existem impedimentos para que um zootecnista atue na área de reprodução humana.
“Com o tempo eu entendi que aqui nos EUA eles não tem distinção se você é da área animal, ou da biologia, e não pode trabalhar com reprodução humana. Pelo contrário, eles preferem que seja assim até, porque você já vem com uma bagagem, uma experiência, principalmente na área de pesquisa”.
A sua formação em zootecnia e sua experiência de mercado de trabalho foram o que habilitou Laila para este campo de atuação, que pode vir a ser mais explorado por zootecnistas frente ao exemplo da profissional.
“Eu fiz a faculdade na PUC, mestrado em Portugal, e o restante da minha experiência veio com os treinamentos em laboratório. Em cada laboratório que você é contratado, você obrigatoriamente precisa fazer um treinamento para poder aprender o protocolo específico deles, para daí sim você ser considerada uma embriologista sênior. Independente da sua formação e especialização”.
Para ela, os cursos de zootecnia no Brasil precisam explorar mais o campo de laboratório para os estudantes. Na sua opinião, atualmente, os profissionais são muito induzidos a trabalharem no campo.
“Eu acho que os zootecnistas podem sim trabalhar na área de reprodução humana. Quando a gente faz o curso, a gente faz matéria de biologia, química, laboratório… então eu acho que pode sim. Quando fiz mestrado, eu não via essa diferença e nenhum impasse para zootecnistas para trabalhar com reprodução. Nunca notei nenhuma distinção ou competição com área correlatas como acontece no Brasil como engenheiros agrônomos, médicos veterinários e zootecnistas. Hoje em dia isso já deveria ser coisa do passado”.
………………………….
O POPULAR
Fim da fila de espera
CÓRNEAS Estado zera a fila para transplantes e passa a enviar unidades extras para outros locais do Brasil. Espera já chegou a ser de mais de um ano e ter mais 1 mil pessoas aguardando
A fila de espera para transplantes de córnea em Goiás foi zerada na última semana, atingindo um patamar histórico para o Estado que já chegou a ter, no passado, mais de 1 mil pessoas esperando pela doação e realização da cirurgia. Só este ano, entre janeiro e setembro, conforme dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (AB-TO), foram realizados 809 transplantes de córnea em Goiás, número 38,7% maior que o referente ao mesmo período de 2016. Com a fila zerada, o Estado passa agora a ajudar outros locais do Brasil, enviando unidades para pacientes que estão na fila, quando necessário.
O presidente da Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog), Zander Campos da Silva, conta que já possível enviar córneas para cirurgias em estadas, como Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro, Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. "Fizemos uma estratégia especial para aumentar a captação de córneas em Goiás. Há três anos, conseguíamos em média de 20 a 25 córneas por mês. Depois, passamos para 50, em seguida para 75 e 80 e, há um ano e meio, chegamos a captar de 100 a 120 córneas por mês", conta Zander. Na última sexta-feira, por exemplo, havia quatro unidades disponíveis para envio.
Goiás tomou-se referência nacional em oftalmologia. Não raro, pacientes de outras estados recorrem ao atendimento oferecido aqui. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a aposentada Maria Alice Marinho, de 76 anos. Natural de Araguatins (TO), ela chegou a tratar a catarata em uma clínica de Imperatriz (MA). Com o surgimento de complicações e o risco de perder a visão,ela acabou optando por vir a Goiáse, em abril, entrou na fila de espera por um transplante de córneas. Cinco meses depois, em setembro, ela conseguiu fazer a cirurgia e hoje está em repouso na casa de um sobrinha, no Parque Atheneu, região leste da capital.
"Eu achei que fosse esperar muito mais tempo ou que fosse conseguir só no ano que vem. Eu estou muito feliz, felicíssima", diz. A espera em Goiás já chegou, de fato, a ser longa. Zander conta que já teve casos de pessoas que ficaram um ano e meio aguardando pelo surgimento de uma córnea. Em muito, o fim da fila está associado à presença de equipes da Fubog em mais locais. Hoje, elas estão no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, Catalão e Anápolis e também nos seguintes hospitais: Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e Hospital Santa Casa de Misericórdia.
