Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/05/15


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Estudante com doença rara para de andar e luta por terapia no exterior
• Confira os mitos e verdades sobre o mosquito aedes aegypt
• Idosa consegue vaga para fazer cirurgia no fêmur, em Santa Helena de Goiás
• Na véspera de alta, siamês separado faz vídeo e agradece apoio recebido
• Polêmica – Conselho Regional de Medicina condena declarações do diretor da Nascer Cidadão
• Sabrina terá alta nesta semana
• OMS quer plano para resistência a remédios
• Cartas dos Leitores – Saúde
• Artigo – Combate ao glaucoma
• MP que muda seguro-desemprego passa em 1ª votação no Senado
• O que a saúde tem a ver com a crise?
• Mesmo com crise, desempenho dos planos é positivo
• Hugo 2: ainda sem previsão de abertura
• Inca vai tratar câncer de pele não agressivo sem cirurgia


TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Estudante com doença rara para de andar e luta por terapia no exterior
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/estudante-com-doenca-rara-para-de-andar-e-luta-por-terapia-no-exterior/4207346/

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Confira os mitos e verdades sobre o mosquito aedes aegypt
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/confira-os-mitos-e-verdades-sobre-o-mosquito-aedes-aegypt/4207305/

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Idosa consegue vaga para fazer cirurgia no fêmur, em Santa Helena de Goiás
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/idosa-consegue-vaga-para-fazer-cirurgia-no-femur-em-santa-helena-de-goias/4207140/

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Na véspera de alta, siamês separado faz vídeo e agradece apoio recebido
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/na-vespera-de-alta-siames-separado-faz-video-e-agradece-apoio-recebido/4209268/

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JORNAL OPÇÃO
Polêmica
Conselho Regional de Medicina condena declarações do diretor da Nascer Cidadão

Por Alexandre Parrode

Em nota, Cremego lamenta críticas do dr. Sebastião Moreira e reafirma necessidade de partos serem realizados com assistência médica
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) condenou as declarações dadas ao Jornal Opção Online pelo diretor da Maternidade Nascer Cidadão, Sebastião Moreira. Em nota, o Cremego criticou a defesa do fim da obrigatoriedade de pediatras em salas de parto e a realização destes por profissionais não-médicos.
Segundo o texto, a assistência médica qualificada é fundamental para a segurança da gestante e do bebê. Além disso, a ausência ou a substituição dos médicos por trabalhadores de outras categorias “potencializa os riscos para as mães e para os recém-nascidos, mesmo em partos que teoricamente se apresentam como ‘de baixo risco'”.
O Cremego ressaltou, ainda, que a assistência neonatal prestada atualmente nas maternidades do País é uma discussão “válida”, mas deve ser feita de forma “democrática, técnica e séria”.
Veja a nota na íntegra:
“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), cumprindo seu compromisso de zelar pela boa qualidade da assistência à saúde da população, rechaça as declarações do médico Sebastião Fernandes Moreira, que em entrevista ao Jornal Opção Online defendeu o fim da obrigatoriedade de pediatras em salas de parto e a realização de partos por profissionais não-médicos.
O Cremego condena essa postura e reafirma o direito das pacientes gestantes de serem atendidas por médicos, que são os profissionais capacitados e habilitados para a realização de partos normais e cirúrgicos. Defendemos também o direito dos recém-nascidos de contarem com a assistência de um médico pediatra ainda na sala de parto, em seus primeiros minutos de vida.
Entendemos que essa assistência médica qualificada é fundamental para a segurança da gestante e do bebê e que a ausência ou a substituição dos médicos por trabalhadores de outras categorias potencializa os riscos para as mães e para os recém-nascidos, mesmo em partos que teoricamente se apresentam como “de baixo risco”.
A discussão sobre a assistência neonatal prestada hoje nas maternidades públicas e privadas do País é válida e deve ser feita de forma democrática, técnica, séria e visando melhorar as condições de atendimento às mães e aos filhos e, não, propondo o fim de direitos conquistados, como a realização de partos por médicos e a presença de pediatras nas salas de parto.
Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego)
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O POPULAR

Sabrina terá alta nesta semana
Internada desde o dia 3, ao ser gravemente agredida pelo pai, menina sonha em voltar para escola
Parte esquerda do corpo da menina de 7 anos ainda está sem movimento

