Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 28 A 30/03/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES


• Idosa aguarda há quase 30 dias por cirurgia, em Goiânia
• Cartas dos Leitores – Idtech no HGG
• Gastos com OSs
• Estado suspende reajuste de OSs
• Confirmado caso de febre maculosa em professor da UFG
• Artigo – Sustentabilidade, o desafio em 2015
• Arlindo de Almeida deixa presidência da Abramge
• Bebê cardiopata aguarda cirurgia
• Diabetes tipo 2 pode ser pré-diagnosticado
• Silicone nos seios pode causar câncer

 


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Idosa aguarda há quase 30 dias por cirurgia, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/idosa-aguarda-ha-quase-30-dias-por-cirurgia-em-goiania/4069084/ (28/03/15)
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O POPULAR

R$ 80 mil de indenização

Dois irmãos devem receber indenização por danos morais no valor de R$ 80 mil do Hospital São Bernardo Ltda., segundo decisão monocrática do desembargador Walter Carlos Lemes, corroborando sentença do juízo da comarca de Aparecida de Goiânia. A mãe do casal morreu por falha na prestação de serviço do hospital.
O hospital havia recorrido da decisão com o argumento de que houve prestação de serviço médico à paciente no dia da morte. O desembargador, no entanto, disse que restaram comprovados os danos sofridos em razão do não atendimento médico da paciente durante todo o dia em questão, pois o médico só foi visitá-la depois de mais de 30 horas de sua internação, quando seu estado já era grave. (30/03/15)
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Cartas dos Leitores – Idtech no HGG
O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) informa que, a respeito de nota publicada na coluna Giro (26/3) , o comparativo do valor do contrato de gestão para administrar o Hospital Alberto Rassi – HGG dos anos 2012 a 2015 exige uma análise esclarecida, pois a simples consideração de valores absolutos evidencia um aumento, mas isso não traz à luz o entendimento necessário para que tal dado possa ser corretamente interpretado.
A unidade passou nesse período por uma reformulação em busca da retomada do seu perfil, ou seja, atenção terciária à saúde. Embora nem todos os setores tenham tido um ganho quantitativo expressivo, o hospital cresceu substancialmente na qualidade da sua assistência, por exemplo, evoluindo com a realização de procedimentos como transplantes de órgãos, cirurgias bariátricas (incremento de 200% nos últimos três anos), confecção de próteses 3D para pacientes com xeroderma pigmentoso (sendo o HGG o único centro de referência no País) e a criação do Programa de Tratamento de Deformidades Faciais (Proface), que propiciou aumento de 394% nas cirurgias bucomaxilofaciais.
É inquestionável que o aumento da complexidade é diretamente proporcional ao crescimento dos investimentos necessários.
Além disso, o incremento em 400% no número de leitos em terapia intensiva representa um avanço para a rede pública de valor imensurável, já que a maioria desses leitos fica disponível para o complexo regulador municipal, minimizando o drama já coberto por diversas vezes pela mídia, retratando usuários que necessitam daquele tipo de terapia.
Da mesma forma, os custos em material humano e medicamentos ganham proporções também bastante relevantes e que justificam e lastreiam boa parte do aditivo financeiro feito através do contrato de gestão.
Soma-se a tudo isso, a certificação que o HGG recebeu pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), sendo o primeiro hospital público do Centro-Oeste neste nível. Tal titulação garante normas visando a segurança do paciente, porém exige investimentos consideráveis para que se busque qualidade na prestação do serviço.

José Cláudio Romero
Coordenador executivo do Idtech, organização social gestora do Hospital Alberto Rassi – HGG (28/03/15)
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Gastos com OSs
O secretário Leonardo Vilela (Saúde) suspendeu os reajustes nos contratos com organizações sociais para este ano. Mas deixou brecha para aditivos “restritos ao mínimo necessário”. (28/03/15)
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Estado suspende reajuste de OSs

