Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 26/11/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES DE HOJE

·         Dentista em UTI pode reduzir infecções respiratórias

·         CFM aprova área de atuação em Cirurgia Bariátrica

·         Cartas dos Leitores – Sepse

·         Hidrogel – Laudo próximo de ser concluído

 

SAÚDE WEB 365


Dentista em UTI pode reduzir infecções respiratórias
Chances do desenvolvimento caem 56% com presença de ortodontista, mostra estudo realizado na UTI do HC da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP

Ter um dentista atuando em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode reduzir em até 56% as chances do desenvolvimento de infecções respiratórias nesses pacientes. Esse foi o resultado de estudo realizado com 254 pacientes adultos, internados na UTI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP. O estudo integrou à equipe da UTI um cirurgião-dentista, prestando cuidados semanais aos pacientes.


Segundo o professor Fernando Bellissimo-Rodrigues, do Departamento de Medicina Social da FMRP, um dos principais responsáveis pelo estudo, as bactérias que causam infecções respiratórias hospitalares muitas vezes migram para os pulmões a partir da cavidade bucal. Pacientes em UTI, entubados ou não, habitualmente recebem da equipe de enfermagem cuidados de higiene oral básico, por meio da limpeza mecânica da boca e aplicação de antisséptico a base de clorexidina.

No estudo realizado no HCFMRP, foram introduzidos serviços profissionais avançados de um dentista. Além da higiene básica, metade dos pacientes, 127, recebeu, de 4 a 5 vezes por semana, conforme a necessidade de cada um, tratamentos bucais avançados como: remoção de tártaro, restauração de cárie, raspagem da língua, escovação dos dentes e até extração dentária. Enquanto a outra metade, outros 127, chamado grupo controle, recebeu apenas a higiene básica.

Evolução Clínica
Os cuidados foram prestados durante todo o tempo de internação na UTI, que variou de 48 horas até 49 dias. Todos foram seguidos até a alta médica da UTI, diz o pesquisador, e ao final “essa mudança na rotina melhorou os resultados com relação à vulnerabilidade dos pacientes nesse cenário”. Ao comparar os resultados da evolução clínica dos dois grupos, o estudo revelou que aqueles que receberam tratamento odontológico avançado apresentaram uma incidência de infecção respiratória de 8,7%, contra 18,1% no grupo controle, o que equivale a uma redução de 56%, produzida pelo tratamento odontológico.

As infecções hospitalares são hoje consideradas um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. E as infecções respiratórias são as mais frequentes, principalmente afetando pacientes em tratamento em Unidades de Terapias Intensivas. Dados da literatura médica mostram que de 34,5% a 50 % dos pacientes que contraem pneumonia associada à ventilação mecânica (equipamento comum em UTI) não sobrevivem.

Os resultados obtidos no estudo realizado no HCFMRP mostram a importância de incluir o trabalho de um profissional a mais, no caso o cirurgião-dentista, na rotina desses serviços hospitalares. “É a garantia do maior controle dessas bactérias causadoras das infecções mais comuns nas UTIs”, garante o pesquisador. Os resultados da pesquisa foram publicados na edição de novembro deste ano da revista Infection Control and Hospital Epidemiology, editada pela Society for Healthcare Epidemiology of America.

Esse trabalho foi objeto do estudo de pós-doutorado da cirurgiã-dentista Wanessa Teixeira Bellíssimo Rodrigues, orientado pelos professores Roberto Martinez e Fernando Bellíssimo-Rodrigues, e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa) do HCFMRP. O estudo contou ainda com o apoio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, da Farmácia Industrial e do Centro de Terapia Intensiva para adultos do HCFMRP.

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CFM aprova área de atuação em Cirurgia Bariátrica

Chancela permitirá que profissionais sejam formados seguindo nova especialidade. Para SBCBM, segurança dos pacientes será aumentada

A Comissão Mista de Especialidades do Conselho Federal de Medicina anunciou esta semana a aprovação da área de atuação em Cirurgia Bariátrica, tornando-a uma área de atuação reconhecida. Antes, ocirurgião bariátrico, apesar de ter a prática orientada e fiscalizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), não possuía a chancela para que profissionais da saúde se formassem com esta especialidade.

Segundo o CFM, o reconhecimento ampliará os horizontes da cirurgia bariátrica e metabólica no Brasil, permitindo mais ações na formação e educação continuada dos profissionais da área. Aumenta ainda a segurança e saúde das pessoas que realizam o tratamento cirúrgico da obesidade.

Para Almino Ramos, presidente da SBCBM, a notícia vem em um bom momento, e o acesso ao título de área de atuação em cirurgia bariátrica representará um avanço para a cirurgia bariátrica e metabólica no Brasil. Atualmente, a sociedade possui cerca de 1260 sócios, entre cirurgiões e especialidades associadas (endocrinologia, cardiologia, educação física, fisioterapia, enfermagem etc) com representantes em 15 capítulos e 10 delegacias espalhados no País.

Os próximos passos do protocolo envolvem acordos entre CFM, Associação Médica Brasileira (AMB), Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e SBCBM.

 

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POPULAR

Cartas dos Leitores – Sepse

Meus cumprimentos a jornalista Janda Nayara e ao POPULAR pela reportagem Mortalidade no Centro-Oeste é a mais alta do País, que mostra um problema que gera grande preocupação em nós médicos intensivistas: a sepse (infecção generalizada). Isso porque a doença é um dos desafios mais complexos que enfrentamos na rotina de atendimento de pacientes graves que chegam às Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A reportagem retrata bem o alto grau de mortalidade dos pacientes de UTIs no País.

Mas, felizmente, dentro do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Alberto Rassi (HGG) temos uma realidade bastante diferente desse cenário nacional. Nossos indicadores apontam somente 30% de óbitos de pacientes no CTI, número equiparado aos dados de países europeus, como a França, que também possui esse quantitativo. Além disso, nossas estatísticas são bem menores que a média nacional, que é de 55,7% de mortes em UTIs, e menos da metade do resultado da Região Centro-Oeste, que é de 70%.

Esses dados de CTI de uma unidade pública demonstram que a utilização de protocolos clínicos aliados a um programa de educação continuada permanente, além de boas condições de trabalho para médicos e toda equipe multiprofissional, podem transformar a realidade do atendimento na rede pública. Esses números fortalecem o compromisso em respeitar os princípios mais nobres da medicina e oferecer dignidade ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS).

Marcelo Rabahi
Diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital Alberto Rassi (HGG)

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Hidrogel
Laudo próximo de ser concluído

Perícia aguarda envio de padrões para comparar com produto retirado do corpo de Maria José Brandão
Patrícia Drummond


Os laudos periciais sobre a morte da auxiliar de leilões Maria José Medrado de Souza Brandão, de 39 anos, morta há um mês após ter se submetido a procedimento estético para o aumento dos glúteos com Raquel Policena Rosa, de 27, aguardam apenas o envio, pela Polícia Civil, do que é conhecido como padrão, ou seja, uma amostra dos produtos a serem comparados com o que foi retirado do corpo da vítima. Foi o que informou ontem, ao POPULAR, a Superintendência de Polícia Técnico-Científica, por meio da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).
De acordo com a delegada Myrian Vidal, titular do 17º Distrito Policial (DP), responsável pelo caso, a empresa que distribui o hiodrogel de poliamida Aqualift no Brasil – substância que Raquel garante ter aplicado em Maria José e também nela mesma – já encaminhou uma amostra do produto para a comparação. Agora, diz ela, a polícia aguarda, para os próximos dias, o recebimento do Metacril (nome comercial do polimetilmetacrilato, substância sintética utilizada para preenchimento dos glúteos, de uso polêmico por causa dos riscos de rejeição). Junto do Aqualift e também de uma amostra de silicone industrial, também já em posse da delegada, o material será, então, encaminhado para a perícia.
“O silicone industrial e o Metracril são os produtos que suspeitamos terem sido usados na aplicação da Maria José. São esses os padrões, além do Aqualift”, destaca Myrian Vidal. Hoje, conforme a delegada, ela prosseguirá com a coleta de depoimentos de mais testemunhas que passaram pelo procedimento com Raquel e também com a esteticista carioca Thaís Maia da Silva, de 28 anos. Três mulheres – das 35 já identificadas pela polícia – deverão ser ouvidas.

Raquel diz ter tido prejuízo
Raquel Policena Rosa diz ter feito as duas aplicação para aumentar o bumbum, com Thaís Maia da Silva, em 2008 e este ano. Segundo conta, tanto daquela vez quanto agora, da segunda vez, não viu nenhum dos produtos, nem mesmo os frascos. “Acreditei que era Metacril (em 2008) e que era Aqualift (em 2014). Confiei nela, não busquei informações, não pesquisei”, revela.
A jovem reconheceu, em entrevista ao POPULAR, logo após ter deixado a prisão, na última segunda-feira, que, da mesma forma, as clientes que atendeu confiaram nela. “Mas eu mostrava o frasco. Eu comprei segura de que era hidrogel; até apliquei em mim. Mas, agora, não sei, não posso dizer que tenho certeza. É muito parecido, muito igual”, alegou.
Para Raquel, o que ganhou com as aplicações (cerca de R$3,9 mil por procedimento) antes da repercussão da morte de Maria José – ela insiste terem sido apenas cinco clientes – não valeu o investimento: “Gastei R$ 20 mil só de produto. Não compensa”.
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Rosane Rodrigues da Cunha

Assessoria de Comunicação 

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