Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/03/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Inhumas reduz número de pacientes com Covid-19

Marcelo Queiroga diz que meta do governo é vacinar 1 milhão por dia

Anvisa autoriza teste do soro do Instituto Butantan em humanos

‘Médicos não tem de seguir o que a associação está orientando’, diz presidente do CFM

CFM nega rever aval à prescrição de cloroquina

Brasil chega aos 300 mil mortos pela covid com colapso hospitalar

MP vai investigar distribuição de kits de tratamento precoce a pacientes da Prevent Senior em SP

Uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid está provocando outras doenças graves, alertam médicos

Laboratório Cristália entrega a Ministério da Saúde 100% dos medicamentos requisitados para IOT

Goiás bate recorde com 5,4 mil novos casos de covid-19 em 24 horas

MP-GO investiga empresa por possível aumento abusivo de preços de respirador

Auditoria do Trabalho lavram 23 autos de infração em Organizações Sociais por precarização nas relações trabalhistas em Goiás

Goiás segue com alta taxa de ocupação de leitos de UTI

Prefeitura de Goiânia alerta que credenciamento para médicos plantonistas continua aberto para disponibilização de novos leitos

Justiça condena OS por contratar profissionais de saúde como pessoa jurídica em Goiás

TV ANHANGUERA

Inhumas reduz número de pacientes com Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/9380521/?s=0s

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AGÊNCIA BRASIL

Marcelo Queiroga diz que meta do governo é vacinar 1 milhão por dia

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (24), durante coletiva de imprensa realizada na Esplanada dos Ministérios, que será possível triplicar o ritmo atual de vacinação – hoje na casa das 300 mil doses por dia – para chegar a cerca de 1 milhão de doses aplicadas diariamente.
 
“O compromisso número um do nosso governo é a implementação de uma forte campanha de vacinação. Todos sabem o esforço que foi feito para buscar vacinas. Hoje sabemos que 95% da população brasileira deseja ser imunizada. E nós, agentes públicos, temos que envidar esforços para que o programa de vacinação tenha concretude”, declarou Queiroga.
 
A posição reforça o compromisso feito em rede nacional ontem (23) pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que o governo fará de 2021 o “ano da vacinação dos brasileiros”. “Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la”, afirmou o presidente.

Sem lockdown, mas com distanciamento

Quando perguntado sobre medidas não farmacológicas, o novo titular do ministério descartou lockdown como uma resposta para conter a disseminação do vírus e citou outras formas de distanciamento.
 
“Quem quer o lockdown? Ninguém quer lockdown. O que temos do ponto de vista prático é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere. A vacina é importante, mas precisamos usar máscaras, precisamos manter um certo distanciamento. Vamos buscar maneiras de disciplinar o distanciamento social”, disse.
 
Medicamentos off-label

Questionado sobre o endosso do Ministério da Saúde a protocolos off-label – o uso de medicamentos e substâncias para tratamentos que não constam em bula -, Queiroga reiterou a importância da autonomia médica em relação aos pacientes, e lembrou que o conhecimento científico é dinâmico e está constantemente em revisão. “Esta doença, que não tem tratamento específico, tem vários estudos que ainda não mostraram eficácia, como a Anvisa atesta. O que precisamos alertar é que o conhecimento científico é dinâmico. No passado, se dizia ‘fica em casa e vai para o hospital quando tiver falta de ar’. A ciência evoluiu e vimos que precisamos atender paciente precocemente. Compete ao médico, com sua autonomia, decidir caso a caso”, respondeu.
 
Queiroga afirmou que Bolsonaro lhe conferiu autonomia para montar sua equipe e mencionou alguns nomes. Para a Secretaria Executiva foi indicado o servidor de carreira Rodrigo Castro. Para a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde foi escolhido o Dr. Sérgio Okani, diretor-executivo de traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
 
Uma secretaria especial será criada para o combate à pandemia, mas o nome não foi informado.
 
Durante a entrevista, Queiroga também foi questionado sobre a queixa de secretários estaduais e municipais de saúde sobre o sistema para registrar mortes por covid-19. Mas não deu resposta sobre se as mudanças exigindo mais dados seriam ou não mantidas. Em nota, o Ministério da Saúde informou que os novos campos serão suspensos por enquanto. 

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Anvisa autoriza teste do soro do Instituto Butantan em humanos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu hoje (24/3) a anuência para pesquisa clínica com o soro hiperimune anti-Sars-CoV-2, desenvolvido pelo Instituto Butantan, contra a covid-19. Com isso, o instituto tem autorização para fazer o teste do soro em humanos. Até o momento, o soro foi testado somente em animais.
 
O teste em humanos é uma etapa chave para que o Instituto possa avançar no desenvolvimento do medicamento e, posteriormente, solicitar seu registro junto à Anvisa, condição necessária para que ele seja usado no mercado.
 
A autorização foi condicionada a um Termo de Compromisso que prevê a entrega de informações complementares. Para o início do estudo, o Butantan ainda deverá apresentar tais informações, que, segundo a Anvisa, não foram integralmente disponibilizadas.
 