Caio Henrique Salgado

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) suspendeu ontem, por tempo indeterminado, todos os reajustes nos valores de contratos com as organizações sociais (OSs) para a gestão de hospitais do Estado. A medida visa a adequação da pasta ao ajuste fiscal iniciado pelo governo e, enquanto tiver validade, impedirá aumento nos valores repassados mensalmente às entidades.
A portaria suspende “todo e qualquer acréscimo de valor pecuniário ajustado” em 2015, desde que tenha sido feito através de aditivo, mantendo os valores fixados em setembro do ano passado.
A portaria foi anunciada após o Giro ter mostrado anteontem que o contrato firmado com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), que administra o Hospital Geral de Goiânia (HGG), foi aditivado em 90% nos últimos três anos, embora o número de atendimentos praticamente tenha se mantido o mesmo.
O hospital realizou 303 cirurgias em dezembro de 2012 e 340 no mesmo mês de 2014. As internações cresceram de 542 para 548 no mesmo período. Ainda assim, o valor dos repasses por ano saiu de R$ 66,8 milhões há três anos para R$ 126,6 milhões, conforme prevê termo aditivo publicado nesta semana no Diário Oficial do Estado (DOE).
O secretário de Saúde, Leonardo Vilela (PSDB), afirmou ontem também aoGiro que estava preocupado com o aumento do custo com as organizações sociais, uma vez que o Orçamento do Estado sofrerá consideráveis cortes neste ano. Nesta semana o governador Marconi Perillo (PSDB) já determinou o bloqueio de R$ 888 milhões.
A Secretaria não informou o impacto da portaria. Segundo a SES, como o contrato do Idetech foi o primeiro a ser reajustado neste ano, não há como falar em corte de gastos. “Os valores ainda não tinham sido avaliados”, afirmou a assessoria da pasta.
Conforme os últimos dados divulgados pela SES no portal dedicado a informações sobre as OSs, o custo mensal dos 13 contratos era de R$ 51,28 milhões. Os dados que se referem a maio de 2014 foram atualizados posteriormente.
Ainda conforme informações disponibilizadas pela SES na internet, os próximos contratos devem ser renovados em junho. O que foi firmado com o Instituto de Gestão Hospitalar (IGH) para gerir o Hospital Materno Infantil vencerá no dia 27, já o fechado com o Instituto Sócrates Guanaes (ISG) para a gestão do Hospital de Doenças Tropicais, vence no dia 28.

