Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/09/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Mãe diz que jovem se matou devido a alucinações causadas por sibutramina
• Cremego e entidades médicas fazem "Manifestação em Favor dos Transplantes"
• Dilma envia ao Congresso proposta de nova CPMF
• Mãe culpa remédio para emagrecer por morte da filha
• Conselho federal abranda normas
• Artigo – Estresse à flor da pele
• OMS: Suicídio já mata mais jovens que o HIV em todo o mundo


TV ANHANGUERA/ GOIÁS

Mãe diz que jovem se matou devido a alucinações causadas por sibutramina
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/mae-diz-que-jovem-se-matou-devido-a-alucinacoes-causadas-por-sibutramina/4485784/
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O HOJE

Cremego e entidades médicas fazem "Manifestação em Favor dos Transplantes"

Ação faz parte da programação da campanha nacional “Setembro Verde”

Os representantes de entidades médicas (Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos, Associação Médica, Associação de Hospitais), de planos de saúde e Central de Transplantes do Estado de Goiás realizaram nesta terça-feira (22) uma "Manifestação em Favor dos Transplantes" na sede Cremego, no Setor Bueno, em Goiânia. Durante o manifesto os representantes assinaram um termo se comprometendo a dar continuidade à ação de modo com que ela se torne permanente por meio de campanhas educativas.
A ação faz parte da programação da campanha “Setembro Verde”, realizada durante todo esse mês com o objetivo de orientar e conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos e de chamar a atenção dos médicos e das autoridades para a necessidade de ampliação da rede de transplantes no Estado.
Doação de Órgãos

No próximo dia 27 de setembro é comemorada o Dia Nacional da Doação de Órgãos e os rins são os mais aguardados na fila de espera: de 32 mil no total, 19,2 mil esperam um rim. No primeiro semestre deste ano, desde 2007, houve uma diminuição na taxa de potenciais doadores, de doadores efetivos e no número de transplantes de rim, fígado e pâncreas em relação ao ano anterior, segundo relatório da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) do período. A recusa familiar à doação ainda continua altíssima (44%) e é a principal barreira para efetivar a doação na maioria dos estados brasileiros

Nos transplantes renais, houve queda de 6,3% comparada a 2014, sendo essa diminuição de 2,6% com doador falecido e de 16,8% com doador vivo. Essa é a menor taxa dos últimos 15 anos, muito abaixo da meta. Dos 3.770 transplantes realizados de janeiro a junho de 2015, quase 70,7% foram de rim (2.664). Atualmente, existem cerca de 100 mil pacientes em diálise no Brasil. 
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AGÊNCIA BRASIL

Dilma envia ao Congresso proposta de nova CPMF
Presidente encaminha texto sem certezas sobre aprovação e apostando em articulação com governadores
  