Janda Nayara
A estudante Sabrina Cristina Gomes de Oliveira, de 7 anos, está prestes a receber alta da enfermaria do Hospital da Criança, em Goiânia. Yara Maria Francisco Gomes, de 32 anos, mãe de Sabrina, diz que ela deve sair do hospital ainda nesta semana e que a menina está ansiosa para voltar a estudar. “Ela está animada e já me perguntou se vai poder voltar para escola assim que chegar em casa. Pedi para ela ter um pouquinho de calma”, conta Yara.
Inicialmente, Sabrina ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde passou por cirurgia neurológica para descompressão do crânio e ficou em coma induzido. Ela chegou ao Hugo no dia 3 de maio, após ter sido agredida a pauladas pelo pai, o padeiro João Batista Ribeiro de Oliveira, que se matou em seguida acreditando que a filha também estava morta.
Transferida para o Hospital da Criança no dia 21, Sabrina tem passado o tempo se dedicando a pintar os desenhos entregues pela equipe de psicologia e escutando as histórias lidas pela mãe. A menina, que cursa o 2º ano do ensino fundamental em uma escola da zona rural de Aragoiânia, onde mora com a mãe e com os avós, é muito estudiosa, segundo Yara.
Paralisia parcial
“Onde está meu pai? Ele não vai vir me visitar?”˜ são duas perguntas simples que mostram a ingenuidade de uma criança que não se lembra do motivo por estar internada. Elas foram feitas por Sabrina à mãe. A menina não se recorda que foi agredida a pauladas pelo pai, e que por isso, teve afundamento de crânio e uma contusão cerebral que ainda lhe impede o movimento de um dos lados do corpo.
Oliveira era tido por todos como pai carinhoso e dedicado, mas não aceitou o fim do relacionamento de dez anos com a mãe de Sabrina, e para se vingar da ex-companheira, tentou matar a filha e se enforcou.
O fato da filha não se lembrar da agressão, seja pelo trauma ou por, talvez, estar dormindo durante o acontecido, deixa a mãe aliviada. “Saber que ela não se lembra do que aconteceu me deixa mais tranquila, não saberia o que dizer porque ela o amava demais. Falei para ela que o pai viajou para o Tocantins”, afirma Yara.
Ver o estado da filha angustia ainda mais a mãe, que revelou ao POPULAR se sentir culpada por ter deixado a menina passar o final de semana com o pai. “Ela está sem os movimentos da parte esquerda do corpo, ainda não abre o olho direito e está com o crânio afundado, porque parte do osso foi retirado na cirurgia. Ela me pergunta por que está aqui, internada. Por orientação da psicóloga, disse que foi apenas um acidente e ela não entrou em detalhes.” Apesar da recuperação ter surpreendido a todos, a menina pode ficar com sequelas.

Material utilizado no SUS não é apropriado

Apesar da previsão de alta, Sabrina ainda terá que passar por uma cirurgia de reconstrução do crânio nos próximos meses, diz o neurologista Paulo Ronaldo Ribeiro. A próxima luta é conseguir na Justiça que o Sistema Único de Saúde (SUS) cubra a prótese que será usada no procedimento. “O material que está na tabela do SUS não é bioabsorvível, é um cimento convencional e não integra com o osso, precisando ser trocado mediante o crescimento da criança”, explica.
Apesar de estar consciente, ativa e respondendo as ordens médicas, o neurologista não descarta possíveis sequelas. “Ela tem o risco de ter crises convulsivas, além de poder desenvolver dificuldades de aprendizagem, mas vai depender da evolução da lesão”, conta o médico.
Ribeiro diz ainda que há o risco de Sabrina não recuperar os movimentos de um dos lados do corpo. “Mas, geralmente, pacientes desta idade recuperam bem”.
A mãe, que trabalhava como costureira autônoma e tinha uma renda mensal de aproximadamente 400 reais, tem medo de como manterá a filha. “Vou ter que pedir ajuda”.
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OMS quer plano para resistência a remédios

