Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 26/08/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Operação cumpre mandado de busca e apreensão na casa do secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino, em Goiânia

Proxalutamida: teste sem autorização em pacientes com covid será investigado

Queiroga: Estado que não seguir plano nacional pode ficar sem vacina

Covid-19: casos sobem para 20,6 milhões e mortes, para 576,6 mil

Goiânia chega a 73,91% da população vacinada com 1ª dose contra a covid-19

Em sete dias, número de casos de Covid-19 registrados em boletim goiano tem alta de 17,6 mil

Goiás apresenta aumento em hospitalizações por Covid-19, diz pesquisador da Fiocruz

PORTAL G1

Operação cumpre mandado de busca e apreensão na casa do secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino, em Goiânia

Operação investiga contratos supostamente superfaturados entre o instituto Iges-DF e empresas de radiologia e imagem, em 2018. Agentes apreenderam um pen drive na casa do secretário.

Por Rafael Oliveira, G1 GO

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu nesta quinta-feira (26) um mandado de busca e apreensão na casa do secretário Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, no condomínio Aldeia do Vale, em Goiânia.

O mandado faz parte da operação Medusa, que investiga contratações – supostamente superfaturadas – de empresas de radiologia e imagem pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que administa o Hospital de Base (HB-DF). Alexandrino foi diretor do hospital.

O secretário disse que está em Brasília para participar de uma reunião da comissão bi-partite de saúde e não acompanhou a busca em sua residência.

“Minha esposa me informou que houve uma visita da Polícia Civil e fizeram algumas perguntas, averiguaram documentos, mas levaram apenas um pen drive, que pode ter conteúdo de aulas que eu dou”, disse o secretário.

Alexandrino disse que foi o último diretor do Hospital de Base antes de a administração se tornar o instituo Iges-DF. “Até onde eu sei, porque não tive acesso ainda aos documentos, a suspeita foi na gestão atual. Estão avaliando contratos do GDF com o instituto”, explicou.

“Vou colaborar com tranquilidade com a investigação, mesmo porque todos os meus atos, à época, foram dentro da lei”, pontuou o secretário.

Além do pen drive, o secretário informou que agentes apreenderam uma espingarda. “Era do meu pai, que morreu e deixou de herança. Ela tem documento, mas é antigo. Os agentes disseram que não há crime com ela, que foi procedimento administrativo. Posso ir buscá-la depois”.

A suspeita é de que as contratações irregulares tenham ocorrido em 2018. À época, o Iges-DF se chamava Instituto Hospital de Base (IHBDF) e estava à frente apenas desta unidade de saúde.

Investigação

De acordo com a Polícia Civil, as investigações demonstram que “diversos contratos” apresentaram problemas nos “elementos técnicos dos atos convocatórios”. Ainda segundo a apuração, o contrato não especificava o que seria fornecido de serviços ao instituto.

Além disso, a apuração também identificou que as contratações ignoravam “por completo o princípio da economicidade”.

Os policiais analisaram que houve gastos superiores aos que poderiam ter sido feitos, além de haver suspeita de direcionamento do processo seletivo à empresa que foi contratada e “conluio entre empresas para se revezarem nas contratações”.

A Polícia Civil informou ainda que os mandados são cumpridos na casa de servidores do Iges-DF que atuaram na contratação e em endereços vinculados a empresas envolvidas no suposto esquema.

Segundo a investigação, apesar do Iges-DF não estar sujeito à “estrita observância da Lei Geral de Licitações e Contratos”, ele recebe recursos públicos. Por isso, a entidade deve cumprir “princípios gerais que norteiam a execução da despesa pública”.

