Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 28/10/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Piso salarial dos enfermeiros: suspensão será prorrogada? Veja as últimas notícias do piso salarial da enfermagem

Caiado e Queiroga expandem atendimento de alta complexidade no Hugol

Gripe se aproxima da covid-19 como principal causadora de SRAG

Pesquisa mostra que fazer o bem traz efeitos positivos para corpo e mente

Menos de 20% dos pacientes recebem orientação adequada para tratar hipertensão – ISTOÉ Independente

UOL

Piso salarial dos enfermeiros: suspensão será prorrogada? Veja as últimas notícias do piso salarial da enfermagem

Enfermagem aguarda que os parlamentares apresentem projetos para garantir pagamento

Gabriela Luna

Após o pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), o pagamento do piso salarial nacional da enfermagem foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Com isso, o piso salarial da enfermagem aguarda que os parlamentares a aprovação de projetos que viabilizem o pagamento a categoria sem impactos financeiros e problemas nos serviços de saúde prestados por entidades públicas e privadas.

TABELA PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM

Enfermeiros – R$ 4.750,00

Técnico de enfermagem – R$ 3.325,00

Auxiliar de enfermagem e parteira – R$ 2.375,00

SUSPENSÃO DO PISO SALARIAL SERÁ PRORROGADA?

A medida provisória de suspensão do piso salarial da enfermagem ainda pode ser revogada. Para isso, é necessário que o Senado e Câmara apresentem projetos orçamentários palpáveis.

A presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos afirma que “Os projetos votados até agora contribuem, mas não resolvem definitivamente o problema. Esperamos que o parlamento realmente se debruce sobre o tema já na próxima semana”, pontuou.

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A REDAÇÃO

Caiado e Queiroga expandem atendimento de alta complexidade no Hugol

Acompanhado do governador Ronaldo Caiado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou nesta quinta-feira (27/10) o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), ambos em Goiânia. Para o ministro, Goiás está consolidado como referência nacional em saúde pública e, em razão disso, assinou portaria, juntamente com o governador, que habilita leitos cardiológicos e neurológicos no Hugol para tratamentos e cirurgias de alta complexidade. Também foi anunciada a recomposição do teto financeiro da média e alta complexidade (Teto MAC) do Estado, aumentando o potencial de captação de recursos federais.

“O reconhecimento e a habilitação do Hugol em alta complexidade na área de cirurgia cardíaca e de neurologia faz com que o hospital tenha a capacidade, não só de atender casos mais graves de Goiás, mas também de estados vizinhos que dependem de um tratamento especializado. Isso é um diferencial enorme para Goiás, pois coloca este hospital como um dos melhores do País”, celebrou o governador.

Ainda segundo Caiado, a habilitação assinada pelo ministro “aumenta o perfil do hospital, não só para tratamentos complexos, como também para a parte educacional”, uma vez que profissionais da área de saúde fazem no Hugol seus cursos de residência médica. “Além de ter recursos do Tesouro Estadual, a unidade terá capacitação direta também do Ministério da Saúde. Isso gera um efeito cascata de aumento da qualidade do serviço. Vamos nos tornar ainda mais referência”, concluiu.

O secretário de Estado de Saúde de Goiás, Sandro Rodrigues, afirmou que a habilitação dos leitos “é um compromisso com a sociedade e com o cidadão”. “É obrigação dos líderes promover este atendimento. Nosso dever é levar a saúde onde ela precisa estar”, pontuou.

O governador teve a confirmação ainda do repasse de cinco ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma para cada um dos seguintes municípios goianos: Cidade Ocidental, Iporá, Jataí, Luziânia e Trindade.

Pequenos hospitais

O ministro anunciou que Goiás é o estado escolhido para a implantação do projeto piloto que pretende concentrar a maior parte do atendimento à população em hospitais públicos de pequeno porte. Queiroga acertou com o governador Ronaldo Caiado que será feito um diagnóstico das unidades hospitalares menores, uma vez que, segundo o ministro, o território goiano conta com muitos estabelecimentos deste porte.

“Temos 1,9 mil hospitais de pequeno porte no Brasil. Precisamos monitorar os resultados deles e verificar as expectativas que temos em unidades com número reduzido de leitos. A assistência de saúde no Brasil começou no início do século 20 e há uma cultura no brasileiro de buscar os grandes hospitais. O que queremos é inverter isso, fazendo com que as pessoas busquem as Unidades Básicas de Saúde para que, lá, se resolvam 80% dos problemas”, explicou o ministro sobre o projeto.

