Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/03/14


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


SAÚDE WEB
ANS publica selos de qualificação para rede credenciada
Ícones que mostram atributos de prestadores de serviço serão informados pelas empresas e publicadas pela ANS
Desde sexta-feira (21) todas as operadoras de planos de saúde estão obrigadas à divulgar informações sobre a qualificação dos profissionais e estabelecimentos de saúde que fazem parte de suas rede credenciadas. Entre os dados estão especialização de médicos e profissionais ou acreditação de hospitais, por exemplo.
O livro de convênio e a página da operadora na internet deverão ter o ícone relativo a esses atributos nas listas de sua rede prestadora de serviços de saúde. Segundo a ANS, a medida busca ampliar o poder de avaliação e de escolha dos beneficiários, destacar os atributos que diferenciam os prestadores e estimular a adesão destes profissionais e estabelecimentos de saúde a programas de qualificação.
É de responsabilidade das operadoras conferir a veracidade e a procedência das informações fornecidas pelos prestadores de serviços de saúde antes da divulgação. O descumprimento da obrigação no prazo estabelecido poderão render multas de até R$ 35 mil.
A divulgação das informações sobre a rede assistencial deve seguir a padronização estabelecida pela ANS por meio de ícones dos atributos, especificados no anexo da Instrução Normativa nº 52. Os modelos podem ser vistos na página da ANS.
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O POPULAR
Preferência
Se dependesse da vontade do governo, a organização social Agir (Hospital Crer) assumiria a gestão do Hugo 2. Mas ganhará a que apresentar a melhor proposta na licitação prevista para sexta-feira.
No vermelho
A estatal Iquego, que produz medicamentos, fechou seu balanço de 2013 com prejuízo líquido de R$ 13,8 milhões.
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Anápolis
Casal é preso por venda de atestado médico
Paulo Nunes, de Anápolis
O técnico de enfermagem, Wagner Pereira dos Santos, e a dona-de-casa, Fabiana Rosa de Melo, foram presos em flagrante, na praça Cecé Alencar – bairro JK, suspeitos de estarem vendendo receitas e atestados médicos falsos. Para estabelecer o flagrante, o delegado do 6º distrito policial, Manoel Vanderick Filho, valeu-se de duas voluntárias, que se passaram por funcionárias de empresas do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), dizendo que precisavam de atestados médicos para se afastarem do trabalho por cinco dias. O técnico de enfermagem, que teria se identificado como médico, preencheu os atestado, colocando inclusive o número da CID (Classificação Internacional de Doenças). Assim que o técnico de enfermagem recebeu R$ 30 para cada dia de afastamento, a polícia executou a prisão da dupla.
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Saúde
Ameaça de nova doença
Autoridades temem que mosquito da dengue espalhe febre que afeta articulações por até um ano
Malu Longo e Vandré Abreu

