Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 28/01/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Representantes de hospitais consultam MP sobre falta de repasse
• Laqueaduras diminuem partos normais
• Artigo – Ética ou técnica?


DIÁRIO DA MANHÃ
Representantes de hospitais consultam MP sobre falta de repasse

Unidades hospitalares da Capital e do interior, que estão com repasses do Sistema Único de Saúde atrasados desde o mês de outubro do ano passado, se dirigiram ao Ministério Público em busca de providências
Marcelo Mendes,Da editoria de Cidades
Conforme antecipado no último sábado (24), na matéria intitulada “Oito hospitais podem suspender o atendimento pelo SUS”, os representantes dos hospitais prejudicados pela falta de repasse financeiro, por parte das prefeituras, estiveram no Ministério Público (MP) na tarde desta última segunda-feira. Os integrantes das unidades de saúde, juntamente com representante da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), fizeram uma consulta ao MP sobre quais medidas deverão ser tomadas.
A reportagem do Diário da Manhã entrou em contato com o MP para esclarecer sobre o que foi abordado na reunião. Porém obtivemos apenas a confirmação de que a reunião aconteceu com o Promotor Érico de Pina do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO Saúde). Conforme apurado pela reportagem, o promotor apenas orientou os representantes a formalizarem a denúncia. Também foi constatado que as prefeituras efetuaram os pagamentos referentes aos meses de outubro e novembro, mas o mês de dezembro continua em aberto.
As unidades que estão envolvidas nesta situação são: Hospital da Criança, Hospital Infantil de Campinas, Hospital São Francisco, Hospital Monte Sinai, todos localizados na Capital. Em Aparecida de Goiânia: Hospital Santa Mônica e Hospital São Silvestre. Hospital Evangélico Goiano em Anápolis e Hospital São Nicolau em Catalão.
De acordo com o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) Haikal Helou, o dinheiro foi depositado nas contas das secretarias de saúde pelo Ministério da Saúde e não foi repassado. Kaikal ainda afirmou que os valores giram em torno de R$ 8 milhões, se somados os montantes devidos pelas prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Catalão.
SAIBA MAIS
Hospitais afetados pela falta de repasse do SUS no Estado de Goiás
• Hospital da Criança, Hospital Infantil de Campinas, Hospital São Francisco de Assis, Hospital Monte Sinai – Goiânia
• Hospital Santa Mônica e Hospital São Silvestre – Aparecida de Goiânia
• Hospital Evangélico Goiano – Anápolis
• Hospital São Nicolau – Catalão
Fonte: Ahpaceg

AHEG e FBH pressionam pela liberação dos recursos dos SUS
A Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), que representa cerca de 300 estabelecimentos de saúde em todo o Estado, e a Federação Brasileira dos Hospitais (FBH) têm atuado para evitar o atraso no repasse do SUS para Estados e municípios com ações junto ao Ministério da Saúde.
A FBH pressionou o governo federal para que a situação irregular fosse corrigida e no dia 18 de dezembro foram retomados os repasses do Fundo Nacional de Saúde com a emissão das ordens bancárias do pagamento de 70% referente ao mês de outubro a Estados, DF e municípios. O repasse dos 30% restantes foi realizado pelo Ministério da Saúde em 5 de janeiro e o total referente ao mês de novembro, foi pago no dia 23 deste mês.
As negociações surtiram efeito junto ao Ministério da Saúde, mas os prestadores de serviço do SUS ainda não receberam do governo municipal os 30% referente ao mês de outubro. Alguns não recebem, desde julho, a co-participação do Estado e município nos procedimentos de alto risco.
O vice-presidente da FBH e presidente da AHEG, Adelvânio Francisco Morato, manifestou sua insatisfação sobre esse problema. “Estamos agindo e defendendo os interesses dos nossos associados que atendem o SUS e estão em grande dificuldade financeira. Uma vez que os repasses já foram feitos pelo Fundo por meio da negociação feita pela FBH, estamos desde essa data buscando resposta junto à Secretaria Municipal de Saúde, mas não obtivemos retorno. Estamos pressionando para que o dinheiro chegue ao seu destino final que são os estabelecimentos de saúde credenciados, evitando que a população seja prejudicada.”
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Laqueaduras diminuem partos normais