“A cultura de criar regiões de saúde é fundamental e a política pública é construída em conjunto. O que queremos é o conceito de eficiência na prestação da saúde. Goiás, com o trabalho do governador Ronaldo Caiado para construir a regionalização e também pelo feito na pandemia, foi escolhido para ser o piloto deste programa que posteriormente será estendido para o Brasil todo”, frisou Queiroga.

HGG

Logo em seguida, Caiado apresentou a Queiroga a Central de Transplantes do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), referência em Goiás. A atual gestão estadual investiu R$ 2,8 milhões na instalação da nova ala, inaugurada em setembro deste ano. A unidade possui 644 metros quadrados e 32 leitos, sendo 26 destinados para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas. Os outros seis serão utilizados para transplante de medula óssea.

Goiás é o 10º estado brasileiro que mais realiza transplantes de rins no país. Somente na primeira quinzena de outubro, o HGG realizou 15 destas intervenções. Além disso, de janeiro a julho deste ano, foram executados 329 transplantes de órgãos e tecidos, sendo 55 de rins, quatro de fígado, 246 de córneas, 11 de medula óssea e 13 musculoesqueléticos. Ao todo, o Estado possui 36 equipes credenciadas para realização de cirurgias do tipo.

“O Brasil é um dos principais transplantadores do mundo, tem uma das principais políticas públicas do mundo nessa área e estamos reforçando isso. Ser habilitado para doação não é uma grife, é um ato de amor, um compromisso”, disse Queiroga. “Teremos quase que o circuito completo de transplantes com capacidade de realização no HGG. Cada vez mais, estamos sensibilizando o cidadão para que entenda que a política de doação de órgãos é fundamental”, avaliou Caiado.

Estiveram ao lado do governador e do ministro durante a passagem por Goiânia também o secretário-executivo Adjunto do Ministério da Saúde, Marcus Vinícius Fernandes Dias; a secretária em Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Batista Botelho; a diretora presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (COSEMSGO), Veronica Savatin Wottrich; a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim; o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso; o superintendente estadual do Ministério da Saúde em Goiás, Sebastião Donizeti da Silva; prefeitos e prefeitas municipais; deputados eleitos e reeleitos; gestores e servidores do Hugol e do HGG, entre outros convidados.

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O HOJE

Gripe se aproxima da covid-19 como principal causadora de SRAG

Influenza A responde por 24,6% das hospitalizações pela doença

O vírus da gripe (Influenza A) está próximo de superar o SARS-CoV-2 como principal causador de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) virais no país. Segundo o último Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (27/10) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Influenza A responde por 24,6% das hospitalizações por síndrome respiratória viral, enquanto o novo coronavírus ainda predomina, associado a 26,4% dos casos.

O boletim tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de outubro, que se referem à semana que vai de 16 a 22 do mês.

Fora esses dois patógenos, o vírus sincicial respiratório (VSR) também tem destaque no cenário epidemiológico, causando 21,7% dos casos de SRAG comprovadamente virais

Uma comparação com o início de setembro dá uma ideia da evolução do cenário epidemiológico. No boletim divulgado no dia 8 daquele mês, havia a seguinte distribuição de casos de SRAG: 3,4% para influenza A; 0,2% para influenza B; 6,5% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 68% para Sars-CoV-2 (covid-19).

Apesar da mudança entre os causadores de hospitalizações, quando são analisados os desfechos fatais da SRAG no boletim divulgado hoje, o SARS-CoV-2 continua a predominar com mais força, causando 77,8% das mortes, enquanto o Influenza A é responsável por 11,1%, e o VSR, por 1,6%. Mesmo assim, o SARS-CoV-2 perdeu espaço, já que, em 8 de setembro, o percentual de óbitos causados por ele chegava a 93,4%.

A Fiocruz informa que São Paulo e o Distrito Federal seguem registrando o maior volume de casos de influenza nas últimas semanas e servem de alerta para as demais unidades federativas do país, porque são centros com grande fluxo de passageiros. Os pesquisadores também já identificam ligeiro aumento na presença do vírus da gripe nos estados da Bahia, de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e do Paraná. 

