Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 24/03/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Atendimento básico lota HMI
• Vacina contra dengue poderá ser lançada este ano
• Direito e Justiça – Cirurgia malsucedida
• Artigo – Que país é esse?
• Segmento de planos de saúde é primeiro colocado em reclamações do Idec


O POPULAR
Atendimento básico lota HMI

Cristiane Lima
Sala de espera lotada. Filas com mais de cinco horas para atendimento. Crianças chorando e mães irritadas ou chateadas. Esse era o retrato da recepção do Hospital Materno-Infantil (HMI) ontem. A causa para a lotação, segundo a diretora Rita de Cássia Leal, é a procura pelo local para atendimentos básicos, que poderiam ser feitos na rede pré-hospitalar. Já as mães reclamam da falta de pediatras nos Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nega a falta de médicos.
Joana d’Arc de Jesus Matias, de 45 anos, levou a neta de 3 anos ao HMI depois de passar por duas unidades de saúde. “No posto de saúde do Jardim Curitiba me disseram que eu deveria procurar um hospital porque ela parecia grave. Ainda tentei ir ao Cais de Campinas, mas estava lotado. Optei por vir para o Materno porque sei que o atendimento é especializado e melhor”, disse. Mas ela destaca que assim que chegou foi informada de que o atendimento poderia demorar. A dona de casa Caroline Cardoso levou o filho ao local. Mikael, de 4, estava vomitando e com dor de cabeça. “Também fui no Cais, mas optei pelo Materno”, afirma.
A estagiária Deusirene Alves, de 27, levou o filho de nove meses ao HMI. A suspeita é de que a criança esteja com gripe. “Fui ao Cais da Chácara do Governador e o médico nem tocou no meu filho. Receitou dipirona e me mandou pra casa.” Insatisfeita com o atendimento, Deusirene disse que decidiu por conta própria procurar a unidade. Mesmo depois de três horas sentada na recepção do HMI, ela se disse disposta a esperar pelo atendimento. “Já passei pela triagem e ele foi classificado com o verde. Me disseram que tenho de esperar todos os vermelhos e amarelos. E vou esperar”, explica.
Segundo a direção do HMI, a maioria dos casos atendidos em janeiro e fevereiro poderia ter recebido diagnóstico e tratamento nas unidades básicas. Os pacientes são regulados com quatro cores. Os mais graves, como os que apresentam crises convulsivas ou outras doenças recebem o selo vermelho na ficha. Crianças com quadro de diarreia, vômitos e desconforto respiratório recebem o selo amarelo. Se o caso é de gripe, resfriado, dores leves, por exemplo, o selo é verde. Em casos simples, como troca de receita, piolho ou verrugas, o selo é azul (veja quadro).
Em janeiro, 2.310 pacientes atendidos haviam recebido a classificação verde e 1.316 foram classificados como amarelo. Vermelho, apenas 274 casos. Em fevereiro, os casos mais graves representaram apenas 283 registros. Pacientes com quadro considerado média complexidade, com selo amarelo, foram 1.584. Já os de classificação menos severa, com a cor verde, foram 2.774. “O HMI é uma unidade de porta aberta e não recusamos pacientes. Estamos sendo julgados e responsabilizados por atender todos que nos procuram. E considero isso uma grande injustiça”, pontua a diretora Rita Leal.
Reunião
Uma reunião está agendada para ocorrer hoje no auditório do HMI a partir das 10 horas. Devem participar gestores das Secretarias de Saúde do Estado e do Município. O coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Saúde do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), promotor Érico de Pina, foi convidado a participar. Ele informa que já se reuniu com a diretora da unidade de saúde, de quem solicitou relatório sobre os atendimentos. “Com esse levantamento em mãos deveremos buscar alternativas para o problema enfrentado hoje”, afirma.
O promotor acredita que o problema pode ser resolvido, assim como ocorreu com o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). “Mas antes precisamos identificar o que ocorre, de onde vêm esses pacientes e porque eles chegam no HMI sem o atendimento primário”. Uma reunião com os diretores de regulação estadual e municipal será agendada para a próxima semana. “Precisamos rediscutir o sistema de saúde para racionalizar o atendimento em toda a rede”.