No início de março o Instituto entregou à Anvisa um dossiê com dados sobre o desenvolvimento da substância. A agência fez considerações sobre o primeiro pedido.
 
Em seguida, no dia 10 de março, o Instituto enviou dados sobre o ensaio clínico. Em 19 de março foi realizada uma reunião sobre o protocolo clínico. No encontro, técnicos da Anvisa fizeram uma solicitação adicional de informações. Ontem o Instituto Butantan repassou respostas sobre as questões feitas na reunião.
 
“O objetivo da avaliação de uma proposta de pesquisa clínica é verificar se o estudo é suficiente para produzir dados confiáveis sobre a segurança e a eficácia do medicamento. Isso envolve a avaliação do desenho estatístico da pesquisa, perfil de voluntários, definição de doses que serão testadas, entre outros aspectos”, explicou a Anvisa, em nota.
 
O soro foi produzido a partir da inoculação do vírus inativo em cavalos. O corpo dos animais reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção. Depois, o sangue dos equinos é coletado e esses anticorpos isolados para que possam ser usados contra a doença. O Butantan já é referência na produção de soros, como os antiofídicos, que neutralizam os efeitos de venenos de cobras, e o antirrábico, contra a raiva.
 
De acordo com o instituto, o soro tem potencial para evitar o agravamento dos sintomas e curar os pacientes infectados pela covid-19. Ao contrário da vacina, que busca prevenir a infecção, o soro atua no tratamento da doença. No começo do mês, o Butantan já havia divulgado que o soro demonstrou em testes pré-clínicos que é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais. 

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JOVEM PAN

‘Médicos não tem de seguir o que a associação está orientando’, diz presidente do CFM

Mauro Ribeiro afirma que a entidade não tem atribuição legal para determinar quais medicamentos podem ser usados pela população brasileira

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, criticou, nesta quinta-feira, 25, a Associação Médica Brasileira (AMB) após a entidade recomendar o “banimento” dos medicamentos que compõem o chamado “kit-covid“. Em carta divulgada na terça-feira, 23, a AMB reafirma que cloroquinahidroxicloroquinaivermectina e azitromicina não têm eficácia científica comprovada no tratamento ou prevenção da Covid-19 em nenhum dos estágios da doença. Ribeiro discorda do posicionamento e afirma que a entidade não tem legalidade para fazer recomendações deste tipo. “Nós somos maior entidade da medicina brasileira. É a maior entidade reguladora médica do mundo. A nossa responsabilidade é imensa”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã. “Quando a Associação Médica Brasileira sai com aquele documento, ela tem todo o respeito da CFM, mas não restam dúvidas de que ela tenta avançar nas questões legais, porque quem tem atribuição legal no Brasil, de determinar o que pode ser usado, ou não, na população brasileira, é o CFM. Quando elas dão uma opinião sobre um assunto, é uma opinião, um posicionamento, mas os médicos não tem que seguir aquilo que eles estão orientando”, afirmou.

Em seguida, o presidente do CFM explicou que a instituição se pauta na Ciência, mas que, por ser uma doença nova, a Ciência ainda não pode garantir se medidas como lockdown são realmente eficientes e declarar se o tratamento precoce não tem eficácia sobre a Covid-19. “Onde está a grande contribuição da Ciência? No desenvolvimento das vacinas e no tratamento de pacientes críticos. O uso de anticoagulantes, o uso de corticoides, a posição crona, a intubação tardia, nós temos avanços. Quanto a fase inicial da doença, por mais que as pessoas digam que existe consenso na literatura em relação ao lockdown, ele não existe. Não existe estudos que provem que o lockdown tenha efeito melhor do que a proteção dos vulneráveis, uso de máscaras e distanciamento social”, explicou. “Em relação ao tratamento precoce, o que nós questionamos é essa história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito contra a Covid-19 na fase inicial. Essa argumentação não é verdadeira. Existem trabalhos que mostram o benefício dessas medicações na fase inicial da doença, mas também existem outros que não mostram”, disse Ribeiro, que afirma que o CFM tem uma obrigação legal de analisar toda a literatura que sai no mundo sobre a doença.

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O ESTADO DE S.PAULO

CFM nega rever aval à prescrição de cloroquina

Presidente do conselho defende que ainda não existe consenso científico sobre o uso dessa droga no tratamento precoce

Fabiana Cambricoli

Mesmo após a publicação, ao longo dos últimos meses, de estudos que demonstram a ineficácia de medicamentos como a cloroquina contra a covid-19 e a manifestação de entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselhando o uso do remédio, o Conselho Federal de Medicina (CFM) defende que ainda não há consenso científico sobre o uso dessas drogas no tratamento precoce da doença. Ao Estadão, o presidente do órgão, Mauro Ribeiro, diz que o conselho não pretende rever parecer que autoriza a prescrição do remédio aos médicos brasileiros. Ressalta, porém, que, como não há evidências da ação desses fármacos, os médicos que anunciarem o kit covid como cura da doença ou prescreverem coquetéis de remédios que possam provocar efeitos colaterais podem ser alvo de sindicância de conselhos regionais. Leia os principais trechos da entrevista de Ribeiro.