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VEJA

Pesquisa mostra que fazer o bem traz efeitos positivos para corpo e mente

Pessoas que se dedicam a ajudar o próximo têm menos risco de desenvolver patologias como depressão e doenças cardíacas

No século XVIII, o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) desenvolveu o conceito do “bom selvagem”, segundo o qual o ser humano nasce sem propensão a praticar o mal, é corrompido à medida que se insere na sociedade e, para retornar a seu estado natural, deve pensar no bem-estar do próximo antes do próprio. Sua reflexão contribuiu para elaborar um sentimento vastamente aclamado, embora nem tão amplamente experimentado: a satisfação que toma conta do indivíduo quando ele ajuda a aliviar as dificuldades de outra pessoa. O prazer de ajudar não conhece limites – vai desde o encarregado da faxina que acha uma carteira recheada e a devolve até as doações em série de MacKenzie Scott, a ex-mulher de Jeff Bezos, que já encaminhou à filantropia 12 bilhões de dólares, dos 60 bilhões que amealhou ao se divorciar do dono da Amazon há três anos. Agora, a ciência mostra que fazer o bem, além de dar contentamento, tem outro efeito colateral importante à saúde física de quem o pratica.

Um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostra que ajudar o próximo resulta em uma série de benefícios específicos para o corpo e a mente. A equipe apresentou um teste de critérios morais a 1?209 adultos, em que respondiam sim ou não a questões como “Estou disposto a enfrentar dificuldades para fazer o que é certo”, “Uso os meus pontos fortes para ajudar os outros” e “Estou disposto a abrir mão da minha felicidade momentânea para colher bons frutos no futuro”, e aplicou sobre as respostas uma escala de zero (“Não tem nada a ver comigo”) a 10 (“Tem tudo a ver comigo”). Em seguida, analisou durante um ano os pedidos de consultas, exames e tratamentos das mesmas pessoas a planos de saúde. As conclusões foram reveladoras.

Aqueles que relataram traços consistentes com a prática de atos solidários, com respostas mais próximas do 10, apresentaram até 50% menos probabilidade de sofrer de depressão, um dado expressivo. Ajudar os outros com vistas a longo prazo, sem uma retribuição imediata, resultou ainda em menor chance de desenvolver ansiedade. Por fim, quanto maior a pontuação dos entrevistados, menos propensos eles eram de sofrer doenças cardiovasculares. “Nosso objetivo era encontrar fatores positivos não convencionais capazes de influenciar a saúde e o bem-estar. Foi reconfortante descobrir que, quando cooperamos para o bem do outro, também contribuímos para nosso próprio bem-estar”, afirma a pesquisadora polonesa Dorota Weziak-Bialowolska, uma das autoras do estudo.

Esses resultados corroboram conclusões obtidas em estudos anteriores envolvendo o impacto positivo da prática do bem. Com financiamento do Instituto Nacional de Desordens Neurológicas e Doenças Cerebrovasculares americano, os brasileiros Ricardo de Oliveira Souza, neuropsiquiatra, e Jorge Moll Neto, neurocientista, submeteram candidatos a trabalhos voluntários a uma ressonância magnética no momento em que decidiam se iam ou não participar de uma ação. Eles descobriram que o ato de fazer o bem ativou regiões cerebrais relacionadas ao prazer e aos sentimentos de apego e pertencimento. A estudante de comunicação Juliane Ramos, 25 anos, segue a tradição da família e realiza trabalhos voluntários desde a adolescência. “A gente ganha mais do que as pessoas que estão sendo ajudadas. Essa sensação me deixa renovada”, conta ela, integrante do grupo Eu Me Importo com Você, que distribui quentinhas a moradores de rua no Rio de Janeiro. “Realizar boas ações acaba tendo um efeito bumerangue que traz benefícios para a mente”, confirma a neuropsicóloga Adriana Fóz.

À luz da psicanálise, o lado menos desprendido da disposição de ajudar o próximo é a sua aproximação de uma ação narcísica: quando se põe em marcha uma atitude altruísta, o inconsciente busca se sentir amado e aprovado pelos outros. “É frequente a sensação de que, quando fizermos o bem a alguém, seremos recompensados na mesma medida”, explica Paula Peron, professora de psicologia da PUC-SP. A definição de fazer o bem, claro, não se limita a dar dinheiro e engrossar o voluntariado, mas está relacionada a padrões morais como honestidade, responsabilidade, respeito e empatia. “Eu procuro sempre estar disponível a quem precisar, mesmo que para isso deixe minhas próprias questões de lado, e busco pensar no outro antes de pensar em mim”, afirma o vendedor Matheus Wanderosch, de 26 anos. As novas pesquisas podem servir de impulso para mais gente sair da zona da comodidade e se mexer para ajudar quem precisa.

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ISTOÉ

Menos de 20% dos pacientes recebem orientação adequada para tratar hipertensão – ISTOÉ Independente

Qualidade da assistência inclui orientar aos pacientes sobre manter os cuidados básicos de saúde, como ingerir menos sal, cuidar do peso e fazer atividade física.

