Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 28/04/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES


• Maior hospital público de Itumbiara não suporta a quantidade de pacientes
• Quatro pessoas com suspeita de tuberculose estão internadas em Cais de Goiânia
• Jovem morre com suspeita de dengue em Aparecida de Goiânia
• Falta de UTI complica socorro
• Mosquito transgênico em São Paulo
• Portadores solidários na dor
• Morre ícone da luta contra doença rara

TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Maior hospital público de Itumbiara não suporta a quantidade de pacientes
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/maior-hospital-publico-de-itumbiara-nao-suporta-a-quantidade-de-pacientes/4137841/

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Quatro pessoas com suspeita de tuberculose estão internadas em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/quatro-pessoas-com-suspeita-de-tuberculose-estao-internadas-em-cais-de-goiania/4139009/

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Jovem morre com suspeita de dengue em Aparecida de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/noticia/2015/04/jovem-morre-com-suspeita-de-dengue-em-aparecida-de-goiania.html

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O POPULAR
Falta de UTI complica socorro
Demora no atendimento e escassez de leitos resultam na morte de três pessoas com suspeita da doença
Pedro Nunes

Em um intervalo de 11 dias três pessoas morreram com suspeita de dengue hemorrágica em Goiânia. Além da dificuldade no socorro ambulatorial durante a greve, os pacientes encontraram barreiras na transferência para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). As famílias pretendem entrar na justiça assim que os exames das causas das mortes forem concluídos.
Cada um dos pacientes vagou, em média, quatro dias pelas unidades de saúde da capital e de Aparecida de Goiânia em busca de ajuda. “Essa circunstância com certeza influenciou na morte do meu filho. Se o tivessem atendido antes ou se tivessem ao menos conseguido uma vaga em UTI ele teria sobrevivido”, acredita Maria Lúcia Henis, mãe de Cleydston Henis, de 26 anos. Ele morreu pouco antes de conseguir uma vaga para UTI em Goiânia.

Reportagens do POPULAR mostraram que, em Goiânia, apenas casos emergenciais foram atendidos durante esse período, o que gerou uma migração para unidades da Região Metropolitana. “Procuramos a UPA do Residencial Itaipu em uma terça-feira. Como meu filho não estava tão mal, nos mandaram embora sem atendimento. Na quinta-feira ele estava com falta de ar e foi atendido. Viram que era dengue, mas ele piorou e conseguimos, por meio de uma amiga, uma vaga no Huapa, no sábado. Mesmo depois disso a vaga para uma UTI em Goiânia demorou muito e ele não pôde ser transferido”, relata a mãe.

A última morte ocorreu no domingo (26). Eli Cardoso, de 26 anos, passou pela mesma situação. O jovem vagou pelas unidades de saúde da capital e de Aparecida de Goiânia em busca de ajuda médica e apenas depois de piorar conseguiu atendimento. “Ele estava debilitado. Mesmo assim não o atenderam”, revela o irmão, Eduardo Ribeiro. “Só depois que ele sofreu uma parada cardiorrespiratória conseguiram a transferência para a UTI do Hospital de Doenças Tropicais (HDT). Mas era tarde”, completa. O sepultamento de Eli Cardoso foi realizado ontem.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia informa que “assim que o paciente deu entrada no Cais Nova Era a equipe médica procedeu as medicações e atendimento ao paciente conforme a estrutura da unidade e foi solicitada a transferência para uma unidade com estrutura avançada”. No entanto, após “tentativas de remoção para uma unidade conveniada, o paciente veio a falecer.”
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Mosquito transgênico em São Paulo
São Paulo – A primeira soltura de mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados no Estado de São Paulo será na quinta-feira, 30, em Piracicaba, interior de São Paulo. Cerca de 100 mil espécimes do chamado Aedes do Bem serão soltos em uma residência da Rua Melvin Jones, no bairro Cecap, zona leste do município. A região é recordista em casos de dengue na cidade, que até ontem tinha cerca de mil casos confirmados, quatro vezes mais que no mesmo período do ano passado. A soltura foi definida pela empresa Oxitec, em parceria com a prefeitura, depois da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado de São Paulo para garantir a segurança do projeto. O MP exigiu, entre outras garantias, que os moradores não sejam impedidos de usar inseticidas em suas casas. Serão soltos apenas machos transgênicos que não picam as pessoas.
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Portadores solidários na dor
Morte de Djalma, que será enterrado hoje em Araras, retoma drama de pacientes portadores da doença genética hereditária
Janda Nayara