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AGÊNCIA ESTADO

Proxalutamida: teste sem autorização em pacientes com covid será investigado

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) informou que vai abrir uma sindicância para investigar as ‘graves denúncias’ de irregularidades em um estudo que testava a eficácia da proxalutamida em pacientes com covid-19. O Ministério Público Federal no Estado já tinha aberto um Inquérito Civil Público para apurar o caso. A pesquisa, realizada por médicos que atuam no Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBMPA), não tinha o aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

A proxalutamida não tem autorização para ser comercializada no Brasil, mas seu uso no tratamento da covid-19 já foi defendido publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro. Ainda não há confirmações sobre os benefícios da droga. O medicamento está sendo desenvolvido como um possível tratamento para o câncer de próstata e é fabricado na China. No segundo semestre do ano passado, começou a ser testado como uma alternativa para tratar a doença causada pelo coronavírus.

Em nota, o Cremers disse que ficou sabendo do caso através da imprensa e afirmou que vai abrir uma sindicância para apurar a existência de ilícito ético. O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul também informou que havia aberto no último dia 13 um Inquérito Civil Público para investigar o eventual uso irregular do medicamento. A história ainda pode ter desdobramentos na Conep, que pode iniciar outra investigação.

A informação foi divulgada pelo site Matinal nesta terça-feira, 24. O veículo divulgou o relato de uma paciente que foi diagnosticada com covid e precisou ser internada no HBMPA. Lá, teria assinado um termo de consentimento para utilizar o medicamento experimental. A reportagem do Estadão confirmou que o endocrinologista Flávio Cadegiani foi o responsável por comandar o estudo na instituição e ministrar o remédio a pacientes com covid.

Cadegiani disse através de sua assessoria de imprensa que o estudo teria sido aprovado pela Conep em 27 de janeiro deste ano. No entanto, o coordenador da comissão, Jorge Venancio, esclareceu que o aval se limitava a um hospital de Brasília e a pesquisa não poderia ser replicada sem outra autorização.

Venancio explica que diversas autorizações já foram concedidas para o estudo com a proxalutamida, mas nenhuma se aplica ao hospital gaúcho. ‘Eu fiquei sabendo deste estudo pela imprensa’, disse. Mesmo que Cadegiani tenha obtido o aval para realizar a pesquisa em Brasília no início do ano, deveria ter entrado com outro pedido junto ao órgão para conduzir o estudo no Rio Grande do Sul.

O infectologista Ricardo Zimerman também está por trás do estudo. A reportagem tentou contato com ele diversas vezes e por diferentes canais, mas não obteve retorno. A reportagem ainda apurou que outros médicos foram informados do estudo, porém não se envolveram nas decisões e apenas ofereciam o tratamento com proxalutamida aos pacientes internados. A Brigada Militar, como é chamada a polícia militar do Rio Grande do Sul, ainda não respondeu aos questionamentos enviados.

Questionada sobre a falta de aprovação da Conep, a assessoria de Cadegiani afirmou que ‘o estudo foi aprovado em abrangência nacional, tanto que não havia um local de recrutamento especificado’. O coordenador da Conep afirmou que não existe a possibilidade de ‘aprovação nacional’ para um estudo e a comissão precisa estar ciente de todos os centros de pesquisa envolvidos.

‘Cada estudo tem que ser analisado e aprovado. Precisamos ver se o centro de pesquisa tem condições de fazer o atendimento necessário ao participante, qual é o plano de acompanhamento? Aprovação nacional não existe’, afirmou Venancio. Ele destacou que a Conep leva em média sete dias para analisar os estudos relacionados à covid. ‘Foi uma tentativa de desrespeitar a regulação. O estudo não foi feito com os cuidados necessários.’

A mesma situação já tinha sido vista no Amazonas no início do ano. Após receber a autorização para realizar o estudo em Brasília, Cadegiani testou o medicamento em Manaus sem autorização específica para isso. O caso está sendo apurado e a Conep só irá se manifestar quando houver uma conclusão. ‘O estudo foi aprovado em Brasília. Eles levaram para o Amazonas e Rio Grande do Sul por conta própria, sem autorização’, disse Venancio.