Empresa ligada a OSs manteve contrato com hospital público

A empresa de uma das principais representantes do Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) manteve, por pelo menos 5 meses, um contrato de consultoria para auxiliar na gestão do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, em Pirenópolis, que é de responsabilidade da própria organização social (OS).
O contrato, firmado em setembro do ano passado, previa pagamentos mensais de R$ 25 mil e foi, segundo o IBGH, rescindido em 27 de fevereiro após recomendação da Agência Goiana de Regulação (AGR), responsável pela fiscalização dos contratos firmados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) com as OSs.
Conforme documentos obtidos pelo POPULAR, a superintendente executiva do IBGH, Marilene Araujo Barbosa, teve uma empresa pela qual assina como representante contratada pela própria OS em 1° de setembro de 2014. O nome da empresa é Consultoria em Gestão Empresarial (CGE).
Marilene é considerada também uma das responsáveis pelo IBGH e assinou diversos contratos com outras empresas em nome da OS desde o fim do ano passado.
Procurada pela reportagem, ela afirmou que desconhecia a situação, que não tinha relação com a cúpula da OS e que é diretora do hospital em Pirenópolis.
Mais tarde, a assessoria de imprensa do instituto reconheceu a situação e informou o rompimento do contrato. “Como superintendente, Marilene Araújo Barbosa, nunca foi remunerada ou teve qualquer outro benefício por parte do Instituto, assim como, nenhum membro da diretoria’, informou a assessoria. (28/03/15)
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Artigo – Sustentabilidade, o desafio em 2015
Em 2015, a saúde suplementar brasileira enfrentará grandes desafios e muitas dificuldades para manter o equilíbrio econômico, financeiro e operacional, e o aumento de custos continuará a ser um fator preponderante nesse mercado, uma vez que suas causas estruturais de expansão perduram, especialmente nesse momento, em que vivemos uma nova fase da crise mundial iniciada em 2008.
Segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), as causas para o aumento de custo são o envelhecimento populacional, preços de materiais e medicamentos em alta e ampliação das coberturas previstas no rol da ANS.
Sabemos que o perfil da sociedade brasileira mudou. A chamada Era da Velocidade impõe um ritmo acelerado para os chefes de família, homens e mulheres, que passam a se equilibrar num ininterrupto jogo de cintura entre o cotidiano de trabalho, os afazeres domésticos, os filhos e o trânsito.
A vida mais corrida também fez com que as condições de saúde passassem a ser tratadas, na maior parte das vezes, às pressas. Saiu de cena o antigo médico da família, bom conhecedor do histórico dos seus pacientes, e tornou-se comum ir às urgências e emergências dos grandes hospitais em busca da cura imediata, do alívio para a dor, a tosse, a febre. Esse modelo de atendimento hospitalocêntrico contribui para o crescimento dos custos de um sistema já sobrecarregado.
Quando a Lei dos Planos de Saúde foi decretada, quase 20 anos atrás, a realidade do envelhecimento da população ainda parecia algo muito distante. Em 2010, o País tinha cerca de 131 milhões de pessoas com idades entre 15 e 65 anos, e quase 14 milhões acima dessa faixa etária. Ou seja, cerca de dez vezes mais jovens que idosos. Segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa diferença deve cair para sete vezes em 2020, e para cinco em 2030. No ano de 2050, espera-se que o Brasil possua uma população de 138 milhões de pessoas entre 15 e 65 anos e quase 50 milhões acima dos 65. E esse cenário evoluirá como uma bola de neve: quanto mais idosos, maior o uso dos planos de saúde e maior também o total dos custos envolvidos. Precisamos investir para que os beneficiários de hoje tenham melhor qualidade de saúde e de vida por mais tempo e, consequentemente, fiquem menos doentes amanhã.
Em 2014, o setor de saúde suplementar foi novamente impactado pelo aumento da inflação médica. No período de 2007 a 2013, enquanto as receitas avançaram 108,3%, as despesas cresceram 119,6%, de acordo com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). O ano foi encerrado com um crescimento de 3% em número de beneficiários, alcançando 72,2 milhões de vidas.
De acordo com o Iess, mesmo havendo o crescimentono número total de beneficiários, houve diminuição do ritmo de crescimento em comparação aos anos anteriores. Para 2015, a expectativa da federação nacional é de que a saúde suplementar cresça entre 2,7% e 3,3%.
São esses os principais desafios para a saúde suplementar: a superação de um mercado adverso e a manutenção de sua solidez econômica conquistada pelo bom trabalho dos seus cooperados e por uma gestão colegiada responsável. Sua participação no desenvolvimento socioeconômico atesta esse fato gerador de milhares de empregos diretos e indiretos, responsáveis pela sobrevivência da quase totalidade das empresas que integram sua rede prestadora.
A contribuição para o PIB municipal é outro demonstrativo de sua solidez. O PIB do Estado de Goiás corresponde a R$ 123.926.295.000,00 e, em 2012,Goiânia contribuiu com 24,31% deste total, tendo a Unimed Goiânia participado com 1,71% deste índice.
Por isso, a famosa frase do químico francês, Antoine Laurent Lavoisier, “na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma”, nunca foi tão atual para indicar o caminho da sustentabilidade.
Sizenando da Silva Campos Jr. é diretor-presidente da Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico (28/03/15)
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Confirmado caso de febre maculosa em professor da UFG