Djalma Antônio Jardim, de 40 anos, perdeu a luta contra o Sol e morreu na manhã de ontem no Hospital Alberto Rassi (HGG), onde estava internado desde 23 de abril. Portador da doença genética hereditária conhecida como xeroderma pigmentoso (XP), que atinge principalmente as partes do corpo mais expostas à luz solar, Djalma permaneceu até o fim, segundo familiares, com o mesmo otimismo demonstrado em entrevista concedida ao POPULAR para o caderno especial O Sol não é para todos, publicado em novembro de 2011, que contou o drama vivido por mais de 20 pessoas no povoado de Araras, distrito de Faina.
Djalma viu a doença transformar não apenas seu rosto, que ficou mutilado após mais de 50 cirurgias para retirada de tumores que começaram a surgir aos 9 anos, mas também sua rotina. Ele usava uma prótese externa que ocupava o lugar do lábio superior, do nariz e de parte das maçãs do rosto e do olho direito. O olho esquerdo também foi afetado, obrigando-o a fazer um transplante de córnea. Se protegendo da luz como podia, ele levava uma rotina de consultas e incertezas quanto à evolução da doença.
Bastante comovida, uma das irmãs de Djalma, Cláudia Sebastiana Jardim da Cunha, de 36 anos, também portadora de XP, disse que tudo aconteceu muito rápido e que todos pensavam que seria apenas mais uma internação. O corpo de Djalma chegou a Araras no início da noite de ontem, foi velado no salão paroquial e será enterrado na manhã de hoje.
Sintomas
Diretor técnico do HGG, Rafael Nakamura contou que o paciente foi internado no setor de neurologia após passar por consulta e relatar dores de cabeça e vômitos. “Um dia depois ele passou por uma ressonância que apontou uma massa tumoral volumosa comprometendo uma região do cérebro. Não havia como operar. Era uma metástase dos tumores que começaram na pele.”
Segundo Nakamura, Djalma seria transferido para uma unidade de tratamento oncológico na próxima semana, mas no último sábado ele piorou e precisou ser transferido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), onde morreu.

Sofrimento dividido no povoado
A notícia da morte de Djalma abalou o pequeno povoado de Araras. Segundo Gleice Machado, presidente da Associação Brasileira de Xeroderma Pigmentoso (AbraXP), mesmo tendo vivenciado dezenas de vezes os óbitos em decorrência das complicações da doença, a população não se acostuma.
“É muito triste. Mexe com o psicológico, principalmente para os familiares de outros doentes. É um momento que nos faz pensar em como será o futuro de cada um que compartilha do mesmo drama. É uma sentença”, conta a mulher, que também é mãe de um adolescente que já apresentou o quadro clínico da doença.
Sentimento
Aos 77 anos, José Cláudio Machado, primo do pai de Djalma, diz que recebeu com tristeza a notícia da morte dele.
Ele é um dos mais velhos portadores da síndrome vivo no povoado e já passou por 84 cirurgias, a primeira aos 18 anos. Devido a dificuldades na fala causadas pelas cirurgias, José Cláudio diz, ajudado pela sobrinha, que o sentimento é de que todos podem ser os próximos.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Morre ícone da luta contra doença rara
Morador de comunidade no noroeste goiano, Djalma Jardim ficou conhecido no País por enfrentar o xeroderma pigmentoso