O parecer que autoriza médicos a prescreverem cloroquina contra covid é de abril de 2020. Por que não houve revisão após essas novas evidências?

Temos uma doença altamente transmissível, que mata. Na fase inicial, não tem tratamento reconhecido de modo indubitável por parte da ciência. Agora, há estudos observacionais que mostram o benefício de algumas drogas. As drogas que são usadas têm poucos efeitos colaterais, embora agora existam relatos de duas universidades brasileiras de cinco pacientes que teriam evoluído para morte ou fila para transplante e que isso teria sido causado por uma dessas drogas. Mas não tem comprovação científica que foi uma dessas drogas que causou. Estamos em alerta. Essa ideia de que a ciência já concluiu que essas drogas não têm efeito não é 100% verdadeira. Na literatura, tem de tudo. Ambos os lados têm trabalhos com metodologias questionáveis. Já que não há consenso na literatura, é uma doença devastadora, e que, do aspecto observacional, há algumas drogas que podem ter efeito, delegamos ao médico, junto com o paciente, decidir o tratamento. Ele tem de sentar com o paciente e explicar que é um tratamento que não tem comprovação que faça diferença e que se o paciente quiser ser tratado e o médico se disponibilizar, que seja feito. A classe médica está dividida.

Um estudo observacional não tem o mesmo peso que um estudo randomizado duplo cego. Estudos com essa metodologia padrão ouro mostram a ineficácia da cloroquina e azitromicina. Em que estudos vocês se baseiam? Não há uma instituição que seja guiada mais pela ciência do que o CFM. Temos profissionais contratados que fazem rastreamento de tudo na literatura, mas não temos verdades absolutas. Temos uma série de dúvidas. Também há estudos prospectivos e randomizados mostrando a ação do tratamento precoce. Todos são passíveis de crítica. Único ponto que o CFM coloca é que nem incentivamos nem proibimos. Nenhuma entidade é detentora do saber. Temos a responsabilidade legal de definir o que o médico pode ou não fazer.

Mas há muitos médicos propagandeando esse tratamento precoce como a cura da doença …

Existe resolução do CFM sobre propaganda enganosa. Para todos os excessos, estão sendo abertas sindicâncias nos conselhos regionais. Tem médicos que fazem filmes falando maravilhas do tratamento precoce. Esses excessos são condenáveis, sim. O médico não pode, baseado no parecer do CFM, dizer que o tratamento é milagroso.

Nesse momento, o CFM não pretende rever aquele parecer?

Não, nesse momento não vemos necessidade de modificar o parecer e temos dificuldade de entender por que tamanha resistência de se respeitar a autonomia do médico e a do paciente para o tratamento de uma doença que não tem tratamento conhecido nessa fase. O nível do médico brasileiro é muito bom, ele estuda, não precisa de ninguém para tutorar.

O CFM se preocupa com o uso indiscriminado do kit covid?

Preocupa muito porque existe uma norma da boa medicina em que você deve prescrever o menor número de medicações possíveis. Cada vez que agrega uma nova droga, corre sempre o risco de interação medicamentosa, podendo levar a efeitos catastróficos. Somos contra uma prefeitura ou quem quer que seja entregar o kit ao médico dizendo que tem de prescrever aquilo.

Se o médico prescreve esses remédios e o paciente tem efeito colateral, ele pode ser responsabilizado?

Claro que pode, porque quando damos autonomia ao médico, não é um uma carta de alforria para fazer aquilo que quer. Se ele prescrever cinco ou seis drogas e, por alguma razão, o paciente apresentar efeito e aquilo se transformar numa denúncia do conflito regional, ele vai responder por isso.

Argumentando

“Tem alguma coisa que foi desenvolvida no sentido de prevenir a doença acima de qualquer dúvida? Não.”

“Já que não há consenso na literatura, já que é uma doença devastadora, e que, do aspecto observacional, existem algumas drogas que podem ter efeito, nós delegamos ao médico, junto com o paciente, decidir.”

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Brasil chega aos 300 mil mortos pela covid com colapso hospitalar

Brasília – O Brasil chegou a 300.015 mortes pelo novo coronavírus nesta quarta-feira, 24. São mais de 300 mil despedidas em pouco mais de um ano de pandemia – muitas delas em meio ao colapso hospitalar e sem a assistência médica necessária. O número de óbitos foi de 1.172 nas últimas 24 horas, segundo balanço parcial (10 Estados) com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa e divulgados às 16h40.

Esse total de vítimas é um número grande demais para caber na cabeça da gente. São todas as pessoas que moram em cidades como Palmas, no Tocantins, ou Limeira, no interior paulista. Nessa escala, os números já não são distantes de nós. Estão no relato da vizinha que perdeu o marido, na prima que mora longe ou mesmo no condomínio ou na nossa rua. Direta ou indiretamente, todos perdemos alguém ou conhecemos alguém que se foi. Trezentos mil. O descontrole da pandemia aqui tem reflexo no mundo.

O Brasil completou na sexta-feira, 19, o período de duas semanas como o país com mais mortes diárias pela covid no mundo, apontam dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford (Reino Unido). Nessa última semana, o Brasil foi responsável por 27% dos óbitos de todo o planeta. O País ultrapassou os Estados Unidos na sexta-feira, 5, quando registrou 1,8 mil novos óbitos (ante 1.763 dos EUA).

