Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/08/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

SBD-GO reitera a importância da realização de procedimentos estéticos com profissionais habilitados

Brasil registra 885 mortes pela covid em 24h; total de vítimas ultrapassa 575 mil

Anvisa diz que reação indesejada a vacinas precisa ser comunicada

Mortes de idosos vacinados com duas doses sobem 73% no Rio

Variante lambda do vírus avança na América do Sul

Bolsonaro acredita em normalidade em dezembro

Covid-19: Goiás registra 3.205 novos casos e 46 mortes em 24 horas

Covid-19: UTIs pediátricas têm 91% de ocupação na rede estadual goiana

Segundo especialistas, testes que medem eficácia de imunizantes não funcionam, mas a vacina sim

PUC TV

SBD-GO reitera a importância da realização de procedimentos estéticos com profissionais habilitados

………………………….

AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra 885 mortes pela covid em 24h; total de vítimas ultrapassa 575 mil

O Brasil registrou 885 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira (24/8). A média móvel de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 730, abaixo de 800 pelo terceiro dia consecutivo e a mais baixa desde 6 de janeiro deste ano, quando o indicador estava em 729. Nesta terça-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 31.722. No total, o Brasil tem 575.829 mortos e 20.615.008 casos da doença.

Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 19,53 milhões de pessoas se recuperaram do coronavírus desde o início da pandemia. O Estado de São Paulo registrou 267 novas mortes pela covid-19. Apenas o Rio de Janeiro também superou a marca de 100 óbitos no período, com 202 novas vítimas.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho do ano passado, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. O Ministério da Saúde informou que foram registrados 30.872 novos casos e mais 894 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 20.614.866 pessoas infectadas e 575.742 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

……………….

AGÊNCIA BRASIL

Anvisa diz que reação indesejada a vacinas precisa ser comunicada

Quando uma pessoa toma um medicamento, como uma vacina, e tem uma reação indesejada, essa consequência é chamada na medicina e pelas autoridades sanitárias de ‘eventos adversos’. Nesses casos, a orientação é comunicar o episódio à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A notificação precisa ser feita mesmo se não houver suspeita de que o desconforto foi provocado pelo medicamento. De acordo com a Anvisa, a subnotificação pode retardar a identificação de sinais de risco e subestimar a dimensão de um problema.

Segundo a gerente de Farmacovigilância, Helaine Capucho, o monitoramento feito pela Anvisa é importante para avaliar se a reação a um produto está aumentando e se há problemas associados a ele. A subnotificação pode retardar a identificação de sinais de risco e subestimar a dimensão de um problema.

‘A notificação é importante para que possamos conhecer o perfil de benefício e risco dos produtos, porque todo produto tem um risco na utilização. Então, precisamos [da notificação] quando o produto está no mercado e os benefícios continua superando os riscos’, explica Helaine.

A comunicação pode ser feita por meio do site da Anvisa, pelo sistema Vigimed e Notivisa. Ali, há possibilidade de relatar problemas em diversos produtos, entre eles medicamentos e vacinas.

As notificações podem ser feitas por médicos e outros profissionais de saúde, além de farmacêuticos e usuários dos medicamentos.

A Anvisa disponibiliza também um número de telefone caso haja dificuldade para enviar a notificação pelo site: 0800 642 9782.

Queixas técnicas

Nessa página, foi criado também um canal para apresentação de queixas técnicas sobre vacinas contra a covid-19. O termo é usado para designar suspeita de alteração ou irregularidade do produto nos aspectos técnicos e legais, que podem, ou não, causar danos à saúde.

São exemplos a alteração de cor ou de aspecto, um corpo estranho dentro do frasco da vacina, a suspeita de contaminação por micróbios, problemas de vedação do frasco ou de quebra da ampola ou falsificações.

Diferentemente do evento adverso, a queixa técnica é direcionada ao produto, e não a um efeito indesejado que tenha ocorrido com o paciente, além de servir como uma forma de fiscalização da qualidade das vacinas.

……………………..