O aumento de casos da febre chikungunya na região do Caribe, na América Central, deixou em alerta as autoridades brasileiras de saúde. A doença é provocada pelo mesmo mosquito que causa a dengue, o Aedes aegypti, e também pelo Aedes albopictus, que também se reproduz em água parada e limpa. A previsão é de que a doença avançará e chegará até o Brasil, ameaça agravada pela grande circulação de turistas estrangeiros que devem ser atraídos pela Copa do Mundo. A febre preocupa pelos riscos de que ela oferece de se transformar em epidemia, como já aconteceu com a dengue em vários Estados brasileiros.
Coordenador de Controle de Dengue e Febre Amarela da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Murilo do Carmo Silva, explica que em Goiás já há um alerta sobre a doença mesmo antes do alerta emitido pelo Ministério da Saúde, mas que isso é aumentado com a ação federal e a Copa do Mundo. “Estamos propícios porque temos vários fatores que contribuem com a doença, como os vetores, pessoas suscetíveis e outras que podem trazer o vírus”, explica.
Professor no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Bosco Siqueira Júnior explica que a doença pode causar dores nas articulações – principalmente mãos e pés – por até um ano e meio depois da infecção, impedindo até mesmo a escrita. A doença, no entanto, tem baixa taxa de mortalidade e seus sintomas são parecidos com o da dengue.
O Ministério da Saúde (MS) já preparou um manual para o combate da chikungunya, prevista para chegar ao Brasil com a vinda de turistas para a Copa, em junho. Desde 2011 o MS está em alerta para esta. Segundo o professor João Bosco, três casos do vírus da febre chikungunya foram identificados no Brasil, mas as transmissões podem ter ocorrido na Ásia. Dois homens – um carioca de 41 anos e outro paulista de 55 – voltaram da Indonésia contaminados. Uma mulher paulista, de 25 anos, voltou da Índia. As pessoas infectadas costumam sentir fortes dores na cabeça, nos músculos e nas articulações, além de febre alta e prostração.
“É algo também muito desafiador. Participei de uma reunião em 2011 realizada pelo MS para tratar do assunto, para a qual foram chamadas as sociedades não apenas de clínica médica e de epidemiologia, mas também de reumatologia e ortopedia. Nunca tivemos essa doença antes”, afirma o pesquisador do IPTSP.
Existiam registros de chikungunya na Ásia, mas a constatação de transmissão em ilhas do Caribe levou o Ministério da Saúde a fazer um comunicado público, em fevereiro, orientando as secretarias estaduais e municipais de Saúde para encaminhar casos suspeitos da doença para o Instituto Evandro Chagas (IEC), laboratório de referência nacional em epidemiologia. A determinação aos profissionais de saúde é para que a comunicação aos órgãos de Saúde seja feita em até 24 horas após a suspeita. O registro pode ser feito às secretarias estaduais, por telefone ou mesmo via e-mail.
De acordo com Silva, o alerta tem a intenção de identificar os casos da doença, para fazer uma detecção precoce, já que se trata de um vírus novo “para todo mundo”. “Os laboratórios centrais estaduais ainda não fazem esse isolamento do vírus e não sabemos qual a melhor maneira de identificá-los”, conta o coordenador, explicando que este serviço é feito pelo laboratório nacional, em que profissionais foram até o Caribe para avaliar a melhor forma de detecção.
Também não há informações em Goiás se a chikungunya é causada por apenas um tipo de vírus e a forma de tratamento. Em relação a dengue, por exemplo, são quatro tipos, o que faz com que um mesmo paciente possa ser infectado quatro vezes e o tratamento é feito através de hidratação. Silva explica que não há certeza se este tratamento prejudicaria o paciente no caso da doença ser chikungunya, mas, a princípio, não há este problema.

Ministério se prepara para diagnosticar casos
O Ministério da Saúde anunciou que técnicos da rede de laboratórios do governo serão treinados para ampliar as técnicas de diagnóstico da chikungunya. Médicos foram para o Caribe para um curso de manejo aos pacientes infectados. O MS está elaborando o Manual de Preparação e Resposta ao vírus chikungunya no Brasil e prepara um levantamento de focos do Aedes albopictus pelo território brasileiro, o mesmo que é feito atualmente com o Aedes aegypti. Não existe vacina contra a chikungunya.
Embora não haja casos autóctones (originados no Brasil) da febre chikungunya, as autoridades já se movimentam para diagnosticar e atender qualquer eventual paciente, não apenas dessa patologia, mas de outras doenças inusitadas. No dia 14 deste mês, o Ministério da Saúde enviou nota técnica a todas as secretarias estaduais de Saúde alertando sobre as consequências da volta do sarampo, que neste ano já teve onze casos confirmados no Ceará e oito em Pernambuco. No mesmo documento havia referência ao risco da chikungunya.
A doença já é de conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo as informações da SMS, o Ministério está bastante preocupado com o avanço dos casos pela América Latina, em que mais de 6 mil ocorrências já foram registradas na América Central. Os casos mais recentes, ainda de acordo com o informativo do Ministério, ocorreram no Suriname e Guianas, ou seja, já na divisa do território brasileiro.
A chegada da doença na capital é vista como certa, com um grande número de casos.

Goiânia começa a elaborar plano de contingência
(Carla Borges)
A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Flúvia Amorim, informou que nesta semana começará a ser montado o plano de contingência para doenças inusitadas, entre elas, a febre chikungunya. Mesmo Goiânia não sendo sede de jogos da Copa do Mundo, é preciso montar o esquema, devido à presença de pessoas vindas de países e continentes onde há doenças inexistentes no Brasil. “Fizemos esquema semelhante na Copa das Confederações e teremos uma parceria com a Infraero, semelhante à que foi feita quando a gripe A começou.”
Em Goiânia será avaliada a história do paciente suspeito, especialmente se houve registro de viagem ao Caribe e outros locais da América Central nos últimos 15 dias, além do isolamento do vírus.