A partir daí, a diferença só aumentou. A maior crise sanitária e hospitalar da história do País, na definição da Fiocruz, tem vários rostos por trás dos números. São pessoas que sofreram perdas – algumas evitáveis – relacionadas às diversas carências do Brasil no combate à pandemia. Em Bauru, a família do comerciante Marco Aurélio Oliveira precisou de uma medida judicial para conseguir uma vaga na UTI.

Em Teresina, a técnica de enfermagem Polyena tentou uma reanimação no chão por falta de maca disponível – a unidade de pronto-atendimento (UPA) estava cheia. Para Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, nada indica que vamos retroceder em breve. Ele aponta que a média móvel de mortes vai chegar a 3 mil. “Quanto mais aguda a pandemia, maior é a politização e a falta de gerência da pandemia. Atingimos 300 mil óbitos no meio da troca no Ministério da Saúde. Temos um dos piores indicadores do mundo.”

Com postura negacionista ao longo da crise sanitária, críticas à quarentena, defesa de remédios sem eficácia contra a covid e promoção de aglomerações, o presidente Jair Bolsonaro tem sido criticado no Brasil e no exterior. Nesta semana, ele fez a terceira troca no comando do Ministério da Saúde. Sai o general Eduardo Pazuello, alvo de investigação por suspeita de omissão na resposta à crise hospitalar em Manaus em janeiro e responsável pelo encalhe de milhões de testes de covid perto da validade em armazém do governo federal.

Chega agora o cardiologista Marcelo Queiroga, cujas primeiras declarações evitaram confrontar as ideias de Bolsonaro sobre o isolamento social. Além das dificuldades de gestão, o Brasil convive com o avanço de novas variantes do vírus, como a de Manaus, que estudos já mostraram ser mais transmissível, e o ritmo lento da vacinação diante da falta de doses. “A questão que se coloca é: quando atingiremos 400 mil mortos, o que deve acontecer rapidamente. Teremos agora uma crise funerária”, alerta Domingos Alves.

Para Eliseu Waldman, epidemiologista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, a providência agora é tentar minimizar danos. “Uma medida importante a ser tomada é o lockdown em boa parte do País. Isso pode diminuir a transmissão do vírus e aliviar a pressão no sistema de saúde. Também é fundamental repor os insumos básicos e medicamentos, pois os médicos não terão condições de atender. E também precisamos acelerar o processo de vacinação, o que dificilmente deve ocorrer”, opina.

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O GLOBO

MP vai investigar distribuição de kits de tratamento precoce a pacientes da Prevent Senior em SP

Promotor pediu que médicos e enfermeiros que aplicam kit, que inclui medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid e até whey protein, sejam investigados. Familiares receberam remédios sem terem feito consulta e sem análise individual do perfil dos pacientes.

O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar a distribuição de receitas de um “kit de tratamento precoce” por parte da Prevent Senior, uma das maiores operadoras de saúde do país, contra a Covid-19 para seus clientes.

A entrega da receita é feita antes mesmo da consulta e sem analisar o perfil dos clientes. A lista traz hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina (antibiótico), predinisona (corticoide), vitaminas e suplementos alimentares, como whey protein.

A investigação foi aberta pelo promotor Artur Pinto Filho, da área de Saúde Pública, que determinou nesta quarta-feira (24) a instauração de um inquérito civil para investigar o caso.

As primeiras medidas tomadas pelo promotor serão determinar ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e ao Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (Coren) que apurem as condutas éticas dos profissionais que administram esses kits aos pacientes.

O MP pediu ainda à Vigilância Sanitária que inspecione as unidades da Prevent para saber como a distribuição das receitas e dos remédios está sendo feita.

O que chamou a atenção do promotor foi o fato de as receitas serem padronizadas e assinadas pelo mesmo médico, Rafael Souza da Silva, diretor-executivo da Prevent, que, apesar de prescrever, não foi quem atendeu os pacientes.

Nos últimos dias, a reportagem da Globonews conversou com 12 pacientes ou familiares de pacientes que receberam o kit. Muitos deles acabaram testando negativo para Covid-19 posteriormente. A oferta é feita até mesmo para quem está assintomático. A prescrição desta forma fere o parecer do Conselho Federal de Medicina.

Segundo os relatos, os medicamentos são oferecidos antes mesmo da realização da testagem para Covid-19, seja no atendimento presencial ou por teleconsulta, normalmente por um enfermeiro ou atendente, sem que haja conhecimento sobre o quadro clínico e o histórico da pessoa.

Em março de 2020, a operadora anunciou o uso experimental de cloroquina e azitromicina a pessoas com Covid. Um mês depois, funcionários da rede passaram a receitar cloroquina mesmo a pacientes que não tivessem a confirmação da doença, contrariando a recomendação do Ministério da Saúde.

