Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25 A 27/03/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dasa e Hapvida se preparam para ‘follow-on’

ANS suspende a comercialização de 32 planos de saúde

Para zerar fila, SUS planeja atendimento noturno e aos fins de semana

Teste online e gratuito indica fatores de riscos para a saúde renal

Só este ano, Goiás registrou quase 100 casos de intoxicação por plantas

Pandemia aumentou busca por diagnóstico de autismo em adultos

VALOR ECONÔMICO

Dasa e Hapvida se preparam para ‘follow-on’

Endividadas, empresas de saúde buscam nova capitalização para dar alívio aos seus balanços

As empresas de saúde Dasa e Hapvida conversam com bancos para fazer ofertas subsequentes de ações (“follow-on”), apurou o Valor. A família Bueno, controladora de laboratórios de diagnósticas e hospitais, pretende levantar R$ 1 bilhão – o BTG Pactual também vai colocar R$ 500 milhões, depois da divulgação dos resultados da companhia, previsto para esta terça-feira, conforme comunicado ao mercado.

Com grande alavancagem, as duas companhias de saúde buscam injetar dinheiro para dar alívio a seus balanços em um momento em que a taxa de juros está em 13,75% ao ano e a economia está em desaceleração.

Para evitar diluição, os acionistas controladores das duas companhias vão participar das ofertas, que deverão ocorrer em abril, em meio à aversão ao risco do mercado, dizem pessoas familiarizadas com o tema.

Para driblar a volatilidade do mercado, a Hapvida tem costurado, antes de lançar a operação, a participação de fundos especializados na área de saúde para ancorar a transação, segundo fontes. Interlocutores afirmam que o Bank of America está liderando essas conversas, mas outros bancos já teriam sido contratados nas últimas semanas.

Na operação da Dasa, o sindicato foi fechado e inclui o BTG Pactual, que já era assessor financeiro da empresa e a ajudava na busca de investidor. Também participam Itaú BBA e Bradesco BBI.

Empresas especializadas em reestruturação alertam que empresas de saúde começam a passar por um escrutínio financeiro por conta do movimento de consolidação recente – além das dívidas, parte das companhias ainda não conseguiu integrar seus diversos negócios.

No caso da Hapvida, o “follow-on” – jargão em inglês para oferta subsequente – não é a única alternativa que está sendo explorada. A companhia passou as últimas semanas em contato com diversos fundos e investidores, não só os ligados ao setor de saúde, segundo fontes.

Além da capitalização via oferta de ações, que garantirá uma entrada mais rápida de recursos no caixa, a companhia conversa com investidores para vender seus imóveis, como hospitais (e então fechar contrato de aluguel), operação conhecida como “sale and lease back”. Vendas de outros ativos também estão no radar, ainda de acordo com fontes a par do assunto, que falaram na condição de anonimato. Diversos fundos ficaram de analisar os imóveis, entre eles o Prisma, apurou o Valor. A venda de imóveis próprios pode dar alívio à companhia, que está alavancada.

Maior operadora de saúde do país, a Hapvida viu suas ações da sofrer um forte baque desde o início de março, após a divulgação do balanço do quarto trimestre, que veio com alto índice de sinistralidade e abaixo das projeções feitas pelo mercado. A companhia também colocou à venda dois ativos não estratégicos – a Resgate São Francisco, de transporte de pacientes, e a empresa de tecnologia voltada à saúde Maida -, conforme já noticiou o Valor.

Os ativos não estratégicos colocados à venda não são de alto valor, principalmente dado o porte da Hapvida, mas trazem uma importante sinalização de que a companhia de saúde quer buscar maior eficiência financeira.

Quando a fusão com a entre Hapvida e Intermédica foi anunciada, no início de 2021, as companhias combinadas valiam cerca de R$ 130 bilhões e eram consideradas as “queridinhas” do setor de saúde por atuarem com um modelo verticalizado, considerado mais resiliente. Na sexta-feira, dia 24, o valor de mercado da companhia resultante era de R$ 16,1 bilhões, segundo o Valor Data. As ações recuam 80% em 12 meses e 49,9% desde a divulgação do último balanço.