A presença dessas equipes 24 horas nesses locais é vista como essencial para garantir a captação e qualidade das córneas. Zander explica que, após a morte, a córnea precisa ser retirada em, no máximo, até 6 horas. Caso contrário, ela perde as condições para assegurar um transplante eficaz. "Tem de estar lá na hora. A abordagem dos familiares sempre é muito delicada, mas os profissionais são tecnicamente preparados por psicólogos. E uma equipe altamente gabaritada não só para conscientizar como também para fazer a enucleação ocular", pontua.
Em setembro do ano passado, Goiás linha 596 pessoas na fila de espera para transplante de córnea, sendo 40 crianças. Um ano depois, em setembro deste ano, o número caiu para 82 pessoas (15 crianças), e chegando a zero na quinta-feira (23).
……………………..
Expectativa menor terá impacto nos repasses
O superintendente Gestão, Planejamento e Finanças da SES-GO, Lucas Paula da Silva, afirma que existe uma possibilidade de redução no repasse de verbas para o Centro Estadual de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq), em Aparecida de Goiânia, a partir do momento em que as metas passarem também por uma redução de expectativa. Mas afirma que estas reduções não são proporcionais.
O superintendente explica que o custo da unidade não é exatamente com um serviço específico, uma vez que existem profissionais que precisam ser pagos e insumos que já são adquiridos. "Se o Credeq hoje não atendesse nenhum paciente, existe um custo mínimo de manter a unidade. Se reduzir 10% das saídas eu não vou reduziu 10% no valor do repasse", disse.
De acordo com o superintendente, as metas são o referencial buscado. "Pode ir além ou ficar aquém, por diversos outros fatores", afirmou. Silva frisou que em todos os casos de variação há o ajuste financeiro, para mais ou para menos, buscando o equilíbrio.
Em edição do último domingo, ü POPULAR mostrou que de 16 unidades, sete não atingiram as metas contratuais, conforme relatório. A explicação oficial é que o relatório é um diagnóstico utilizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) para realizar estudo e decidir ações.
A secretaria está, nesse momento, fazendo esse trabalho. Ao final, ficará decidido se haverá redução ou aumento de metas, com consequência nos repasses. O superintendente pontuou ainda que é preciso observar os motivos do não atingimento das metas. Se houve infração, é o caso de punição. Mas se for por valores externos, configura em ajuste financeiro.
……………………………
EXTRA ONLINE
Não há risco de proibição de abertura de novos cursos além de Medicina, diz ministro
BRASÍLIA – Depois de pleitear ao presidente Michel Temer a paralisação na abertura de novos cursos de Medicina por cinco anos, o ministro da Educação , Mendonça Filho, afirmou que não há risco a outros cursos. Nesta quinta-feira, Mendonça defendeu a proposta e disse que ela está em fase final de análise, que cabe a Temer.
– Não há risco de que outros cursos sofram medida semelhante que foi tomada, ou que possivelmente será tomada – declarou, emendando: – Um médico, se for mal preparado, vai comprometer a vida de pessoas – disse, argumentando que deve ser feito uma avaliação técnica entre o aumento da oferta de cursos de medicina e a qualidade do serviço prestado.
Na semana passada, o ministro confirmou que propôs a Temer a proibição a novos cursos de medicina por cinco anos. O MEC alega que o pleito é da própria categoria médica e visa a preservar a qualidade do ensino. A pasta também diz ter levado em conta dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam que o Brasil já atingiu metas na relação alunos e vagas, de cerca de 11 mil ao ano.
Enquanto a abertura dos novos cursos estiver suspensa, caso a medida prospere, o MEC pretende fazer estudos sobre a formação médica no país com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Se Temer aprovar a proposta, só serão afetados novos editais.
………….
DIÁRIO DA MANHÃ
Câmara aprimora cobrança de ISS prestado na Capital
Após articulação do secretário de Fianças, Alessandra Melo, a Câmara Municipal de Goiânia aprovou mudanças no Código Tributário do Município, incluindo novas categorias para a cobrança de lmposto Sobre Serviço (ISS) e adequando a legislação para as novas tecnologias, como aplicativos de transporte.
A principal mudança na cobrança do ISS é que agora passará a ser feita "na fonte": serviço de cartão de crédito e débito, planos de saúde. leasing e franquias, serão tributados no endereço do local de tomada da prestação do serviço e não mais no município da sede da empresa, como é atualmente.