Em nota sobre o protocolo atual, a Prevent Senior alegou que ‘tem monitorado os resultados e evidências clínicas de mais de 130 mil beneficiários testados para Covid-19 nos últimos 12 meses’ e que ‘os resultados trazem evidências robustas que o conjunto de tratamentos com diversas medicações evita o agravamento da Covid-19’. (veja a íntegra no final da reportagem)

Receitas idênticas

A reportagem teve acesso a cinco receitas idênticas, assinadas pelo mesmo médico, o cardiologista Rafael Souza da Silva, diretor-executivo da Prevent Senior. Esses cinco pacientes, que não se conhecem, foram atendidos em dias diferentes, lugares distintos e possuem perfis clínicos diversificados. Nenhum deles disse ter sido atendido por Rafael, seja presencialmente ou por teleatendimento.

A gerente operacional Roseneide Machado da Gama estava com sintomas de gripe e decidiu fazer uma teleconsulta. Ela afirma que a enfermeira que a atendeu ofereceu o kit. Os medicamentos chegaram à casa dela no dia seguinte, antes do resultado do teste para Covid, que deu negativo. Roseneide conta que não tomou os remédios porque foi alertada pelo filho, que é fisioterapeuta, e porque é alérgica a muitos medicamentos.

‘Eu fiquei com receio de tomar por alguns motivos. Eu não tinha o resultado do exame, não sabia se era Covid. Segundo, porque eu sou uma pessoa muito alérgica a medicações. Os meus tratamentos são acompanhados por alergistas porque eu tenho problemas sérios. Então, isso me causa medo.’

O gerente comercial Edson Nascimento Clemente foi com a mãe até uma unidade da Prevent Senior na Zona Leste da capital neste mês. Segundo ele, uma enfermeira ofereceu o kit ainda na triagem, mas a mãe negou porque não aceitaria se medicar com cloroquina. A oferta, de acordo com o gerente, foi antes do teste para Covid. No dia seguinte, durante uma teleconsulta, houve uma nova oferta do kit. Eles aceitaram para aproveitar as vitaminas que vêm junto.

‘Todo mundo que entrava pra fazer o teste – e o resultado só sai no dia seguinte, porque é PCR – saáa, ia pra uma outra sala, assinava algo em uma prancheta e saía com o kit. No tempo que eu fiquei lá, pouquíssimas pessoas saíram sem o medicamento.’

O que diz o Conselho Federal de Medicina

O parecer do Conselho Federal de Medicina, de abril do ano passado, diz que a cloroquina só deve ser administrada ‘em pacientes com sintomas leves, no início do quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue), e que tenham confirmado o diagnóstico de Covid-19″.

A reportagem teve acesso a um diálogo entre uma cliente, que não quis se identificar, e uma médica da Prevent Senior. A conversa aconteceu no último fim de semana, em um drive-thru de testagem de Covid promovido pelo plano na capital paulista.

Cliente: Mesmo sendo assintomático vocês recomendam tomar esse tratamento?

Médica: Mesmo sendo assintomático a gente passa. Que é o tratamento precoce.

Nesta terça-feira (23), a Associação Médica Brasileira (AMB) e outras 80 entidades médicas e científicas pediram o banimento da prescrição dos medicamentos usados no kit. ‘Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da Covid-19 quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida’, diz o documento.

Chefes de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais de São Paulo afirmam que o uso dos medicamentos do kit está piorando o quadro clínico de pacientes que desenvolveram quadros graves do coronavírus.

Reportagem publicada nesta terça-feira (23) pelo ‘Estado de S. Paulo’ mostrou que já há pacientes que precisam de transplante de fígado por causa de hepatites provocadas pelo uso excessivo dos medicamentos do kit.

‘Essa prescrição é absolutamente inadequada na medida em que o tratamento das pessoas com Covid precisa ser individualizado. Não existe comprovadamente nenhuma droga antiviral que possa mudar a história da doença’, afirma o infectologista Jamal Suleimani. ‘Isso cria uma sensação ruim de uma segurança que não existe para o doente.’

Veja a íntegra da nota enviada pela Prevent Senior :

‘Por meio do seu instituto de ensino e pesquisa, a Prevent Senior tem monitorado os resultados e evidências clínicas de mais de 130.000 beneficiários testados para Covid-19 nos últimos 12 meses. Os resultados trazem evidências robustas que o conjunto de tratamentos com diversas medicações evita o agravamento da Covid-19 por reduzir a inflamação provocada pelo vírus. Desde o início da pandemia, o modelo de atendimento e o acompanhamento diário dos pacientes fez com que as internações de pacientes de mais de 60 anos caíssem drasticamente. Além disso, a taxa de óbitos por Covid dos pacientes acima de 60 anos da operadora é cerca de 50% menor do que a média estadual. Ou seja, a taxa de mortalidade dentre os pacientes desta faixa etária é de 7%, contra 14% apurados no âmbito do Estado de São Paulo. Os dados de atendimento estão à disposição de qualquer instituição de pesquisa que queira examiná-los. Recentemente, 20 coordenadores de pesquisa de outras instituições brasileiras independentes fizeram a análise dos dados e confirmaram os resultados. Nossa missão de fornecer atenção preventiva e de alta qualidade está mantida. A prescrição de tratamentos para cada paciente é prerrogativa única e exclusiva do médico.’