Por Fernanda Bassete, da Agência Einstein

Considerada uma doença crônica não transmissível, a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para eventos cardiovasculares como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), além de doenças renais e morte súbita. Por se tratar de uma condição frequentemente assintomática, manter os níveis da pressão sob controle é fundamental para a saúde.

Mas nem sempre isso acontece. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) constatou que apenas 18,8% das pessoas com hipertensão no Brasil receberam as orientações adequadas para controle da doença em 2019. E o número piorou quando comparado com os dados de 2013, quando 25,3% da população foi orientada corretamente. Os pesquisadores analisaram os dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um inquérito nacional domiciliar, que inclui amostra de pacientes de todo o Brasil. Os resultados foram publicados na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde.

Nós avaliamos a qualidade da assistência, especialmente quando falamos em rede pública e atenção básica à saúde. Comparando com os dados de 2013 a gente esperava uma melhora nos indicadores, uma evolução, e não uma piora, afirmou a professora Elaine Tomasi, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da UFPel, uma das responsáveis pelo estudo.

Foi considerado como cuidado adequado da doença se os pacientes ouviram recomendações dos médicos e outros profissionais da saúde durante as consultas sobre: manter uma alimentação saudável, reduzir a ingestão de sal, manter o peso adequado, praticar atividade física, não fumar, não ingerir bebida alcoólica em excesso e fazer acompanhamento regular da sua condição. A solicitação de exames (urina, sangue, eletrocardiograma e teste de esforço) também foi considerada como um indicador da adequação dos cuidados com a hipertensão.

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Segundo Elaine, para o cuidado com a hipertensão ser considerado de excelência, o paciente tinha que afirmar ter recebido todas essas orientações e não apenas parte delas.

Existe um consenso sobre um conjunto de ações que são recomendadas para o controle da hipertensão. E ele não envolve apenas o uso de medicamentos. Existem as ações comportamentais. Foi uma escolha nossa analisar se a pessoa recebeu todo esse conjunto de orientações porque a gente entende que o paciente precisa receber todo cuidado para cuidar da sua saúde e não apenas parte dele, destacou a pesquisadora.

Ela acrescentou, ainda, que essas orientações precisam ocorrer com certa frequência: Não adianta falar para uma paciente sobre os cuidados com a hipertensão uma única vez. Essas informações precisam ser reforçadas em toda consulta, frisou.

O cardiologista Humberto Graner, coordenador do pronto-atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein de Goiânia, avalia os resultados como preocupantes.

Temos que lembrar que a hipertensão arterial é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares mais graves, como AVC, infarto, problemas renais. A hipertensão é um catalisador. Se não cuidarmos dessa base, com certeza teremos problemas mais para a frente, diz.

Para Graner, essa pesquisa demonstra o que os médicos têm chamado de inércia terapêutica, um conceito que vem sendo discutido em congressos de cardiologia.

Nós sabemos como tratar a hipertensão, existe uma centena de medicações que controlam efetivamente a doença. Parte desses medicamentos estão disponíveis na rede pública. Então se temos as ferramentas básicas necessárias para reduzir os fatores de risco de problemas cardiovasculares, por que não conseguimos?, pergunta o médico.

Desigualdade social e regional

Quando os pesquisadores fizeram os recortes sociais para analisar onde houve a piora no controle da hipertensão arterial, constataram que as desigualdades regionais e de renda ainda existem.

Segundo Elaine, quanto melhor a classe econômica, melhor cuidado foi dispensado para quem tem hipertensão. Apenas 9% dos pacientes mais pobres receberam cuidados adequados; enquanto entre os de classe social mais alta esse número sobe para 33%. E os pacientes do Norte e Nordeste também são os que menos receberam assistência adequada.

Elaine reforça que para enfrentar esta situação, é preciso fortalecer a atenção primária à saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos em programas de educação permanente das equipes e reforço às políticas públicas de incentivo à adoção de comportamentos saudáveis para todos os cidadãos.

Esse é um problema estrutural. A gente sabe que há escassez de recursos na rede pública, mas as medicações para controle da hipertensão existem e orientar o paciente adequadamente não tem custo. Não adianta investirmos em pesquisa para encontrar a cereja do bolo no tratamento das doenças cardiovasculares se não conseguimos fazer nem o arroz com feijão, ressalta Graner.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos ambulatoriais em todo o mundo, inclusive no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de um terço da população brasileira é hipertensa.

As pessoas precisam entender que a hipertensão não é o problema final, ela é o meio do caminho, é a estrada que leva a uma doença mais grave. Por isso é tão importante manter os níveis pressóricos sob controle, finalizou Graner.

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