Há poucas semanas, a Hapvida acessou o mercado de renda fixa local por meio de uma emissão de debênture no valor de R$ 750 milhões, mas de curtíssimo prazo. Os papéis têm um ano até o vencimento e taxa de CDI mais 1,7%.

A Hapvida já havia sinalizado que tinha na mesa possibilidades de levantar capital. Em comunicado ao mercado divulgado no dia 9 de março, a companhia informou que estava “estudando mecanismos de aprimoramento da sua estrutura de capital, dentre os quais a potencial alienação de ativos fixos relevantes em estruturas como ‘sale & lease back’ envolvendo potenciais investidores”. Na ocasião, disse também que continuava “analisando eventuais alienações de ativos não relacionados às atividades principais. Este movimento se encaixa no contexto de focar os esforços da gestão em seu negócio principal, especialmente após a fusão com a NotreDame Intermédica.”

Controlada pela família que fundou a Amil, a Dasa reúne laboratórios e hospitais, que foram incorporados com os ativos da Ímpar. Assim, a empresa passou por um forte movimento de consolidação. Com receita bruta consolidada de R$ 10,6 bilhões de janeiro a setembro do ano passado, a companhia encerrou o terceiro trimestre de 2022 com dívida de R$ 7,799 bilhões – o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,8 vezes em setembro passado, considerado alto e que coloca a empresa sob luz amarela no mercado financeiro.

Com pesadas dívidas, a Dasa, dona da rede Delboni Auriemo, e controlada pela família Bueno, estava em conversas com fundos de private equity (que compram participação em empresas) em busca de uma capitalização em torno de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões, segundo fontes.

A Dasa chegou a falar com gestoras especializadas em crédito para empresas no fim do ano passado, mas as conversas não evoluíram. Uma das razões, segundo uma fonte, seria que a família Bueno achou cara a estrutura de “private placement” (aporte privado). Uma alternativa seria uma operação de crédito na qual as garantias seriam bens dos Bueno.

Dessa forma, a família não precisaria desembolsar dinheiro para evitar a diluição de sua fatia na Dasa.

Procurada para comentar sobre o “follow on”, a Hapvida mantém as informações do comunicado ao mercado no dia 9 de março.

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ANS

ANS suspende a comercialização de 32 planos de saúde

Medida é resultado do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que avalia as operadoras a partir de reclamações assistenciais

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga nesta sexta-feira (24/03) a lista de planos de saúde que terão a venda temporariamente suspensa devido a reclamações relacionadas a cobertura assistencial. A medida faz parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que acompanha regularmente o desempenho do setor e atua na proteção dos consumidores. Nesse ciclo, a ANS determinou a suspensão de 32 planos de oito operadoras devido a reclamações efetuadas no 4º trimestre de 2022.  

A proibição da venda começa a valer no dia 29/03. Ao todo, 436.526 beneficiários ficam protegidos com a medida, já que esses planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado no monitoramento. 

Além das suspensões, a ANS também divulga a lista de planos que poderão voltar a ser comercializados. Nesse ciclo, sete planos de duas operadoras terão a venda liberada pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento.  

Resultados do Monitoramento da Garantia de Atendimento (4º trimestre) 

·        32 planos com comercialização suspensa  

·        Sete planos com a comercialização liberada  

·        436.526 beneficiários protegidos 

·        42.043 total de reclamações no período de 01/10/2022 a 31/12/2022. 

Sobre o Monitoramento da Garantia de Atendimento  

O Monitoramento da Garantia de Atendimento é o acompanhamento do acesso dos beneficiários às coberturas contratadas, realizado com base nas reclamações recebidas pela ANS e na quantidade de beneficiários de planos de saúde. As reclamações consideradas nesse monitoramento se referem ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial.  

A partir dessas informações as operadoras são classificadas em faixas, possibilitando uma análise comparativa entre elas. As operadoras enquadradas nas faixas superiores do monitoramento apresentam um pior resultado no indicador da operadora.  