Proxalutamida e covid-19

Cadegiani afirmou que o estudo em Porto Alegre começou a ser realizado no dia 3 de março deste ano e envolveu cerca de 50 pacientes.

No site Plataforma Brasil, mantido pela Conep e que reúne as pesquisas com seres humanos aprovadas no País, há pelo menos três estudos autorizados para o uso de proxalutamida em pacientes infectados pela covid-19. Dois deles foram propostos pelo médico Flavio Cadegiani, um em setembro do ano passado e outro em janeiro deste ano. As duas pesquisas têm Brasília como sede.

Em julho deste ano a Anvisa também aprovou a realização de uma pesquisa com o medicamento envolvendo 50 pacientes do sexo masculino. O estudo é de fase três, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo. O ensaio clínico é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China.

Já no Clinical Trials, site do governo americano que apresenta informações de pesquisas realizadas no mundo inteiro, há três estudos envolvendo a proxalutamida sob responsabilidade de Cadegiani. Dois deles foram realizados em cidades do Amazonas e outro em Brasília.

Segundo Cadegiani, o tratamento com proxalutamida busca ‘inibir a proteína que prepara o vírus SARS-CoV-2 para entrar nas células’. Ele ainda afirma que com a proxalutamida se ‘reduz drasticamente a entrada do vírus nas células do pulmão.’ Para embasar suas afirmações, ele enviou um link de um artigo científico da revista Nature, publicado no dia 1° de julho deste ano.

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Queiroga: Estado que não seguir plano nacional pode ficar sem vacina

Após anunciar que o Brasil começará a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a partir do próximo dia 15, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que os Estados que não respeitarem a ‘soberania’ do Programa de Imunização Nacional (PNI) correm o risco de ficarem sem vacinas. ‘Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não terá condições de entregar doses de vacinas’, afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 25.

‘Temos que nos unir para falar a mesma língua. E não adianta falar na imprensa ou ir na Justiça, porque o juiz não vai assegurar dose que não existe’, frisou Queiroga. ‘O que queremos aqui é que nossa campanha siga de maneira equânime. O Brasil é uma só nação, um só povo.’

O comentário foi interpretado como um alerta ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que mais cedo anunciou a aplicação da dose de reforço no Estado em todos os imunossuprimidos e idosos acima de 60 anos a partir do próximo dia 6. De acordo com a nova recomendação do PNI, a terceira dose só será aplicada a partir do próximo dia 15, nos imunossuprimidos e idosos acima dos 70 anos.

‘Vamos seguir juntos. Não adianta um Estado vacinar com 18 anos e outro com 30. Não dá pra fazer assim. Se a gente decide aqui que profissionais da saúde, neste momento, não serão contemplados com a dose de reforço, não vale uma demagogia vacinal de Estado ‘A’ ou ‘B’ dizer que quer aplicar doses nesses trabalhadores’, afirmou Queiroga.

O ministro frisou que as decisões foram tomadas pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e que a vacina da Pfizer será preferencialmente utilizada para a dose de reforço. Durante a coletiva de imprensa, também estavam presentes representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

‘Essa foi a recomendação que recebi do presidente da República. Fazer política de saúde e não fazer política na saúde’, disse o ministro. ‘Se seguirmos o que o PNI define, em relação aos rumos da campanha nacional, é a garantia que teremos um sucesso ainda maior que já temos no presente momento.’

Nas últimas semanas, Doria tem protagonizado uma queda de braço com o governo federal pela distribuição de doses da vacina ao Estado. A questão chegou a ser levada para a Justiça, em um movimento que foi criticado amplamente por Queiroga.

‘A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite e isso não é uma invenção do nosso ministro, vem da Constituição. Se um Estado ou município foge desse planejamento, isso vai atrapalhar todos os outros entes da federação’, frisou Rosana Leite, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. ‘Estamos tentando trazer essa união e é através dela que vamos conseguir imunizar toda a nossa população.’