Entrevista – João Bosco Siqueira Júnior
“Não somos capazes de controlar a dengue sem o apoio de todos”
(Malu Longo)
O médico João Bosco Siqueira Júnior concluiu residência, mestrado e doutorado em Medicina Tropical no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG). De 2000 e 2005 assessorou o Programa Nacional de Controle da Dengue conduzido pelo Ministério da Saúde. Ao POPULAR, o epidemiologista alerta: dengue ainda é um grande desafio.
O que mais chamou a atenção dos pesquisadores nos dois estudos do qual o senhor fez parte?
O primeiro estudo, que é a revisão da literatura publicada no Brasil sobre dengue até 2012, mostra a imensa tendência de aumento da dengue no país, especialmente na segunda metade da década de 2000, seguido pelo aumento do número de óbitos e internações. Isso reflete que cada vez mais as pessoas estão sendo afetadas pela doença.

A que outras conclusões vocês chegaram?
Parece que o principal responsável por isso foi a circulação do vírus tipo 2. A gente não teve a circulação desse vírus no Centro-Oeste. Nós pulamos o ciclo de dengue 2 aqui em Goiás, mas por outro lado o ciclo de dengue 1 que começa na segunda metade de 2009 e leva à grande epidemia de 2010, começa no Centro-Oeste. Goiás foi um dos grandes afetados naquele ano.
No ano passado, nessa época, Goiás vivia uma epidemia de dengue. Isso não ocorre agora. Qual foi a mudança?
Isso é algo esperado quando há grandes epidemias nos anos anteriores. Como boa parte da população já entrou em contato com o vírus, adquiriu a imunidade para aquele vírus específico, a chance de ter epidemia por dois anos consecutivos é menor. Entretanto, várias cidades no Brasil tiveram dois anos consecutivos de epidemia, como Rio Branco (AC), que foram três anos seguidos. Não dá para contar isso como sendo um fator que vai reduzir a transmissão no ano seguinte. Tivemos o fator climático, com menos chuva, que contribui, mas é uma combinação de alguns fatores.

Goiânia está preparada para epidemias de dengue?
Goiânia tem tido esforços interessantes na prevenção e controle de dengue. A Secretaria Municipal de Saúde tem apoiado estudos em busca de alternativas. A partir deste ano a pasta vai utilizar em áreas localizadas, como escolas e hospitais, cortinas impregnadas de inseticida. O produto não traz dano à população, mas se o mosquito pousa na cortina ele será eliminado. Esse é um estudo que está sendo feito em colaboração com os Ministérios da Saúde do Brasil, do México e de países da Ásia junto com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Goiânia também é uma cidade que avançou muito no processo de fazer a triagem dos pacientes, a classificação de risco como é chamado no sistema público.

Dengue ainda é um grande desafio?
Muito grande. Se conhece muito, mas há muito para conhecer, especialmente em relação ao impacto de novas tecnologias, a dinâmica de transmissão da doença na população, entender porque as epidemias ocorrem, a gravidade em crianças e pessoas mais velhas.

Por que a população fica tão vulnerável à doença e à gravidade dela?
Para a doença é por causa da possibilidade de retorno. São muitos mosquitos. Não tem nenhum local no mundo que tem esse exército que trabalha com prevenção da dengue como no Brasil. Mas a gente não é capaz de controlar a dengue sem a participação de todo mundo. A população inteira sabe o que tem de fazer, mas transformar conhecimento em prática é muito desafiador.

E a vacina contra a dengue, há notícias promissoras?
Essa uma notícia que o mundo inteiro está esperando para o segundo semestre deste ano. A candidata mais avançada é da Sanofi Pasteur, de cujo estudo Goiânia participou. São quase 30 mil pessoas de diversos países da América e da Ásia.