Genebra – A Organização Mundial da Saúde (OMS) dá dois anos para que governos de todo o mundo estabeleçam planos para combater a resistência a antibióticos, um fenômeno que se transformou em uma “ameaça global”. Doenças que eram curadas com relativa facilidade até há pouco tempo podem voltar a matar cerca de 10 milhões de pessoas até 2050 se nada for feito e, ontem, a agência de saúde da ONU aprovou um plano para tentar reverter essa tendência.
Os dados apontam para um cenário alarmante: pelo menos sete bactérias diferentes, responsáveis por doenças como pneumonia, diarreia ou infecções sanguíneas, começam a ganhar resistência. Ao menos dois produtos usados até hoje já não funcionam em metade da população, entre eles o antibiótico contra infecções urinárias causadas pela bactéria E. Coli.
Para a OMS, antibióticos se transformaram no pilar do desenvolvimento da Medicina no século 20. Mas chegou o momento de agir para não perder o que o mundo atingiu. Numa era “pós-antibiótico”, a realidade é que muitos morreriam de doenças que já foram controladas.
O plano da OMS ainda estabelece cinco objetivos : incrementar a conscientização e o conhecimento sobre a resistência, ampliar as pesquisas pelo setor privado, reduzir as incidências de infecção e otimizar o uso de remédios, principalmente antibióticos.
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Cartas dos Leitores – Saúde
Os hospitais administrados pelas prefeituras são os mais ineficientes. Muitos deles são despreparados no tocante a equipamentos, sem remédios, por vezes são carentes até de material para cirurgia. Muitos não têm UTI, e às vezes não possuem sequer um respirador para socorrer alguém mais grave. Com isso, o atendimento é muito ruim.
A solução encontrada pelos poucos médicos que nos atendem é mandar os doentes para longe de casa, ou seja, para Goiânia ou outros grandes centros. Às vezes, as pessoas têm um problema que uma simples conversa com o médico seria a solução, mas o coitado está tão descrente com a situação que, já acha melhor pegar uma GO e ir para a capital. Logo, as Gos estão se tornando a solução mais prática para o acesso à saúde pública do interior do Estado.

Cícero Augusto
Iporá – GO
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Artigo – Combate ao glaucoma

Ontem foi o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, cuja celebração serviu de alerta à população sobre os perigos desta doença considerada a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. O glaucoma é caracterizado pela lesão ao nervo dos olhos com diminuição do campo visual. Nem sempre a pressão dos olhos está aumentada, mas ela é o principal fator de risco. O diagnóstico é feito por exame em consultório.
Um dos maiores problemas é a ilusão de que um exame de acuidade visual seja suficiente. É um engano comum. O paciente consegue seus óculos, mas não tem diagnosticada a doença. E, é claro, quanto mais cedo a pessoa souber e tratar o problema, melhores serão os resultados. Além de colírios e laser, várias cirurgias podem ser realizadas para evitar a progressão do glaucoma.
A visita anual a um oftalmologista continua sendo o melhor caminho para reduzir os males causados pelo glaucoma em nossa população. Ter mais de 40 anos, com histórico familiar da doença, ser de cor negra, miopia, diabetes e uso de corticoides em qualquer das suas formas de apresentação, mas especialmente em colírios, são fatores que levam à inclusão no grupo de risco da doença. Atualmente, estima-se que cerca de 10 a 11 milhões de pessoas em todo o mundo não enxergam em ambos os olhos devido à doença, normalmente causada pela demora na procura de ajuda.
Por extensão ao Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, que multiplicou as ações de conscientização, o compromisso desta semana é de oferecer informações sobre os riscos da doença e oportunidade para buscar o tratamento, quando necessário. Além de campanhas de esclarecimento realizadas pela Sociedade Brasileira de Glaucoma, ao longo do dia de ontem, foram desenvolvidas outras atividades como a que ocorreu no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, por exemplo, que ficou o dia todo iluminado na cor verde da entidade.
Este ano, Goiás tem uma responsabilidade especial, pois em meados de maio Goiânia recebeu o XVI Simpósio Internacional da Sociedade Brasileira de Glaucoma, o maior encontro do gênero já realizado no País. As palestras ministradas focaram nos avanços que farão parte do dia a dia dos profissionais da área por muitos anos.
A realização deste simpósio nos estimula a buscar sempre excelência na nossa atividade. É importante ressaltar que o glaucoma faz parte da rotina de cerca de 1 milhão de brasileiros, número que pode ser ainda maior. Mais grave é saber que grande parte dessas pessoas não descobriu o problema por nunca terem consultado com um especialista. Pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma indicou que 36% dos brasileiros em idade adulta nunca foram ao oftalmologista.