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Uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid está provocando outras doenças graves, alertam médicos

Estão sendo investigados casos de pacientes na fila do transplante de fígado. A Associação Médica Brasileira divulgou nota em que defende que a utilização desses fármacos deve ser banida no tratamento ou na prevenção da Covid.

Pacientes que têm usado medicamentos sem eficácia comprovada na ilusão de se protegerem da Covid estão desenvolvendo outras doenças graves.

Os remédios às vezes chegam na forma de kit, como o recebido em casa por um paciente de plano de saúde em São Paulo. Em outras, a paciente depois de testar positivo e estar com sintomas leves, recebe no celular a receita do médico. O resultado do uso desses remédios, sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid, está preocupando os médicos da linha de frente da pandemia.

‘Nós já vimos pacientes recebendo hidroxicloroquina em casa e usando oxigênio em torpedo. Quando esse oxigênio acabou, o paciente veio aqui ao hospital, em iminência de morte, e precisamos intubá-lo. A gente já recebeu paciente jovem, mulher de 38 anos, tomando cloroquina com arritmia cardíaca e com Covid grave. Eu já vi paciente de 40 anos tomando alta dose de anticoagulante e cloroquina, ivermectina, o ‘kit Covid’, chegando com hemorragia pulmonar e sendo admitido em estado grave também’, relatou o infectologista Gerson Sobrinho Salvador de Oliveira.

E estão sendo investigados casos ainda mais graves de pacientes que, hoje, estão na fila do transplante de fígado. Há relatos de pelo menos cinco pacientes com a chamada hepatite medicamentosa. Um homem saudável apresentou graves lesões no fígado depois que fez uso das medicações do chamado “kit Covid” e teve a doença. Ele foi atendido no hospital da Universidade de Campinas.

‘Ele teve Covid em dezembro, fez usou da medicação. No histórico dele, a medicação que ele usou foi antes de dezembro, apareceu o quadro em janeiro. Não é um quadro pós-Covid, um quadro hepático pós-Covid, que também pode acontecer, mas secundário a uma hepatite tóxico medicamentosa’, explicou a coordenadora de transplante hepático do HC da Unicamp, Ika Boin.

Os médicos explicam que algumas drogas exigem acompanhamento e exames frequentes para monitorar danos no fígado e em outros órgãos. O Conselho Federal de Medicina defende a liberdade de prescrição, mas condena o uso indiscriminado e sem acompanhamento do médico.

‘O parecer do Conselho Federal de Medicina não dá suporte ao chamado ‘kit Covid’. Nós defendemos que o paciente com sintomas gripais tem que ser acompanhando pelo médico de forma precoce. Fazer o acompanhamento de forma precoce, que não quer dizer fazer tratamento precoce’, comentou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro.

‘O parecer do Conselho Federal de Medicina não dá suporte ao chamado ‘kit Covid’. Nós defendemos que o paciente com sintomas gripais tem que ser acompanhando pelo médico de forma precoce. Fazer o acompanhamento de forma precoce, que não quer dizer fazer tratamento precoce’, comentou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro.

A Associação Médica Brasileira divulgou, nesta terça (23), nota em que reafirma que “hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da Covid-19” e que portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida.

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Cristália

Laboratório Cristália entrega a Ministério da Saúde 100% dos medicamentos requisitados para IOT

O laboratório Cristália informa que, nesta segunda-feira, 22 de março, em reunião com o Ministério da Saúde, ficou definida a entrega, a partir de amanhã, de todos os medicamentos solicitados e utilizados para a Intubação Orotraqueal (IOT). O laboratório garantiu a entrega de medicamentos produzidos a partir de quatro Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), em diferentes apresentações, e em estoques

suficientes para abastecer o Sistema Único de Saúde por pelo menos uma semana. A reunião foi conduzida pelo secretário de Atenção Especializada em Saúde (SAES) do Ministério da Saúde, coronel Luiz Otávio Franco Duarte, e o médico Ogari de Castro Pacheco, cofundador do Cristália.

De acordo com Dr. Pacheco, a solução negociada com o Ministério da Saúde permitirá que o laboratório entregue aos hospitais públicos todos os medicamentos solicitados, sem prejuízo dos compromissos já contratados com hospitais particulares. “Conseguimos definir que imediatamente, já a partir de amanhã, vamos disponibilizar os medicamentos de forma a atender emergencialmente uma semana de demanda dos hospitais do País. Enquanto isso, trabalharemos para aumentar a produção”, explicou Dr. Pacheco.

A requisição administrativa foi feita pelo Ministério da Saúde ao Laboratório Cristália no dia 18 de março. “Colocamos nossa equipe de expedição para preparar os produtos para envio a partir de amanhã (terça-feira, 23 de março). O próprio laboratório cuidará do envio dos produtos e contará com o apoio do Ministério da Saúde para envio para regiões longínquas”, explicou Dr. Pacheco, assinalando que o acordo foi possível porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa) antecipou para sete dias o prazo de liberação dos produtos que, normalmente, é de 15 dias.