A presidente Dilma Rousseff encaminhou ontem ao Congresso Nacional a proposta de emenda à Constituição que cria uma nova contribuição semelhante à antiga CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. Pelo texto, a cobrança permanecerá, caso aprovada, até 31 de dezembro de 2019.
Anunciada na semana passada, a medida faz parte do pacote fiscal que busca reequilibrar as contas de 2016. Em agosto, o governo apresentou proposta orçamentária com déficit de R$ 30,5 bilhões. Após o anúncio do pacote, a previsão da equipe econômica é que o governo conseguirá atingir o superávit previsto para o ano que vem, de 0,7% do PIB.
Somente com a CPMF, o governo pretende arrecadar R$ 32 bilhões em 2016, a serem utilizados para cobrir o déficit da Previdência Social. Como contribuição para a saúde, o imposto era cobrado até 31 de dezembro de 2007, ano em que o governo tentou aprovar a sua prorrogação, porém sem sucesso. Caso as medidas sejam aprovadas pelos parlamentares, o esforço total será de R$ 64,9 bilhões.
O despacho presidencial foi divulgado em edição extra do Diário Oficial da União, mas o texto não foi divulgado. Quando anunciou a medida, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a contribuição teria a alíquota de 0,2% e não duraria “mais do que quatro anos”.
Imposto de Renda
O governo enviou também ao Congresso uma medida provisória que aumenta a alíquota do Imposto de Renda Pessoa Física sobre ganho de capital referente à venda de bens acima de R$ 1 milhão.
Outro item do pacote fiscal encaminhado ao Congresso foi o projeto de lei que disciplina a implementação do teto do funcionalismo público. Com a medida, o governo pretende conseguir uma redução de gastos de R$ 800 milhões.
A presidenta Dilma Rousseff enviou também o texto da Proposta de Emenda à Constituição que elimina o abono de permanência, concedido aos servidores que atingem as condições de aposentadoria, mas continuam a trabalhar. O governo estimou uma redução de R$ 1,2 bilhão na despesa obrigatória com a eliminação do abono.
De acordo com os dados do Ministério do Planejamento, há 101 mil servidores nessa condição no Executivo Federal, com previsão de mais 123 mil nos próximos cinco anos. O Ministério da Fazenda informou que a alíquota proposta de 0,2% será cobrada até 31 de dezembro de 2019, e deve entrar em vigor quatro meses após a aprovação pelo Congresso.
Oposição
Ao comentar o pacote de medidas, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), previu que a matéria terá "uma longa tramitação". "O governo enviou a proposta da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para começar a tramitar na Câmara, tem uma longa tramitação. E eu acho difícil, pouco provável que passe", afirmou.
Cunha reforçou sua posição contrária à criação do imposto e disse que a chance de a votação acontecer neste ano "é zero". "Da mesma forma que sou contrário a derrubar o veto (do aumento do reajuste do Judiciário), não é criar imposto que vai resolver", disse. (ABr) 
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O POPULAR
Mãe culpa remédio para emagrecer por morte da filha
“Perdi minha filha para a sibutramina”, disse em mensagem postada nas redes sociais.

Um depoimento comovente de uma mãe ganhou ampla repercussão nas redes sociais. Em mensagem postada no último domingo (20), Beatriz Martins tornou público o drama que viveu com a filha Carolina Martins Moura. A jovem morreu na última semana, em Uberaba (MG), após se jogar do 10° andar do prédio em que morava com a avó. De acordo com o relato da mãe, a jovem se matou após sofrer alucinações devido a uma alta dosagem que havia tomado um dia antes de sibutramina, remédio utilizado para emagrecer.
Segundo Beatriz, esta não era a primeira vez que Carolina fazia uso do medicamento. Anos antes, ela havia tomado o remédio, mas relatou para a mãe que não se sentia bem, além de possuir outros problemas de saúde que a impediam de continuar com o tratamento. Sem que a família soubesse, Carolina retomou o uso da sibutramina, ingerindo uma grande quantidade no dia anterior de sua morte. Mesmo procurando ajuda médica, ela não teve mais como fazer lavagem estomacal.
Após ser liberada do hospital, ligou para a mãe, que mora em Goiânia, às 5 da manhã com alucinações. Segundo Beatriz, a filha afirmava que ouvia alguém conversando na sala de sua casa. A família saiu de Goiânia rumo a Uberaba, mas não conseguiu chegar a tempo de evitar que Carolina se matasse. Para conscientizar a todos dos riscos do medicamento, Beatriz postou toda a história em seu Facebook. Confira o relato completo:

Perdi minha filha para a sibutramina
Quem conhecia a Carol sabe que ela era o sinônimo de festa e amigos. Não somente a festa de balada, era festa quando chegava em qualquer lugar trazendo sua alegria contagiante. Toda essa alegria hoje ficou na saudade de todos que a conheceram. Como ela tinha amigos! São vários amigos e ela adorava todos e se preocupava com seus problemas. Sofria quando via o próximo precisando de algo e não podia fazer nada, mas ela sempre procurava uma solução, ia atrás e quase sempre resolvia. Ela era cheia de vida, e planos, não parava um segundo.
Infelizmente tudo isto não bastou para ela. Ela não estava satisfeita com seu corpo, que como carinhosamente disse o amigo do meu filho “era cheio de curvas”, ela se achava sempre acima do peso e começava as metas de perder peso: academia, comer menos, etc. Anos atrás, ela usou medicamento para emagrecer, viu que não fez bem, veio até mim e se abriu. Ela não podia fazer uso desse tipo de remédio, pois tinha pressão alta, então desistiu, pois viu que não estava fazendo bem. Fiquei tranqüila e achei que ela nunca mais fosse fazer uso deste veneno.
Infelizmente, não sei o porquê ela voltou a tomar… Não sei precisar quando, mas pelo menos há 1 semana antes de sua morte fatal de acordo com os relatos que me contaram . Notei ao falar com ela ao telefone que ela estava um pouco agressiva na terça-feira, mas como ela tinha uns rompantes de mau humor pensei: “Hoje quem passar na frente da Carol vai levar uma tacada”. Respeitei seu mau humor naquele dia como se fosse um ato normal, mas não, já eram os efeitos da sibutramina e nem desconfiei. Os efeitos colaterais deste medicamento nela foram fatais: mau humor, alucinações e creio que depressão pois ela fez uso abusivo um dia antes de sua morte e como procurou socorro muito tarde não foi possível fazer a lavagem, somente aplicação de soro para rehidratar o organismo, ela foi liberada pelo hospital para ir para casa.
Então ela me ligou às 5 da manhã com alucinações, naquele momento eu não podia fazer nada, pois estava em Goiânia e ela em Uberaba, disse a ela para fazer uma oração com a sua avó, ela tinha uma certa mediunidade que ela não gostava, tinha medo de desenvolver. Liguei novamente às 6 e perguntei como ela estava , falou que tinha acordado a avó mas que ainda estava ouvindo alguém conversar na sala… Seu tio foi lá vê-la e como era médico viu que ela estava sob efeito de medicamento e pressionando-a, ela contou o que havia acontecido no dia anterior. Seu tio orientou que ela tomasse bastante líquido e que alguém ficasse com ela. Ligou para meu marido e pediu que nós a buscássemos em Uberaba porque ela estava precisando de ajuda. Infelizmente não chegamos a tempo de impedir que ela cometesse o ato fatal.
Tenho certeza que ela não queria partir, era cheia de vida e planos futuros, estava muito feliz em Uberaba e falava isso para todos de coração aberto. Estava decorando seu quarto na casa da avó que a acolheu com o carinho e zelo de sempre. Tenho certeza no meu coração que se ela não estivesse sob efeito da sibutramina nada disso estaria sendo vivido hoje. Ela não tomaria o excesso de comprimidos que tomou e nem teria perdido a vida num rompante de alucinação.
Agora a pergunta que fica: COMO ELA CONSEGUIU ESTE MEDICAMENTO??? Tenho certeza que não foi prescrição médica, pois o histórico de saúde dela não permitiria o uso. Fica um alerta aqui a todos que fazem uso indiscriminado deste medicamento, a todos que vendem na internet “o restinho que sobrou“, e aos laboratórios milagrosos que os vendem no mercado negro.
É a cultura da magreza, do corpo perfeito que predomina no nosso país. O limite da perca de peso tem que ser natural, nosso organismo tem um limite e todos temos uma estrutura óssea pré-definida.
Quanta loucura tudo isso! O que me dói é ver a vida da minha filha ceifada desta forma, se ela não tivesse conseguido este medicamento sei que ela estaria comigo aqui no dia 12 de outubro como havia programado. Por isso meu coração não está confuso, está dolorido, dilacerado de saudade e amor, mas estou certa de que nada faltou para a Carol neste breve tempo que ficou conosco, não carrego a culpa de dizer: “o que deixei de fazer por ela?”, pois fiz tudo que sempre esteve ao meu alcance e ela sabe disso, éramos não somente mãe e filha, mas infinitamente amigas. SAUDADES ETERNAS…
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Conselho federal abranda normas

São Paulo – O Conselho Federal de Medicina (CFM) tornou menos rígidas as normas para reprodução assistida de mulheres com mais de 50 anos. A resolução anunciada ontem atualiza normas estabelecidas há dois anos e também cria regras que facilitam a gestação compartilhada entre casais formados por mulheres.
Pela nova regra, o procedimento será permitido às mulheres mais velhas quando houver autorização do médico responsável e forem oferecidas as devidas informações sobre os riscos da gestação. Anteriormente, os profissionais não tinham essa autonomia e os casos precisavam obrigatoriamente ser avalizados pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).
A idade máxima de 50 anos para as mulheres se submeterem à reprodução assistida foi estabelecida pela primeira vez em 2013. Na época, o conselho nacional justificou a determinação da idade com base nos riscos de hipertensão, diabete e partos prematuros. “Toda mulher tem a sua autonomia e o médico tem de fazer a avaliação. Se esta gravidez for arriscada, ele vai assumir a responsabilidade sobre qualquer dissabor.”, explica o coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM, José Hiran Gallo.
Para Newton Busso, presidente da comissão nacional especializada em reprodução humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a mudança deixou a resolução mais próxima da realidade.
Casais gays
O documento também deixou as regras para o uso do procedimento em casais gays formados por mulheres mais claras. Elas podem fazer a gestação compartilhada, quando uma mulher pode receber o embrião gerado com base na fertilização do óvulo da parceira. Sobre a doação de espermatozoides e de óvulos, o texto define que somente a primeira opção é permitida.