Leopoldo Magacho é secretário-geral da Sociedade Brasileira de Glaucoma, professor da Faculdade de Medicina e da Pós-Graduação da UFG e chefe do setor de Glaucoma do Cerof-UFG
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MP que muda seguro-desemprego passa em 1ª votação no Senado
A votação é polêmica porque vários senadores consideram inconstitucional.

Em votação apertada, o plenário do Senado aprovou os pressupostos de urgência, relevância e constitucionalidade da Medida Provisória (MP) 665 – que trata de mudanças nas regras para acesso de trabalhadores aos benefícios do seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial. Os pressupostos são o primeiro item da matéria a serem votados, antes da análise do mérito, e foram aprovados com 36 votos sim e 32, não.
A votação é polêmica porque vários senadores consideram inconstitucional o trecho da MP que modifica as regras do abono salarial. Atualmente, tem direito ao abono todo trabalhador que tiver trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior com carteira assinada e recebido até dois salários mínimos. O benefício é um salário mínimo.
A medida provisória modifica as regras estabelecendo que terá direito ao abono quem tiver trabalhado pelo menos 90 dias no ano anterior. Além disso, o pagamento será proporcional ao tempo trabalhado, sendo um doze avos para cada mês constante na carteira de trabalho.
Uma emenda foi apresentada para retirar do texto o artigo que estabelece essas mudanças. Se a emenda for aprovada, a medida provisória precisará voltar para última análise da Câmara dos Deputados e correrá o risco de perder a validade por decurso de prazo. Por isso, os líderes do governo trabalham para convencer os senadores a rejeitá-la.
Um grupo de sindicalistas acompanha a votação das galerias do plenário para tentar pressionar os senadores a rejeitarem a matéria. Manifestantes também fizeram protesto em frente ao prédio do Congresso hoje e jogaram estrume no entorno do Senado. No momento, não há mais movimentação em frente a Casa.
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SAÚDE BUSINESS

O que a saúde tem a ver com a crise?