Malu Longo
Ele contraiu a doença durante aula de campo em que foi picado por carrapatos contaminados
A confirmação de um caso de febre maculosa no professor de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) Rommel Bernardes da Costa, contraída no fim do ano passado, levou alunos, professores e servidores das Escolas de Agronomia, Veterinária e Zootecnia da UFG participaram ontem à tarde de uma palestra sobre a doença infecciosa, que é considerada rara em Goiás e transmitida por carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii. A febre maculosa é de difícil diagnóstico, com sintomas semelhantes à dengue e à febre chikungunya.
No início de novembro, depois de passar por duas avaliações médicas que não apontaram as razões do mal estar que o acometia, Rommel da Costa se lembrou de reportagens que falavam de febre maculosa. Como ele havia ministrado aulas de campo, em uma região habitada por capivaras, com quase cem alunos e todos saíram da área rural infestados de carrapatos, informou a um médico do Hospital Santa Genoveva que a fraqueza generalizada que estava sentindo poderia estar relacionada a esse episódio. Segundo ele, dois exames realizados em laboratórios diferentes confirmaram a doença. O professor foi internado, recebeu medicamentos adequados e já voltou às atividades acadêmicas.
O diagnóstico tardio da febre maculosa pode levar à morte. Como os sintomas são muito semelhantes a doenças como dengue, malária e febre chikungunya, o Ministério da Saúde exige notificação compulsória. Para haver a transmissão da doença, o carrapato precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele humana e os sintomas surgem de uma semana a dez dias depois. A doença, registrada no Brasil desde 1929, é mais comum nas Regiões Sul e Sudeste. Em Goiás há registro de apenas quatro casos.
Desde que foi informada da possibilidade de presença de carrapatos infectados na região das escolas agrícolas da UFG, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia passou a atuar no local. A região, cortada pelo Córrego Capivara, abriga há anos animais da espécie, hospedeiros naturais de carrapatos-estrela. “Coletamos amostras de carrapatos e confirmamos a presença da bactéria Rickettsia rickettsii, por isso isolamos a área, alertamos nossa unidade dentro da UFG e estamos esclarecendo a comunidade acadêmica sobre a doença e os cuidados que devem ser tomados, além de fazer o monitoramento”, afirmou Flúvia Amorim, diretora de Vigilância em Saúde da SMS. (28/03/15)
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SAÚDE WEB 365

Arlindo de Almeida deixa presidência da Abramge
A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) anunciou nesta quinta, 26 de março, Cyro de Britto Filho como Presidente da entidade. Antes, o cargo era ocupado por Arlindo de Almeida, que conduziu a Abramge durante mais de 26 anos e continua ligado à entidade como presidente do Conselho Gestor do Sistema Abramge/Sinamge/Sinog.
O novo presidente tem como desafio um mercado com mais de 51 milhões de beneficiários e despesas assistenciais de R$ 110 bilhões. Com uma taxa de cobertura superior a 25% da população brasileira, as operadoras de planos de saúde médico-hospitalares já atendem a um número de pessoas equivalente ao de cidadãos cobertos pelo reconhecido sistema de saúde inglês, o National Health Services – NHS (presta serviços a 53 milhões de cidadãos ingleses). As operadoras associadas à Abramge cobrem cerca de 40% do total de beneficiários de planos de saúde, ou seja, garantem o atendimento de aproximadamente 21 milhões de usuários.
Com longa trajetória na defesa dos interesses das operadoras de planos de saúde associadas, Cyro de Britto Filho foi presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo do Estado de São Paulo – Abramge-SP, de 2008 a 2011 e ocupava, desde então, a presidência do Sinamge – Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo. O novo presidente da Abramge é Médico Neurocirurgião, Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Policlin, pós-graduado pelo MBA Gestão de Planos de Saúde do Centro Universitário São Camilo e Universidade Corporativa Abramge e em Finanças Corporativas – pela Fundação Getúlio Vargas.
Pronto para os novos desafios, Cyro de Britto Filho inicia mais uma promissora etapa da Abramge: “Pretendo atuar no fortalecimento das operadoras de planos de saúde visando um sistema de saúde suplementar com equilíbrio econômico, qualidade no atendimento e acesso ao consumidor brasileiro”. (28/03/15)
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O HOJE

Bebê cardiopata aguarda cirurgia
Criança de 8 meses depende de subsídio do Estado para fazer procedimento, que chega a custar R$ 180 mil