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Estresse à flor da pele

Hoje, Dia Nacional de Combate ao Estresse, é uma data que convida à reflexão sobre a qualidade de vida que temos e para descobrir até que ponto a tensão e a correria do cotidiano afetam nossa saúde. O estresse faz parte da vida e um pouco dele é até saudável, pois nos prepara para reagir a uma situação difícil. O problema é quando ele não diminui, tornando-se frequente.
Conforme pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Robert Half, o brasileiro é o profissional mais estressado do mundo pelo excesso de trabalho, pressão por resultados e pela a falta de reconhecimento. A pesquisa foi feita em 13 países, com diretores de grandes empresas. No Brasil, 42% dos entrevistados afirmaram que os funcionários têm estresse e ansiedade, muito acima da média mundial (11%).
O Ministério da Previdência confirma o problema: desde 2010 houve um aumento de 41,9% no número de afastamentos causados por estresse grave e dificuldade de adaptação. Dores de cabeça, dores musculares e problemas gástricos são alguns indicativos do estresse. No entanto, também é preciso observar com atenção os problemas dermatológicos, pois a pele está diretamente ligada ao sistema nervoso.
A pele é um órgão originário do mesmo folheto embrionário (uma camada primitiva de células) que o sistema nervoso central. Quando a pessoa se estressa, determinadas áreas do cérebro são modificadas e desencadeiam alterações hormonais. A partir daí aparecem os sintomas. O estresse crônico propicia doenças como dermatites, psoríase, vitiligo, herpes, queda de cabelo, hiperidrose e até mesmo a acne.
Estimativas do Departamento de Psicodermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) dão conta de que cerca de dois terços dos problemas de pele têm algum componente ligado ao estresse. Por isso, o paciente não precisa estranhar caso o médico peça informações sobre sua vida emocional. Uma boa avaliação médica clínica, apoiada se necessário por exames complementares, pode indicar que também é preciso utilizar recursos de tratamento no aspecto psiquiátrico ou psicológico, o que ajuda a obter melhores resultados na cura de uma determinada doença cutânea.
Felizmente a medicina tem evoluído muito e hoje há tratamentos eficazes para os problemas dermatológicos ocasionados ou agravados pelo estresse. O que se percebe é que não basta que o paciente faça uso dos tratamentos prescritos para tratar os sintomas físicos do estresse. É preciso aprender a controlar a ansiedade e cuidar da saúde. Exercícios de respiração ou corporais, meditação e ouvir música são algumas maneiras de administrar as emoções e relaxar. Já os hábitos de comer frutas e legumes, praticar exercícios físicos e ter boas horas de sono proporcionam combustível ao organismo para enfrentar o estresse diário. Por mais difícil que pareça, temos de transformar em filosofia de vida os versos do Walter Franco: “Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”.

Juliana Salgado é dermatologista
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BBC BRASIL

OMS: Suicídio já mata mais jovens que o HIV em todo o mundo
Valeria PerassoRepórter especial do Serviço Mundial

