Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/11/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil registra 176 mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas

Anvisa: reforço deve ser da mesma vacina

Novos planos de saúde oferecem médico da família que acompanha usuário

Ministério da Saúde deve desistir da 2ª dose da Janssen no esquema primário

Recusa a Carnaval em 2022 é opinião unânime entre secretários estaduais de Saúde

Endocrinologistas goianos condenam uso do “chip da beleza”

Cremego abre vagas para estagiários de Direito, Economia e outras áreas

Goiás ultrapassa marca de 930 mil casos de covid-19

Piso da enfermagem pode levar municípios ao colapso, afirma CNM em nota

Deputado busca criar CPI que investiga gestão da Santa Casa de Goiânia

AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra 176 mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas

O Brasil registrou 176 novas mortes pela covid-19 nesta quarta-feira, 24. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 217, abaixo de 300 pelo 24º dia consecutivo.

O número de novas infecções notificadas foi de 4.686, enquanto a média móvel de testes positivos na última semana é de 9.528. No total, o Brasil tem 613.416 mortos e 22.043.417 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 21,61 milhões de pessoas se recuperaram do coronavírus desde que a pandemia começou no País.

São Paulo teve 68 novas vítimas da covid nas últimas 24 horas, o maior total para o período. Acre e Sergipe não notificaram óbitos da pandemia nesta quarta. No Pará, houve diminuição no registro de mortes acumuladas desde o último boletim. O consórcio está em contato com a secretaria estadual, mas até a publicação desta reportagem não ficou esclarecido se houve erro na divulgação da véspera.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho do ano passado, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

O Ministério da Saúde informou que foram registrados 12.930 novos casos e mais 273 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

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CORREIO BRAZILIENSE

Anvisa: reforço deve ser da mesma vacina

Agência de Vigilância Sanitária contraria Ministério da Saúde e recomenda a repetição do imunizante àqueles que tomaram Pfizer, AstraZeneca ou Janssen. No caso da CoronaVac, a dose extra sugerida é da Pfizer Ed Alves/CB/D. A Press

» MARIA EDUARDA CARDIM

Contrariamente à posição do Ministério da Saúde, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, ontem, por unanimidade, que a vacinação de reforço contra a covid-19 deve ser feita, preferencialmente, com uma vacina homóloga, ou seja, do mesmo imunizante recebido no esquema primário de vacinação (duas doses ou dose única). Esta recomendação vale para quem recebeu as duas doses da Pfizer, da AstraZeneca e a dose única da Janssen. Já quem recebeu duas aplicações da CoronaVac deve tomar uma dose adicional da vacina da Pfizer, segundo a Anvisa.

A Anvisa passou a recomendar a vacinação homóloga de reforço com os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Janssen após os fabricantes pedirem ao órgão regulador a inclusão de uma dose adicional nas respectivas bulas. Ontem, a agência aprovou a alteração na bula do produto da Pfizer. Autorizou, ainda, a aplicação de uma dose de reforço para pessoas com 18 anos ou mais que tenham tomado a segunda dose da vacina há pelo menos seis meses.

Dessa forma, somente quem tomou a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, deve, preferencialmente, receber uma dose de reforço de uma vacina diferente. A orientação das autoridades sanitárias é adotar a vacina da Pfizer. Isso acontece, segundo a Anvisa, porque, até o momento, o Instituto Butantan não pediu à agência reguladora brasileira a inclusão de uma dose de reforço da própria vacina na bula do produto.

‘Recomendamos que a dose de reforço para CoronaVac fosse heteróloga, preferencialmente com a vacina da Pfizer, até que a gente tenha novos dados e que o Instituto Butantan nos apresente mais informações, tendo em vista que não há dados da CoronaVac na Anvisa para dose de reforço e considerando as avaliações de outros países’, explicou a diretora relatora Meiruze Freitas. À decisão de ontem foi aprovada por unanimidade na 18º Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada na Anvisa.