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AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: casos sobem para 20,6 milhões e mortes, para 576,6 mil

O total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia subiu para 20.645.537. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde brasileiras registraram 30.671 novos casos de covid-19. Ontem (24), o painel de dados da pandemia marcava 20.614.866 casos acumulados.

Ainda há 491.757 casos em acompanhamento, ou seja, a condição de saúde dessas pessoas está sendo observada e ainda pode evoluir para diferentes quadros, inclusive graves.

Já as mortes em decorrência da covid-19 foram para 576.645. De ontem para hoje (25), secretarias de saúde confirmaram 903 novos óbitos causados pela doença. Ontem, o sistema de informações do Ministério da Saúde contabilizava 575.742 óbitos.

Ainda há 3.562 falecimentos em investigação. Isso pelo fato de haver casos em que o diagnóstico depende de resultados de exames concluídos apenas após o óbito do paciente.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 subiu para 19.577.135.

As informações estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite de hoje. Ela sistematiza os dados sobre casos e mortes levantados pelas secretarias estaduais de saúde.

Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.

Estados

No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (144.767), Rio de Janeiro (61.752), Minas Gerais (52.626), Paraná (37.178) e Rio Grande do Sul (34.056). Na parte de baixo da lista estão Acre (1.813), Roraima (1.933), Amapá (1.949), Tocantins (3.664) e Sergipe (5.975).

Vacinação

Até o início da noite de hoje (25), o painel de vacinação do Ministério da Saúde havia tido poucas atualizações. Até ontem, o sistema marcava 181.908.368 de doses aplicadas, sendo 125.283.912 da primeira dose e 56.624.456 da segunda dose. Nas últimas 24 horas, foi aplicado 1,8 milhão de doses.

Quando considerados apenas os dados consolidados no sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI), foram aplicados 173,4 milhões de doses, sendo 119,9 milhões da primeira dose e 53,5 milhões da segunda dose.

Ainda conforme o painel de vacinação, foram distribuídas 223.670.768 de doses, sendo entregues 208.319.700 de doses.

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A REDAÇÃO

Goiânia chega a 73,91% da população vacinada com 1ª dose contra a covid-19

Mônica Parreira

Goiânia – Goiânia tem 73,91% da população acima de 18 anos vacinada contra a covid-19 com a primeira dose. O percentual imunizado com dose única ou as duas aplicações é de 35,96%.  Os dados constam no balanço divulgado nesta quinta-feira (26/8) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

Já foram aplicados 1.361.680 imunizantes na população goianiense desde o início da campanha, em janeiro deste ano. Atualmente a capital realiza vacinação em pessoas com a faixa etária partir de 18 anos. 

O Governo de Goiás anunciou que inicia, na próxima semana, a aplicação de dose extra de vacinas em idosos. A ação começa por aqueles institucionalizados. “Na sequência, vamos vacinar com essa dose extra por ordem decrescente de idade”, disse o governador Ronaldo Caiado.

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JORNAL OPÇÃO

Em sete dias, número de casos de Covid-19 registrados em boletim goiano tem alta de 17,6 mil

Por Gabriela Macedo

Na tentativa de combater este cenário e pela chegada de novas doses, 290.209 novos imunizantes contra o coronavírus foram aplicados durante este período

Dados apresentados no boletim de atualização sobre a Covid-19 disponível diariamente no portal do Governo do Estado de Goiás mostram que, em uma semana, foram diagnosticados novos 17.689 casos da doença no estado. Isso, porque o número de casos registrados na última terça-feira, 17, era de 784.742, quantidade que subiu para 802.431, nesta terça, 24. Durante esse período, 342 pessoas foram a óbito, vítimas do coronavírus.

Apesar do aumento no número de casos registrados, a taxa de letalidade apresentou redução de 0,02%, passando de 2,79% para 2,77%. Atualmente, a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estaduais voltadas ao tratamento da Covid-19 se encontra em 63%, com 215 leitos disponíveis. Na enfermaria, essa porcentagem cai para 46%, com 374 unidades vagas.