Seis, para ser mais preciso. A mais recente tentativa foi no ano passado.
"Sei que foi muito difícil para minha família", contou Ball ao programa de rádioNewsbeat, da BBC, voltado para o público jovem.
'Gatilhos'
Gabbi Dix sabia que sua única filha, Izzy, estava sofrendo com a chegada da adolescência, mas não imaginou que o suicídio rondasse seus pensamentos.
"Acho que nunca vou conseguir superar isso", conta a mãe da adolescente de 14 anos, que em 2012 deu fim à própria vida, numa cidade costeira do sul da Inglaterra.
Para muitos especialistas, o suicídio juvenil tem contornos epidêmicos. E, para a Organização Mundial de Saúde, precisa "deixar de ser tabu": segundo estatísticas do órgão, tirar a própria vida já é a segunda principal causa da morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade – ainda que, estatisticamente, pessoas com mais de 70 anos sejam mais propensas a cometer suicídio.
No Brasil, o índice de suicídios na faixa dos 15 a 29 anos é de 6,9 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa relativamente baixa se comparada aos países que lideram o ranking – Índia, Zimbábue e Cazaquistão, por exemplo, têm mais de 30 casos. O país é o 12º na lista de países latino-americanos com mais mortes neste segmento.
"O suicídio é um assunto complexo. Normalmente, não existe uma razão única que faz alguém decidir se matar. E o suicídio juvenil é ainda menos estudado e compreendido", diz Ruth Sunderland, diretora do ramo britânico da ONG Samaritanos, que se especializa na prevenção de suicídios.
De acordo com a OMS, 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. E para cada caso fatal há pelo menos outras 20 tentativas fracassadas.
"Para a faixa etária de 15 a 29 anos, apenas acidentes de trânsito matam mais. E se você analisar as diferenças de gênero, o suicídio é a causa primária de mortes para mulheres neste grupo", diz à BBC Alexandra Fleischmann, especialista da OMS.
Diferenças
O Brasil, neste ponto, passa pelo fenômeno oposto: índice de suicídios nesta faixa etária para mulheres é de 2,6 por 100 mil pessoas, mas a taxa salta para de 10,7 entre a população masculina. Mas, entre 2010 e 2012, o mais recente período de análise de dados da OMS, o índice feminino cresceu quase 18%.
Em termos globais, uma variação chama atenção: 75% dos suicídios ocorrem em países de média e baixa renda. E as diferenças socioeconômicas parecem ter impacto mais forte entre adolescentes.

Análise de gráficos sobre suicídios mostra picos dramáticos entre a população de 10 a 25 anos em países de baixa renda.
Tais "saltos" não são vistos em sociedades mais afluentes, o que sugere maior risco de suicídio entre populações mais pobres.
Ainda no segmento juvenil, a OMS diz que mais homens cometem suicídio que mulheres.
"A masculinidade e as expectativas sociais são os principais motivos para essa diferença", explica Fleischmann.
Mas essa diferença entre os gêneros é menor em países mais pobres, onde mulheres e jovens adultos estão particularmente vulneráveis.
Em países mais ricos, homens se matam três vezes mais que mulheres, mas em países de média e baixa renda, a relação cai pela metade.
A intensidade também tem variações regionais.
Para especialistas, suicídios são mais do que fatalidades. Pesquisas acadêmicas revelam que pelo menos 90% dos adolescentes que se matam têm algum tipo de problema mental. Eles variam da depressão – a principal causa para suicídios neste grupo – e passam por ansiedade, violência ou vício em drogas.

O que mata mais os jovens?
1,3 milhão
de jovens morrem no mundo anualmente, vítimas de causas evitáveis ou tratáveis
1. Trânsito: Acidentes são a principal causa de morte – 11,6% do total
2. Suicídio fica em segundo, responsável por 7,3% das mortes
3. HIV/Aids e infecções respiratórias
4. Violência: O Brasil é o 6º país do mundo com mais homicídios em que vítimas são jovens
OMS, CDC, UNICEF / 2012

Mas há "gatilhos" que podem ser sutis como mudanças no ambiente familiar ou escolar, passando por crises de identidade sexual.
Por isso, os especialistas recomendam prestar atenção nos sinais iniciais. E, não por acaso, a mais recente campanha dos Samaritanos foi dirigida a estudantes britânicos iniciando o período letivo nas universidades.
Também recomenda-se atenção a questões com o bullying, incluindo suas manifestações pela internet. Especialistas também argumentam que o sensacionalismo na mídia pode encorajar imitações.
"Neste caso, um efeito positivo inverso seria encorajar as pessoas a procurar ajuda", argumenta Sutherland.
Grupos envolvidos com a questão também argumentam que o suicídio deveria se tornar uma questão de saúde pública. No entanto, apenas 28 países têm estratégias nacionais de prevenção.
"A Finlândia, por exemplo, em uma década viu seus índices caírem 30%", conta Fleischmann.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

O Sindicato:

Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás
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