Rafaela Toledo   O bebê Vitor dos Santos, filho de Marcelo Silva dos Santos e Grasiele dos Santos, natural de Monevidiu, cidade a 45 quilômetros de Rio Verde, foi diagnosticado com cardiopatia congênita assim que nasceu. Em janeiro, a família foi orientada a realizar uma interveção cirúrgica no valor de R$180 mil. Sem condições de assumir o custo, eles procuraram a Justiça para conseguir subsídio do Estado. Ganharam. O Estado de Goiás foi condenado a realizar a operação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pagar via hospital particular, dentro de cinco dias. A liminar assinada pela juíza Danila Cláudia de Leseur Ramaldes, foi emitida dia três de fevereiro. Segundo informações do pai da criança, o governo foi citado dia cinco do mesmo mês, por meio da procuradoria do Estado. Pelo descumprimento de decisão judicial, o Estado seria multado em R$ 5 mil, se o oficial de justiça tivesse conseguido intimar o governador. “Eu mandei citar o governo no processo. O procurador foi intimado porque tem atribuição para isto. Quando não houve o cumprimento da decisão, entreguei uma carta precatória nas mãos do advogado do Marcelo no valor da multa, mas o intimado seria a pessoa do governador. Assim seria mais fácil receber, mas o oficial de justiça não conseguiu intima-lo”, conta. Quando a procuradoria do Estado recebeu a citação, a primeira atitude da Secretaria Estadual de Saúde (SES) foi pedir ao Ministério da Saúde (MS) a inclusão de Vitor em uma fila de 144 outras pessoas com o mesmo problema para conseguir tratamento pela União, segundo informações do próprio MS. A Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC) acatou a solicitação de vaga do Estado, feita por meio do programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), segundo informou a assessoria de imprensa do MS em entrevista exclusiva ao O Hoje, na ocasião da inclusão no cadastro. Inicialmente, a cirurgia havia sido agendada para o dia 28 de abril, mesmo com a determinação do judiciário para cumprimento em cinco dias. Só após as investidas do G1, quando o assunto ganhou visibilidade nacional, é que o agendamento foi adiantado para o próximo dia três de abril. Entretanto, o local do agendamento – Pato Branco, no Paraná – é bastante inviável, dado o risco da viagem. A pediatra da criança não autoriza viagem aérea em função da gravidade do caso, segundo a juíza Danila. A enfermidade de Vitor, promove uma abertura no tecido cardíaco, que aumenta conforme o tempo, agravando tanto o estado de saúde da criança quanto os riscos da cirurgia. “A saúde do Vitor está estável mas eu já tive que levá-lo à Rio Verde várias vezes para tomar oxigênio esses dias. Mas o problema é que quanto mais demora maior o risco”, alerta o pai. Quando questionada sobre o caso de Vitor, a assessoria de comunicação do Ministério de Saúde (MS) informou que não ter parte nos autos do processo e apenas ter acatado o pedido do estado de Goiás de incluir o nome do bebê na lista de espera da CNRAC. A alegação do Estado para esta medida – informou a assessoria de imprensa – foi que o problema do Vitor seria raríssimo e dependeria tanto de uma substância específica (óxido nítrico), disponível apenas na rede pública do Paraná, quanto de suporte profissional capacitado – dificuldade agravante da situação. O óxido nítrico é essencial para garantir a segurança do paciente após os danos pulmonares que a intervenção cardíaca pode ocasionar. Entretanto, a despeito da informação prestada pelo MS, Marcelo afirma que outros hospitais como o de Brasília, o Hospital Anchieta, o Instituto do Coração de Brasília te o hospital de São José do Rio Preto também oferecem o suporte necessário para o pós-operatório. “A hora que recebeu a multa, o Estado quis fazer o SUS funcionar. Estou indignado porque acho que o dinheiro tinha que ser penhorado da conta do governador, se ele foi intimado pessoalmente. Eu entendi que o juiz está com medo de penhorar a conta do governador”, critica o pai. Para a juíza, houve falta de diligência por parte do