A quantidade de doses aplicadas, como forma de conter o quadro da doença no estado aumentou progressivamente, especialmente com a chegada de novas doses. No estado, até a última terça, haviam sido aplicadas mais de 3,5 milhões, número que subiu para mais de 3,8 milhões em uma semana (cerca de 290.209 novas doses aplicadas). Assim como alguns municípios da região metropolitana, a capital goiana chegou a faixa etária dos 18 anos na imunização contra a doença.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o pesquisador da FioCruz, Leonardo Bastos, demonstrou preocupação quanto ao aumento de hospitalizações que tem atingido estados como Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. O pesquisador tem feito uma correção do atraso das notificações com o objetivo de compreender como esses dados se comportam em tempo real. “Infelizmente eu acertei [nas projeções], o aumento está de fato acontecendo no Rio. Em outros estados também, como São Paulo e Goiás, mas não na mesma velocidade”, esclareceu.

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Goiás apresenta aumento em hospitalizações por Covid-19, diz pesquisador da Fiocruz

Segundo Leonardo Bastos, foram cerca de 1.800 na última semana. Apesar do número de óbitos não apresentar alta, o pesquisador alerta para atualização

Aline Oliveira Carlêto

Isabel Oliveira

Pesquisas têm mostrado que a pandemia do coronavírus está longe de ter um fim. Apesar da efetividade da vacinação, o relaxamento das medidas de distanciamento social e o surgimento de novas variantes dificultam que a Covid-19 seja colocada no passado. O pesquisador da Fiocruz, Leonardo Bastos lamentou a concretude que seus dados têm revelado.

Depois de ver estimativas de hospitalizações e óbitos serem concretizadas no Rio de Janeiro, Leonardo Bastos faz alerta para o restante do país. “A gente observou outros estados. Goiás, por exemplo, está igual ou pior do que o pior período do ano passado. De final de junho para cá, tem mostrado estabilidade em um patamar muito alto ou subida. Isso sugere está tendo uma transmissão extremamente alta”, analisou o pesquisador em entrevista ao Jornal Opção.

Conforme consta em seus dados, Goiás tem registrado aumento do número de hospitalizações. Foram cerca de 1.800 na última semana. Apesar do número de óbitos não apresentar alta, o pesquisador alerta para atualização.

“A linha de óbitos está em um patamar estável, mas parecido com a primeira onda em 2020. Quanto às hospitalizações, vemos essa subida. Se aumenta a hospitalização, o óbito vai aumentar mais para frente. Estamos estimando que por conta do aumento no número de hospitalizações, aumentem os óbitos”, apontou Leonardo Bastos.

O pesquisador trabalha com números reais. Segundo Bastos, a estimativa a longo prazo é incerta, pois depende de ações. Ao mesmo tempo que alerta para aumento de casos, por conta da possibilidade de surgir novas cepas, admite que também pode haver redução, se houver ações efetivas e aumentar o número de vacinados.

Infelizmente, Bastos tem visto suas estimativas negativas se concretizarem. Com a atual política de relaxamento, o país tende a ter aumento no número de casos. “A variante delta, somada à política de relaxamento, faz com que a transmissão aumente, e o vírus chegue às pessoas que não se vacinaram ou àquelas que a vacina não foi efetiva, porque a vacina não é 100% efetiva”, alertou o pesquisador.

Bastos ressaltou a importância de aumentar a velocidade de vacinação. Segundo o pesquisador, se a imunização atingir uma certa quantidade de pessoas, aquelas que não produziram imunização com as doses tomadas não se contaminaram, pois a transmissão do vírus será barrada.

Sobre a terceira dose, prevista para determinadas vacinas, o pesquisador afirmou que a Fiocruz ainda não tem posição sobre o reforço. Em breve, a instituição deve se pronunciar.

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Assessoria de Comunicação

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