MARIA CAROLINA BURITI

As más notícias e o pessimismo na economia mundial somados aos dados da economia brasileira têm tirado o sono de muitos empresários. Diante da projeção do PIB negativo para o Brasil em 2015 e do aumento do índice de inflação para este ano, que de acordo com o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central (25/5) será de 8,37% (IPCA), e a divulgação do aumento do desemprego, as empresas têm apresentado cautela nos investimentos e se preparado para um cenário mais austero.
No setor de saúde, a preocupação não é diferente. Mas, apesar das adversidades, o impacto da crise ainda não foi constatado em alguns segmentos.  “A [crise] ainda não chegou com a intensidade de outros setores”, analisou o diretor presidente da Planisa, Afonso José de Matos*, que estima que o impacto maior ocorrerá no financiamento. “Na sequência lógica, primeiro estão as operadoras com o impacto na massa de usuários, depois os prestadores de serviço”, avaliou. Outro ponto ressaltado pelo executivo é que o cenário negativo force os empregadores a negociar melhor com os contratos de planos de saúde.
Apesar de serem mais sensíveis ao cenário econômico em razão da relação entre empregados e beneficiários, pois quem paga a conta de mais 70% dos planos de saúde são as empresas, o segmento, de acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), ainda não foi afetado. O primeiro balanço da saúde suplementar 2015, divulgado na semana passada, aponta estabilidade com 50,8 milhões de beneficiários, o mesmo número verificado em dezembro de 2014. A mesma pesquisa também constata que a variação em 12 meses registrou crescimento de 2,1%, correspondendo a um acréscimo de 1 milhão de vínculos no período.
Custos
Com ou sem crise, o índice de Variação Custos Médico-Hospitalares (VCMH), indicador que mede os custos das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações, não para de subir.  De acordo com outro estudo do IESS, eles cresceram 17,7% nos 12 meses encerrados em junho de 2014. O resultado é 17,7% é 11,2 pontos porcentuais superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e a projeção do instituto é que se encerre 2014 com alta de até 18%.
“As operadoras e seguradoras são criticadas e consideradas as vilãs do setor, mas na realidade não são. A contínua expansão dos procedimentos cobertos, a evolução e incorporação tecnológica que trazem benefícios, mas também, em um primeiro momento, os custos implementados e outras demandas que aumentam a sinistralidade forçam a busca pela redução de custo, colocando pressão sobre clínicas e hospitais e não remunerando adequadamente os médicos”, analisou José Luiz Bichuetti*, superintendente da Associação Congregação Santa Catarina, rede filantrópica com 11 hospitais próprios.  Nesta situação, segundo o executivo, as operadoras são forçadas a adotar alternativas que nem sempre são viáveis à sustentabilidade. “Elas buscam verticalização, muitas vezes sem os recursos financeiros e operacionais necessários o que as levam à insolvência”, complementou.
Bichuetti, que participou de um painel sobre o impacto da crise para os hospitais, ainda acrescentou que num cenário de crise, é preciso lidar com o desafio de gerir os custos em um sistema que os hospitais privilegiam a doença e tem seu modelo de remuneração baseado nos suprimentos. “ A gestão de custo deve ser com foco em assistência e não em margens de materiais e medicamentos, pois ela implica no sistema adequado de custos”, afirmou o executivo, que completou dizendo que a gestão de custos adequada é raridade no Brasil. “Só uma quantidade ínfima de hospitais tem, pois mesmo aqueles que são considerados ‘top’ e membros da Anahp não têm um sistema de custos adequado”.
Nos hospitais públicos, a realidade de combate aos custos desnecessários e o esforço para ter gestão eficiente é mais que necessária em tempos de cenário adverso. No caso do Hospital das Clínicas de São Paulo, maior complexo hospitalar público da América Latina, há também o receio do aumento da taxa de desemprego influencie nos atendimentos do hospital. “A quantidade de pacientes que chega ao Hospital das Clínicas ou a qualquer outro hospital público é cada dia maior e quando se tem uma taxa de desemprego crescente, a tendência é que as pessoas saiam do sistema privado e migrem para o sistema público”, afirmou Antônio José Pereira*, superintendente da instituição, que atende apenas 8% do sistema privado.
Para ter uma gestão econômico-financeira mais sustentável, Pereira está implementando alguns projetos de combate aos custos desnecessários da instituição como revisão dos contratos de manutenção; terceirização dos serviços de impressão que tem redução de custo estimada em 40%; e o sistema de inteligência de compras, que evitou custo estimado de R$ 11 milhões em 2014.
Feira Hospitalar
Durante a abertura da Feira Hospitalar, que ocorreu na última semana, a presidente da Hospitalar, Waleska Santos, afirmou que o evento não sentiu o mau momento da economia. “A despeito da crise, conseguimos lotar a feira e, além do Brasil, temos 32 países aqui. Esperamos mais de 90 mil profissionais, empresários e estudantes”. Até o fechamento da reportagem, os resultados finais da feira ainda não tinham sido divulgados.
Também presente na cerimônia de abertura, o secretário do estado de Saúde de São Paulo, David Uip, disse que apesar do momento de crise, da falta de recursos na saúde e da queda na produção industrial, os gestores devem ter otimismo para enfrentar o cenário. “Nos momentos de crise surgem os grandes líderes”, afirmou. Defensor da integração entre o público e o privado, pois “não combina e não é oportuno ter [sistemas] de saúde paralelos”, o executivo disse que é necessária a convergência de ambos para garantir a sustentabilidade do sistema.
Entre os projetos da secretaria com esse foco estão as parcerias público privadas (PPPs), que envolvem um projeto de logística junto farmacêutica EMS, as PPPs para a construção do novo Hospital Pérola Byington, um hospital de São José dos Campos e outro em Sorocaba, ambos no interior paulista, além da parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que proporcionará investimento total de R$ 2 milhões (sendo um terço de investimento do governo e o restante do banco) para a construção de 40 UBS, dois hospitais e reestruturação dos CAPs (Centros de Atenção Psicossocial).