Número só não é maior porque hospital tem muitas gestantes que estão na terceira ou quarta gravidez e desejam fazer procedimento
Da Agência Goiás Agora
O número de partos normais só não é maior por conta do desejo das mulheres que estão na terceira ou quarta gravidez e desejam fazer a laqueadura após o parto.   Assim, a cesária é utilizada principalmente nos casos que tenham a necessidade de execução do procedimento da laqueadura.
A informação é da diretora-geral da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia, Elaine Almeida.
Ela informa também que que o índice de partos normais  ultrapassa os 60%. Na rede pública, a média de partos dessa natureza fica em torno dos 40%. A maternidade oferece   tratamento humanizado, ao adotar uma série de ações que contribuem para a realização de um parto normal com menor sofrimento.
Uma das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde para 2015 é trabalhar na diminuição do número de partos por cesária no Brasil. A intenção agora é reduzir os índices na rede privada também.
Uma medida adotada para tornar o parto normal menos sofrido é a presença das doulas, que são voluntárias treinadas para acompanhar a gestantes durante o trabalho de parto. No pré-parto, as gestantes são acompanhadas em salas climatizadas e recebem analgesia por meio de manobras, sem que seja necessário o uso de medicamentos para induzir as contrações. Este ano,  Elaine Almeida espera conseguir contratar enfermeiras obstetras para auxiliar o médico durante todo o procedimento.
FISIOTERAPIA
Todas as gestantes que fazem o pré-natal no hospital recebem orientações sobre prática de exercícios de fisioterapia e de respiração, importantes para facilitar a hora do parto. Josimara Pereira escolheu a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para fazer o seu pré-natal. Enquanto esperava pelo primeiro filho, o Arthur, a futura mamãe aproveitou para fazer o curso para gestantes de primeira viagem oferecido no próprio hospital.
“Eu me preparei durante todo o tempo para ter meu filho por parto normal, mesmo minha família achando que eu não teria resistência para isso. Hoje eu posso afirmar, foi a melhor escolha que fiz”, declara. Além de ter um processo de recuperação muito mais rápido e seguro, Josimara ainda destaca que os exercícios e técnicas praticadas durante o pré-natal foram fundamentais para lhe oferecer mais conforto na hora do parto. Da hora que a bolsa estourou até o momento do primeiro choro do pequeno Arthur passaram-se oito horas, transcorridas com acompanhamento da equipe médica e de enfermagem. “Foi tudo muito tranquilo, bem acompanhado e muito confortável. Tudo isso porque recebi toda uma preparação prévia que contribuiu para esse momento tão aguardado”, declara.’
Doulas oferecem apoio afetivo
Em janeiro teve início uma nova edição do curso de doulas – voluntárias que aprendem técnicas de humanização de partos. O programa prepara mulheres para o acompanhamento de mães antes, durante e após o parto, dando suporte físico e emocional. As aulas continuam essa semana – de amanhã até sábado, das 8 às 12 horas. Ao final do curso, que é dividido em atividades práticas e teóricas, as participantes poderão se tornar voluntárias na maternidade.
A doula oferece apoio afetivo à gestante para que ela se sinta segura e tranquila no nascimento de seu bebê.
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O POPULAR
Artigo – Ética ou técnica?
Defendo a tese de que não existe a dicotomia ética/técnica, ou seja, não é possível separar tais características numa mesma pessoa. Assim, se vou a um médico cirurgião habilidoso, mas antiético, de nada me adiantará sua técnica, pois ao fim e ao cabo as consequências serão danosas para mim.
O exemplo dado para me refutar foi, à primeira vista, satisfatório, mas, à segunda, não. “Se eu quebrei o joelho e preciso operar, não estou nem aí se o cirurgião é canalha, desde que seja bom.” De fato, posto assim, imaginando alguém realizando a técnica operatória em nosso joelho, naquele exato momento tem tanta importância que ele seja honesto quanto ele ser músico nas horas vagas.
Mas não será preciso muito esforço para ver como tal exemplo não se sustenta. A vida não é um quadro ou preto ou branco. Há inúmeros tons de cinza, muito mais do que cinquenta, por sinal. As circunstâncias em que alguém chega a um consultório numa situação extrema são minoria. Situações intermediárias são maioria. E, nessas, infelizmente, há bastante terreno para diferentes condutas, mesmo entre aqueles que se valem exclusivamente da medicina baseada em evidências. Evidências fortes e indiscutíveis são ilhas num oceano de evidências insatisfatórias.
Digamos que eu tenha uma doença do coração que poderia ser conduzida clinicamente. Se eu for a um virtuose e este colocar habilidosamente não sei quantos stents em mim porque ele ganha muito dinheiro com isso, de que me serviu essa habilidade? E se alguém me disser que o médico que me operou é antiético, eu responderei que não estou nem aí, pois ele foi brilhante no procedimento que realizou em mim, pelo qual eu poderia ter pago com a vida.
Um exemplo da minha área. Descolamento de retina por rasgo desta é uma situação extrema que, à primeira vista, encaixaria na categoria do exemplo do joelho quebrado. Não há meio-termo, não há tratamento que não seja cirúrgico. Mas se passa muito tempo para recolocar a retina no lugar, mesmo que o resultado anatômico (ela voltar pro lugar) seja bom, o resultado funcional (voltar a enxergar) será pobre ou nulo, especialmente em pacientes mais velhos. Então, se uma pessoa com sessenta anos de idade procurar um retinólogo por causa de uma retina descolada há dez anos, e este fizer a cirurgia lindamente, gravando para mostrar em congresso, teremos uma situação semelhante à dos stents desnecessários.
O ponto aqui é: não há como separar técnica de ética por um motivo constrangedoramente simples – realizar um procedimento desnecessário não é apenas moralmente condenável, mas tecnicamente incorreto. É irrelevante se o procedimento foi realizado com ou sem habilidade, já que não deveria ter sido feito, pra começo de conversa.
Flávio R. L. Paranhos é médico (UFG), doutor (UFMG), postdoc research fellow (Harvard) em Oftalmologia, mestre em Filosofia (UFG) e professor do departamento de medicina da PUC-GO
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação 

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