As informações são processadas periodicamente, e os resultados são divulgados trimestralmente.  

Sobre a suspensão da comercialização de planos  

A partir do resultado do monitoramento, as operadoras reiteradamente com pior resultado são avaliadas e para aquelas que apresentam risco à assistência à saúde são identificados os planos que terão o ingresso de novos beneficiários vedado temporariamente.  

A cada trimestre a listagem de planos é reavaliada, e as operadoras que deixarem de apresentar risco à assistência à saúde são liberadas, pelo monitoramento, para oferecer os planos para novas comercializações. 

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O ESTADO DE S.PAULO

Para zerar fila, SUS planeja atendimento noturno e aos fins de semana


Para tentar zerar a fila de cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (SUS), uma das prioridades go governo federa nos primeiros 100 dias é levar profissionais de saúde para o Norte do país e realizar procedimentos à noite e aos finais de semana.

O Programa Nacional para Redução das Filas, anunciado pelo Ministério da Saúde em janeiro, fará o repasse de R$ 600 milhões a estados e municípios para a realização desses procedimentos. A primeira parcela do recurso, de R$ 200 milhões, será entregue com a aprovação do diagnóstico enviado pelos estados.

Segundo o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, a estimativa é que deve haver de dois a três milhões de cirurgias represadas no país. Aos estados e municípios caberá a responsabilidade de informar sobre os procedimentos represados e as prioridades. Dessa forma, o Ministério da Saúde terá um diagnóstico preciso da situação no Brasil.

A pasta exige que no documento as unidades da federação informem qual o tamanho da fila, a expectativa com o plano de redução, quais os procedimentos colocados como prioridade, em quais os municípios e os prestadores.

O Ministério da Saúde já recebeu 11 planos dos estados do Amapá, Amazonas, Tocantins, Bahia, Acre, Rondônia, Maranhão, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Espírito Santo. No Brasil, segundo o secretário, a fila SUS é grande e distorcida. Isso porque, dependendo do procedimento, tem gente que espera mais de um ano. Ele citou que em Roraima, por exemplo, não há cirurgias eletivas.

“Estamos aproveitando para entender qual o mecanismo de cada estado para saber sua fila. Tem fila que os estados organizam, que os municípios organizam, tem fila dentro do hospital. Os pacientes transitam de uma fila para outra e nem todas [as filas] tem a informação com CPF”, disse o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior.

O secretário disse ainda que haverá estratégias diferenciadas para atender as especificidades de cada estado, inclusive com hospitais públicos, filantrópicos e até particulares, entre elas com os hospitais federais da Ebserh, que conta atualmente com 41 unidades. Segundo o gestor, uma das estratégias deve ser a migração de equipes completas de médicos do Sul e Sudeste para o Norte, região com maior déficit de profissionais de saúde do país. “A gente precisa primeiro ter um retrato da necessidade, vamos colocar uma pessoa em cada estado para entender a dinâmica”, afirmou.

Essa é a primeira estratégia para o Programa Nacional para Redução das Filas. No segundo semestre, segundo o Ministério da Saúde, o ministério deve anunciar repasses para redução de exames de diagnóstico. Especialistas afirmam que o programa federal tem que ser bem estruturado para evitar emprego de recursos sem resolução do problema.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Cesar Eduardo Fernandes, lembrou que a covid-19 represou as filas porque todo aparato médico foi encaminhado para o atendimento da doença. Com isso, doenças infecciosas, transmissíveis, crônicas, oncológicas ficaram com o rastreamento prejudicado.

“É importante uma política para a redução de filas e precisa ser bem desenhada pela complexidade do país. Não basta levar médico para determinadas regiões para realizar cirurgias caso não tenha estrutura necessária”, disse. Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz.