Divergências

A decisão de indicar vacinação de reforço homóloga para vacinados com Pfizer, AstraZeneca e Janssen contradiz declarações do ministro da Saúde. Na última semana, quando a pasta anunciou a ampliação da aplicação da dose de reforço para toda população adulta brasileira, Marcelo Queiroga indicou que a dose adicional deve ocorrer, preferencialmente, com uma vacina diferente daquela que a pessoa recebeu anteriormente.

‘É o que nós chamamos de vacinação heteróloga. Essa decisão é apoiada na ciência. Temos dados que embasam isso e mostram

que o imunizante com a tecnologia do mRNA é o mais adequado. Então, a dose adicional de reforço é feita com a vacina Cominarty (da Pfizer)’, disse Queiroga na ocasião. O Correio entrou em contato com o Ministério da Saúde ontem para comentar o caso, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.

Meiruze Freitas minimizou a divergência com o ministério. ‘A gente não quer trazer alarde. Nós não identificamos riscos adicionais para a utilização da vacina heteróloga. Achamos que a forma de controle sanitário homólogo é mais adequada. Mas não identificamos a necessidade de recomendar ao Ministério da Saúde

a suspensão imediata do modelo heterólogo’, ressaltou. Além disso, ela lembrou que essas recomendações podem ser aprimoradas ou modificadas após a aprovação dos protocolos submetidos à Anvisa e quando avaliadas novas evidências científicas.

Por isso, a diretora relatora vê como primordial a adoção de um programa de monitoramento preparado para verificar os eventos adversos do novo esquema vacinal, considerando a dose de reforço, principalmente quando esta dose adicional é heteróloga e empregadas de maneira divergente ao já aprovado em bula pela Anvisa.

‘O Brasil ampliou a dose de reforço. Antes a gente estava trabalhando com a dose de reforço para idosos, profissionais de saúde e para os imunossuprimidos. Era um grupo pequeno. A partir do momento que se amplia esse grupo, da forma como o Ministério da Saúde fez, é importante ter um esquema de monitoramento muito adequado capaz de captar rapidamente reações adversas, de identificar problemas de segurança’, ponderou Freitas.

Máscaras em SP

A partir de 11 de dezembro, o uso de máscara ao ar livre será facultativo no estado de São Paulo. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB). ‘A partir do sábado, dia 11 de dezembro, não será mais obrigatório em todo o Estado de São Paulo o uso de máscaras ao ar livre’, disse. ‘No entanto, o uso de máscaras continuará sendo obrigatório nas áreas internas e nas estações e centrais de transporte público’, advertiu.

O governo Doria condiciona a medida de flexibilização à melhora nos indicadores da pandemia e ao avanço da vacinação no Estado. A meta de 75% da população com esquema vacinal completo, estima a gestão estadual, deve ser atingida nas próximas 24 horas, com perspectiva de chegar a 80% até o final do mês. Atualmente, o indicador está em 74, 5%.

Segundo o governador, municípios paulistas podem adotar ‘medidas mais firmes’ e decidir não liberar o uso de máscaras em ambientes abertos, a depender das circunstâncias e dos indicadores locais.

O que recomenda a Anvisa

Reforço homólogo para Pfizer, AstraZeneca e Janssen

» Reforço homólogo de vacina significa aplicar uma dose adicional do mesmo imunizante tomado anteriormente. Em relação à Pfizer, a Anvisa autoriza a dose de reforço homólogo para pessoas com 18 anos ou mais. Os vacinados precistam ter tomado a segunda dose da vacina (também Pfizer) há, pelo menos, seis meses (recomendação já incluída na bula da vacina).

» No caso da AstraZeneca e da Janssen, a dose de reforço também deve ser da mesma vacina. Ou seja: quem recebeu duas doses da AstraZeneca toma reforço da AstraZeneca. E quem tomou dose única da Janssen deve buscar uma dose adicional do mesmo imunizante. Essa recomendações estão em análise, ainda não incluídas na bula das vacinas.

