Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/03/14


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


O POPULAR

Saúde
Governo sabia da deficiência
Previsto inicialmente para custar R$ 57,3 milhões, hospital teve projeto reformulado e nova licitação
Vandré Abreu
A licitação para alterações e ampliação do projeto de construção do Hospital de Urgências de Goiânia 2 (Hugo 2), iniciada neste ano, foi finalizada na sexta-feira, mas o governo do Estado já sabia em junho do ano passado, um mês depois de as obras serem iniciadas, que as mudanças seriam necessárias. Conforme apurou a reportagem do POPULAR, a equipe técnica do governo percebeu que o projeto inicial seria “bastante tímido” perto da necessidade do setor de saúde, de acordo com um auxiliar do governo. Por isso, a equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) teve de reavaliar o projeto e apontar alterações.
Com a modificação, o custo do Hugo 2, localizado na Região Noroeste da capital, aumentou em R$ 72,6 milhões. Prevista inicialmente para custar R$ 57,3 milhões, e depois de sucessivos aditivos contratuais e da modificação, o Hugo 2 vai custar mais de R$ 145 milhões. A licitação foi vencida pela Porto Belo Engenharia, empresa que trabalha na construção da obra desde o início. Agora, o hospital vai receber mais dois blocos, um prédio para a administração, mudanças na rede pluvial e de esgoto e instalação de ar-condicionado.
Segundo a Agência Goiana de Transportes e Obras e Públicas (Agetop), a área construída terá um acréscimo de 22.883,02 metros quadrados (m2) e o preço pago pelo m2 construído se mantém equivalente. No entanto, o valor leva em conta as áreas como espaços destinados a jardins e estacionamento, o que faz com que o Hugo 2 passe a ter mais de 71 mil m2, com um preço médio de R$ 2.040,25. Levando em consideração apenas os 50.597,79 m2 de área construída, mesmo método observado no preço do metro quadrado da primeira licitação, o valor salta para R$ 2.869.
De acordo com o presidente da Agetop, Jayme Rincón, as alterações tiveram de ser implantadas porque o projeto inicial, de 2010, já estaria defasado em relação às necessidades da Saúde. “Passamos de 7 para 22 centros cirúrgicos e triplicamos o número de unidades de terapia intensiva (UTIs)”, conta. Sobre o prédio da administração, Rincón afirma que o projeto previa que as salas administrativas ficariam nos blocos de atendimento, mas que agora serão deslocados para uma construção específica.

Secretaria de Saúde sugeriu alterações
Os documentos que compõem a licitação do complemento na construção do Hospital de Urgências de Goiãnia 2 (Hugo 2) trazem um memorando elaborado pela Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) datado de 21 de agosto. O memorando é encaminhado à Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop) com as mudanças previstas ao projeto do Hugo 2.
Entre as alterações está a recomposição das unidades de terapia intensiva (UTIs), em que dez leitos neonatais passariam a ser de adultos, além de mudanças no sistema elétrico, na cozinha, lavanderia, centro cirúrgico e instalação de ar-condicionado em todas as dependências do hospital.
A construção do Hugo 2 foi iniciada em maio do ano passado, em licitação vencida pela Porto Belo com proposta de R$ 57,3 milhões e estimativa para ser entregue em maio deste ano. Em dezembro, a promessa do governo estadual foi para o término do hospital até o fim do primeiro semestre deste ano, prolongando um pouco o prazo. Apesar da alteração do projeto, Rincón ainda mantém o período para entrega. “O compromisso é que seja em junho, mas se atrasar um pouco é plenamente justificável pela mudança no projeto original.”
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Santa Casa suspende mais de cem cirurgias
Gabriela Lima
Sem material básico como luvas, esparadrapos e medicamentos, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia cancelou, nos últimos oito dias, 107 cirurgia eletivas. Pacientes que há meses aguardavam uma operação tiveram os procedimentos remarcados por conta da crise financeira responsável pelo desabastecimento do hospital filantrópico.
Dos 30 procedimentos marcados para hoje, apenas 3 serão realizados. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, as três exceções ocorreram porque os pacientes corriam risco de vida. A unidade atende cerca de 2 mil pacientes por dia e realiza, diariamente, uma média de 50 cirurgias. Segundo funcionários do hospital, a falta de insumos também afeta as internações.
Em meio à crise, a Sociedade Goiana de Cultura, mantenedora do hospital, trocou o superintende administrativo e financeiro da Santa Casa. Presidente da mantenedora, o arcebisto dom Washington Cruz convidou o administrador Aderrone Vieira Mendes para substituir o ex-diretor Carlos Apolinário.
Ao POPULAR, Mendes afirmou que o desabastecimento do hospital ocorreu por conta de dois problemas: a defasagem dos valores pagos pela tabela de Sistema Único de Saúde (SUS) e o acúmulo de dívidas da unidade de saúde no decorrer dos últimos anos.
O novo superintendente não soube informar qual o valor total da dívida, mas disse que “o cenário é desafiador”. Ontem, Mendes conseguiu na Secretaria da Fazenda (Sefaz) uma garantia de liberação de duas parcelas em atraso, referente a um convênio de incentivo à qualificação da assistência firmado com o Estado.
Segundo o secretário estadual da Fazenda, José Taveira, a Sefaz liberará hoje R$ 1 milhão para a Santa Casa. A verba será destinada à Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) e, depois, encaminhada à saúde municipal, responsável pelos repasses à Santa Casa. A expectativa é de que o cronograma de cirurgias só deva ser normalizado na próxima semana.
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Padrão Sírio
Presidente da Agetop, Jayme Rincón afirma que o metro quadrado do Hugo 2 custará R$ 2 mil. “É a nossa obra mais barata e terá padrão dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein.”
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DIÁRIO DA MANHÃ
Implante auditivo muda vida de pacientes
Procedimento é realizado no Crer, sendo oferecido integralmente pelo Sistema Único de Saúde
WELLITON CARLOS
“Após viver anos no silêncio absoluto, o implante trouxe esperança a minha mãe. Hoje ela é uma nova pessoa”. O comentário é de Nádia Rúbia Paiva, filha da paciente do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Nilza Rocha. O implante a que ela se refere é o Coclear. O nome é diferente, mas os resultados são bem conhecidos: a capacidade de ouvir. O implante, que é realizado no interior do ouvido – chamado de cóclea, permite a uma pessoa ouvir pela primeira vez ou resgatar a audição de quem a perdeu ao longo da vida. O procedimento está sendo realizado há um ano e nove meses pelo Crer, uma conquista da unidade após cinco anos de tentativas para se credenciar junto ao Ministério da Saúde (MS).
O tratamento é oferecido integralmente pelo Sistema Único de Saúde no Crer, e já beneficiou 38 pacientes. Além da cirurgia, a unidade oferece também todos os exames necessários para o tratamento, desde o diagnóstico ao acompanhamento pós-cirúrgico. O procedimento custa na rede privada cerca de R$ 120 mil, apenas a cirurgia, sem levar em conta o valor dos exames e o acompanhamento fonoaudiológico. “É gratificante saber que o tratamento é 100% gratuito, inclusive com a realização de exames de última geração”, comenta o médico otorrinolaringologista Sérgio de Castro, responsável técnico pelo procedimento.
O implante coclear combina uma cirurgia de alta complexidade a uma série de sessões de fonoaudiologia para capacitar o paciente a interpretar os sons. É recomendado para crianças que nasceram surdas. Nesses casos, os melhores resultados acontecem o quanto mais precocemente for realizada a cirurgia. O ideal para a criança que tenha nascido surda é que inicie o uso de aparelhos auditivos (AASI) até, no máximo, seis meses de idade e que, caso não tenha bom resultado somente com o uso do AASI, seja realizado o implante coclear até completar dois anos de vida.
O pequeno João Augusto Melo, dois anos, teve detectada logo no seu nascimento a perda profunda de audição nos dois ouvidos. Os pais, Ivan Araújo e Maria Cristina de Melo, relembram que, após vários testes que confirmaram o diagnóstico, foram em busca de um tratamento adequado para garantir a qualidade de vida da criança. João passou pela cirurgia em dezembro de 2012. “Foi uma decisão difícil. A equipe do Crer foi muito atenciosa em nos explicar sobre as vantagens do procedimento e os benefícios da cirurgia”, diz a mãe. Atualmente, a criança já responde muito bem ao tratamento. “Ele faz sessões de Fonoaudiologia toda semana, desde que fez o implante. Já até fala algumas palavrinhas”, comemora a mãe.
O procedimento também é indicado para os pacientes com perda auditiva profunda bilateral, que não tiveram benefício significativo com o uso de aparelhos auditivos convencionais (AASI). Foi o caso da paciente Nilza, que começou a perder a audição aos 35 anos e, mesmo com a utilização do aparelho externo durante anos, continuou com perda severa auditiva. Após o implante, que foi realizado em agosto de 2012, e o acompanhamento com a equipe de fonoaudiologia, Nilza voltou a ser comunicativa e já conversa normalmente com a família, conforme relata a filha Nádia.
A triagem
Ao chegar na unidade, o paciente é avaliado uma equipe multidisciplinar, composta por otorrinos, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais. São realizados todos os exames auditivos e de imagem (Tomografia e Ressonância Magnética) necessários para inclusão ou não da cirurgia. “Primeiro analisamos os resultados com o aparelho auditivo convencional, e só depois, caso seja necessário, realizamos o implante”, explica o médico responsável. O Crer disponibiliza ainda profissionais como médico geneticista, neurologistas, neuropediatras, fisiatras, dentre outros profissionais que podem ajudar no diagnóstico e tratamento.
Segundo o otorrino, é feita ainda uma análise sobre a aceitação do paciente diante da deficiência auditiva e as condições financeiras necessárias para a manutenção do aparelho implantado. “A manutenção do aparelho gira em torno de R$ 500 a R$ 700, a cada dois anos, e é muito importante que a família tenha condições de custear.”
O implante
A cirurgia, que tem duração de até cinco horas, é realizada por uma equipe de médicos e  fonoaudiólogos. Os profissionais realizam a implantação do aparelho, colocando dentro do ouvido interno. O procedimento estimula o nervo da audição com impulsos elétricos, devolvendo a audição ao paciente. Após o tempo de cicatrização, com duração de aproximadamente um mês, um aparelho é inserido no lado externo do ouvido, interligado ao implante por um sistema similar ao de imã. “Somente depois da conexão com a parte externa é que fazemos a ativação do aparelho e o paciente passa a identificar os sons por meio de impulsos elétricos transmitidos para a parte interna do ouvido”, explica Sérgio.
Após a cirurgia e a ativação do aparelho, os pacientes realizam as terapias fonoaudiológicas duas vezes por semana. O trabalho é feito visando o desenvolvimento das habilidades auditivas e na comunicação do paciente. É o processo de compreensão e percepção dos sons, para que eles façam sentido ao paciente. Durante as sessões, a família e a escola também são orientadas a dar continuidade ao tratamento que é realizado no Crer.
Saiba mais
Regulação
Os pacientes interessados em agendar uma avaliação com a equipe de Implante Coclear do Crer devem procurar a Secretaria Municipal de Saúde da cidade onde reside. O serviço de Implante Coclear do Crer é pactuado (conveniado) para o atendimento de todos os 246 municípios do estado de Goiás, incluindo aqueles que não são pactuados para o atendimento de deficiência auditiva do Crer.
Os pacientes que residem em Goiânia deverão ligar para o número 0800-6461-560 para agendamento da avaliação.
Após triagem, os pacientes terão suas consultas providenciadas junto à Central de Regulação de Vagas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). É importante que o paciente solicite o encaminhamento para o serviço de Implante Coclear do Crer.
ENTREVISTA — SÉRGIO CASTRO — OTORRINOLARINGOLOGISTA