*José Luiz Bichuetti, Antonio José Pereira e Afonso José de Matos participaram do painel “Perspectivas para os hospitais que atuam na saúde pública e privada em um cenário econômico adverso”, durante a Feira Hospitalar, que ocorreu de 19 a 22 de maio em São Paulo
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Mesmo com crise, desempenho dos planos é positivo

O primeiro balanço do mercado brasileiro de saúde suplementar de 2015 revela estabilização nas contratações de planos de saúde. Até março, foram registrados 50,8 milhões de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares, o mesmo volume verificado em dezembro de 2014. A estabilização foi identificada a partir do levantamento inédito realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com base nos dados que acabam de ser atualizados pelas operadoras de planos de saúde. O IESS constata que a variação em 12 meses registra crescimento de 2,1%, correspondendo a um acréscimo de 1 milhão de vínculos no período.
Em nota, o instituto afirmou que os números são positivos, uma vez que a contratação de planos se manteve estável no momento de desaceleração econômica e do aumento da taxa de desemprego. A contratação e manutenção de beneficiários de planos de saúde têm relação direta com o mercado de trabalho e com a renda da população.
O levantamento do IESS, que consta no boletim “Saúde Suplementar em Números”, indica que os planos coletivos empresariais responderam, em março, por 33,76 milhões de vínculos, oscilação de 0,1% comparativamente a dezembro de 2014 e com alta de 2,7% em relação a março de 2014. Os planos coletivos por adesão registraram -0,1% em relação a dezembro e alta de 1,8% se comparados ao mesmo mês do ano passado, ao passo que os planos individuais tiveram o comportamento de -0,1% em comparação a dezembro e alta de 1,3% em comparação a março de 2014.
O instituto aponta que, em comparação aos dados de dezembro de 2014, o novo levantamento indica uma desaceleração do crescimento setor. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acaba de revisar e corrigir os dados passados. Em dezembro de 2014 em comparação ao mês de setembro do mesmo ano, o crescimento total das contratações havia sido de 0,7%. Na mesma base comparativa, os planos coletivos empresariais cresceram 0,8%; os coletivos por adesão, 1,3%; e os individuais, 0,3%.
No entanto, o setor tem apresentado desempenho superior ao desempenho da economia. Nos últimos três trimestres de 2014 (dados mais recentes do IBGE) o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou decréscimos (-1,2%, -0,6% e -0,2%, respectivamente), na comparação em 12 meses, enquanto a saúde suplementar apresentou desempenhos positivos (2,7%, 2,7% e 2,1%, respectivamente).
Ainda segundo análise da instituição, os ajustes econômicos recentes na economia brasileira podem resultar num baixo desempenho do PIB em 2015, mas é possível que ainda assim a saúde suplementar apresente desempenho positivo.
As informações do boletim Saúde Suplementar em Números se baseiam em dados do sistema da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que acabam de ser atualizados.
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O HOJE
Hugo 2: ainda sem previsão de abertura
Com quase um ano de atraso, Hospital dá indícios que irá começar a funcionar, mas não há data definida para abrir as
portas à população

Deivid Souza

A Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir), Organização Social (OS) responsável pela gestão do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), chamado anteriormente de Hugo2, já treina os profissionais contratados para atuar na unidade. Apesar disso, a unidade que deveria ter ficado pronta em junho de 2014 ainda não tem previsão para abrir as portas à população.
A ação faz parte do processo de preparação para a inauguração do hospital – ainda sem data definida. Foram convocados mais de 2 mil profissionais pela Agir, em nove etapas, no entanto, a OS não divulgou quantos foram contratados porque muitos desistiram ou não conseguiram apresentar toda documentação.
Além dos profissionais já convocados, foi divulgada uma convocação para mais 1.302 trabalhadores que devem se apresentar à OS até 19 de junho deste ano, de acordo com informações da assessoria da Agir. A assessoria informou ainda que os trabalhadores já convocados passam por treinamentos e processo de integração ao novo ambiente de trabalho.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, por meio de sua assessoria, que muitos equipamentos já estão instalados e estão passando por testes e processo de calibração. De julho de 2014 a abril de 2015, foram repassados pela SES a Agir, R$ 32.732.045,5 milhões relativos a despesas pré-operacionais do Hugol.
O governador, Marconi Perillo, divulgou há aproximadamente dois meses um vídeo com imagens do Hugol. Elas retratam vários ambientes com móveis, corredores já pintados e identificados e enfermarias mobiliadas.