Reforço heterólogo para CoronaVac

» Reforço heterólogo permite a aplicação de uma dose adicional de vacina diferente da tomada anteriormente. Quem tomou a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, deve, preferencialmente, receber uma dose de reforço de uma vacina diferente. Tanto o Ministério da Saúde quanto a Anvisa recomendam a vacina da Pfizer, a única no Brasil que contém MRNA, material genético do novo coronavírus.

Outras recomendações

» Adoção de um programa adicional para o monitoramento e farmacovigilância do uso da vacinação em desacordo com a bula;

» Acompanhamento pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) das doses de reforço aplicadas das vacinas contra a covid-19;

» Adiamento, por precaução, da dose adicional de vacina de MRNA em indivíduos que tiveram miocardite ou pericardite após qualquer dose anterior da vacina de MRNA, até que mais informações estejam disponíveis. A mesma medida deve ser adotada para todas as vacinas, no caso do vacinado ter apresentado evento adverso grave após qualquer dose anterior.

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FOLHA DE S.PAULO

Novos planos de saúde oferecem médico da família que acompanha usuário

Convênios investem em redes próprias de atendimento e fazem parcerias com hospitais de referência

Novas operadoras têm tentado se desvincular dos modelos tradicionais de planos de saúde. Entre as novidades oferecidas, está a ampliação do serviço de médico de família, responsável por acompanhar o paciente, e a aquisição de clínicas e hospitais próprios.

Criada em junho de 2020 em São Paulo, a startup Alice disponibiliza uma equipe fixa para cada paciente, com médico de família, preparador físico, enfermeiro e nutricionista. O acompanhamento é feito por um aplicativo desenvolvido pela empresa e na clínica da operadora. Hoje, são atendidas cerca de 5.000 pessoas.

O usuário também tem acesso a um hospital de referência escolhido por ele. Entre os parceiros da startup estão o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Ricardo Queiroz, 30, especialista em inovação, é usuário do plano há um ano e um mês. Ele realiza checkups trimestrais com seu médico e todo mês tem consulta com nutricionista e preparador físico.

“Quando procurei a Alice, uma das coisas de que gostei é que não é um plano para tratar doenças. A empresa faz a gestão da minha saúde.”

Por meio do aplicativo, o usuário tem acesso à sua equipe de especialistas. Em caso de urgência, há um canal na ferramenta que permite um atendimento mais rápido. Se houver necessidade, o paciente é encaminhado para um pronto-socorro de um dos hospitais parceiros.


Para cirurgias, as unidades hospitalares do convênio são usadas. Quando é preciso fazer exames, há a opção de usar laboratórios parceiros ou a clínica da startup, chamada de Casa Alice.

O espaço, em Pinheiros (zona oeste da capital), é uma casa-conceito, com ambientes ao ar livre e lanches que podem ser retirados após as consultas. Nos consultórios, os médicos não usam jalecos. A sala é composta por sofá e poltrona, onde o paciente e o profissional conversam.

Embora haja a intenção de construir outras unidades da clínica, o administrador Guilherme Azevedo, um dos fundadores da Alice, diz que é cedo para saber quando o serviço vai chegar a regiões periféricas. “A nossa visão a longo prazo é tornar o mundo mais saudável, começando pelo Brasil. Então, temos que criar produtos mais acessíveis. Mas isso leva um tempo.”

Desde que começou a atuar, a startup já baixou o preço do plano para pessoas com 30 anos, que custava aproximadamente R$ 900 no modelo mais barato, para R$ 579. A opção mais cara para essa faixa etária sai por volta de R$ 1.400. Para pessoas acima de 60 anos, o preço pode passar de R$ 5.500, de acordo com simulação feita no site.

Todos os planos garantem acesso à Casa Alice e ao serviço digital; o que muda é o hospital de referência.

Com um pouco mais de um ano de operação, a Qsaúde, outro plano de São Paulo, oferece uma rede de atendimento interligada, com acesso ao histórico do usuário. Quando assina o contrato, o paciente passa por uma entrevista, na qual é traçado seu perfil epidemiológico.