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MEDICINA S/A

Teste online e gratuito indica fatores de riscos para a saúde renal




Uma doença que evolui silenciosamente e, na maior parte dos casos, só apresenta sintomas em estágio avançado. Assim é a Doença Renal Crônica (DRC), enfermidade que leva à perda progressiva, e até mesmo irreversível, do funcionamento dos rins. Por meio de um teste online, desenvolvido pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), em parceria com a AstraZeneca, as pessoas podem descobrir se fazem parte de algum grupo de risco para o desenvolvimento de doenças renais.

Além disso, informações do tema são apresentadas na plataforma do quiz à população, como por exemplo, a relação da doença renal com diabetes e hipertensão, já que essas são as principais causas de DRC¹. Em busca de conscientização, a ISN e AstraZeneca aprofundam sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce como forma de combate, aliado a indicação de consulta regular com um profissional de saúde para acompanhamento personalizado.

No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a estimativa é que mais de dez milhões de pessoas tenham a DRC². Desses, cerca de 148 mil estão em diálise (um processo de substituição de parte das funções dos rins), número que cresceu mais de 100% nos últimos dez anos³. A dificuldade do diagnóstico precoce da DRC, por ser, na maioria das vezes, assintomática nos estágios iniciais, faz com que muitas vezes a doença seja identificada somente quando os rins já estão bastante comprometidos. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre a importância desse órgão, formas de prevenção e sobre o rastreamento da doença. Para garantir o diagnóstico, é importante conversar com um médico para manter o controle renal em dia ao fazer exames como a dosagem de creatinina no sangue e de avaliação da urina¹.

Referências

1 Shlipak MG et al. Kidney Int. 2021;99:34-47

2 Ministério da Saúde. Dia Mundial do Rim 2019: Saúde dos Rins Para Todos. Disponível aqui. Acesso em 24 de fevereiro de 2023.

3 Saldanha FBNHNLF, Vieira Neto TOM, Sesso R, Lugon JR. Brazilian Dialysis Survey 2021. Braz. J. Nephrol. 2022;00(00):00. Disponível aqui.

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JORNAL OPÇÃO

Só este ano, Goiás registrou quase 100 casos de intoxicação por plantas

Pesquisas revelam que cerca de 2 mil casos de intoxicação de crianças por plantas são registrados todos os anos no Brasil. O último boletim do Centro de Informação e Assistência Tectonológica de Goiás (Ciatox), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), revela que houve 98 notificações em Goiás somente neste ano, com prevalência de casos no público infantil.

Por isso, é necessário redobrar a vigilância e os cuidados para evitar reações graves.As principais vítimas são crianças menores de 4 anos, em decorrência da curiosidade, fome e fácil acesso às plantas em ambiente doméstico.

Os sintomas mais severos são gastrointestinais, respiratórios, distúrbios neurológicos, distúrbios cardiológicos e cutâneos.

Conforme dados do Ciatox, as plantas que possuem cristais de oxalato de cálcio são as que mais causam acidentes, como begônia e espada-de-São-Jorge.

Prevenção e tratamento

O médico do Ciatox João Vasconcelos pontua que é fundamental adotar medidas preventivas que reduzam o risco de exposição às plantas.

“Manter plantas venenosas fora do alcance das crianças é uma medida fundamental. Isso pode ser feito, por exemplo, posicionando vasos e jardineiras em locais elevados ou inacessíveis”, afirma.

Vasconcelos ressalta ainda que é importante ensinar as crianças a não colocar na boca, comer folhas ou brincar com raízes desconhecidas.

Cuidados

É preciso ainda ter cuidado redobrado com plantas que liberam látex, que podem causar irritação na pele e mucosas, e não preparar chás caseiros ou remédios sem orientação médica.

Além dessas medidas, é importante que os adultos estejam vigilantes e supervisionem as crianças em áreas com vegetação, como parques, praças e jardins.

Em caso de suspeita de intoxicação por plantas, é essencial procurar atendimento médico imediatamente e, se possível, levar uma amostra da planta.

Nos casos de envenenamentos e intoxicações, a secretaria disponibiliza um telefone que funciona 24 horas para orientações: Ciatox – 0800 646 4350 ou 0800 722 6001.