FOLHA DE S.PAULO

Mortes de idosos vacinados com duas doses sobem 73% no Rio

Internações também tiveram alta de 104%; estado e prefeitura aguardam aval do ministério para 3ª dose

Júlia Barbon

O Rio de Janeiro tem visto as mortes e as internações de pessoas idosas que já tomaram as duas doses da vacina contra o coronavírus crescerem constantemente.

Os números estão subindo há cerca de um mês e meio e acendem um alerta para a necessidade de aplicação de terceira dose neste grupo.

Os óbitos dessa faixa etária passaram de 64 para 111, comparando a penúltima semana de junho e a segunda semana de agosto (uma alta de 73%). Já as hospitalizações cresceram de 166 para 339 no mesmo período (104%), segundo dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde do RJ filtrados pela Folha.

Foram consideradas as mortes e internações de pessoas acima dos 60 anos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), nas datas em que elas ocorreram. As informações vêm do sistema federal Sivep-Gripe e não incluem as duas últimas semanas, para evitar atrasos nos registros.

A trajetória das duas curvas é parecida: elas sofrem um aumento do fim de março até meados de maio (durante o pico da doença neste ano), mas muito abaixo da curva total. Depois caem até o fim de junho, quando voltam a subir continuamente.

Com isso, a proporção de idosos com o esquema vacinal completo entre os casos graves vem subindo. Eles passaram de 7% dos mortos em meados de maio para 36% em agosto. Nas internações, foram de 12% para 31% no mesmo intervalo.

Isso não quer dizer, porém, que as vacinas não funcionem. A grande maioria dos óbitos e hospitalizações entre pessoas acima de 60 anos somados neste ano ocorreu com quem não tomou nenhuma dose.

“Os imunizantes reduziram efetivamente os óbitos em idosos, mas pessoas nesta faixa etária apresentam mais comorbidades e condições de saúde mais fragilizadas devido à imunossenescência, deterioração natural do sistema imunológico provocada pelo envelhecimento”, ressalta a Secretaria Estadual de Saúde.

A alta dos casos fatais entre idosos totalmente imunizados já vinha sendo notada pela pasta. Agora, os técnicos do estado estão tentando compreender se a principal causa é, de fato, a redução da imunidade entre os mais velhos, uma vez que eles foram os primeiros alvos da campanha.

O estudo em andamento mostra que, até o momento, a origem ou fabricante da vacina não tem sido importante nos resultados. Ou seja, as mortes têm aumentado da mesma forma entre idosos que tomaram Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer.

Com base nas análises preliminares, o governo informou que “avalia que uma terceira dose em idosos seria recomendada”. No entanto, aguarda uma definição do Ministério da Saúde: “Para que a medida seja implantada, é necessário que o ministério envie vacinas suficientes para o estado”, diz.

A prefeitura carioca também tem se posicionado no mesmo sentido. Nesta terça (24), o prefeito Eduardo Paes (PSD) voltou a dizer que “quer muito dar a terceira dose para os idosos”. O município inclusive divulgou que começará as aplicações em setembro, o que também depende do envio de remessas.

A capital fluminense paralisou desde segunda (23) a vacinação de adolescentes de 17 anos e reduziu o grupo de repescagem por falta de doses. Nesta terça, só estão sendo imunizados adolescentes com comorbidades e pessoas com mais de 25 anos, além de grávidas, puérperas e lactantes.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a terceira dose só deve começar no país após todos os adultos completarem o esquema vacinal, dando como previsão no mínimo o mês de outubro.

A alta das mortes entre idosos totalmente vacinados no Rio de Janeiro não se reflete num aumento geral nessa faixa etária. O total de óbitos acima de 60 anos caiu de 364 para 311, por exemplo, entre a penúltima semana de junho e a segunda semana de agosto (uma diminuição de 15%).

Já o total de internações de idosos subiu no mesmo período (de 852 para 1.090), mas também não na mesma proporção. O crescimento foi de 28%, portanto abaixo dos 104% registrados entre os que completaram o esquema vacinal.

Segundo Leonardo Bastos, pesquisador da Fiocruz, o aumento de hospitalizações no estado já atinge todas as faixas etárias. Para ele, isso acontece devido a uma série de fatores: o avanço da variante delta, a perda de imunidade dos mais velhos e o relaxamento das medidas de distanciamento social.

Bastos, que tem feito uma correção do atraso das notificações para entender como os dados estão se comportando em tempo real, vê agora suas projeções se confirmarem. “Infelizmente eu acertei, o aumento está de fato acontecendo no Rio. Em outros estados também, como São Paulo e Goiás, mas não na mesma velocidade”, afirma.

…………………………

Variante lambda do vírus avança na América do Sul

Identificada no Peru, cepa parece ser mais resistente a vacinas contra Covid

Patricia Pamplona e Samuel Fernandes

Se para o mundo a mais recente ameaça ligada à Covid-19 é a variante delta, na América do Sul as atenções se voltam para uma cepa bem menos conhecida: a lambda.

Identificada pela primeira vez em agosto do ano passado no Peru, a lambda foi classificada em meados de junho como variante de interesse, ou seja, que deve ser estudada e acompanhada.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cepa foi associada a taxas importantes de transmissão comunitária em diversos países, enquanto havia também um crescimento da incidência da Covid-19 nesses locais.

O mesmo relatório do órgão afirma que mais de 1730 sequências da lambda originadas de 31 países, territórios e áreas foram enviadas à Gisaid, plataforma que compila dados de genomas.

Ainda que não figure no topo das cepas consideradas mais perigosas, classificadas como variantes de preocupação pela OMS (casos da alfa, beta, gama e delta), a lambda tem ganhado terreno na América do Sul, onde sua incidência é significativa.

‘Para ser uma variante de preocupação, é preciso ter uma circulação comunitária importante, e neste momento [alambda] não tem’, diz Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emílio Ribas.

Ele também afirma que, para ser uma variante de preocupação, a lambda precisaria ter diferenças em relação a outras mutações em circulação, como uma maior capacidade de infecção, o que aumentaria a sua propagação entre as pessoas, maior gravidade da doença ou ainda características clínicas que comprometam outras esferas da pessoa que é infectada, como apresentações cutâneas ou neurológicas diferentes do que se viu até então em outras cepas.

O país com a maior presença de lambda até o momento é, proporcionalmente, o Peru, com uma incidência de 40% no acumulado -ou seja, desde a primeira vez que a cepa foi identificada. De abril a junho, autoridades afirmaram que 81% dos casos de Covid-19 no país foram dessa variante.

Na sequência vêm Chile (21%), Equador (11%) e El Salvador (3%), segundo dados do Outbreak Info, iniciativa que compila informações genômicas do Gisaid, recolhidas de 172 países.

‘Na Argentina, em certo momento, a lambda chegou a ser um terço [das infecções] na região metropolitana de Buenos Aires’, diz Fernando Spilki, coordenador da Rede Coronaômica BR-MCTI, um projeto de laboratórios que sequencia os genomas de amostras do Sars-Cov-2 no Brasil.

O relatório da OMS também mostrou que, desde a terceira semana de fevereiro de 2021, a presença da lambda na Argentina vinha crescendo.

Já em recente relatório do Ministério da Saúde peruano, divulgado na última quarta-feira (18), a lambda respondeu por mais da metade (54 7%) das amostras analisadas, seguida pela gama (15, 9%), identificada inicialmente no Brasil.

Essa combinação pode significar um cenário difícil, segundo alertou o coordenador do Laboratório de Genômica Microbiana do Peru, Pablo Tsukayama, em entrevista à BBC News Mundo. ‘Os países que tiveram essas duas variantes passaram de uma situação ruim para uma de descontrole, com segundas ondas muito mais severas. ‘

Mas para Spilki, o ápice de transmissão por lambda em países como Peru e Argentina foi de abril a julho deste ano e, atualmente, a taxa de infecção está em declínio e existem indícios do aumento do número de casos por delta.

A delta, identificada originalmente na Índia, está liga%la a apenas a 1, 9% dos casos no Peru. Ainda assim, o ministro da pasta, Hernando Cevallos, alertou na última semana sobre a presença dessa variante. ‘E importante que tomemos consciência. Estamos frente a uma alta possibilidade de ter iniciado a terceira onda em nosso país’, disse, segundo o jornal El Comercio.

Em queda até julho, a média móvel de casos no Peru chegou a subir em agosto, já voltando a cair nos últimos dias. No domingo (22), a taxa foi de 1191 novas infecções. A média móvel de mortes vem no mesmo ritmo, e o índice chegou a 69no mesmo dia.

Os números estão longe do pico de 874 óbitos e quase dez mil casos registrados em abril deste ano, mas o surgimento de variantes é um novo obstáculo no avanço da pandemia.

No caso da lambda, a OMS apontou que as mutações presentes podem significar maior transmissibilidade e aumento da resistência a anticorpos neutralizantes, aspecto ligado à eficácia dos imunizantes. A organização alertava, porém, que mais estudos eram necessários para entender esses pontos.

Uma pesquisa divulgada no início do mês, por sua vez, confirmou os receios da OMS de que a lambda seria mais transmissível e resistente às vacinas. O estudo de pesquisadores japoneses ainda depende de validação pelos pares.

Para a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da rede Análise Covid-19, é importante notar que, apesar dessa resistência, as vacinas mostraram manter alguma proteção, principalmente em casos graves. ‘E uma variante que precisa ser monitorada’, diz. ‘Mas não parece ser algo como a delta, então é pouco provável que ela ganhe muito espaço’

Dutra destaca que o cerne do problema é a transmissão, já que as variantes competem entre si dentro de um mesmo ambiente, comas mais aptas se tornando prevalentes.

‘Sabemos que é por conta da aceleração da transmissão que o risco de novas variantes surgirem aumenta. Para contornarmos essa situação e construirmos nossa porta de saída da pandemia, precisamos solidificar nosso caminho, com vacinação em massa e medidas não farmacológicas de controle, como o uso de máscara e distanciamento físico. ‘

No contexto brasileiro, Spilkiafirma que a lambda nunca se equiparou à situação da delta ou da gama, outra variante que continua tendo grande proeminência no país. ‘Até o momento, a gamaffoi, sem dúvida, a mais importante, agora temos uma escalada da delta, mas efetivamente a lambda nós não temos encontrado ao longo do tempo’

Segundo dados da Rede Corona-ômica BR-MCTI, em 18 de agosto de 2021, existiam 29. 447 genomas sequenciados no país. Destes, somente 6 eram da lambda, enquanto a delta tinha 79 e a gama contava com 17. 507.

‘Como tem poucos casos da lambda, não dá para tirar mos conclusões ainda’, diz Luiz Henrique Nali, doutor em medicina tropical com ênfase em virologia pela USP e professor da Universidade de Santo Amaro.

Ele explica que o Brasil tem pouca capacidade de rastreio das variantes e, sem esses dados, é difícil entender o comportamento específico de cada uma delas.

……………………………….

CORREIO BRAZILIENSE

Bolsonaro acredita em normalidade em dezembro

O presidente Jair Bolsonaro se mostrou otimista sobre a superação da pandemia de covid-19 no Brasil. Diante do calendário de vacinação pelo Ministério da Saúde, que prevê toda a população adulta vacinada com duas doses até o fim de novembro, ele afirmou, ontem, esperar que, em dezembro, o país entre na fase de ‘plena normalidade’.

Em entrevista à Rádio Farol, de Alagoas, Bolsonaro voltou a defender o uso facultativo de máscara pela população, assim como é a vacinação. Segundo ele, o governo ‘está na iminência de sugerir que uso de máscara passe a ser opcional’. Na segunda-feira, à Rádio Nova Regional, do Vale do Ribeira (SP), o presidente afirmou que ia falar com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para desobrigar o uso da proteção, considerada por especialistas como fundamental para conter o avanço da covid-19 – em países como os Estados Unidos, alguns estados que suspenderam o uso da máscara estão retomando o uso devido ao avanço do novo coronavírus e o aumento no número de infectados.

Outra ferramenta de combate à pandemia, a vacina, também foi citada por Bolsonaro durante a entrevista de ontem. De acordo com o presidente, em 2022 o país poderá, inclusive, exportar imunizantes. O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, participou da conversa e disse que, no ano que vem, o Brasil já terá desenvolvido seus próprios fármacos e não mais precisará de doses importadas.

Dando continuidade à guerra travada com governadores desde o início da pandemia, o presidente destacou que as vacinas ‘foram uma realidade’ por causa do governo federal e não dos estados. ‘Nenhum governador comprou uma dose sequer, todas as doses foram compradas pelo governo federal’, afirmou. O governo de São Paulo, no entanto, anunciou, no início de julho, a compra direta do laboratório chinês Sinovac de 4 milhões de aplicações da CoronaVac destinadas apenas à imunização da população do estado. Além disso, a compra de vacinas é uma obrigação do governo federal, responsável pela coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PND).

Cepa Delta

A Delta, variante do novo coronavírus que surgiu primeiramente na Índia, está presente em 16 unidades da Federação. À confirmação é do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que alerta para a situação do Rio de Janeiro, estado com o maior número de casos. De acordo com a pasta, o crescimento da disseminação da nova cepa ‘está diretamente relacionado ao fortalecimento da capacidade laboratorial e metodológica para desenvolver o sequenciamento de amostras do vírus SARS-CoV-2, pela rede de referência para vírus respiratórios para o Ministério da Saúde’.

‘É uma variante que já mostrou ter uma velocidade de transmissão muito maior. Um caso consegue transmitir para mais pessoas que as outras cepas. Isso faz com que a velocidade da epidemia seja maior’, esclarece o infectologista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Jonas Brant.

Ele ressalta que a cobertura vacinal brasileira não é suficiente para conter o avanço da nova Delta ‘O nível de vacinação atual no Brasil já se mostrou insuficiente em vários países bem avançados na cobertura vacinal, que optaram por retomar as medidas de segurança para tentar conter a transmissão’, explicou. (Colaboraram Luiza Victorino e Bernardo Lima, estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi)

……………………..

A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 3.205 novos casos e 46 mortes em 24 horas

Goiás registrou 3.205 novas infecções por covid-19 e 46 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira (24/8). Com as atualizações, o Estado contabiliza 802.431 casos e 22.185 óbitos confirmados desde o início da pandemia.

Segundo a pasta, em Goiás há o registro de 767.534 pessoas recuperadas da doença. Outros 585.647 casos e 455 mortes são apurados para saber se existe ligação com a doença. A taxa de letalidade do vírus é 2,77%.

De acordo com levantamento feito pela SES-GO, com dados do Localiza SUS, aponta que 3.872.453 pessoas foram imunizadas com a primeira dose da vacina. Deste total, 1.594.808 receberam o reforço do imunizante. Estes dados, no entanto, são preliminares.

………………….

Covid-19: UTIs pediátricas têm 91% de ocupação na rede estadual goiana

Ludymila Siqueira

Goiânia –  A taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinadas a crianças com covid-19 atingiu 91% na rede estadual de Saúde em Goiás, na tarde desta terça-feira (24/8). Conforme consta no Painel Covid, atualizado em tempo real pela Secretária de Estado da Saúde (SES-GO), apenas um leito de UTI pediátrica para casos de covid-19 estava disponível por volta das 17h. 

De acordo com os dados, dos 11 leitos pediátricos no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), sete estão ocupados e outros 3 estão bloqueados. A unidade de saúde é a única da rede estadual que possui leitos de internação destinados a crianças com covid-19.

Em relação às enfermarias pediátricas para casos de covid-19, a taxa de ocupação é de 90%. Dos 30 leitos desse modelo no Hugol, apenas três estão disponíveis. Outros 20 estão bloqueados, segundo dados registrados na tarde desta terça-feira (24).

…………………..

JORNAL OPÇÃO

Segundo especialistas, testes que medem eficácia de imunizantes não funcionam, mas a vacina sim

No momento, exames que buscam descobrir se o imunizante funcionou ou não, só calculam um dos tipos de imunidades produzidas pelo organismo

Gabriela Macêdo

Isabel Oliveira

A extensão da pandemia causada pela Covid-19 e a grande quantidade de fake news espalhadas acerca do vírus e suas formas de combate e proteção trouxeram dúvidas acerca da efetividade do imunizantes aplicados em solo brasileiros para conter a transmissão da doença e reduzir seu agravamento. Em razão dessa desconfiança, aumentou-se a procura por testes sorológicos ou de anticorpos neutralizantes que sejam capazes de medir a eficácia das vacinas. No entanto, especialistas alertam que o procedimento não consegue provar se a vacina funcionou ou não.

A justificativa da impossibilidade de saber, com certeza, o nível de proteção desses imunizantes contra o coronavírus, segundo o médico infectologista, Marcelo Daher, se dá pela não existência de um exame que meça de forma eficaz o ‘nível correlato de proteção’, como existe com a Hepatite B, por exemplo, com o Anti-HBs. Isso, porque existem dois tipos de imunidade a serem desenvolvidas pelo organismo: a humoral, medida pela quantidade de anticorpos, e a celular. Os exames de laboratório, no entanto, medem somente a humoral.

Daher explica que exames que avaliam a imunidade e a resposta ao vírus são exames complexos que demandam um trabalho direto com o vírus, sendo então chamados de laboratório de pesquisa nível três, por demandarem segurança máxima para o vírus não escapar. Os exames sorológicos que vêm sendo realizados para medir a proteção contra a Covid-19 e a eficácia dos imunizantes, segundo o médico infectologista, foram feitos em paralelo com o objetivo de simular o efeito desses exames realizados em laboratórios nível três.

“Não é que os exames não sejam úteis, mas o que vemos nesses exames feitos sem pedido médico, é que as pessoas fazem sem a utilidade desse exame, porque nenhum convênio cobre, são caros e não são interpretados facilmente. Então vejo esse exame hoje, mais como algo discriminatório do que como algo que poderia mudar a condução da doença”, afirma Daher.

Em concordância, a médica infectologista Juliana Barreto enfatiza a existência de diversos fatores e mecanismos que existentes para proteger o organismo, de modo que a dosagem sorológica de anticorpos não se faz necessariamente proporcional à reação imunológica do corpo. Além disso, ressalta que tanto o IgG quanto os anticorpos neutralizantes podem apresentar resultados diferentes logo após da aplicação das duas doses da vacina e após alguns meses.

“Às vezes a pessoa resulta em uma sorologia super alta, como o anticorpo do tipo igG e acha que pode tirar a mascara e relaxar com os cuidados, o que não é uma verdade, porque às vezes a outra imunidade dela não está tão boa e ela está sujeita a pegar o vírus, e o contrário também é verdade. Às vezes a pessoa nem faz o igG ou nem tem uma sorologia alta, e não pega a doença”, esclarece. Com a rápida queda de anticorpos em pessoas acima de 80 anos, após três meses de vacinação, está sendo estudada a aplicação de uma terceira dose, em prol da potencialização do efeito da vacina, também chamado de efeito booster.

“Primeiro que a queda na quantidade de anticorpos algum tempo depois que se toma a vacina é normal. Com a Hepatite B, por exemplo, quando a pessoa faz o Anti-HBs logo depois que se toma a vacina, ele está super alto, mas depois que passa uns anos, ele abaixa. No entanto, isso não significa que a pessoa está desprotegida, só reduz os anticorpos porque tem algum tempo que se tomou a vacina. Nesse sentido, quando a pessoa toma mais uma dose da vacina, o efeito pode ser ainda mais rápido e alto no resultado sorológico, por exemplo”, explica Juliana.

Quanto aos anticorpos neutralizantes, a incerteza permanece. “Inicialmente se pensou que quem tivesse anticorpos neutralizantes muito alto estaria mais imune a doença. Contudo, hoje já vimos que isso também não é uma verdade, que mesmo tendo anticorpos neutralizantes super altos não existe 100% de proteção. Do mesmo modo, ele estar baixo não quer dizer que você está menos imune ou mais imune que a pessoa que está com anticorpos mais altos. Você só precisa estar com ele reagente”, afirma a médica infectologista.

Independente da aplicação de uma terceira dose, utilizar o resultado de exames como referência de proteção contra o coronavírus, para a médica infectologista, “é como apostar na mega sena”, não sendo indicada pelos médicos. Para Marcelo Daher, a realização desses exames após a aplicação das vacinas, além de gerar um medo desnecessário na população, pode trazer uma tentativa descrédito aos imunizantes perante a sociedade – promovendo, inclusive, a prática de escolha de marcas dentre as vacinas, o também chamado de sommelier de vacinas.

“As pessoas estão fazendo o exame e dizendo que a vacina não funciona e buscando outras vacinas. Isso gerou essa questão de busca por marcas específicas”, acrescentou o médico. Esse descrédito, para Juliana, no entanto, não pode ocorrer, já que os resultados dos exames não significam a não proteção dos indivíduos imunizados. “Não se pode colocar as vacinas em descredito porque as respostas sorológicas não são diretamente proporcionais às respostas imunológicas, mesmo o teste sendo negativo. Isso, porque sabemos que existem dois tipos de imunidades e que o exame só mede uma”, diz Juliana.

Qualidade dos testes

Outro fator que, para os médicos infectologistas, pode ser determinante ao entendimento sobre a proteção promovida pelos imunizantes é a qualidade desses testes. “Qualquer teste que você faça tem que ser passado por um crivo de qualidade e sempre deve-se saber qual método que foi usado para o teste. O famoso teste rápido, por exemplo, é muito fácil e tem muitas falhas, então os de coleta de sangue possuem métodos melhores”, pontua Juliana Barreto.

O médico infectologista, Marcelo Daher, no entato, não acredita que os testes existentes até o momento, seja no Brasil ou em demais países, sejam eficazes o suficiente, de modo que um maior investimento em pesquisas se faz primordial e poderia, inclusive, tornar o país pioneiro em alguma forma de diagnóstico própria. “O que precisa é de desenvolvimento. Se tivéssemos investimentos nacionais em pesquisa pode ser que teríamos capacidade de desenvolvimento de exames nacionais, como a própria UFG desenvolveu método  de diagnóstico. Precisamos de investimento em saúde para isso, para que os nosso pesquisadores conseguissem testes, vacinas e material para a população com custo menor”, explica Marcelo.

Apesar de ressaltar a importância de maiores investimentos, Juliana afirma que, especialmente durante a pandemia, a rapidez das pesquisas, por si só, surpreendeu. A questão, para ela, é que a velocidade desse andamento é incompatível com as vontades da população. “Eu entendo esse anseio, mas as pessoas querem respostas rápidas que a ciência não dá conta de buscar com essa rapidez”, pontua a médica infectologista.

Proteção contra a Covid-19

O que se precisa fazer, nesse momento, segundo os especialistas, com ou sem exames eficazes que meçam, com qualidade, a taxa de proteção do organismo contra a Covid-19 após a aplicação de imunizantes, é a continuidade dos métodos protetivos adotados desde o início da pandemia da Covid-19. “Não podemos baixar a guarda em relação aos cuidados. Devemos permanecer com o uso de máscaras constantes, distanciamento de dois metros entre as pessoas e a higienização correta das mãos”, complementa Juliana. Os especialistas ainda ressaltam a importância de se utilizar as máscaras, de forma correta, com a cobertura do nariz e boca.

………………………….

Assessoria de Comunicação

O Sindicato:

Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás
Rua 24 nº 202, Qd 77 Lt 26, Setor Central
CEP 74030-060 - Goiânia - Goiás

Redes Sociais:

SINDHOESG - Todos os direitos reservados ©