Segundo o projeto, ficam obrigados a pagar ISS serviços de armazenamento e hospedagem de dados de sites. de confecção de áudios e vídeos, composição gráfica, criadoras de programas computacionais, aplicação de tatuagens, piercings, translado e cremação de corpos, guincho, serviço de reflorestamento. plantio e adubação.
O projeto, de autoria do Paço Municipal, recebeu quatro emendas, que foram aprovadas pelo vereadores junto ao texto original. Dentre elas, de autoria do vereador Vinícius Cirqueira (Pros). prevê que a modalidade de transporte individual que utiliza plataformas digitais, como Uber, 99Pop, e EasyTaxi, também deverão pagar ISS.
O vereador Anselmo Vieira (PSDB), propôs a inclusão de débitos advindos de taxas e tributos de contribuintes com valores de até R$ 500,00 na divida ativa do Município. Também institui teto de R$ 1.426,00, para ajuizamento das ações de execuções fiscais na Fazenda Municipal.
"Prefeitura vai economizar nas taxas dos cartórios desafogando o judiciário em mais de 40 mil ações com esses valores. A medida vai beneficiar devedores não só do ISS. mas também do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), do Imposto Territorial Urbano (ITU). do Imposto Sobre Transmissão de Imóveis (ISTI) e outros", defendeu o tucano.
Emenda do vereador Cabo Senna (PRP) deverá ser vetada por querer vincular os recursos provenientes da receita do ISS para projetos das emendas impositivas apresentadas pelos vereadores. A constituição veda no ar. 167, IV. a possibilidade de elemento finalístico dos impostos.
Paulo Magalhães (PSD) retirou a redução do tributo das construtoras e empresas que operam o transporte municipal. Tais contribuintes têm o ISS reduzido de 0.1% a 2%, enquanto os demais precisam pagar a alíquota de 5%. Pela nova proposta essas categorias somente lerão redução do imposto após aprovação de lei pela Câmara Municipal de Goiânia.
……………….
Artigo – Higiene hospitalar: uma das frentes de prevenção ao controle de infecções
Tão importante quanto oferecer um bom atendimento, as unidades de saúde devem se preocupar em manter seus ambientes limpos e livres de contaminação, efetuando uma limpeza hospitalar constante e eficaz. A higiene hospitalar tem por finalidade preparar o ambiente de saúde para suas atividades, mantê-lo em ordem e conservar equipamentos e instalações.
A Higiene Hospitalar é uma coadjuvante, porém essencial, na gestão de riscos, apoiando setores, contribuindo fiara que as outras equipes possam executar um atendimento cm um ambiente livre ou com o mínimo de microrganismos que podem desenvolver uma infecção relacionada à assistência à saúde.
A Hotelaria Hospitalar une todos os serviços de apoio assistencial, e traz. uma nova proposta de trabalho, baseada em conforto, qualidade e cuidado para com os pacientes e familiares. Além desta nova metodologia de trabalho implantada nos principais hospitais, uma das frentes da Higienização e Hotelaria Hospitalar é a prevenção e controle de infecção.
Com produtos e equipamentos específicos, o serviço de higiene consegue reduzir a carga microbiana, além de transmitir a sensação de conforto em um ambiente limpo. O relacionamento entre a área de hotelaria hospitalar com o serviço de controle de infecção relacionada à assistência à saúde resulta em métodos de trabalho mais adequados e resolutivos.
No Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, o serviço de Hotelaria e Higienização Hospitalar foi instituído em 2012. Com a Hotelaria. o serviço de higienização foi sistematizado, seguindo orientações básicas de técnicas nas limpezas, como por exemplo: de cima fiara baixo, da esquerda para a direita. do mais distante para o mais próximo, de dentro para fora. de trás para frente. Estes princípios básicos são necessários para impedir que um agente microbiano não seja transportado de um local mais contaminado para um local menos contaminado.
Todas essas medidas são tomadas diariamente no HGG com o intuito sempre de proporcionar mais qualidade aos pacientes do SUS. O reflexo da higienização vem com a satisfação dos usuários, com avaliação positiva acima de 90% quanto á limpeza da unidade. Para nós, um hospital limpo e cheiroso é um ambiente mais seguro e acolhedor para os pacientes, colaboradores e visitantes.
(Karollyne Moral Gil, gerente de Hotelaria do Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG)
…………………………..
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação