Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/03/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Família de menino deficiente diz que autorizou tratamento polêmico, em Goiás
• Reunião discute falta de pediatras na rede pública de saúde em Goiânia
• Aumento de custos com OS e cortes no orçamento preocupam o governo
• Remédios devem subir de preço
• Da UTI para terapia com banho de sol e ar livre
• Duas propostas para desafogar Materno
• Médico suspeito de tentar aborto em amante vai a júri popular


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Família de menino deficiente diz que autorizou tratamento polêmico, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/familia-de-menino-deficiente-diz-que-autorizou-tratamento-polemico-em-goias/4064480/

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Reunião discute falta de pediatras na rede pública de saúde em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/reuniao-discute-falta-de-pediatras-na-rede-publica-de-saude-em-goiania/4063460/ (26/03/15)

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O POPULAR
Aumento de custos com OS e cortes no orçamento preocupam o governo
O secretário estadual Leonardo Vilela (Saúde) mostra-se preocupado com o aumento nos custos com as organizações sociais que administram hoje 14 hospitais do Estado. Em abril será inaugurado o Hugo 2, a maior unidade da rede estadual, cuja gestão também é terceirizada. A ideia inicial do governo era congelar os valores na renovação dos contratos neste ano. “Queremos atendimento de qualidade nos hospitais, mas os recursos são finitos. Podemos gastar até 12% do Orçamento que, é bom frisar, sofrerá considerável corte neste ano. Mas o que já foi outorgado pela PGE não há como voltar atrás”, diz. Como informado aqui ontem, o valor contrato anual do Idtech com o HGG, o primeiro renovado neste ano, aumentou 90% nos últimos três anos, mas o número de atendimentos é o mesmo. O assunto teve repercussão na Assembleia. A oposição criticou os recursos destinados às organizações sociais. Líder do PMDB, José Nelto pedirá hoje investigação do Ministério Público nos contratos.
Cortar despesas
O secretário Leonardo Vilela determinou a todas as unidades de saúde do Estado redução de 30% em fotocópias e impressões, de 20% com ligações telefônicas e corte nos valores das diárias para viagens.
Haja papel!
Mesmo com o corte de 30%, a soma das cotas mensais de todas as unidades de saúde do Estado é de 731.654 impressões e fotocópias. São 1.463 pacotes de papel, com 500 folhas cada.
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Remédios devem subir de preço

Taxas de reajuste devem ser anunciadas pelo governo federal nos próximos dias, mas podem chegar a 7,7%
Brasília – Remédios com preços controlados pelo governo deverão ter um reajuste entre 5% e 7,7%, de acordo com a categoria que pertencem. Os valores, que passam a valer a partir do dia 31, foram calculados pela indústria com base nos fatores divulgados ontem pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). As taxas oficiais deverão ser anunciadas pelo governo nos próximos dias, mas dificilmente deverão variar em relação aos valores calculados agora pelo setor produtivo.
As regras da CMED valem para cerca de 20 mil itens do mercado farmacêutico, como antibióticos. Produtos com alta concorrência no mercado, fitoterápicos e homeopáticos não estão sujeitos a esses valores. Para esse grupo, o preço pode variar de acordo com a determinação do fabricante.
A CMED determina três faixas de ajuste, de acordo com a concorrência enfrentada pelo produto no mercado. Quanto maior a concorrência, maior o porcentual permitido para reajuste. Pelos cálculos do setor, para remédios com esse perfil, o reajuste permitido será de, no máximo, 7,7%. O nível intermediário, de remédios de classes terapêuticas consideradas de concorrência mediana, o aumento será de 6,35%. Para aqueles mais concentrados – formados por remédios que estão ainda protegidos por patentes, como os usados em tratamento de câncer -, o porcentual máximo de aumento será de 5%. Os porcentuais estão bem acima do que os autorizados no ano passado. Em 2014, o aumento máximo foi de 5,68%. Na classe intermediária, o reajuste concedido foi de 3,35% e o menor, de 1,02%.
Apesar de maiores do que ano passado, o setor produtivo diz que os porcentuais não repõem as perdas e ameaça demissões no setor caso mudanças na proposta sugerida pelo governo no Congresso para desoneração da folha de pagamento não sejam realizadas. O presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, avalia que, se nada for feito, os cortes começam a partir de maio.
“Desde 2008, o reajuste de preços não é suficiente para repor nossas perdas”, disse. “A situação era administrável. Mas com o aumento do dólar, da energia e a redução do mercado, o panorama mudou”, completou. O presidente do Sindusfarma afirma que a expansão do mercado consumidor sofreu uma redução no ritmo muito significativa nos últimos meses.
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Da UTI para terapia com banho de sol e ar livre

Malu Longo
Projeto de humanização do Hugo possibilita ao paciente de UTI interagir com familiaresao ar livre
O sol fraco entre nuvens e o pouco verde à frente mais pareciam a visão do paraíso. Gilson Antônio Costa Araújo, de 38 anos, sorria o tempo todo demonstrando alegria e gratidão por estar ali, ao ar livre, em meio aos familiares. Os olhos percorriam cada rosto e dos lábios saiam palavras compreensíveis apenas para quem o acompanha diariamente desde 21 de novembro de 2014 quando passou a ocupar um leito da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). “Me leva para o sol”, murmurou.
As escapadas da UTI, um ambiente frio e incolor, fazem parte do projeto de humanização do Hugo, unidade da Secretaria de Saúde de Goiás desde maio de 2012 sob o comando da Organização Social (OS) Instituto de Gestão em Saúde (Gerir). Ontem de manhã, Gilson saiu pela terceira vez da UTI após a constatação de que a iniciativa se revelou benéfica. “Um dia desses, ele acordou depressivo e o remédio foi vir para a parte externa. A cabeça dele é a mesma, só o corpo não responde o que ele quer”, afirma a fisioterapeuta Alinne Mendana que o acompanha na UTI.
“É bom demais estar aqui”, balbuciou Gilson. Ex-segurança, pai de duas crianças de 2 e 3 anos, a vida de Gilson sofreu uma guinada vertiginosa no dia 20 de novembro. Morador de Trindade, naquele dia, ele foi acompanhar o tio, que é mecânico, num atendimento de emergência numa propriedade rural, no Setor Maísa 1.
Ali, o rosado das mangas atraiu sua atenção e logo escalou a árvore. Pesando então 105 quilos, Gilson sentou num galho, que não suportou seu peso. Ele caiu de uma altura de 8 metros. “No chão, falou que não sentia as pernas”, contou o tio Waltuir Lopes Barroso. No Hugo, foi constatada uma lesão medular. Gilson perdeu todos os movimentos do pescoço para baixo de forma irreversível.
“É o mesmo tipo de lesão do Super Homem”, lembra Fernanda Rodrigues, coordenadora do grupo de enfermagem da UTI. Ela se refere ao ator norte-americano Chirstopher Reeve, que personificou o super herói no cinema, que caiu de um cavalo e ficou tetraplégico.
O médico Ricardo Furtado, diretor técnico do Hugo, explica que a iniciativa visa beneficiar principalmente pacientes de longa permanência na UTI. “Além de melhorar o humor, o contato com a luz do dia ajuda a orientá-los sobre o ciclo biológico. Muitos trocam o dia pela noite”. A terapia é mais eficiente para casos em que o paciente percebe o que ocorre à sua volta, como Gilson. Um dos primeiros a ser beneficiado pela iniciativa foi um jovem de 18 anos que sofre u lesão medular semelhante. “Ele ficou embaixo das mangueiras com 11 pessoas da família”, lembra Rodrigues.

Passeio mobiliza equipe com oito profissionais multidisciplinares
Levar Gilson Antônio Costa Araújo para o lado de fora do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) não é uma operação fácil. Para o passeio de ontem, por exemplo, foi necessário mobilizar oito pessoas, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeuta e técnicos. A cama e os equipamentos foram empurrados até um ponto onde ele pode receber a luz do sol, possibilitando-lhe apreciar o verde da grama e das árvores.
Durante uma hora, Gilson permaneceu ao lado da mãe, da irmã, de uma sobrinha e do casal de filhos, observado atentamente pelo grupo de profissionais. Como depende da traqueostomia, o som da voz não pode ser ouvido.
“Ele não teve um processo de negação”, conta Fernanda Rodrigues, coordenadora do grupo de enfermagem da unidade de terapia intensiva (UTI). Acompanhando o ex-segurança na UTI desde o início da internação, ela quebra protocolos para garantir seu bem estar. Instalou um aparelho de TV diante da cama dele e abre exceção à namorada, que só pode visitá-lo à noite. Ela mora em Damolândia e, sempre que pode entrar na UTI, cobre Gilson de beijos.
Mas ontem ele recebeu afagos também da irmã Valéria Carolina e da mãe, Maria Carolina, que estão sempre no hospital. “Já chorei demais. Agora, toda vez que venho e vejo ele assim, me sinto melhor. Ele sempre me fala que o pior de ficar na UTI é ver as pessoas morrendo ao lado dele”, conta a mãe. A sobrinha Laiainy, de 12 anos, não segurou a emoção ao ver o tio pela primeira vez desde o acidente e caiu no choro. Mas Gilson sorriu.
Fernanda Rodrigues explica que levar Gilson para a área externa do hospital faz parte do processo preparatório para a alta. Ele já usa um Bipap – aparelho menos invasivo para ajudar na respiração. Antes de ir para a casa da mãe, em Trindade, onde terá acompanhamento multidisciplinar da Secretaria de Saúde local, fará uma breve passagem pela enfermaria. Ontem, quando a equipe anunciou o retorno para a UTI, Gilson ganhou beijos e voltou a sorrir. O sol já tinha feito seu milagre.

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O HOJE
Duas propostas para desafogar Materno
Em reunião realizada no Ministério Público, Secretaria de Saúde propõe uso de fichas para classificar casos mais graves e os menos urgentes
Cynthia Costa
Para tentar aliviar a superlotação do Hospital Materno Infantil, unidade referencial no Estado em pediatria, que estaria sobrecarregada com a falta de atendimento na rede básica, ou seja, nos cais, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentou ontem duas propostas.
A primeira é fazer a triagem de pacientes com ficha azul, que não são considerados casos de urgência (troca de receituário, requisição de exames), para agendamentos rápidos de consultas. A segunda é conduzir pacientes com ficha verde (casos de menor urgência como gripe, tosse, vômito) a unidades municipais de referência em atendimento pediátrico, que são os Cais Campinas e do Novo Mundo.
Essas e outras propostas foram discutidas em reunião realizada na tarde de ontem no Ministério Público do Estado de Goiás (MPE), com a participação dos representantes da SMS, Sandro Rodrigues e Cláudio Tavares; e da diretora regional do Hospital Materno Infantil (HMI), Rita de Cássia Leal. O encontro foi mediado pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional à Saúde do MPE, promotor Érico de Pina.
Um novo encontro ficou marcado para a próxima segunda-feira, dia 30, à tarde, em que serão definidos detalhes do acordo e do fluxo de encaminhamentos, como o transporte sanitário para os pacientes de ficha verde.

Solução imediata
Para o diretor de Atenção à Saude, Sandro Rodrigues, a responsabilidade tanto é da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia quanto do Hospital Materno Infantil (HMI). “O objetivo desse termo de compromisso entre os entes é fornecer uma solução imediata para a situação de superlotação enfrentada pelo HMI”, afirma. Ele disse também que a Secretaria irá monitorar, diariamente, o número de pacientes que estão no Materno Infantil. “Pretendemos acompanhar o número de pacientes que vão para essas unidades, como eles vão e como será o tratamento deles”. Rodrigues espera que a mudança comece a valer a partir da próxima semana, após a realização da reunião.
Ele revela que a quantidade de pediatras na rede municipal de saúde comporta esse tipo de atendimento porque possui hoje 170 médicos desta especialidade. “Tanto nas unidades de urgência quanto nas ambulatoriais, essas com 70 profissionais, que conseguem prover o atendimento para essa faixa etária”.

Diretora do HMI acha que fichas podem ajudar
A diretora do Hospital Materno Infantil, Rita Leal, se disse satisfeita com a reunião. “Acho que vai tirar o excesso de pacientes classificados como fichas verdes e azuis que estão sendo atendidos no Materno”. De acordo com ela, é uma situação que pode ser resolvida, em curto prazo, mas que outras estratégias serão trabalhadas a médio e longo prazo. Num primeiro momento, conforme Rita Leal, as medidas são relacionadas com pacientes originados de Goiânia, que representam 75% dos pacientes classificados como verdes e azuis.
O promotor Érico De Pina enfatizou que essa mobilização é para resolver excesso de atendimentos que não são o perfil do Materno Infantil. “Resolver todo o problema de atendimento pediátrico da rede pública requer estratégias de longo prazo e mais complexas. Não é esse o nosso foco no momento”, esclareceu.
O promotor acrescenta ainda que vai agendar reuniões com os municípios da região metropolitana de Goiânia para analisar e encontrar saídas para o grande fluxo de pacientes de baixa complexidade para o HMI. “Vamos entrar em contato com os promotores de Justiça de Aparecida de Goiânia, Trindade e Goianira, inicialmente, para marcarmos reuniões com as secretarias de saúde locais para decidir o que iremos fazer para resolver o problema”.

Demora
Mas a sobrecarga no HMI pode ser um reflexo, não só da atual epidemia de dengue, mas também da falta de pediatras na rede básica, problem que já foi noticiado em OHOJE. Ontem, a dona de casa Wanessa Souza Pereira, 26 anos, moradora do Centro de Goiânia, esteve no Cais do Jardim Novo Mundo para levar a filha Sara Catarine, de 7 anos, para uma consulta e reclamou da demora. “Estamos esperando atendimento há mais de uma hora. Minha filha tem bronquite e está sentindo dores nas costas e febre há três dias”.
Já a filha de 7 anos da diarista Neide Borba Pereira, 38, aumentou a filha de quem procurou atendimento para dengueno Cais Novo Mundo. “Ontem, ela apresentou sintomas da dengue, como dor de cabeça e febre alta e eu a trouxe para tirar esta dúvida”, explica.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Médico suspeito de tentar aborto em amante vai a júri popular

Crime teria ocorrido no Motel Kiss, quando suspeito teria aplicado abortivo na mulher.  Filho nasceu com diversas complicações

Beto Silva
O médico Francisco Pereira Borges Filho será julgado pela população devido a suspeita de cometer um crime bárbaro: ter aplicado, em setembro de 2011, injeção de abortivo na mulher com quem mantinha relacionamento extraconjugal.
A amante teve o filho, mas ele nasceu com diversas deformidades. A decisão é da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
Conforme a assessoria de imprensa do TJ-GO, Francisco vai agora ter seu futuro decidido pelo júri popular. O crime teria ocorrido no Kiss Motel, localizado na Vila Rosa. De acordo com a decisão, o médico atraiu a amante para o local, onde costumavam se encontrar. No dia, porém, ele aplicou uma ‘gravata’ na mulher. Em seguida, Francisco teria aplicado a injeção com o abortivo metotrexato no bumbum da amante.
O uso do metotrexato pode causar anomalias no feto, inibindo a formação de uma substância essencial do DNA (timidilato).
Conforme a denúncia do Ministério Público, Francisco Pereira Borges Filho se equivocou na dosagem, fato que permitiu a manutenção da vida do feto e seu nascimento.
Em sua defesa, o médico alegou “ausência de indícios suficientes de sua participação no delito e total ausência de materialidade”.
Não foi esta a tese aceita pelo desembargador J. Paganucci Jr, que relata a decisão. Ele se baseou na doutrina de processo penal para formar seu conhecimento: “o corpo de delito não se confunde com a sua prova e, portanto, sob o aspecto processual, o exame de corpo de delito abrange não só o seu elemento principal, mas também a averiguação dos objetos ou instrumentos utilizados na atuação criminosa, além da constatação de todas as circunstâncias hábeis à reconstrução do fato investigado”, afirma Maria Thereza M oura, ao tratar da prova por indícios no processo penal.
O magistrado usa a argumentação para combater a defesa de que não existe materialidade. Como não se conseguiu provar exatamente que o nascimento da criança com deformidades foi motivado pelo uso do abortivo, restou ao Ministério Público usar como prova a lesão “punctória” nas nádegas da vítima.
PARECER
O Laboratório de Criminalística de Goiás não fez perícia para comprovar o uso do metotrexato, motivado por falta de equipamentos adequados. Mas a Justiça entendeu que os indicios são suficientes para validar a sentença de pronuncia.
Paganucci relatou que o parecer médico-legal demonstra que as malformações apresentadas pelo feto são compatíveis com a “embriopatia relacionada ao metotrexato”.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

 

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