Depois de 7 anos, tipo 3 pode voltar a preocupar
Depois de duas grandes epidemias com dois tipos diferentes de dengue, o 1 em 2010 e o 4 no ano passado, os brasileiros podem ser atingido novamente em grande escala por outro tipo da doença, o 3, que já foi o sorotipo predominante em Goiânia em 2007, mas que, nacionalmente, deixou de ser um dos principais em circulação desde 2005. O chefe do Departamento de Saúde Coletiva do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG), médico João Bosco Siqueira Júnior, de 43 anos, lembra que é grande já o número de pessoas que nasceram ou migraram para o país suscetíveis ao vírus desde então. “Não existe uma forma de antever o que vai acontecer no próximo ciclo de dengue, mas a gente já entendeu que o dengue 3 tem um potencial imenso de epidemias – como a gente viu no Rio de Janeiro e Recife em 2002, depois em Goiânia e Campo Grande em 2007. Me parece que o próximo ciclo deve ser o dengue 3”, comentou.
Siqueira Júnior, que é um dos autores de dois atuais e importantes estudos sobre dengue no Brasil, afirma que o tipo 3 da dengue transformou o panorama da doença no Brasil, trazendo gravidade aos casos. “Até a introdução dele em 2000 e até a primeira grande epidemia em 2002, a quantidade de casos graves no Brasil era pequena. Com o 3 aumentaram os casos de internação, de casos graves e de óbitos. Na epidemia de 2002, pela primeira vez no Brasil, o número de mortes por dengue superou a malária. Existem alguns bolsões muito vulneráveis à dengue 3.”
Para o médico, 2014 será um ano mais tranquilo em relação à transmissão da doença porque há um equilíbrio no momento entre os quatro sorotipos da doença. “Mas todas as vezes que um sorotipo destituir o outro como predominante, há risco de epidemia. Foi o que aconteceu nos últimos anos – primeiro o dengue 3, depois vem o 2, que foi substituido pelo 1, que perdeu espaço para o 4.”
Um dos trabalhos que levaram a assinatura do chefe do Departamento de Saúde Coletiva do IPTSP é um levantamento que revela o aumento da incidência e da gravidade da doença na última década no país e foi publicado na edição mais recente do periódico científico PLOS Neglected Tropical Diseases. O Brasil, de acordo com o estudo, foi o país do continente americano com maior número de casos entre 2000 e 2010 – 221 mil registros graves e 3 mil mortes -, sendo que somente em 2010 foram 80 mil hospitalizações relacionadas à dengue.
Além do aumento, o pesquisador goiano destaca duas mudanças no cenário nacional que tornaram o quadro ainda mais grave: crianças sendo mais afetadas a partir de 2008 e mais casos de óbitos de pessoas mais velhas a partir de 2010. E, segundo ele, esse padrão de pessoas mais velhas vem se mantendo. “Dengue é uma doença muito traiçoeira: quando você está com doença febril e a temperatura vai diminuindo, a impressão que se tem é de melhora, mas para a dengue esse é o período mais crítico. É quando pode surgir o quadro hemorrágico de dengue”, comentou Siqueira Júnior.

Editorial – A resistência da dengue
O alerta partiu de um dos maiores pesquisadores da doença no Brasil: a dengue ainda é um grande desafio que só pode ser enfrentada com apoio de toda a população no combate ao mosquitoAedes aegypti.
Em entrevista publicada hoje, o epidemiologista e consultor do Ministério da Saúde, João Bosco Siqueira Júnior, chama a atenção para o aumento da incidência e gravidade da doença e revela ainda que o Brasil foi o país do continente americano com o maior número de casos na última década.
Agora há ainda o risco de chegar ao País outra doença, a chamada febre chikungunya, transmitida por dois mosquitos, o Aedes albopictus, além do mosquito transmissor da dengue. Seus sintomas são muito parecidos com os da dengue e seu diagnóstico pode ser confundido, o que levou o Ministério da Saúde a emitir alertas para as Secretarias Estaduais de Saúde.
Goiânia, seguida de Aparecida e de Luziânia, são as campeãs nacionais de registro da dengue no Brasil em 2013, o que indica a gravidade da situação, agora com este risco adicional oferecido por este novo vírus. Mais do que nunca a população precisa entender a gravidade da situação e participar ativamente das ações para acabar com os criadouros do mosquito. A saúde pública é mais do que nunca um compromisso que tem de ser assumido conjuntamente pelas autoridades de saúde e por toda a sociedade.
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TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)

Polícia investiga se morte de bebê foi provocada por negligência em Jataí
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/policia-investiga-se-morte-de-bebe-foi-provocada-por-negligencia-em-jatai/3235103/
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

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