Entrevista com médico otorrinolaringologista Sérgio Castro, responsável pela cirurgia de implante coclear no Crer.
DM – Após a cirurgia e o trabalho com os fonoaudiólogos, a audição é totalmente recuperada?
Sérgio Castro – Cada caso é um caso… Mas no geral, podemos dizer que sim. O que diferencia é o tempo que cada paciente ficou sem escutar nada. Ou seja, quanto maior o tempo de surdez total do paciente antes da cirurgia, mais demorado vai ser a sua recuperação completa. Mas geralmente, ao final de aproximadamente seis meses da cirurgia e de reabilitação com os fonoaudiólogos, todos estão escutando de forma muito próxima do que seria a audição normal. Arrisco dizer que sim, com sua audição totalmente recuperada.
DM – Como é a recuperação da fala? Demora muito?
Sérgio Castro – Mais uma vez, cada caso é um caso… E no que se refere à capacidade de falar ainda é um pouco mais complexo. É importante diferenciar duas situações muito distintas:
1– Os pacientes que já escutaram algum dia e que aprenderam a falar, ou seja, não nasceram surdos, mas perderam a audição em qualquer fase da vida após já terem aprendido a falar;
2 – E os pacientes que nasceram surdos e, por este motivo nunca falaram;
No primeiro caso a recuperação da capacidade de falar é praticamente certa, e acontecerá mais rápido quanto menor for o tempo entre a perda da audição e a realização da cirurgia. Já nos casos em que o paciente nasceu surdo e por isso nunca aprendeu a falar, observamos que se a cirurgia de Implante Coclear for realizada até no máximo com 6 anos de idade as chances que se conseguir ensinar a criança a falar existem e são muito boas, também sendo melhores quanto mais cedo se realizar a cirurgia, sendo o ideal que se realize o Implante Coclear antes da criança completar 2 anos de idade.
DM – Qual é a sensação dos pacientes quando começam a ouvir os primeiros sons? Choram, ficam felizes, tem algum caso interessante que poderia comentar?
Sérgio Castro – No caso dos adultos que já ouviram e que sabem falar, estes referem inicialmente a desconforto devido ao excesso de barulho que instantaneamente, ao ligar o aparelho, começam a escutar. Necessitam de um período de adaptação a estes novos sons antes de realmente voltarem a compreender o significado destes sons. Por isso, os fonoaudiólogos iniciam as primeiras programações do Implante Coclear para o paciente escutar apenas alguns sons e o mais baixo possível e, gradativamente, nos primeiros meses, vão aumentando estes sons para não causar desconforto.
No caso das crianças, as reações são completamente imprevisíveis. Algumas choram, outras se assustam, outras retiram o aparelho do ouvido, outras sorriem, mas invariavelmente, com o tempo e a terapia com os fonoaudiólogos, todos adquirem a capacidade de escutar todos os sons de forma absolutamente normal e sem qualquer desconforto.
DM – Como é para um médico ajudar as pessoas – na maioria carentes – a recuperar a audição?
Sérgio Castro – É muito gratificante! O Implante Coclear não recupera somente a audição. O Implante Coclear dá possibilidades de um futuro melhor, de independência, de melhor escolaridade, de acesso a melhores empregos. Por isso é muito gratificante saber que operar uma criança surda é oferecer para ela e para sua família uma vida melhor, que mesmo com todo o dinheiro do mundo, ninguém poderia comprar.
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SAÚDE WEB
Impacto da redução da jornada de enfermeiros seria de R$ 27 bi por ano
O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, ressaltou nesta terça-feira (25/03) a necessidade de se construir um acordo entre os enfermeiros, o governo e os deputados para colocar em pauta a proposta que reduz a jornada de trabalho desses profissionais.
Os enfermeiros cobram a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, conforme o Projeto de Lei 2295/00, que tramita na Casa.
“O Legislativo tem consciência dos seus deveres e dos seus direitos. A matéria é muito sensível, deve ser enfrentada, mas não adianta colocá-la na pauta e não conseguirmos votar por falta de acordo”, destacou Alves, após encontro com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e representantes de entidades ligadas aos enfermeiros.
Henrique Alves disse que o ministro pediu tempo para estudar a matéria e que ficou de ampliar o debate com as categorias interessadas, as Santas Casas e o setor privado. Só depois, a proposta será pautada na Câmara.
Impacto financeiro
Na semana passada, cerca de cem enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem ocuparam o Auditório Freitas Nobre, da Câmara dos Deputados, em seminário organizado pela Comissão de Legislação Participativa, para pressionar pela votação da proposta. O projeto chegou a constar na pauta de votações em junho passado, mas foi retirado a pedido do PT.
Pelos cálculos do setor e de técnicos do governo, o impacto da redução da jornada de trabalho seria de R$ 27 bilhões por ano, entre horas extras e contratação de mais de 400 mil novos profissionais. Atualmente, há 1,5 milhão de enfermeiros em atividade no Brasil.
*Com informações da assessoria da Presidência da Câmara
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Em 13 dias, Caixa-Preta da Saúde recebe 900 denúncias
Projeto, batizado de Caixa-preta, que recebe denúncias da população sobre o atendimento na rede pública de saúde, recebeu mais de 900 denúncias em 13 dias de lançamento. A demora para ser atendido, com 58% das reclamações, foi o item mais citado pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em seguida veio a falta de leitos, com 26% das reclamações.
O Caixa-preta, idealizado pela Associação Médica Brasileira (AMB), quer que o próprio usuário do SUS denuncie quando o sistema não funcionar como previsto em lei. “Nós pedimos que a população envie vídeos e fotos para que possamos fortalecer a denúncia. Faremos balanços mensais para ver se o gestor público está resolvendo o problema ou se a situação está se agravando. Caso necessário, acionaremos o Ministério Público”, disse o presidente da AMB, Florentino Cardoso.
Para a consultora jurídica especializada em direito médico e da saúde, Sandra Franco, a  iniciativa eletrônica pode virar bandeira de partidos de oposição em ano eleitoral. “Por que tal portal não está trabalhando em parceria com o Ministério da Saúde ou Secretarias de Saúde?”, indaga Sandra, em artigo de sua autoria, que deixa clara sua preocupação de que se esteja fazendo “muito barulho por nada”. “De que esse projeto da Caixa-Preta seja divulgado até o mês de outubro e depois caiam no esquecimento as denúncias ali expostas. De fato, a sociedade civil precisa cobrar de seus representantes medidas que se tornem ações efetivas”, afirmou.
Os estados que tiveram mais denúncias foram São Paulo (172) e Bahia (83). Alagoas e Acre, com uma denúncia cada, foram os que menos participaram da Caixa-Preta.
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Luvas não cirúrgicas pressionam inflação na Saúde
Um dos produtos mais importantes utilizados pelos hospitais e laboratórios, as luvas não cirúrgicas estão pressionando os custos com saúde no Brasil. O vilão é a atual alíquota de importação (35%), segundo um estudo recém-concluído pelo Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), coordenado pelo ex-presidente do Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade), o economista Gesner Oliveira.
A alíquota das luvas foi elevada de 16% para 35% em fevereiro de 2011 como forma de proteção da indústria nacional. Três anos depois, a única fabricante brasileira, a Lemgruber, com sede em Paraíba do Sul (RJ), está em recuperação judicial, sem condições de abastecer o mercado interno.
A tarifa encareceu o custo das luvas importadas em cerca de 20%, conforme a Associação Brasileira dos Importadores de Luvas para Saúde (Abils). Apenas o Hospital das Clínicas de São Paulo gastou, entre 2011 e 2012, cerca de R$ 18,6 milhões com o produto. Somente no ano passado o custo chegou a R$ 19,4 milhões.
Gesner Oliveira explica que a elevação da alíquota de importação coincidiu com período de alta do preço das luvas não cirúrgicas no mercado internacional, após a pandemia da gripe H1N1. O estudo completo será apresentado no próximo dia 31, em seminário na FGV.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE

CMED fixa em 3,35% o ajuste médio no preço máximo de medicamentos
 

Índice se mantém abaixo da inflação, que ficou em 5,68% nos últimos 12 meses pelo IPCA. Fabricantes podem praticar novos preços a partir de 31 de março


A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) fixou em 3,35% o ajuste médio permitido este ano aos fabricantes na definição do preço máximo dos produtos. Este é um dos menores índices de ajuste autorizado para o mercado regulado de medicamentos dos últimos cinco anos e, assim como vem ocorrendo desde 2010, o percentual se mantém abaixo da inflação. O IPCA dos últimos 12 meses ficou em 5,68%.
A resolução do Conselho de Ministros da CMED com os percentuais de ajuste do valor teto de fábrica será publicada nesta quinta-feira (27) no Diário Oficial da União. A partir de 31 de março, as farmacêuticas e distribuidoras já podem adotar os novos preços, desde que realizem a entrega do Relatório de Comercialização obrigatório.
A regulação é válida para um universo de mais de 9.000 medicamentos e os ajustes são autorizados em três níveis, variando de 1,02% a 5,68%, conforme o perfil de concorrência dos produtos. O governo federal autoriza o maior percentual aos medicamentos de maior concorrência, com maior participação de genéricos, e que o próprio funcionamento do mercado já mantém os preços abaixo do teto. De forma geral, estão nesta lista os produtos mais acessíveis.
Já os percentuais menores poderão ser aplicados aos mercados de média e baixa concorrência, incluindo produtos de alta tecnologia e geralmente mais caros. Mais de 40% dos medicamentos regulados estão na categoria nível três, de menor concorrência, cujas fábricas só poderão ajustar o preço teto em 1,02%, percentual 5,5 vezes menor que a inflação.
O ajuste autorizado pode alterar o preço máximo de fábrica, porém não impacta diretamente no valor pago pelo consumidor, uma vez que muitas empresas adotam descontos na comercialização dos produtos.
A CMED, órgão integrante do Conselho de Governo e formado por um conselho de ministros, fixa o índice de ajuste do preço de fábrica anualmente, com base em critérios técnicos definidos na Lei Federal 10.742 de 2003. São considerados para o cálculo a inflação do período (de março de 2013 até fevereiro de 2014), produtividade da indústria, variação de custos dos insumos e concorrência dentro do próprio setor.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação

 

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