Com os dados coletados, é feita uma estratificação de risco, na qual são avaliadas abordagens para cuidar da saúde do cliente, explica Ricardo Casalino, diretor médico da startup. A partir disso, o usuário é vinculado a uma equipe composta por médico de família, enfermeiro, educador físico, nutricionista e psicólogo.

O plano foi criado para ser usado de forma virtual. Lá, o paciente consegue entrar em contato com o médico e fazer suas consultas.

A administradora de empresas Miriam Mitiê Iamamoto Viel Ferro, 40, está na sua segunda gravidez, e, como é uma gestação de risco, é monitorada pela enfermeira Renata Gama de forma remota.

Miriam contratou o serviço em março e já vê diferença em relação aos planos convencionais. “[O modelo tradicional] é mais impessoal, o acompanhamento não é tão de perto.”

Outra operadora que aposta no contato direto com o paciente é a Leve Saúde, focada em pessoas com mais de 45 anos.

O plano atende no estado do Rio de Janeiro, nas cidades de Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu e São Gonçalo, além da capital. Com mais de um ano de operação, tem cerca de 11 mil associados.

Para aderir ao convênio, o contratante é submetido a uma entrevista. Depois, fica com uma equipe médica à disposição. Segundo Claudio Borges, diretor comercial da empresa, cada grupo de especialistas é responsável por acompanhar 2.000 beneficiários.

Do total de usuários, 65% têm mais de 60 anos, sendo que 300 deles estão com mais 90. O preço médio para a última faixa etária é de R$ 730.

O aposentado Manuel da Silva, 77, já teve outros planos, que custavam cerca de R$ 1.700 mensais –hoje, ele paga R$ 800. Além do preço mais baixo, Silva diz que sente diferença no atendimento. Todo mês, a médica de família entra em contato com ele e, se preciso, o encaminha para a clínica. “Tenho um médico para chamar de meu.”

A Leve Saúde também tem investido em uma rede própria. A empresa já comprou duas unidades hospitalares, uma na Baixada Fluminense e outra na zona norte, e quatro policlínicas na capital.

Embora o modelo de acompanhamento seja oferecido como um diferencial pelas novas operadoras, algumas companhias tradicionais têm criado serviços parecidos.

“Há empresas que já surgem nessa nova realidade, mas isso não é impedimento para que as mais tradicionais adotem esses recursos”, afirma Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Esse é o caso da Seguros Unimed, que, junto da Central Nacional Unimed, criou a iniciativa Cuidando de Perto, que envolve uma série de programas de acolhimento.

Um deles é o de Covid, no qual a operadora oferece fisioterapia, apoio psicológico e outras formas de cuidado para quem já teve a doença.

Luís Fernando Rolin Sampaio, diretor-executivo da empresa, diz que houve crescimento de quase 100% do uso do plano nos seis meses após a alta desses pacientes. “Eles saem com sequelas que demandam cuidados.”

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Ministério da Saúde deve desistir da 2ª dose da Janssen no esquema primário

O Ministério da Saúde deve recuar na decisão de aplicar uma segunda dose da vacina da Janssen como parte do esquema primário. A pasta deve adotar apenas a dose de reforço para quem tomou o produto contra a Covid.

A vacina da Janssen é a única aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dose única. As vacinas da Pfizer, Coronavac e AstraZeneca precisam de duas doses para o esquema primário completo.

Segundo membros da pasta ouvidos pela reportagem, a recomendação será de que essa dose de reforço seja aplicada de dois a cinco meses depois da dose única.

Ainda será analisada a possibilidade de uma terceira dose após a aplicação das duas doses. Isso porque ainda há estudos em andamento sobre a necessidade ou não dessa aplicação extra.

Em coletiva de imprensa na terça-feira (16), o Ministério da Saúde havia anunciado, porém, que a segunda dose da Janssen deveria ser aplicada dois meses após a primeira na população adulta.

Já a dose de reforço, conforme dito na terça, deveria ser usada após cinco meses do esquema primário completo. A recomendação era que fosse feita com um imunizante diferente, preferencialmente o da Pfizer.