O laboratório informa também ter recebido ações judiciais de hospitais privados para o pronto fornecimento de medicamentos do chamado “kit intubação”, com prioridade em relação a outros hospitais. O Ministério da Saúde comprometeu-se a contar com a assistência da Advocacia Geral da União (AGU) para evitar este tipo de ação. O objetivo é garantir a distribuição equitativa de medicamentos para  hospitais públicos e privados, sem qualquer tipo de favorecimento e de acordo com a efetiva demanda de  cada região, desencorajando que alguns hospitais fiquem excessivamente estocados em detrimento de outros.

Desde o início da pandemia, o laboratório quadriplicou sua produção não apenas para aumentar a produção de medicamentos para IOT, mas de outros utilizados em larga escala para tratamento da doença. Os medicamentos requisitados pelo Ministério da Saúde são produzidos no Complexo Industrial Farmacêutico, Farmoquímico e de Biotecnologia do Cristália instalado em Itapira (SP). Para continuar atendendo à alta demanda e contribuir para mitigar esta crise, o Cristália encomendou uma nova linha de produção, que está sendo instalada na unidade de Pouso Alegre (MG). Esta linha deve entrar em produção na próxima semana.

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A REDAÇÃO

Goiás bate recorde com 5,4 mil novos casos de covid-19 em 24 horas

Adriana Marinelli

Goiânia – Goiás registrou 5.409 novos casos da covid-19 em 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (24/3). Trata-se do maior número de novas confirmações da doença no Estado em um único dia.

Entre a tarde de terça e a tarde de hoje, ainda de acordo com a SES-GO, foram 66 mortes em Goiás provocadas pela covid-19. O Estado soma 10.648 óbitos pela doença. 

Segundo a SES-GO, Goiás soma  440.974 pessoas recuperadas. No Estado, há 393.267 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 241.869 casos.

Além dos 10.648 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,29%, há 308 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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MP-GO investiga empresa por possível aumento abusivo de preços de respirador

Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MP-GO), através da 12ª Promotoria de Justiça de Goiânia, pediu que a empresa Hospcom Equipamentos Hospitalares Eireli apresente em 15 dias cópia de todas as notas fiscais de aquisição e notas fiscais de venda de todas as marcas e modelos de respiradores entre os meses de janeiro a setembro de 2020. O órgão investiga a possibilidade do aumento de preços abusivo destes equipamentos.
 
Também foi determinada a apresentação de documentos que demonstrem a composição do lucro de todas as marcas e modelos de respiradores comercializados pela empresa no mesmo período.
 
A empresa vendia o Ventilador IX 5 Comprehensive, em 13 de março de 2020, por R$ 73 mil, mas passou a comercializá-lo logo depois, em 24 de março do mesmo ano, por R$ 135 mil.
 
A empresa teria afirmado que a venda de respiradores havia aumentado exponencialmente e que os custos de frete subiram, dada a necessidade de alterar o transporte de navios para aviões. A Hospcom acrescentou que a alta do preço do dólar interferiu no aumento do preço dos produtos.
 
A promotora de Justiça Maria Cristina de Miranda explicou que o aumento abusivo de lucro, valendo-se do momento de pandemia da covid-19, “pode significar a existência de defeito do negócio jurídico ou, até mesmo, infração contra a ordem econômica, sendo necessário apurar, fielmente, a evolução do preço de custo e de venda dos produtos relacionados à proteção e tratamento” da doença.
Além de apresentar os documentos, o MP-GO requereu que a empresa seja condenada ao pagamento de indenização, por dano moral coletivo, no valor de R$ 500 mil.

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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO DE GOIÁS

Auditoria do Trabalho lavram 23 autos de infração em Organizações Sociais por precarização nas relações trabalhistas em Goiás

Equipe formada por seis Auditores-Fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho em Goiás constatou precarização do trabalho de profissionais da saúde que são intermediados por cooperativas. As inspeções físicas ocorreram em diversos hospitais do Estado de Goiás geridos por Organizações sociais e também em particulares.

Os Auditores Fiscais do Trabalho encontraram discrepâncias no tratamento, remuneração e na saúde e segurança dispensados aos trabalhadores de um mesmo hospital. Enquanto a parte contratada mediante vínculo direto com a OS usufrui de todos os direitos contidos no artigo 7 da CF, os trabalhadores das cooperativas, que desempenham a mesma função, jornada e são submetidos às mesmas condições de trabalho, não gozam de nenhum desses benefícios.

Foi encontrada irregularidade no fornecimento de refeições pela unidade hospitalar. Enfermeiros e técnicos de enfermagem intermediados pelas cooperativas não faziam jus às refeições servidas no refeitório do Hospital. A auditoria expediu um termo de notificação para que uma OS assegure aos empregados das cooperativas alimentação fornecida no refeitório, nos termos do Art. 4º-C, inciso I, alínea “a”, da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, com a redação conferida pela Lei 13.467/17.

Os trabalhadores não recebem nenhum tipo de ajuda de custo para o deslocamento até o local de trabalho. Nesse caso, o trabalhador deve bancar de seu próprio bolso as despesas decorrentes da condução. De igual forma, não foram encontradas evidências de que os cooperados usufruem o repouso anual remunerado, conforme lei das cooperativas. Entretanto, a situação mais alarmante encontrada pela equipe de Auditores referese ao tratamento dado quando um desses trabalhadores é contaminado pela COVID-19.