advogado de Marcelo, que não cobrou do oficial de justiça a intimação do titular maior do Estado. Caso a multa seja redirecionada para o Estado, ao invés de citar Marconi Perillo pessoalmente, a juíza poderá intimar o governo por meio de publicação oficial e cumprir sequestro dos bens na conta do Estado, caso a penalidade não seja cumprida. “Minha esposa está arrasada. Não consegue fazer nada há três meses. É uma mentira isso de que só em Pato Branco têm o óxido nítrico na rede pública. No hospital de Brasília, no Anchieta, no Instituto do Coração de Brasília e no hospital de São José do Rio Preto têm”, questiona o pai. Marcelo esclarece que a transferência da operação para São José do Rio Preto – localidade mais viável entre as listadas – economizaria 600 Km na viagem, medida determinante da qualidade de atendimento do caso de Vitor. O deslocamento de carro será arriscado de qualquer forma mas é a única opção da família que não foi autorizada a transportar Vitor de avião pelos cardiopediatras.
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Diabetes tipo 2 pode ser pré-diagnosticado
Sistema desenvolvido pela USP, por meio do Instituto São Carlos, possibilita identificar pré-sintomas
Um sistema desenvolvido pelo Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IFSC/USP), vai possibilitar o diagnóstico pré-sintomático do diabetes mellitus tipo 2, doença que afeta o metabolismo da glicose, a principal fonte de energia do corpo. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Diabetes, baseado em dados do Ministério da Saúde, há 14 milhões de diabéticos no Brasil, 90% deles com o tipo 2 da doença e o restante, o tipo 1.
O diabetes não insulinodependente ou do adulto – tipo 2 – ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos. Por ser pouco sintomáticp, o portador do diabetes tipo 2, na maioria das vezes, permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento, o que pode provocar complicações no coração e no cérebro.
O dispositivo foi criado pelo Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP com o objetivo de identificar alterações hormonais, de forma rápida e fácil, que possam indicar a possibilidade de surgimento do diabetes tipo 2 no futuro. A pesquisa foi feita pela aluna de doutorado Laís Canniatti Brazaca, com a orientação do professor Valtencir Zucolotto. “Não é um sistema para diagnóstico de diabetes tipo 2 e nem para diagnóstico precoce da doença. O que desenvolvemos é um sistema de detecção de um hormônio específico chamado adiponectina”, explicou Zucolotto, em entrevista à Agência Brasil.
“Quando o organismo começa a produzir menos esse hormônio, há uma relação com o aparecimento de diabetes tipo 2 lá na frente. Obviamente não são todos os casos em que a diminuição [do hormônio] leva ao diabetes, mas há uma correlação. Se existe uma maneira rápida e barata de detectar esses hormônios, pode-se pensar até em um diagnóstico preditivo. Sabendo que há uma disfunção [hormonal], a pessoa pode até pensar em uma mudança de hábitos alimentares e de vida, que podem evitar ou postergar o aparecimento da doença, acrescentou.
O sistema funciona por meio de um biossensor, descartável e de baixo custo, que detecta a baixa concentração do hormônio adiponectina, relacionado com a doença. Há diversas pesquisas que relacionam o aparecimento do diabetes mellitus tipo 2 à baixa produção de adiponectina, mas o método utilizado para detectá-lo, chamado de Enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA), costuma ser muito caro e pouco realizado em laboratórios. “Já existem métodos padrões e convencionais para detectar esse hormônio, mas são mais caros e precisam de grandes equipamentos, além de serem feitos em laboratórios de análises clínicas. Nosso sistema é um biossensor, descartável, um eletrodo pequeno para que se possa tentar tornar mais fácil esse monitoramento da adiponectina”, explicou o professor. (Agência Brasil) 30/03/15
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DIÁRIO DA MANHÃ
Silicone nos seios pode causar câncer