“No início a recomendação é que ela fosse de dose única. Hoje nós sabemos que é necessário essa proteção adicional. Esses que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose do mesmo imunizante. E como nós temos quantitativo não vai ser um esforço muito grande”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na ocasião.

“A sequência é: completou cinco meses da segunda dose, receberá uma dose de reforço preferencialmente com uma vacina diferente, heteróloga [?] A Janssen também requer duas doses para a vacinação primária. As evidências científicas vão sendo construídas com o tempo”, continuou.

A pasta foi procurada para comentar o recuo, mas não respondeu aos questionamentos até a publicação do texto.

O anúncio da aplicação da segunda dose e da dose de reforço da vacina da Janssen para a Covid-19 feito no dia 16 pegou de surpresa gestores de saúde, a Anvisa e até o laboratório produtor da vacina de surpresa.

Dois dias depois, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) solicitou dados ao Ministério da Saúde sobre a decisão de passar a aplicar a vacina da Janssen em duas doses no esquema primário.

Na data, a agência reguladora também pediu explicações sobre a decisão de liberar a dose de reforço da vacinação contra Covid-19 a todos adultos.

Para a Anvisa, o Ministério da Saúde respondeu que o reforço da vacina da Janssen deve ser aplicado com o mesmo imunizante.

“Como vislumbrado, a estratégia para as doses de reforço é preferencialmente da plataforma RNA mensageiro ou, alternativamente, vacina de vetor viral. Assim, recomendamos o esquema homólogo para os imunizantes da Pfizer e Janssen e heterólogo para os demais, orientação já consolidada nas Notas Técnicas anteriores que trataram da dose de reforço para população acima de 60 anos e trabalhadores da saúde”, mostra ofício da pasta a que a Folha teve acesso.

Em pedido enviado à Anvisa no último sábado (20), a Janssen solicitou a manutenção do ciclo básico de dose única e a aplicação do mesmo produto no reforço.

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BRASIL 247

Recusa a Carnaval em 2022 é opinião unânime entre secretários estaduais de Saúde

Os secretários estaduais de Saúde são unânimes na reprovação à realização do Carnaval em 2022. A afirmação é de Carlos Lula, presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e titular da pasta no Maranhão.

Há o temor generalizado de que as aglomerações gerem uma nova onda de contaminações.

Até o momento, ao menos 58 cidades paulistas já anunciaram o cancelamento do Carnaval. Em capitais como São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Recife, a realização de eventos ainda é incerta e depende da evolução da pandemia, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

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A REDAÇÃO

Endocrinologistas goianos condenam uso do “chip da beleza”

Carla Lacerda

Goiânia – Condenado nacionalmente em mais de uma oportunidade pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o chamado “chip da beleza” – que consiste em um implante hormonal subcutâneo para fins estéticos e de aumento de desempenho físico, muito utilizado pelas mulheres -, também não encontra respaldo entre os especialistas que atuam em Goiás.  A mais recente orientação da Sbem nacional é bem clara e ratifica as posições anteriores: 

“A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) vem a público informar que também não reconhece os implantes de gestrinona como uma opção terapêutica para tratamento de endometriose, rechaça veementemente o seu uso como anabolizante para fins estéticos e de aumento de desempenho físico, e conclama as autoridades regulatórias para incluir a gestrinona na lista C5 e aumentar a fiscalização do uso inadequado destes implantes hormonais no nosso país”, diz trecho do documento divulgado no último dia 6 de novembro.
 

A decisão é acompanhada em 100% pela regional da Sbem em Goiás, presidida pelo endocrinologista Marco Elísio Sócrates de Castro. “Não há o reconhecimento científico para o tratamento de nenhuma doença ou situação a partir da gestrinona (um dos hormônios mais utilizados no chip da beleza)”, ressalta. “Uma das nossas lutas, atualmente, é para que a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] inclua a gestrinona no rol de anabolizantes, porque, assim, teríamos o controle especial e, na receita, haveria o CPF do prescritor e o CID da doença”, explica Marco, ao destacar que a medida seria uma estratégia para coibir o uso desse implante hormonal no Brasil.      

Neste sentido, a coordenadora do ambulatório de Tireoide do Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG e também integrante da Sbem-GO, Raquel Andrade de Siqueira, lembra que a gestrinona já está na lista internacional de substâncias proibidas no esporte pela Agência Mundial Antidoping, a World Anti-Doping Agency (Wada). “Trabalhamos na conscientização, junto a colegas médicos e à sociedade, para mostrar que não há segurança científica no uso do chip da beleza”, pontua Raquel. 

Riscos

Na última recomendação emitida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia está latente a preocupação com o aumento do uso desse recurso estético:  “No Brasil, a utilização de implantes hormonais utilizando esteroides sexuais e seus derivados aumenta de forma avassaladora”. 

“O comunicado da Sbem foi muito importante e serve como alerta”, avalia o endocrinologista Elias Hanna, que também é conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Ele reforça o que dizem os colegas: o chip da beleza não tem, conforme pontuam os especialistas, aceitabilidade terapêutica, já que não é um medicamento oral e, muito menos, deve ser recomendado para fins estéticos. “O excesso de androgênios traz inúmeros prejuízos à saúde da mulher, como propensão às doenças cardiovasculares e risco aumentado de câncer de mama e endométrio”, exemplifica.
 

A lista de malefícios, principalmente a longo prazo, é densa: além dos complicadores citados por Hanna, existem outros, alguns irreversíveis, como alteração da voz e aumento do clitóris. Aumento de pelos, oleosidade da pele, acne, toxidade hepática, risco de trombose também estão entre os efeitos colaterais da gestrinona.   

Mito da Mulher Maravilha

A coordenadora do HGG faz uma análise sobre o ritmo da sociedade atual, que não reconhece os limites físicos e o cansaço como características naturais de qualquer ser humano. Neste contexto, a mulher se sente ainda mais cobrada a atingir um padrão de perfeição que, na verdade, é inalcançável. 

“Vivemos em uma sociedade do ‘cansaço’, em que as pessoas são valorizadas pelo tanto que produzem. Por isso, estão eternamente insatisfeitas”, assinala Raquel Andrade. “Muitas mulheres que buscam o chip da beleza estão atrás do vigor físico para dar conta de tantas tarefas e papeis desempenhados ao longo do dia”, complementa a especialista, que acompanha a posição da Sbem em condenar o uso da substância por falta de evidências na literatura médica. 

Charlatanismo
Elias Hanna informa ainda que o exercício mercantilista da medicina é passível de pena no Cremego. “Denúncias podem ser feitas no conselho e as penas, se o caso for julgado procedente, depois da apresentação da defesa, podem variar de advertência à cassação do registro profissional”. 

Na Sbem-GO chegaram, até o momento, duas denúncias de endocrinologistas que teriam receitado a gestrinona. A regional conta, atualmente, com 160 inscritos. 

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Cremego abre vagas para estagiários de Direito, Economia e outras áreas

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) abre, nesta sexta-feira (26/11), o período de inscrições para o processo de seleção pública de estagiários. Podem participar estudantes dos cursos de Direito (2º ao 7º período); Economia, Administração, Biblioteconomia e Ciências da Computação (2º ao 5º).

As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de dezembro, pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), mediante acesso ao portal www.ciee.org.br. O Ciee será o responsável pelo processo seletivo de formação de cadastro reserva.

O resultado será divulgado no dia 7 de janeiro de 2022, a partir das 8h, pelo site do Ciee. Segundo o Cremego, os classificados serão convocados à medida que surgirem vagas. A duração do estágio será de, no máximo, dois anos, com exceção dos casos de estagiários com deficiências.

O valor das bolsas-auxílio será de R$ 1.275,00, para os estagiários com jornada de seis horas diárias. Já para quatro horas diárias, o valor será de R$ 850,00. Todos os estagiários receberão vale-transporte calculado pela quantidade de dias úteis do mês, por meio do Cartão Fácil Sitpass.

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Goiás ultrapassa marca de 930 mil casos de covid-19

Goiás registrou 2.548 novos casos da covid-19 e 17 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados na tarde desta quarta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o Estado chega a 930.005 casos e 24.477 óbitos confirmados de covid-19.

Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 899.245 pessoas que tiveram a doença e estão recuperadas. No Estado, há 580.263 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 291.407 casos.

Além dos 24.477 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,63%, há 391 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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JORNAL OPÇÃO

Piso da enfermagem pode levar municípios ao colapso, afirma CNM em nota

Por Katiúscia Pessoni

O plenário do Senado aprovou projeto de lei que estabelece um piso salarial nacional de R$ 4.750 para enfermeiros com carga horária de 30 horas

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) afirmou nesta quarta-feira, 24, em nota oficial, que está indignada com a aprovação do piso de enfermagem sem indicação de fontes de custeio. O projeto foi aprovado pelo Senado Federal com a retirada da emenda 2, apresentada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT).  o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, diz que não se pode aceitar novamente imposição de despesas sem que seja considerada a situação fiscal daqueles que estão na ponta, prestando grande parte dos serviços à população.

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 24, projeto de lei que estabelece um piso salarial nacional para enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem. O texto da relatora, Zenaide Maia (Pros-RN), prevê o piso salarial de R$ 4.750 para os enfermeiros com uma carga de 30 horas semanais, seja da rede pública ou privada.

Confira nota completa

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), em nome do movimento municipalista, vem a público manifestar indignação com a aprovação, pelo Senado Federal, do Projeto de Lei (PL) 2.564/2020 com a retirada da emenda 2, apresentada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT). A CNM reforça a necessidade de valorização dessas carreiras, mas destaca que, como aprovado, a partir de acordo entre senadores e governo federal para eximir a União da sua corresponsabilidade no custeio da Saúde, o projeto leva a já frágil situação fiscal dos Municípios ao colapso imediato.

Mais uma vez o Senado se alia ao Executivo federal e impõe proibitivo custo aos Entes Federados, sem qualquer análise acerca da fonte de recurso para a obrigação, demonstrando que a Casa da Federação neste ato desequilibra o pacto federativo. A entidade alerta que o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira trará um impacto direto imediato às gestões Municipais de R$ 20 bilhões ao ano.

Não se pode aceitar novamente imposição de despesas sem que seja considerada a situação fiscal daqueles que estão na ponta, prestando grande parte dos serviços à população. O impacto previsto representa praticamente todo o repasse de 2020 destinado à Atenção Básica feito pelo governo federal aos Fundos Municipais de Saúde. Isso significa menos recursos para a atividade fim em Saúde. Serão menos recursos para unidades de saúde, compra de medicamentos, dentre outras necessidades que impactam diretamente a vida da população. Uma votação irresponsável fiscalmente, que mais uma vez joga a conta para cima do cidadão.

São 781,4 mil profissionais contratados direta e indiretamente pelos Municípios. A realidade atual é muito difícil, os dados do relatório de gestão fiscal do 3º quadrimestre de 2020, com informação de 3.034 Municípios, revelam que 60% dos executivos municipais estão com despesa de pessoal acima de 48,6% da RCL – valor apenas 3% abaixo do limite prudencial. Com isso, podem ter os repasses constitucionais cortados.

Na tentativa de reverter a situação e viabilizar a imediata execução do piso sem ferir as finanças do Ente local, a CNM apresentou sugestão de emenda, que foi acolhida e apresentada como o Destaque 2.297/2021. A entidade pediu que o piso fosse integralmente custeado pela União, por meio de repasses mensais para os fundos municipais de saúde. Esse critério já ocorre com o custeio dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

Diante desse cenário, a Confederação lamenta que mais uma vez os parlamentares tenham escolhido agir de modo eleitoreiro e irresponsável, repassando uma conta claramente inviável para os Municípios brasileiros. É esse tipo de decisão tomada em Brasília que desequilibra o pacto federativo e traz enormes e irreparáveis prejuízos à sociedade.