Nesses casos, enquanto permanece o afastamento, eles ficam sem nenhum tipo de remuneração ou ajuda de custo, ao contrário dos contratados diretamente pelas gestoras dos hospitais. Apesar das longas jornadas a que são submetidos, os cooperados não recebem o pagamento pelo adicional de horas extras.

Segundo a auditora fiscal do trabalho, Jacqueline Carrijo, a fiscalização encontrou casos de jornadas exaustivas entre os trabalhadores intermediados pelas cooperativas. Em um dos hospitais chegou a flagrar até 84 horas consecutivas de jornada para um mesmo profissional. Há grande rotatividade de mão de obra desses profissionais. Observou-se que, entre março de 2020 e fevereiro de 2021, menos de 20% dos cooperados permanecem nos mesmos postos de trabalho.

Até o momento, foram lavrados 23 (vinte e três) autos de infração. Um destes autos, inclusive, foi lavrado pelo fato de ter sido gerado embaraço aos trabalhos de fiscalização, com cooperativa se recusando a apresentar a documentação notificada. Os resultados da auditoria têm sido compartilhados com outros órgãos, como Ministério Público do Trabalho e Procuradoria da Fazenda Nacional, entre outros.

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JORNAL OPÇÃO

Goiás segue com alta taxa de ocupação de leitos de UTI

Por Nathália Alves

Atualização da Secretaria Estadual de Saúde denota que 92% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva destinados à pacientes com covid-19, estão ocupados 

Segundo a última atualização da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, o estado segue com uma alta taxa de ocupação dos leitos de UTI voltados a pacientes com coronavírus. Dos 1184 leitos das redes pública e privada, cerca de 92,9% já não estão mais disponíveis, o que evidencia uma alta taxa de ocupação.

A unidade de saúde que mais realizou internações pela Covid-19 até o momento na cidade de Goiânia, foi o Hospital de Campanha para Enfrentamento do Coronavírus (HCamp), com um total de 5.108 internações até a última terça-feira, 23.

Já no que tange aos leitos de enfermaria para pacientes com Covid-19, cerca de 76% estão ocupados.

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Prefeitura de Goiânia alerta que credenciamento para médicos plantonistas continua aberto para disponibilização de novos leitos

Por Gabriela Macedo

Profissionais convocados atuarão na linha de frente da Covid-19, em UTIs e enfermarias, para possibilitar nova abertura de leitos

Profissional da Saúde. | Foto: Prefeitura de Aparecida de Goiânia/reprodução

Pela necessidade de se abrir mais leitos voltados ao tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, a Prefeitura de Goiânia alerta nesta quinta-feira, 25, que o credenciamento de médicos plantonistas hospitalares continua aberto. Feito por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a contratação imediata visa possibilitar a abertura de novas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria para Covid-19.

Conforme o edital de Chamamento Público nº 001/2021 publicado na primeira semana de março pela Prefeitura Municipal, o valor da remuneração dos médicos plantonistas hospitalares convocados pode variar entre R$13.600 e R$15.688,76, a depender do local de atuação – UTI ou enfermaria.

Ainda segundo edital, a carga horária exigida ao médico plantonista hospitalar em uma UTI é de 24 horas, enquanto a do que trabalha em uma enfermaria é de 30 horas.

Desde o início de março, mais de 800 profissionais de saúde já foram convocados pela SMS, após credenciamento e aprovação no Processo Seletivo Simplificado, para atuar na linha de frente do combate à doença.

Superlotação dos hospitais

Mesmo após quase um mês de medidas restritivas na capital goiana, as redes municipal e estadual de Saúde permanecem superlotadas. Em Goiás, os leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) se mantêm com 97,41% de ocupação, com somente 14 disponíveis. Já na enfermaria, a porcentagem é de 88,01%, com 85 unidades vagas.

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MAIS GOIÁS

Justiça condena OS por contratar profissionais de saúde como pessoa jurídica em Goiás

Agir foi obrigada a rescindir todos os contratos com pessoas jurídicas de prestadores de serviços nas unidades que administra dentro de um ano

A Organização Social (OS) Agir foi condenada a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos por contratar profissionais de saúde como Pessoa Jurídica. A decisão foi uma resposta à uma denúncia por trabalhadores da unidade ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

Além da indenização, a Agir foi obrigada a rescindir todos os contratos com pessoas jurídicas de prestadores de serviços nas unidades que administra (Crer, Hugol e HDS) dentro de um ano. Ela também não poderá contratar profissionais de saúde sobre essa modalidade no Hugol e no Crer e para pessoa física em qualquer unidade, sob pena de R$ 20 mil.

De acordo com o (MPT), a OS cometeu a ilegalidade de forma reiterada. Por meio de nota, o órgão ressaltou que irá recorrer da decisão para buscar tanto a redução do prazo de um ano para o cumprimento das obrigações quanto para o aumento da indenização. Para os promotores, há urgência na imposição das medidas e a ilegalidade cometida pela Agir foi grave.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

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Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás
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