Divania Rodrigues,Da editoria de Cidades
Djalma Jardim, que completaria 40 anos na próxima semana, viveu nas sombras grande parte da vida. Morador de Araras – comunidade a 40 quilômetros do município de Faina, 260 quilômetros de Goiânia – ficou conhecido no Brasil como símbolo da luta de uma comunidade inteira contra o xeroderma pigmentoso (XP). Ontem no início da manhã, ele não resistiu e sucumbiu à doença. O sepultamento está previsto para ser realizado nesta manhã, no povoado em que sempre viveu.
Ele estava internado no Hospital Geral de Goiânia (HGG) desde a última semana. Gleice Machado, presidente da Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (AbraXP) e prima de Djama, informou que ele estava se sentindo mal desde o início da semana passada, com dores de cabeça fortes e vômitos.
O diretor técnico do HGG, Rafael Nakamura, lamentando o falecimento do paciente, conversou com a reportagem do Diário da Manhã. De acordo com o médico, Djalma havia chegado ao hospital na quinta-feira (23) apresentando sintomas contundentes para tumor cerebral. “Ele não estava bem. Apresentava sintomas neurológicos relevantes, dificuldade visual e motora e a hipótese, que posteriormente foi comprovada, era metástase cerebral”, explica.
De acordo com Rafael, na sexta uma ressonância confirmou uma massa tumoral volumosa e em uma posição delicada no cérebro, que já afetava o nervo óptico. Djalma não chegou a ser encaminhado para a unidade oncológica, mas os médicos cogitavam que o tumor era inoperável, sendo possível apenas cuidados paliativos como radio ou quimioterapia. No último sábado à tarde seu estado de saúde se agravou e foi levado para Centro de Tratamento Intensivo (CTI).
Conforme os médicos, o tumor evoluiu de tamanho rapidamente e aumentou a pressão intracraniana, o que inviabilizou as medidas de tratamento possíveis.
Ele já havia feito mais de 50 cirurgias durante toda a vida para lutar contra a doença e tinha se tornado um símbolo do combate ao XP. Ele deixa mãe e irmãos e a comunidade de Araras lamentosos. “Está todo mundo abalado. Por mais que a gente saiba da gravidade da doença é mais uma vida que se vai. É difícil saber que ele, que lutou tanto, não venceu. E para os outros portadores deve ser ainda pior, porque ele era um símbolo de luta contra a doença”, revela Gleice.
Em uma das muitas entrevistas que concedeu falando sobre a doença, ele esclareceu que só recebeu o diagnóstico correto em 2010, quando começou o tratamento no HGG, mas sofria com sardas e caroços na pele desde os nove anos de idade. Ele explicava que na busca por respostas médicas havia recebido informações que tinha doença na pele, no sangue, mas nunca uma doença genética.
O resultado da doença e das cirurgias fez com que Djalma tivesse que usar uma prótese que cobria parte do rosto e era trocada de tempos em tempos.

Povoado
Araras ficou conhecida a partir de 2009, quando foi revelado que o local tinha o maior grupo de pessoas no mundo que sofrem com a doença hereditária que provoca tumores na pele – aproximadamente uma a cada 40 pessoas. A condição dos moradores da comunidade fez com que pesquisadores e médicos se mobilizassem para controlar a enfermidade genética que aumenta em mil vezes a porcentagem do surgimento de câncer.

A doença
Hoje a AbraXP tem mais de 300 cadastrados em todo o Brasil. A associação oferece orientação aos pacientes diagnosticados com xeroderma, que é uma doença genética que faz com que o portador possua dificuldade em reverter as agressões que a radiação ultravioleta, solar ou artificial, provoca nas células da pele.
Além do envelhecimento precoce da pele, esta condição aumenta as chances dos mais variados tipos de câncer, como carcinomas basocelular e espinocelular, melanomas e sarcomas. O xeroderma é uma doença recessiva e é mais comum entre filhos de casamentos consanguíneos.

HGG
Em nota, o HGG, que é o centro de referência no tratamento de xeroderma pigmentoso no Brasil, informou que “Djalma foi acompanhado pelo Serviço de Neurologia e equipe multiprofissional e recebeu tratamento clínico. Após piora no quadro neurológico, foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) no sábado, e faleceu às 6h30 desta segunda-feira”.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação


 

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