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Deputado busca criar CPI que investiga gestão da Santa Casa de Goiânia

Por Gabriela Macedo

Gustavo Sebba (PSDB) garantiu que a CPI será aberta; até o momento foram coletadas dez assinaturas; ao todo, são necessárias 14

Durante o pequeno expediente da sessão ordinária desta terça-feira, 23, o deputado e presidente do Conselho de Ética e da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Gustavo Sebba (PSDB), anunciou que busca criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta irregularidades cometidas na gestão da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Segundo ele, a expectativa é que este seja a primeira CPI criada em 2022.

Durante a sessão, o deputado justificou a medida ao pontuar se dever da Alego fiscalizar o uso do dinheiro público e que a Santa Casa de Goiânia passa, na perspectiva dele, por uma gestão bagunçada e dispendiosa. Ao Jornal Opção, ele explicou que começou a coletar as assinaturas para a criação da CPI em outubro, e até o momento, conta com dez assinaturas. Para instalar a comissão, são necessárias pelo menos 14, segundo o regimento interno da Casa.

O que motivou o processo de instalação da comissão foi a grande quantidade de denúncias recebidas pelo parlamentar – que foram feitas tanto por pacientes quanto por profissionais e prestadores de serviço. Segundo ele, as denúncias são graves e precisam ser apuradas com “rigor”.

“As principais queixas são todas relacionadas a má gestão. Para se ter uma ideia, os repasses do estado para a Santa Casa foram suspensos por mais de seis meses por falhas na prestação de contas. A falha foi exclusivamente da entidade, o estado estava pronto para fazer os repasses. Isso afetou toda a qualidade do serviço prestado. Há casos de pacientes que precisaram ser amputados por negligência na manutenção de equipamentos, por exemplo. Há denúncias até de superfaturamento. Considerando que a entidade recebe R$ 2 milhões por mês somente do governo estadual, é fundamental que a gente investigue essas suspeitas.”, pontuou.

Além da instalação da CPI, que Sebba garante que será realizada, ele afirma ter levado as denúncias para conhecimento do Ministério Público de Goiás (MP-GO), onde já foi solicitada uma autoria por parte do estado à instituição. “Independentemente da CPI, a Santa Casa precisará se explicar à sociedade goiana”, afirma. De acordo com o deputado, com a instalação da auditoria e a apuração por parte do MP, pode ocorrer, inclusive, “no rompimento do convênio milionário do estado com a entidade, o que afetaria a qualidade do serviço ofertado”.

Na sessão ordinária, o deputado Hélio de Sousa declarou que não dará apoio a abertura da CPI, com a justificativa de que a comissão atrapalharia a recuperação da instituição – que, segundo ele, tem sido bem administrada desde 2017, quando a Dra. Irani Ribeiro se tornou superintendente da entidade. Ele ainda recomendou aos demais parlamentares da Casa que conversassem com médicos da Santa Casa antes de assinarem o pedido de criação da CPI.

Sebba, no entanto, não deixou de reforçar ao Jornal Opção que a instalação da CPI tem como objetivo garantir a qualidade do serviço prestado pela instituição. “A Santa Casa atingiu o status que tem graças a um corpo médico muito qualificado, que está tendo o seu trabalho prejudicado pelas situações que apontei. Reconheço a importância da entidade para a saúde de todo o estado, mas, acima de tudo, reconheço a qualidade dos profissionais de saúde que lá atendem e que precisam de melhores condições para exercer o ofício”, completou.

Procurada pelo Jornal Opção, a Santa Casa de Misericórdia afirma que não tem o que comentar sobre o assunto, uma vez que “o plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás já rejeitou a instalação de uma CPI sobre a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia”, ainda que o deputado tenha ressaltado que a CPI será instaurada no próximo ano.

Confira a nota da Santa Casa de Misericórdia na íntegra:

“O Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás já rejeitou a instalação de uma CPI sobre a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Diante deste fato, o hospital não tem o que comentar sobre o assunto. Ressaltamos que temos uma gestão transparente e responsável.”

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Assessoria de Comunicação

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