Diretor diz que não falta médico nas unidades do município

Diretor de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Sandro Rodrigues afirma que não faltam médicos na rede básica. O problema, segundo ele, decorre de procura ao serviço de urgência para queixa ambulatorial. “Culturalmente, pais procuram a unidade urgência para resolver problemas que seriam melhor atendidos e acompanhados nas unidades de atenção primária à saúde (centros de saúde ou Centros de Saúde da Família).”
Sandro Rodrigues acrescenta que os pais devem procurar essas unidades para ter o primeiro atendimento. “Ali, até 90% dos problemas de saúde podem ser resolvidos”, afirma. O diretor explica que o acompanhamento do paciente na atenção primária permite melhor avaliação de sua condição nutricional, de crescimento e de desenvolvimento entre outros. Ele acrescenta que os centros de saúde e Centros de Saúde da Família estão organizados para realizar o primeiro atendimento às demandas da população.
Casos ditos ambulatoriais como febre, tosse ou diarreia devem ser atendidos nessas unidades básicas. Ele explica que os casos de maior gravidade, como crises graves de asma, convulsão ou traumatismo cranianos devem ser atendidos nos Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais). Atendimento ambulatorial pode ser agendado nos Centros de Saúde da Família com a equipe multiprofissional, disponível para atender essa população. No caso da região não ser coberta pela Estratégia Saúde da Família, os pais devem ligar no Teleconsulta (0800 6461560) e agendar consulta.
Sobre o atendimento a casos graves, o diretor de Regulação, Avaliação e Controle da SMS, Cláudio Tavares informa que, com o fechamento da unidade de terapia pediátrica (UTI) da Santa Casa de Anápolis desde dezembro 2014, houve redução do número de leitos pediátricos para casos graves. A região de Anápolis passou a ser solicitante de internação de urgências em pediatria ao invés de ser um município que poderia atender esses casos. Outra questão refere-se à falta de consolidação da Rede Cegonha em Goiás, que possui etapas a serem implantadas gerando maior disponibilidade de leitos para esses casos. A coordenação desse processo é realizada no Estado pela Secretaria de Estado da Saúde.
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Vacina contra dengue poderá ser lançada este ano

A vacina contra a dengue da Sanofi Pasteur será lançada até o final deste ano ou no início de 2016. O produto está pronto, mas ainda precisa ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), informou a empresa nesta segunda-feira. "Estamos reunindo toda documentação para enviar às agências reguladoras de vários países, inclusive a do Brasil, ainda no primeiro semestre", afirmou Sheila Homsani, do departamento médico da Sanofi.
A empresa vem investindo no desenvolvimento clínico da vacina há 20 anos e destaca que, atualmente, é a que está em estado mais avançado. O Instituto Butantan, de São Paulo, também desenvolve uma vacina contra a dengue, mas os testes estão na segunda fase – a terceira e última fase pode levar três anos. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer antecipar o uso da vacina no Estado de São Paulo, que está à beira de uma epidemia. A terceira fase de testes seria ampliada para atingir um maior número de pessoas. O pedido de antecipação será apresentado à Anvisa.
A Sanofi Pasteur informou que a fase três de testes é fundamental para análise de eficácia da vacina em diferentes contextos epidemiológicos. Um dos estudos, realizado na América Latina, incluindo o Brasil, envolveu mais de 20 mil participantes em cinco países – crianças e adolescentes com idades entre 9 e 16 anos. O estudo mostrou que a vacina reduziu 60,8% dos casos de dengue na população vacinada e foi eficaz contra os quatro sorotipos da doença. Também reduziu em 95,5% os casos graves e em 80,3% o risco de internações.
A vacina da Sanofi deve ser aplicada em três doses, uma a cada seis meses, para dar uma resposta equilibrada para os quatro tipos de vírus. A empresa investiu na construção de uma fábrica próximo de Lyon, na França, com capacidade para produzir 100 milhões de doses por ano. O custo da vacina ainda não foi dimensionado. Até esta segunda, a empresa não havia sido procurada por órgãos do governo estadual e federal para apresentar sua vacina.
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Direito e Justiça – Cirurgia malsucedida – Em decisão monocrática, o desembargador Amaral Wilson de Oliveira condenou um médico a pagar indenização (danos morais) de R$ 12 mil à paciente que se submeteu a uma cirurgia de laqueadura das trompas.