Estudo divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer da França associa o aparecimento do "linfoma anaplásico de grandes células" ao uso do implante mamário

Divania Rodrigues Da editoria de Cidades

Pesquisadores franceses divulgaram estudo afirmando que a aspiração de muitas mulheres de recorrer ao implante mamário pode levá-las a desenvolver câncer. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INC) da França e suas conclusões colocaram a Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM) francesa em alerta, podendo levar o governo a proibir as cirurgias de colocação de silicone.
De acordo com os oncologistas há uma relação entre o câncer e o implante de silicone nos seios, tendo em vista que a doença não foi diagnosticada em nenhuma mulher que não os tivesse. O tumor, conhecido como “linfoma anaplásico de grandes células”, ainda é raro – apenas 18 mulheres desenvolveram esse tipo de câncer na França desde 2011. Uma das mulheres com diagnóstico positivo não resistiu ao tratamento e faleceu.
Apesar do número baixo de diagnosticadas, as autoridades estão preocupadas com a velocidade de progressão. O total de novos casos passou de dois em 2012 para 11 em 2014. Apesar do alvoroço causado pela informação as autoridades francesas pedem que as mulheres com implantes fiquem tranqüilas e não se desesperem para retirá-las.
O “linfoma anaplásico de grandes células” passará a ser monitorado. Os médicos franceses foram notificados sobre a nova doença e deverão informar e alertar as mulheres que tem interesse em realizar cirurgia para colocação de silicone a respeito do risco 200 vezes maior de sofrerem com a doença do que as que não possuem próteses. Também há a proposta para que esse tipo de câncer seja incluído na classificação de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil
No país que em 2013 suplantou os Estados Unidos quando o assunto é o número de cirurgias plásticas – sendo 226 mil implantes mamários – a notícia foi tomada com precaução. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em nota conjunta, afirmaram que “não há necessidade de alarme em relação a riscos oncológicos ou em relação a outras doenças que possam ser provocadas pelas próteses mamárias.”
De acordo com as entidades o linfoma anaplásico de grandes células associado às próteses mamárias é um subtipo muito raro de linfoma de células T, com surgimento de um caso em cada 500 mil mulheres com próteses. Elas reiteram que a prótese mamária é uma das mais estudadas na literatura científica e que o silicone utilizado é constituído do mesmo material utilizado em outros produtos da área médica.
Ressaltam ainda que os benefícios do implante de próteses mamárias para a saúde e o bem estar das pacientes são inegáveis e que os dados da pesquisa devam ser “analisados à luz de seus impactos para a saúde da população, levando em consideração os riscos potenciais envolvidos versus os benefícios conhecidos das terapêuticas empregadas”.
Para as entidades: “Não há nenhum dado até o presente momento que justifique qualquer mudança de postura ou intranquilidade por parte das pacientes portadoras de implantes mamários, sejam elas oriundas de cirurgias estéticas ou reconstrutoras.”
Sobre os perigos médicos dos implantes mamários a palavra é de que a maioria das mulheres apresenta seromas (líquido ao redor da prótese) de aparecimento tardio, com aumento de volume local. Nesses casos as próteses e a cápsula ao seu redor são retiradas e a maioria das pacientes apresenta cura. “Apenas em um número pequeno de casos foi necessário realizar o tratamento sistêmico com quimioterapia ou complementação com radioterapia. A chance de cura com os tratamentos neste tipo de linfoma passa de 90%”, informa a nota.
Tranquilidade
Em consonância com as informações da SBM e da SBCP de que “não é possível no presente momento e com base nos dados analisados, estabelecer um nexo causal claro entre os implantes mamários e o aparecimento dessa condição” está a opinião da mastologista Rosemar Macedo Sousa Rahal.
De acordo com a profissional, nenhuma de suas pacientes se mostrou preocupada ou mesmo informada sobre o estudo ainda. Para a médica a pesquisa não representa uma situação de preocupação, mas destaca que deve haver “um olhar mais cauteloso sobre os casos”.
Rosemar ressalta que o estudo apenas agrupou uma série de casos de câncer e que as pacientes a doença tinham próteses mamárias. “Porém não existe uma situação clássica definida cientificamente para afirmar que existe um elo entre o implante e o tumor linfático”, objeta a mastologista.
A indicação é que as brasileiras que fizeram implantes, tanto de aumento quanto de reconstrução, sigam tranquilamente com a realização de exame clínico mamário e exames de imagem regulares. Lembrando que este acompanhamento é recomendável para mulheres adultas independente de terem passado pela cirurgia.
A França e os problemas com próteses
Há cerca de cinco anos um escândalo envolveu a marca francesa Poly Implants Prothese (PIP) que era a terceira fabricante mundial de implantes mamários. Na época foi revelado que as próteses eram fabricadas com silicone industrial, não autorizado para uso médico. No Brasil, as próteses PIP foram vendidas entre 2005 e 2010. Em 2011 seu registro foi cancelado e um estudo em 306 lotes demonstrou que 41% apresentavam problemas.
A PIP foi processada e o governo francês recomendou que as mulheres que tivessem implantes da marca o removessem para não causar danos à saúde. Em 2012 um estudo inglês mostrou que as próteses PIP não eram tóxicas e nem cancerígenos, mas que a taxa de ruptura era duas vezes maior do que a normal.
No final do ano passado a Superintendência de Fiscalização, Controle e Monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação, venda e o implante das próteses mamárias de silicone fabricadas pela empresa também francesa Laboratoires Arion e registrada por Imact Importação e Comércio. As próteses tiveram que ser recolhidas do mercado porque uma auditoria realizada em abril mostrou que o método de esterilização estava “em desacordo com o que consta no registro do produto”.
A determinação abrangeu as próteses esterilizadas por óxido de etileno – fabricadas a partir de 28/04/2014 – e por calor a seco. A irregularidade nas próteses não colocavam, porém, a saúde das mulheres em risco. (30/03/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação 

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