Campanha
O Hugo 2 começou a ser construído em 2013 com previsão de entrega para junho do ano passado. No entanto, isto não se confirmou. O governador, Marconi Perillo, chegou a fazer uma apresentação da unidade à população durante a campanha à reeleição ao Palácio das Esmeraldas e afirmou que o hospital estava 90% concluído.
O dia 22 de abril deste ano chegou a ser apontado como a nova data chegou para a entrega dos 10% restantes, mas isso não aconteceu. Agora, a SES prefere não divulgar previsão de inauguração.
A unidade tem 71 mil m², além de 500 vagas de enfermaria e 80 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O hospital, que só atenderá casos graves, foi construído para desafogar o outro Hugo, que funciona há mais de 20 anos na região sul de Goiânia.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Inca vai tratar câncer de pele não agressivo sem cirurgia
Terapia fotodinâmica trata tumor sem cortar paciente. Creme e luz especial são utilizados no tratamento, informa Instituto Nacional do Câncer

Após o êxito de projeto-piloto realizado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), do Ministério da Saúde, passa a ter um ambulatório específico para tratamento de doentes com câncer de pele não agressivo, utilizando a terapia fotodinâmica.
O tratamento com o novo medicamento começa no dia 3 de junho e funcionará sempre às quartas-feiras. O chefe da Seção de Dermatologia do Inca, Dolival Lobão, informou ontem que a principal vantagem da terapia fotodinâmica é tratar o câncer de pele sem invasão, ou seja, sem cortar o paciente. “Não tem bisturi”, afirmou.
Segundo o médico, é espalhado um creme no local afetado, que é absorvido pelas células cancerosas. Em seguida, as lesões são expostas a uma luz especial. Por meio de um processo de reação fotoquímica, somente as células cancerosas que receberam o creme são destruídas. “Tem uma destruição seletiva do câncer. A grande vantagem é que você destrói só as células cancerosas”, explicou.

TECIDO
Em comparação ao tratamento invasivo, que abrange a cirurgia clássica, a vantagem da terapia fotodinâmica é que não precisa dar uma margem de pele sadia. “Você não perde tecido sadio, porque só destrói o que é câncer”.
Outra vantagem é que não se utiliza anestesia nesse tratamento moderno, que já é usado em todo o mundo, e em alguns locais no Brasil. “Agora, estamos introduzindo realmente no Inca um ambulatório especial”. Os pacientes submetidos a esse tratamento ficam sem cicatrizes. Nos primeiros 60 dias, a área onde havia lesões apresenta vermelhidão que, no entanto, desaparece com o tempo.
Como se trata, porém, de um tratamento ainda bastante caro, que usa lâmpada (aktilite) e creme importados, a terapia fotodinâmica só será utilizada, a princípio, em câncer de pele não melanoma, superficiais, e pré-câncer. Cada duas gramas do creme Metvix (cloridato de aminolevulinato de metila) custa em torno de R$ 1 mil.
Lobão disse que a lesão tratada com a terapia fotodinâmica apresenta prazo máximo de um mês para que o paciente esteja livre do câncer, sem cicatriz. “Fazemos o procedimento em um dia, o paciente volta uma semana depois, durante a qual são feitos curativos, porque a lesão fica irritada, e no prazo máximo de um mês ele está livre de tudo, sem cicatriz, sem nada”.
Devido ao elevado valor, o tratamento não será aplicado em todos os casos. “Vamos aplicar em um caso que seja a melhor opção terapêutica”, destacou o oncologista. A lâmpada que será usada pelo Inca na terapia fotodinâmica foi doada à instituição pelo laboratório Galderma.
O creme foi adquirido pelo instituto. Como o ambulatório especial terá capacidade para atender entre um e dois pacientes por semana, o médico estimou que o estoque do Metvix é suficiente para garantir o trabalho durante um ano. Ele espera sensibilizar a indústria em relação a futuras doações do produto, de modo a baratear o tratamento, e atender a um maior número de pacientes.
O Inca prevê que, até o final do ano, serão atendidos em torno de 580 mil novos casos no Brasil, dos quais cerca de 30%, ou o equivalente a 175 mil casos, serão câncer de pele. Lobão explicou que, dependendo das características, ele tem indicações específicas de tratamento.
Atualmente, existem cerca de seis opções de tratamento, como cirurgia e radioterapia. A terapia fotodinâmica é o tratamento ideal para o câncer superficial, não agressivo. “O primeiro procedimento é a classificação do tipo de câncer de pele, para que a indicação de tratamento seja o mais precisa possível”, afirmou o oncologista.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação

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Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás
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