Aborto – Oliveira entendeu que o médico não orientou a paciente sobre uma possível reversão da laqueadura como método contraceptivo. O médico receitou um remédio que teria provocado aborto.
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Artigo – Que país é esse?
O dia 24 de março é marcado em todo o mundo como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. A data faz referência ao descobrimento do bacilo causador da doença, em 1882, pelo médico alemão Robert Koch. O Brasil está entre os 22 países do mundo responsáveis por 80% dos casos e apesar de existirem medidas de prevenção e tratamento ainda morrem quase 5 mil pessoas todo ano no País pela doença.
Embora tenha sido descoberta há 133 anos, os desafios ainda são grandes. Há quase um ano, o Ministério da Saúde vem discutindo alternativas para a falta do teste utilizado para detectar a infecção pelo bacilo da tuberculose em grande parte dos postos de saúde e hospitais públicos do País: o chamado teste tuberculínico, também conhecido como PPD, padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1951. Mesmo com todas as limitações, ainda tem sua utilização recomendada para o diagnóstico da infecção pela tuberculose. A falta desse teste no atendimento a pacientes de risco para desenvolver a doença tem sido um grande desafio para os profissionais de saúde no enfrentamento da tuberculose.
Não obstante problemas para identificar possíveis infectados pelo bacilo, nos últimos dias a tuberculose voltou a ser notícia nos jornais, dessa vez pela falta da vacina. Utilizada pela primeira vez em 1921, a vacina BCG é fundamental na proteção contras as formas mais graves de tuberculose, como a meningite por tuberculose e a tuberculose disseminada. Essa vacina faz parte do Programa Nacional de Vacinação e é obrigatória, devendo ser aplicada no primeiro mês de vida. Segundo o Ministério da Saúde, os laboratórios que produzem a vacina passaram por reforma para melhorar a qualidade e as entregas estão atrasadas.
Mas onde está o planejamento do Ministério da Saúde? Onde está a responsabilidade dos gestores para lidar com a vida das pessoas? Uma questão tão básica como esta de fazer uma programação para distribuição da Vacina BCG ou teste para detectar a infecção, ambos com mais de 50 anos de utilização, serem alterados ou paralisados por reforma estrutural ou falta de produção, sinaliza para uma negligência perante a saúde pública.
“Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.” Essa foi a emblemática frase de Renato Russo que pode ficar na cabeça daqueles pais que tiverem seus filhos com meningite por tuberculose e sequelas pelo resto da vida porque o cronograma de distribuição das vacinas foi alternado pelo Ministério da Saúde. Que país esse?
Marcelo Fouad Rabahi é professor titular da Faculdade de Medicina da UFG, diretor de ensino e pesquisa do Hospital Alberto Rassi (HGG)
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SAÚDE WEB 365

Segmento de planos de saúde é primeiro colocado em reclamações do Idec

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) publicou dois dados que preocupam o setor de planos de saúde. Segundo eles, o segmento mantém a liderança nos atendimentos feitos no local, indicando que as queixas sobre planos de saúde são campeãs de insatisfação entre os associados.
Apesar do baixo resultado, o número saiu em relação a 2013, de 26,66% para 19,83%. Entre as reclamações mais frequentes, temos reajustes abusivos e negativa de cobertura. O setor está à frente de serviços financeiros e telecomunicações.
Além da reclamação dos consumidores, os planos de saúde ainda são alvos de críticas, pois não realizaram ressarcimentos devidos ao SUS. Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), dos R$1,6 bilhão cobrados pelo órgão, apenas 37% (ceca de R$621 milhões) foram pagos.
O ressarcimento ao Sistema Único de Saúde ocorre de acordo com a Lei de Planos de Saúde, que preconiza que operadoras devem ressarcir os serviços de saúde prestados aos seus clientes por instituições integrantes do SUS.
“As pessoas contratam planos de saúde justamente por buscar uma alternativa ao atendimento do SUS. Quando a operadora recebe do consumidor e não presta o serviço contratado, ela acaba, na prática, vendendo uma vaga no sistema público. Ao não pagar essa dívida, a operadora onera ainda mais o sistema público e, ainda por cima, tem um lucro indevido”, afirma Joana Cruz, advogada do Idec responsável pelo estudo.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

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