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A REDAÇÃO

Pandemia aumentou busca por diagnóstico de autismo em adultos


Catherine Moraes 

Rio de Janeiro – Onde estão os adultos com autismo no Brasil? O resultado de uma pesquisa realizada pela neuropsicóloga e coordenadora do ambulatório de autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Joana Portolese revelou que 80% dos adultos com autismo do país ainda moram com os pais, 78% não trabalham e a maioria,  67%, são homens. Além disso, a maior parte faz uso de medicamentos. Os dados foram apresentados neste sábado (25/3), durante o Seminário Rio TEAMA, realizado no Othon Palace Capacabana, no Rio de Janeiro. 

A neuropsicóloga foi responsável pela palestra “Autismo ao longo da vida” e falou sobre o adulto que não recebeu na infância o acompanhamento multidisciplinar necessário. Ela também ressaltou o aumento de busca de diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) por adultos desde o início da pandemia. “O adulto que não recebeu acompanhamento na infância, ele perde o tempo da neuroplasticidade cerebral e as janelas de oportunidade para aprendizagem vão se fechando, tornando o aprendizado mais difícil. É como aprender uma língua, a alfabetização, a fala. Existe o aprendizado, mas com lacunas de conhecimento. Isso vai impactar aprendizagem, escola, autonomia e interação social”, pontuou. 

Joana explica que o trabalho em home office e as atividades on-line de forma geral despertaram sintomas antes camuflados. “No trabalho on-line, por mais que tenha diminuído a demanda social, outros sinais ficaram visíveis. No ambiente de trabalho, você pega um pouco das pistas, mas quando você está sozinho, a leitura é mais difícil. Muitos dizem que uma coisa é a entrega, em relação ao trabalho, projeto. Outra coisa é o como. Às vezes não entendo o que meu chefe fala, como ele pede, se está dando bronca. No trabalho presencial, muita vezes tem um amigo que ajuda no como”, pontua. 


Sem diagnóstico correto, muitos adultos, portanto, vão sendo tratados para ansiedade, depressão, Transtorno Obsessivo, Compulsivo (TOC) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). “São outros diagnósticos que não o autismo e aquilo nunca faz muito sentido. Quando ele recebe um diagnóstico acaba sendo libertador e possibilita uma compreensão sobre o funcionamento de si próprio”, acrescenta. 

A palestra falou sobre os reflexos, a longo prazo, da ausência de acompanhamento e tratamento necessário que começa, muitas vezes, pelo bullying, mas que reflete na exclusão nas escolas, na desistência dos estudos e em seguida, em altos índices de desemprego. Se por um lado, muitas mães deixam os trabalhos para se dedicar integralmente aos filhos, por outro lado ampliam números de stress crônico e risco de consequências graves envolvendo a saúde mental. As irmãs de homens com autismo foram pontuadas como grandes responsáveis pelos cuidados com eles à medida em que envelhecem e as avós com papel relevante no diagnóstico precoce. De forma geral, o encontro fala de como um diagnóstico envolve uma família inteira.

O evento

O Seminário Rio TEAMA começou na última sexta-feira (24/3) e segue até domingo (26/3), no Rio de Janeiro. O encontro, realizado há 5 anos, reúne palestrantes de todo o Brasil e também convidados internacionais. Neste ano, dividiu as temáticas em: Autismo na clínica; Autismo, pesquisas e intervenções e também políticas públicas. 
 

Organizadora do seminário, Andréa Bussadi afirma que o evento se tornou referência nacional e atribui esse resultado ao cuidado e emprenho com o qual realiza o Rio TEAMA. “Começamos esse encontro em 2018 e sempre batemos recorde de público. É um seminário baseado na ciência e que reúne os principais nomes do país. Sou mãe de autista com mais de duas decadas e fico muito feliz em ver aqui hoje pessoas do país todo. Temos gente do Acre, Mato Grosso e até um grupo grande do Nordeste. Este é o maior evento do Brasil devido à credibilidade que ele tem”, finaliza.

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Assessoria de Comunicação

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